domingo, setembro 30, 2007

30 de Setembro de 1955.

"Foi a 30 de Setembro de 1955 que desapareceu aquele que foi um dos actores mais carismáticos de sempre. Um acidente de carro ceifou-lhe a vida aos 24 anos e interrompeu sua carreira no auge, transformando-o num mito, que 50 anos depois da morte ainda é recordado.

James Dean cresceu numa fazenda do Iowa e após concluir o secundário foi para Los Angeles, onde estudou no Santa Monica Junior College e na UCLA.

Como actor, integrou o grupo teatral de James Whitmore e teve pequenas participações em quatro filmes, entre eles «Baionetas Caladas» (1951), de Samuel Fuller, e «Sinfonia Prateada» (1952), de Douglas Sirk. Foi em Nova Iorque, no entanto, que sua carreira descolou: teve aulas no lendário Actors Studio, teve participações na televisão e entrou em duas peças na Broadway. A segunda, «The Immoralist» (1954), que lhe valeu um teste na Warner.

Pouco tempo depois, já era um ídolo em todo o país. Protagonizou os filmes: «O gigante», «A leste do paraíso» e «Fúria de viver», que lhe renderam indicações póstumas para o Oscar de melhor actor.

Em 30 de Setembro de 1955 quando seguia ao volante do seu Porsche rumo a Salinas, onde participaria numa corrida, sofreu um acidente fatal que lhe tirou a vida. "

Portugal Diário.

Até amanhã e boa sorte!!!

Chuva

"Chuva provoca inundações e congestionamentos em várias zonas do país"

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Novas da religião da paz.

"Duas pessoas foram detidas pela Polícia das Maldivas, na seqûência de uma explosão ocorrida num parque muito frequentado, atingindo 12 turistas estrangeiros, informou um porta-voz do Governo."
Lá continuam os coitadinhos dos islâmicos a espalhar a sua religião da paz…

VIVA SANTANA!

"Ao serão, Santana Lopes fala nos estúdios da Sic Notícias acerca das eleições no PSD. A jornalista de plantão, Ana Lourenço, desculpa-se, corta a palavra a Santana e passa a emissão para a chegada de José Mourinho à Portela. Levamos com filmagens turbulentas, vultos, Mourinho num carro, o carro em fuga e um pobre repórter a pronunciar as insanidades do costume. Regressamos a Santana. Ou não: Santana não gosta da troca e, após legítimos queixumes, termina a entrevista ali. Mais tarde, no Jornal da Meia-Noite, um moço da casa acusa-o, à traição, de abandonar a meio tudo aquilo em se mete. Mais tarde ainda, Ricardo Costa justifica a trapalhada com opções editoriais e com os "alinhamentos em aberto".

A estação é deles. Mas os ingénuos que tomavam a Sic Notícias como um modelo de rigor informativo aprenderam que interromper um ex-primeiro-ministro (ou qualquer criatura, vá lá) para transmitir as escalas aéreas do célebre treinador é, no contexto, uma opção editorial válida. Espera-se que Mourinho não decida apanhar um "charter" para as Seychelles durante a cobertura de um atentado terrorista, sob pena de "abrir" irremediavelmente o "alinhamento".

O engraçado é que, num ápice, Santana blasfemou contra as supremas divindades nacionais: a televisão e o futebol. E os portugueses, em geral atentos e venerandos face a ambas, correram para os blogues e os fóruns "on line" a exaltar Santana, que fez uma carreira à custa das câmaras e da bola, e que acabou a noite como um herói de facto improvável e muito português. À saída, o herói proclamou duas coisas: a) o país está doido; b) o país tem de aprender. A primeira é uma evidência, a segunda uma ilusão
. "

Alberto Gonçalves

Another Brick in the Wall

Obras de Santa Engrácia

"População receia solução para último troço da CRIL (mais aqui)".

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'MÃE? LIGUEI SÓ PARA DIZER QUE ESTE MÊS NÃO NOS DÁ JEITO IR AÍ. BEIJINHOS'

"Aqui há uns anos, distribuir torradeiras, frigoríficos e microondas pelas massas era desfaçatez digna do pior populismo. Hoje, dar telemóveis a velhinhos, como faz o Governo Civil de Braga com o apoio do ministro Vieira da Silva, é uma iniciativa de enorme alcance social. É possível que dos vulgares electrodomésticos de cozinha às conquistas das tecnologias de comunicação haja uma qualquer distância ética que me escapa. O Governo também espalha computadores pelo povo e poucos criticam convictamente o gesto.

Ou então foram os tempos que mudaram, e entretanto tornou-se louvável comprar a simpatia popular mediante a oferta de entulho diverso. Se é disto que se trata, e dependendo do entulho, o princípio não me parece mau. Há muito que os cidadãos desistiram de aguardar contrapartidas pelo seu empenho cívico e lisura. As pessoas votam, elegem representantes, pagam os salários dos representantes, pagam a mando dos representantes impostos directos, indirectos e acumulados, descontam para o que calha e recebem de volta reformas pífias, serviços estatais anedóticos, "desígnios nacionais", um chafariz na praça e indiferença.

Um telemóvel, pelo menos, é um bem palpável, bastante preferível ao chafariz ou a três horas de espera no centro de saúde. No caso dos "idosos isolados" de Braga, para recorrer aos termos do governador civil, o telemóvel é uma autêntica bênção, que poupa aos familiares a maçada da deslocação a casa dos velhinhos, agravando o isolamento destes mas aumentando imenso a qualidade de vida daqueles. As grandes rupturas políticas nunca são consensuais: o major Valentim, esse precursor, que o diga
."

Alberto Gonçalves

E o desemprego continua a diminuir...

"O Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia decretou a insolvência da "Construções Pluma", empresa de caravanas e autocaravanas com fábricas em Gaia e Castelo de Paiva. Foi já nomeado um gestor judicial, mas as dificuldades financeiras da empresa deverão resultar no desemprego dos 60 trabalhadores (mais aqui). "

"Sucesso".

"A chuva vestiu este ano "farda" e constituiu-se parceira do dispositivo de combate a incêndios, que deverá fechar a época crítica com um resultado histórico. A manterem-se os níveis registados até meados do mês, será o ano com menos área ardida desde que existem registos. A par da meteorologia, analistas e protagonistas apontam outros factores, como a maior eficácia e capacidade técnica dos meios e o envolvimento da população, visível na redução do número de ocorrências. Na Primavera temeu-se que este fosse um Verão especialmente quente, mas a realidade desmentiu as previsões. O índice de risco acumulado foi o mais baixo dos últimos cinco anos e em termos de precipitação apenas Setembro não foi mais chuvoso do que o normal. O mês de Junho registou mesmo, na Zona Norte, um desvio de +32,5 milímetros em relação às normais climatológicas de 1961-90. Embora com condições favoráveis, em que o dispositivo não chegou a ser testado, António Salgueiro, um dos dois coordenadores do Grupo de Análise e Uso do Fogo, destaca ter havido maior rapidez nas intervenções e maior solidez técnica nas decisões (mais aqui)".

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sábado, setembro 29, 2007

Trust

Para memória futura.

"Mal tomou posse, em Março de 2005, o primeiro-ministro José Sócrates formalizou ao então Presidente da República, Jorge Sampaio, a proposta de demissão de Souto de Moura e a sua substituição por Rui Pereira.

Faltava um ano e meio para o procurador-geral da República (PGR) terminar o seu mandato, marcado na fase final pelo processo Casa Pia e a prisão e acusação ao ex-número dois do PS, Paulo Pedroso.

O SOL revela as escutas telefónicas constantes no processo Portucale – onde o Ministério Público investigou crimes de tráfico de influências e suspeitas de financiamento ilegal do CDS – que confirmam o que José Sócrates sempre negou.

«O Governo nunca apresentou qualquer proposta para a substituição do senhor PGR. Como não apresentou essa proposta, o Governo mantém a confiança política nele» – respondeu José Sócrates aos jornalistas, em 19 de Novembro de 2005, no final da cimeira luso-espanhola, em Évora, quando confrontado com a notícia de que pretendia substituir Souto de Moura.

Rui Pereira tentou descobrir inquérito do MP

As escutas em causa mostram, além disso, como o primeiro-ministro teve encontros com Paulo Portas (então líder demissionário do CDS), a quem pediu ajuda para convencer Sampaio. E como Portas aceitou e deu o seu apoio a Rui Pereira (actual ministro da Administração Interna).

Este, por seu turno, tentou ajudar Portas e outro dirigente do CDS, Abel Pinheiro, a confirmar se existia um inquérito do Ministério Público (MP) envolvendo aquele partido.

Os magistrados do processo Portucale nunca chegaram a identificar o inquérito que causava receio aos dirigentes centristas. Mas assistiram pormenorizadamente aos bastidores da tentativa de demissão do responsável máximo da magistratura do MP, Souto de Moura.

As escutas em causa foram feitas ao telefone de Abel Pinheiro – figura central do caso Portucale – que tinha o pelouro das finanças e das relações do CDS com outros partidos.

Por considerar que eram relevantes para provar o crime de tráfico de influências e outros crimes então indiciados nos autos, o juiz de instrução do processo mandou transcrever essas escutas.


As conversas aqui publicadas são mantidas com Paulo Portas, Fernando Marques da Costa (então conselheiro de Jorge Sampaio) e o próprio Rui Pereira. Estes dois, juntamente com Abel Pinheiro, pertencem à maçonaria – na altura, à loja Convergência, do Grande Oriente Lusitano (GOL). Rui Pereira e Marques da Costa fundaram, entretanto, a loja Nunes de Almeida.


Segundo a lei, o PGR é nomeado e demitido pelo Presidente da República, mas sob proposta do Governo. Sampaio resistiu à proposta de Sócrates.

O Presidente geriu a insistência do primeiro-ministro, devolvendo-lhe a proposta: ponderaria substituir Souto de Moura se houvesse um relativo consenso partidário e por um dos nomes que ele próprio sugeriu (Magalhães e Silva, seu assessor, e Teresa Beleza, professora de Direito), nunca por Rui Pereira (ex-director do SIS e secretário de Estado do Governo PS nos anos 90).

Não só a demissão do PGR e o nome de Rui Pereira não lhe agradavam, como, pouco depois, Sampaio foi informado por Souto de Moura da existência destas escutas.

A 11 de Agosto de 2005, Rui Pereira foi nomeado pelo Governo para coordenador da Unidade de Missão para a Reforma Penal (que elaborou os projectos dos códigos Penal e de Processo Penal, entre outros).

Sócrates nomeou-o este ano ministro da Administração Interna, depois de ter estado um mês e meio como juiz do Tribunal Constitucional, indicado pelo PS.

Continue a ler esta notícia (escutas) na edição em papel disponível nas bancas de todo o país.

Nota Editorial

O SOL é o primeiro jornal a publicar escutas telefónicas depois da entrada em vigor das novas leis penais. Fazemo-lo, porque a lei não é clara nos seus termos.

Mas também porque esta notícia implica o Estado numa das suas traves-mestras – as relações entre o Governo e a Justiça –, e a prova do que se escreve só podia ser feita através das declarações textuais dos protagonistas do caso
."

Chegou a cigarra.

"Luís Filipe Menezes é o novo líder do PSD (mais aqui)."
Ganhou a demagogia, a inconsistência e o populismo. Enfim, a vitória da cigarra. Sócrates tem mesmo todo gosto em felicitar Menezes pela vitória (mais aqui).

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Eixo Norte-Sul.

"Eixo Norte-Sul completo. Lisboa: Engarrafamentos devem diminuir (mais aqui)".
Agora só falta fechar a CRIL se querem mesmo combater a poluição.

Santana Lopes

"Por uma vez, Santana Lopes conseguiu o inimaginável o consenso. Ele que sempre despertou paixões, mas nunca unanimidades, ainda por cima favoráveis, teve com um gesto emocional a aclamação que tanta gosta. Ao recusar continuar uma entrevista após ter sido interrompido para uma transmissão em directo de um momento de coisa nenhuma, mas que tinha o nome de José Mourinho, Santana Lopes teve razão. O gesto dele foi uma espécie de "basta" que, infelizmente, não deverá perdurar o tempo suficiente para mostrar que o problema não está neste episódio da SIC -Notícias, mas num estado geral de coisa s que deve muito à emoção e muito pouco à razão. E, acreditem, influencia a qualidade da nossa cidadania (mais aqui)."

E a criminalidade continua a diminuir...

"Foi mais uma noite de intensa actividade para grupos de assaltantes, na zona do Grande Porto. Um casal de namorados, o condutor de um automóvel, três jovens e uma loja de telemóveis foram os alvos de diferentes grupos armados, nos concelhos de Vila do Conde, Gaia e Gondomar (mais aqui)."

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Portugal sagra-se Campeão

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A Selecção Nacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas sagrou-se Campeã da Europa no Campeonato da Europa – Divisão C que terminou, em Dublin, na Irlanda, ao bater na final a Lituânia por 69-60.

Numa belíssima final, num jogo altamente disputado, Portugal conseguiu impor-se à Lituânia e sagrou-se Campeão da Europa, depois de já ontem ter conseguido garantir a subida à Divisão B ao bater a Grécia nas meias-finais por 61-45.

Pedro Costa, Treinador-Adjunto, visivelmente feliz depois desta vitória, salientou que “O balanço é extremamente positivo, ganhámos os 5 jogos que disputámos, atingimos os nossos objectivos e, por isso, todo este grupo que é uma verdadeira família está de parabéns”, acrescentando, igualmente, que “Quero agradecer a todos aqueles que sempre apoiaram este projecto e esta selecção”.


Infordesporto
Parabéns a toda a equipa !
Um abraço ao Jogador Barreirense Renato Pereira.

sexta-feira, setembro 28, 2007

28 de Setembro de 1991.


Miles Davis succumb to a stroke. Miles Dewey Davis III (May 26, 1926September 28, 1991) was one of the most influential and innovative American jazz musicians of the 20th century. A jazz trumpeter, bandleader and composer, Davis was at the forefront of almost every major development of jazz after World War II. He played on some of the important early bebop records and recorded the first cool jazz records. He was partially responsible for the development of modal jazz, and jazz fusion arose from his work with other musicians in the late 1960s and early 1970s. Free jazz was the only post-war style not significantly influenced by Davis, although some musicians from his bands later pursued this style. His recordings, along with the live performances of his many influential bands, were vital in jazz's acceptance as music with lasting artistic value. A popularizer as well as an innovator, Davis became famous for his languid, melodic style and his laconic, and, at times confrontational, personality. As an increasingly well-paid and fashionably-dressed jazz musician, Davis was also a symbol of jazz music's commercial potential.

Davis was late in a line of jazz trumpeters that started with Buddy Bolden and ran through Joe "King" Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge and Dizzy Gillespie. He has been compared to Duke Ellington as a musical innovator: both were skillful players on their instruments, but were not considered technical virtuosos. Ellington's main strength was as a composer and leader of a large band, while Davis had a talent for drawing together talented musicians in small groups and allowing them space to develop. Many of the major figures in post-war jazz played in one of Davis's groups at some point in their career. Some authorities consider Davis to have been the first musician to truly understand and take advantage of the differences between live and recorded music.

Davis was nominated for induction into the Rock and Roll Hall of Fame in September 2005.

More in Wikipedia.

Violência nas escolas.


"Regulamento das escolas ignora violência de alunos (mais aqui)".
Se o secretário de Estado afirmou “Escolas são dos espaços públicos mais seguros do país (mais aqui)" é natural que assim seja...

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A campanha continua.

"A esmagadora maioria dos moradores de Cernache do Bonjardim, terra onde vive o pai biológico de Esmeralda Porto, está revoltada com a Justiça. “É um crime o que estão a cometer. Estamos pelo lado da razão e a razão é a criança ficar com quem a criou e lhe deu amor”, assevera José Costa, um reformado que viveu na aldeia natal de Baltazar Nunes (mais aqui)."

E a criminalidade continua a diminuir...

"Noite de assaltos no grande Porto (mais aqui)".

Amadeus

PIN'S (Projectos de Interesse Nacional) - Russos vão investir 70 milhões em Setúbal

A Sim Ross, um dos maiores grupos distribuidores de cabos eléctricos da Rússia, está a negociar com a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal um projecto de investimento de 70 milhões de euros para Setúbal que poderá criar, numa primeira fase, cerca de 100 novos postos de trabalho, disse ao DN Igor Zolkin, conselheiro comercial da embaixada russa em Lisboa. Uma informação confirmada pelo presidente da AICEP Portugal, Basílio Horta.

"É um projecto muito interessante para produção de cabos eléctricos de alta tensão, destinada na quase totalidade para a exportação, uma boa parte mesmo para o próprio mercado russo", adiantou Basílio Horta. "Mais de 90% vão para o mercado russo", disse, por seu lado, Igor Zolkin. A nova unidade vai ocupar as instalações da antiga fábrica de automóveis da Renault em Setúbal, desactivada em Julho de 1998 e cuja produção foi, então, deslocalizada para a Eslovénia. A negociação já foi concluída com a AICEP Global Parques, confirmou Basílio Horta.

O que está agora em discussão com a AICEP é o montante dos incentivos que o projecto poderá receber, disse o conselheiro comercial da embaixada russa. Igor Zolkin acrescentou ainda que as negociações para outro investimento russo, no valor de 65 milhões de euro, na construção de uma nova unidade petroquímica em Sines estão a correr bem e que está em discussão a possibilidade de o projecto vir a ser considerado Projecto de Interesse Nacional (PIN).

DN

Sempre vai havendo, quem acredite no "deserto" da Margem Sul ...

A importância de Manuela Ferreira Leite

A Rainha das palmas nos congressos do PSD, Manuela Ferreira Leite não é só o trunfo que qualquer candidato a líder dá tudo para ter na lista de apoiantes. É também, inevitavelmente, a candidata a candidata a líder.

Há dois anos, depois de ter sido a principal adversária interna do "santanismo", esteve vai-não-vai para se candidatar. Decidiu não o fazer, por respeito a Marques Mendes, que resolveu apoiar. Depois disso, volta e meia, o seu nome regressa à ribalta. Já por várias vezes a apontaram como a melhor líder potencial, outras tantas disse que não. Voltou a apoiar Marques Mendes e a aceitar o lugar de presidente do congresso.

Foi nessa função que tentou, desta vez, mediar o conflito entre Mendes e Menezes. Antes das polémicas maiores, ainda admitiu que diria em quem pretendia votar. Até ontem, porém, nada disse. Ficou uma vez mais como a líder honorária, a única capaz de unir o partido. Ou quase.


Jornal de Notícias
Só não percebo é, porquê que não avança já.
Mistérios ....

quinta-feira, setembro 27, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!

"Quousque tandem, Menezes, abutere patientia nostra?"

"Apesar de o ultimato ter terminado sem mudanças nos cadernos eleitorais, Menezes afirmou ter alterado a sua intenção devido à intervenção da presidente da Mesa do Congresso, Manuela Ferreira Leite."São umas eleições à partida distorcidas, seria normal recorrer aos tribunais, mas isso iria agravar a situação do PSD", disse, garantindo, por isso, que "nem antes nem depois do acto eleitoral" de amanhã a sua candidatura irá apelar para os tribunais". "Não vamos desistir, vamos lutar com honra e dignidade", acrescentou."

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Carta aos capelães hospitalares

"Caros capelães

Perante algumas interrogações sobre o futuro jurídico e pastoral das capelanias hospitalares, quero dirigir-vos duas palavras. Uma de apoio e outra de discernimento.

O apoio é total, à vossa vontade comprovada de estar ao lado dos doentes, bem como das suas famílias e de todos os que nos estabelecimentos hospitalares e de saúde, públicos ou privados, se dedicam ao respectivo tratamento. E de estar ao seu lado com o que é específico dos ministros duma religião que tem no serviço do próximo a sua inspiração e propósito constantes, à luz da parábola do Bom Samaritano.

Apoio também a tudo quanto tem sido feito para desenvolver nesses estabelecimentos uma acção conjugada das capelanias com a Medicina em geral, para o apoio espiritual aos doentes, tantas vezes reconhecido como determinante para a sua recuperação ou tratamento, bem como para a vivência serena de momentos decisivos.

O discernimento é preciso, em termos de esclarecimento próprio e alheio. O que está em causa, quando se restringe a proposta religiosa, geral ou específica, no espaço público ou estatal? Pode estar em causa um preconceito de tipo laicista, que fere a liberdade pessoal e contraria a própria laicidade ou secularidade do Estado.

Detenhamo-nos um pouco sobre este ponto. A laicidade ou secularidade do Estado é um real ganho da história e da civilização. Considera que, no seu âmbito específico e como organização política fundamental, o Estado não tem nem promove uma confissão religiosa particular, em detrimento de outras ou de nenhuma, dos cidadãos que a não compartilham. Mas, se daqui partirmos para uma atitude estatal que considere irrelevante ou meramente individual a atitude religiosa, para concluir que não lhe deve dar condições de autodesenvolvimento e concretização comunitária, então estamos diante duma laicidade negativa, também designada por laicismo ou secularismo.

A maior dificuldade que esta atitude acarreta provém da sua natureza ideológica. Na verdade, não parte do respeito pela realidade de cada pessoa e da própria sociedade ou sociabilidade, mas duma abstracção conceptual que pretende criar outra realidade. Parte do princípio de que a convicção religiosa e a preferência cultural são algo de individual, que cada um resolve por si mesmo. Esquece que, sendo dimensões intrínsecas do ser humano, como toda a história demonstra, são necessariamente inter-pessoais. Esquece que, como facto cultural e social, a religião pode e deve ser reciprocamente proposta, mesmo que não seja acolhida. Devemos aos outros a proposta religiosa e a partilha das convicções. Quando tal não acontece nem é promovido, é a própria vivência democrática que se rarefaz.

Pelo contrário, a laicidade positiva levará o Estado a respeitar a realidade, também religiosa, de cada sociedade e, sem se imiscuir nela, criar as condições da respectiva concretização e proposta, possibilitando a todas as confissões a sua interacção no espaço público, como manifestação criativa da vitalidade social e cultural. Só assim se respeita activamente a realidade de cada pessoa e dos seus grupos de pertença.

Avancemos, pois. E que este momento de reflexão seja também de cultura e cidadania activas. A bem da cultura da vida, de cada pessoa enferma e da sociedade de nós todos
. "

Manuel Clemente, Bispo do Porto

À ESPERA DO TRAMBOLHÃO

"A luta pela liderança do PSD veio mostrar mais uma vez a confrangedora falta de pensamento político, de ideias e princípios, que afecta a generalidade dos partidos e da classe política portuguesa.

Isto não tem especialmente a ver com os presentes candidatos. Nem é consequência destes dirigentes abstraírem-se das ideias e parecerem concentrar-se nas estratégias ou tácticas de conquista do poder. O que está em causa é a própria genética dos partidos, que nasceram numa conjuntura totalmente distinta da presente - a transição pós-golpe do 25 de Abril para a instauração democrática. Que nem sequer se sabia se vinha...

Os quatro partidos do regime com assento parlamentar significativo - o BE é um fenómeno de marketing político correcto, muito empurrado por simpatias mediáticas - nasceram então no vazio da queda do marcelismo e da vontade pouco esclarecida mas muito poderosa do MFA.

O clima era de "antifascismo" histórico e histérico, se bem que os "brandos costumes" e a paciência serena do povo em relação ao esquerdismo político-militar, o comportamento do PS, o peso dos católicos e o enquadramento externo - Europa, NATO, Guerra Fria - tivessem refreado as piores consequências. E dado esta imagem de "revolução não sangrenta". Pelo menos, não sanguinária.

Daí e neste quadro, saíram os partidos: o PCP era uma seita marxista ortodoxa, liderada por um leninista tipo Outubro que se lançava ao assalto ao poder, à Petrogrado. Só "contida" pela grande estratégia da União Soviética em período de distensão com Washington. Ao seu lado, ou à sua esquerda, pululavam os partidos esquerdistas, entre folclore, fanatismo e paranóia... Mas onde se estrearam, futuros "valores" dos partidos democráticos... O PS era, desde a fundação, e graças ao Dr. Mário Soares, um partido social-democrata, embora tivesse o Sr. Manuel Serra e a sua comandita, com veleidades revolucionárias. Mas Serra saiu de cena e a identidade pró-NATO e anti-comunista do PS cristalizou então. O PSD, que se intitulava "social-democrata" era constituído à partida, pela "ala liberal" do marcelismo, ou seja, por um grupo marcado por uma estratégia de "entrismo", comprometida e emendada a tempo. Mas não tinha, nem parece alguma vez ter querido ter, um pensamento político definido pelos seus dirigentes. Até para não assustar a massa da direita sociológica, católica, patriota, conservadora, da classe média e pequena classe média, que eram os seus votantes, uns convictos, outros por mal menor. E o CDS/ /PP, com alguma suspeição de "inimigo do regime" (votara contra a Constituição de 1976, tão querida de todos os outros partidos do sistema), teria, em termos de ideias, uma vida atribulada - centrista, cristã-democrata, nacional popular, conservadora... Com isto tudo e mais tudo isto, foi mudando à mercê dos líderes e das ocasiões.

Mas não muito nem o suficiente. E o facto de nem o PSD nem o CDS serem capazes de fazer um aggiornamento à direita, semelhante aos dos anos 85-86 e 95-96, condena-os hoje à incapacidade. Sobretudo porque o PS, avançando na matriz social-democrata, que até ultrapassou, se atirou a fazer a política económica possível com um certo realismo. E os partidos à direita do PS, não se atrevendo a ter uma agenda de princípios de direita, deixando-se colonizar intelectualmente por uns migrantes da esquerda festiva convertidos ao mercado, mas com a agenda laica de esquerda, estão condenados a aparecer com um lusco-fusco de ideias confundível com o do PS. E - o que tem sido patético - quando atacam o Governo é pela esquerda...

Não será o tempo de assumirem uma agenda nacional diferenciadora e diferenciada da esquerda? Nas palavras e nos princípios, pelo menos. Ou será esperar muito e vão preferir ficar aí, à espera que Sócrates dê um trambolhão, para reaparecerem, dos escombros, como salvadores?
"

Maria José Nogueira Pinto

Love Is A Battlefield

Criminalidade azarenta.

"A GNR deteve na segunda-feira à noite, perto da Quinta do Conde, Sesimbra, um homem de 19 anos que tinha acabado de assaltar duas residências, uma delas pertencente a um juiz de instrução criminal. Levado a tribunal, o assaltante, já com cadastro por crimes semelhantes, recolheu em prisão preventiva."
Teve azar. Com a nova lei penal é muito difícil ficar em prisão preventiva. E o facto de roubar a casa a um juiz não ajudou…

Imigração.

"Uma emigrante brasileira disse à Lusa que foi despedida do seu emprego nos CTT quando pediu à empresa de trabalho temporário que a contratou, a PH&B, para ter um contrato de trabalho, escreve a Lusa. Ana Maria Balbino de Almeida, residente em Portugal desde há seis anos, contou que foi recrutada para trabalhar no CTT Expresso no passado mês de Março, tendo sido integrada no Centro de Distribuição Postal de Loures e trabalhado como carteiro na freguesia de Santo António dos Cavaleiros. Mensalmente, auferia um salário de 525 euros. No entanto, disse, recebia essa quantia sem ter qualquer comprovativo de trabalho ou sem que lhe fosse entregue qualquer recibo. Além disso, a empresa não fazia nenhum dos descontos para as finanças e a segurança social obrigatórios por lei (mais aqui)."
Este é o tipo de imigração que o Portugal politicamente correcto defende.

Ninguém pára o Benfica

"Árbitro Duarte Gomes pede desculpa pelo penalti assinalado a favor do Benfica"

Jornalismo.

Andamos distraídos ou andam a distrair-nos ?

Dizem as teorias que os média têm directa responsabilidade na memorização que os cidadãos comuns vão fazendo dos acontecimentos sociais. Marcam a agenda e a importância das coisas a que vamos dando atenção. A partir desta premissa, não será difícil concluir que, nestes últimos tempos, as três estórias mais presentes no universo mental dos portugueses serão estas o "caso Maddie", a alegada tentativa de agressão do treinador Scolari a um futebolista sérvio, no final do último jogo da selecção portuguesa e a saída de José Mourinho do Chelsea.

Embrenhados como estamos pelo relato minucioso de tudo o que se passa em redor destes casos, é provável que andemos distraídos da actual e tensa situação internacional. E até de outras coisas internas preocupantes. Mas, por hoje, demos uma olhadela para coisas do Mundo.

Virados para o nosso mundo, este país por vezes com as características de um autêntico bairro, embalados nas polémicas dos nossos problemas - valha a verdade dizer que não são poucos - andarmos distraídos das coisas do Mundo não é nada aconselhável. Um dia, poderemos amanhecer com os nossos males agravados pelos males que, sendo do Mundo, também são nossos. Andamos distraídos ou andam a distrair-nos?


Jornal de Notícias

Vale a pena ler este Artigo de Opinião, de José Paquete de Oliveira, meu (antigo) Professor de Sociologia de Comunicação, relacionando com a interrupção da Entrevista, ontem na SIC, por Pedro Santana Lopes.

Pedro Santana Lopes - The Special One II

O social-democrata Pedro Santana Lopes abandonou ontem uma entrevista que estava a dar à SIC Notícias sobre as eleições do PSD depois da sua intervenção ter sido interrompida por um directo sobre a chegada de José Mourinho a Lisboa. "Eu vim aqui com sacrifício pessoal, e sou interrompido por um treinador de futebol… Acho que o país está doido. Não vou continuar a entrevista, acho que o país tem que aprender", afirmou Santana Lopes, antes de sair dos estúdios.

Público

Aplaudo de pé Pedro Santana Lopes !!!!
A política e os problemas nacionais têm de estar primeiro que o futebol, na Agenda dos "media", .
Ricardo Costa, Director da SIC, comentou, que se trata de uma situação perfeitamente normal, a interrupção da entrevista, para reportar a chegada de Mourinho. Sendo normal, não é correcto. Além de que, há uma solução técnica, que poderia exibir os dois acontecimentos, em simultâneo, utilizando "caixa" com pequena imagem da chegada do famoso treinador.

O Milagre de Fátima.

O Fátima, estreante na Liga de Honra esta época, eliminou hoje o bicampeão FC Porto da Taça da Liga em futebol, ao vencer em casa no desempate por grandes penalidades, por 4-2, em encontro da terceira eliminatória.

Após 0-0 no final dos 90 minutos (esta competição não contempla prolongamento), a formação anfitriã foi mais feliz nas grandes penalidades, já que marcou as suas quatro tentativas, enquanto os dragões falharam duas (Lino e Mariano Gonzalez).

Para já, além dos dragões, caíram já mais quatro equipas da Liga principal, duas delas também batidas no desempate por pontapés da marca de grande penalidade.

Público
eheheheh ... desta gostei !

quarta-feira, setembro 26, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!



Faz o que eu digo...

"Apesar de o caso ter sido classificado como urgente, só a 31 de Janeiro deste ano é que o Constitucional emitiu uma decisão quanto ao recurso, considerando que o casal afinal tem legitimidade para contestar a sentença de Julho de 2004 que atribuiu o poder paternal ao pai biológico (mais aqui)."
Curiosamente uma das juízas que fazia parte do Tribunal Constitucional na altura era Fernanda Palma que, recentemente, veio defende, sobre as novas leis penais, “se algum arguido perigoso foi libertado, isso demonstra que se teria justificado o aceleramento prévio do processo (mais aqui)”. Situação (aceleramento do processo) que não se verificou com ela em relação à pequena Esmeralda claro mas que já se pode verificar em relação aos outros.

Dividir para reinar.

"O Conselho Jurisdicional do PSD decidiu conceder aos oito mil militantes dos Açores o privilégio de porem as quotas em dia até sexta-feira. E isso Menezes recusa-se a aceitar, porque esta faculdade foi vedada aos militantes do resto do País, por insistência de Mendes. Se esta dualidade não chega para impugnar eleições, não se vê como é que ela se compatibiliza com os princípios de qualquer sufrágio democrático que se queira livre (mais aqui)."

Editorial do DN (ou Rádio PS sem Filtro).

Como afirma Jorge Miranda (ler aqui) «por razões que se desconhecem», esse regulamento não chegou, ao fim de 30 anos, a ser aprovado e «sabe-se que aos militantes do partido nessa região autónoma nunca foi exigido o pagamento de quotas para o exercício dos seus direitos, tanto em eleições regionais como nacionais». "Logo, teria piada o articulista explicar que privilégio é esse que obriga os militantes que nunca pagaram a terem de pagar para votar. Se a quando Cavaco Silva foi para o Governo lhe criticavam as camisas, à falta de argumentos mais substanciais...

Pois é. A máquina propagandística do PS, descaradamente, lá vai tentando dividir para reinar.

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"A peixeirada final"

"Eu não sei quem é a peixeira. Não sei. Nem vou fazer comentários», afirmou Menezes, quando interrogado pelos jornalistas em Évora sobre as declarações do eurodeputado, Vasco Graça Moura, hoje em Estrasburgo (França). «Eu só costumo comentar declarações de militantes do partido, não costumo comentar declarações de não militantes que vivem à custa do orçamento do partido e do Estado há muitos anos"

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When i'm gone

Nova igreja custa o dobro

"A basílica vai custar o dobro dos 40 milhões de euros previstos pelo Santuário de Fátima (mais aqui)".

Salários disparam em Lisboa

"No espaço de um ano, o salário médio em Lisboa aumentou 63 euros, de longe a maior subida de todo o país. Um lisboeta trabalhador por conta de outrem ganhava, no final do segundo trimestre deste ano, 937 euros, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística. No outro extremo, a região Norte, cada pessoa levava para casa 647 euros - mais 11 euros do que um ano antes. Em pior situação estão os algarvios, já que o salário médio tem mergulhado. Em doze meses, perderam 47 euros na folha de vencimentos (mais aqui)."
E o custo de vida de Lisboa em relação ao resto do país? Exceptuando o Algarve nos meses de verão claro…

E a criminalidade continua a diminuir...

"A PSP de Setúbal tem vindo a alertar os condutores para o perigo de circularem com as portas das viaturas destrancadas e vidros completamente abertos. O motivo é o número elevado de furtos no interior de veículos, que tem vindo a ser praticado nos últimos tempos, quando os condutores param nos sinais luminosos, na cidade sadina."
Só possível num país aonde a criminalidade está a diminuir… Certo?

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"Apita o comboio"...

"A corrupção entre funcionários públicos e políticos em Portugal aumentou no último ano, colocando o país em 28º lugar num ranking de 180 nações analisadas no relatório de 2007 da organização não-governamental Transparency Internacional divulgado hoje (mais aqui)."

Luís Filipe Menezes.

"ULTIMATO . Filipe Menezes, que dá hoje uma entrevista ao JN, atacou Mendes e pediu a Ferreira Leite para repor a legalidade na polémica das quotas em 24 horas."
Dizem os “mentideros” que Luís Filipe Menezes é um “agent provocateur “ do PS…

terça-feira, setembro 25, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!



O OUTRO LADO DOS DESFILES DAS MISSES

"Um concurso de beleza tem dois lados. Neste fim-de-semana, em Itália, isso foi dito pelo estilista Guillermo Mariotto durante a escolha de Miss Itália 2007 e lançou a polémica. Na verdade, ele só se referiu ao "lado B", pois o "A" - os lábios carnudos, os olhos rasgados, o narizinho direito e, para os mais modernos, os seios mais firmes - estava implícito. É por toda essa frontaria que as misses têm sido eleitas, até agora. O outro lado - il fondoschiena, o fundo das costas, como titularam os jornais mais recatados - é que necessitava de ser relembrado, e foi. Daí a polémica posterior e abundante (oh, quanto!). Os tradicionalistas do concurso reagiram e programaram a coisa para que houvesse só desfile de ida. E não de volta. Proibindo, assim, que as câmaras de televisão enquadrassem o tal fondoschiena. Pelo seu glúteo lado, os defensores das Miss 360o, perguntavam: se já há Miss Sorriso, porque não Miss Bumbum? Eu inclino-me sempre a dar razão aos menos sectários."

Ferreira Fernandes

Portugal e a crise

"O ministro das Finanças bem tenta fazer passar a mensagem de estabilidade e de que a crise financeira internacional não afectará o País. É o seu dever. Mas, à medida que o tempo passa e que vão sendo conhecidos novos desenvolvimentos a nível internacional, mais se vão avolumando as dúvidas. O comité económico e financeiro da União Europeia, ao dizer que o nosso país é dos mais vulneráveis à crise, só veio adensar a insegurança numa área já referida pelo director-geral do FMI, Rodrigo Rato, quando, na passada semana, esteve em Portugal: o elevado nível de endividamento da população portuguesa, essencialmente a taxas variáveis, e a exposição do sistema bancário nacional ao estrangeiro. Estes factores potenciam o alastramento dos efeitos da crise à economia real.

Em termos teóricos, todos compreendem a necessidade de manter ou subir taxas de juro para controlar a inflação. Na prática, quem está no terreno depara-se com situações dramáticas a cada dia. Todos os meses aumenta o número de famílias que, genuinamente, não conseguem fazer face aos encargos com as dívidas de crédito e entram em situação de incumprimento. Não se trata, naturalmente, de uma situação criada pela crise financeira. É pior, porque mostra o facto de muitas famílias portuguesas ainda estarem a braços com o clima que vem a afectar o País há vários anos. A actual crise internacional só pode agravar ainda mais esses casos. Uns provocados por negligência dos consumidores, outros por alteração involuntária das condições de vida, através de fenómenos como o desemprego, doença ou outros. Até agora, as transferências de créditos de banco para banco, geralmente com melhores condições, permitiram inúmeros refinanciamentos que, agora, serão inviabilizados pelo aperto nas condições de selecção e acesso ao crédito por parte dos bancos.
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, já admitiu que o preço do dinheiro vai aumentar. E se vai aumentar para os bancos, é certo que irá reflectir-se depois nos seus clientes. Assim, o financiamento externo dos bancos portugueses está a sofrer um agravamento da ordem dos 45 a 55 pontos base, dependendo da dimensão do banco. Esta subida, só por si já dará azo a um aumento da ordem dos 10% nas prestações mensais.

Um aumento desta ordem irá, por certo, causar dificuldades a muitas famílias. E enquanto os académicos e a teoria económica recomendam a subida de taxas de juro para controlar a inflação, quem está no terreno e assiste ao drama dos portugueses responde que a inflação vai ficar controlada, mas uma boa parte das famílias pagará esse controlo com língua de palmo. Curiosamente, Alan Greenspan veio dizer esta semana que estão enganados os que pensam que as taxas de juro baixas provocam pressões inflacionistas. “Isso vai mudar”, afirmou, fixando as suas preocupações no aumento do preço do petróleo – que se diz deverá atingir os 85 dólares até ao fim do ano – e no envelhecimento da população. O certo é que Portugal, como pequeno país da UE, tem de se sujeitar à vontade e aos interesses de França e Alemanha. Cabe ao BCE e a Jean-Claude Trichet tomar a decisão quanto à Zona Euro. Nos EUA, a Reserva Federal e Ben Bernanke resolveram cortar 50 pontos base na taxa de referência, que passou de 5,25% para 4,75%. A crise está aí e tudo indica que os portugueses v ão sofrer bastante
."

Francisco Ferreira da Silva

Directas do PSD.

"JSD está indignada com «este espectáculo triste» das directas (mais aqui)".

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DOCTOR DOCTOR

Portugal pequenino

"Gordon Brown não vem a Lisboa participar na Cimeira entre a União Europeia e África.

Ou melhor, ele vem, mas para isso é preciso que o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, não apareça. Aí está a bomba: Portugal arrisca-se a privilegiar um louco (Mugabe) deixando de fora um amigo (Brown). Solução?

Como se conta nesta edição, o Governo português vai chutar o problema para canto. Em vez de tomar decisão de força, passa a bola para a Comissão da União Africana. Isto é, vai dizer a este órgão os países que deseja ver na cimeira e pedir-lhe, depois, que escolha os nomes que representam essas nações. Portanto, se esta União Africana convidar Mugabe, (já disseram que o querem presente) Gordon Brown não põe os pés em Portugal. O assunto importa.

O Zimbabué, antiga colónia britânica (Rodésia, na época), está à beira do colapso económico e social. A taxa de inflação está fixada em 3700%, a taxa de desemprego já chegou aos 80%, a esperança média de vida não ultrapassa os 37 anos e pelo menos três mil pessoas por dia cruzam a fronteira do Zimbabué para fugir à miséria.

Não é preciso ter lá estado, nem ser adepto de teorias da conspiração, para concluir que tudo isto se deve à desvairada reforma agrária de Mugabe. Ela começou no ano 2000 e tinha um guião simples: tirar a terra a todos os proprietários estrangeiros (maioria britânicos), entregando-a ao Estado. Os portugueses conhecem bem o que acontece nestes movimentos - basta ver o documentário da mais célebre das expropriações portuguesas (Torre Bela, no cinema King). Some-se repressão política, ausência absoluta de liberdade e o resultado dá um país sem emprego, sem economia, sem sociedade civil... sem nada, a não ser a palavra absoluta de Mugabe.

Ora, este é o homem que pode estar em Lisboa no lugar de Gordon Brown, primeiro-ministro britânico. Já se sabe que a real politik não privilegia sempre o que é bom - mas sim o que é útil. Mas preterir Brown é mais do que trair a Velha Aliança: é recusar um primeiro-ministro e um Governo que não temem sublinhar os valores das democracias ocidentais acima dos interesses. Não é ingenuidade: é assim mesmo.

Brown e o seu ministro David Milliband querem devolver aos britânicos aquilo que lhes é único: a dimensão da liberdade individual. É por ela que dão mais dinheiro às políticas sociais, ao ambiente, à segurança, à diversidade.

Portugal é um país pequeno que fala baixo entre os grandes. Se quando surgem oportunidades de se fazer ouvir passa a palavra aos outros (União Africana), então está certo - não merece ter voz entre os grandes
. "

Martim Avillez Figueiredo

Migrações.

"Jovens, qualificados, ambiciosos e, apesar de estarem há pouco tempo a trabalhar, com um nítido desencantamento face ao mercado laboral. São estes os novos emigrantes portugueses, que parecem querer contrariar as estatísticas, segundo as quais apenas 1,5% dos europeus trabalham fora do país de origem."
É sabido que os “grandes” empresários deste país preferem pagar menos (quando pagam) aos imigrantes (ilegais) sem qualificações. Daí a necessidade que o país tem de imigrantes.

DESIGUALDADE DE OPORTUNIDADES

"Por causa do pacto de regime para a Justiça, o dr. Menezes acusou o dr. Mendes de libertar "homicidas, ladrões, pedófilos e violadores". Esta loucura decerto torna perigosas as derradeiras iniciativas dos candidatos à liderança do PSD. Por azar, não o suficiente para os manter quietos e calados. Assim, cada um deles continua por aí, a desfiar os argumentos que impedem o adversário de merecer o cargo em questão e os cidadãos de os aturar a ambos. Não é um espectáculo bonito. Mas não justifica a recorrente, e desfavorável, comparação com a última disputa interna do PS. Segundo a tese em voga, no PS em 2004 confrontaram-se ideias, projectos e visões do mundo. Engraçado. Não tinha essa impressão. Com esforço, recordo insultos mútuos, acusações de fraude e, se formos generosos, a deprimente discussão em volta da "lealdade" ideológica. O tempo, que tende a ornamentar as memórias, pelos vistos encheu de pechisbeques dourados a coroação de Sócrates. Se não estou em erro, o único pechisbeque real chamava-se Santana Lopes, na altura com dois meses de primeiro-ministro e a dois meses de deixar de o ser. Para todos os efeitos, incluindo o efeito Sampaio, as eleições socialistas destinavam-se praticamente a designar o chefe de Governo, pormenor que faz milagres pela grandeza do "debate". No PSD luta-se para chegar a nenhures. Ao invés dos desastres de Santana e dos desastres atribuídos a Santana, Sócrates oferece vestígios de estabilidade ou são-lhe atribuídos vestígios de estabilidade. De qualquer forma, não ameaça cair amanhã. E esta flagrante diferença, muito mais de oportunidade que de mérito individual, é a principal razão pela qual uns se arrastam em jantares-convívio na província, a adormecer a nação, enquanto o outro paira por Washington, a correr no Mall e a divertir Bush com preocupações sobre o "Médio Ocidente".

Alberto Gonçalves

Portugal que futuro?

"Um assalto a uma ourivesaria no Porto foi ontem impedido pela pronta reacção das funcionárias e dos transeuntes que se foram juntando junto ao estabelecimento comercial (mais aqui)."

segunda-feira, setembro 24, 2007

Terrorismo.

No passado o inimigo tinha rosto, vestia farda e vivia noutro país. Era enfrentado no campo de batalha. Hoje esse inimigo mudou. Aproveitando as fraquezas da democracia, deixou de vestir farda, morar noutro país e começou a vestir a pele do nosso amável vizinho, ali mesmo ao lado. Enquanto lhe oferecemos amizade, conforto, acesso a tudo o que há de melhor na nossa sociedade, ele prepara silenciosamente a nossa morte. Morte violenta e à traição. Única forma de agradecimento que conhece, imbuído no seu fundamentalismo retrógrado, que a nossa democracia tenta democraticamente aceitar e explicar, adjectivando-os à luz dos valores morais, culturais e sociais da sociedade ocidental, tendo sempre como resultado, a eterna culpa da sociedade ocidental pelos males do mundo (mesmo quando essa culpa não existe).

Um dia as regras do jogo mudam subitamente. De repente há que escolher entre liberdade ou segurança. Já não se trata de aspirar a umas migalhas , cedidas com desprezo, pelos mais fortes. Mais fortes esses, que hão-de ditar sempre a sua lei enquanto houver mais que um "Homem" ao cimo da terra. A inexistência do mais forte é utopia. Utopia fruto de ideais esquerdistas, que de tão ultrapassados, não passam de fantasmas, fantasmas bloqueadores do progresso. Chegados a necessidade de escolher, ou se age ou se não age. Agir no sentido de "caçar" os terroristas, um a um, e irradiar o terrorismo do mundo. Não agir, é entrar na utopia, pensando que os terroristas deixam de atacar, só pelo facto de se pedir por favor ou só pelo mero estalar de dedos. Ninguém pode ser condenado por prescindir de certas liberdades e escolher a segurança, ou seja, escolher viver. Condenado especialmente por aqueles que não se importam de morrer às mãos do terrorismo sem nada fazerem para o evitar.

Sorte ou azar?

O jogo tem-se revelado imune à crise. Com as bolsas de valores em queda, são o último reduto do mito da riqueza sem esforço nem suor.

O Estado supervisiona e cobra a sua comissão, o imposto especial sobre o jogo, em média 31% sobre a receita bruta dos casinos portugueses.

Mas muito convenientemente para os donos da batota legal, o fisco português não tem optimizado o potencial do sector.

Como se sabe, “a mesa de jogo só é rentável para o seu proprietário”. O core-business dos jogos, legalmente designados de “fortuna ou azar”, resume-se a registrar as perdas dos clientes – “azar” – como lucros do operador, rubrica “fortuna”.

A actividade dos concessionários limita-se, no essencial, a fornecer a “casa”, mobiliário ( mesas, cadeiras, equipamento ) e desinibidores ( álcool, música, empregadas solícitas ).

Nos casinos, o jackpot, a sorte grande e os descapotáveis topo de gama estão sempre à distância de uma mão dos jogadores.

Até amanhã e boa sorte!!!



Portugal ou novo Texas?


"Ajuste de contas entre grupos acaba em tiroteio em Chelas. Dez minutos de rajadas de metralhadoras a poucos mais de cem metros da 16.ª Esquadra."
Saudades dos tempos em que a criminalidade era maior. Nesse tempo havia assaltos com navalhas. Agora, nos raros assaltos, utiliza-se metralhadoras, bastante mais inofensivo que as referidas armas brancas. Por isso Sócrates pede responsabilidade à comunicação social no espalhar da sensação de insegurança pelos cidadãos. Afinal o que são 10 minutos de rajadas de metralhadora ao pé de uma perigosa navalha? E, ainda por cima, ao pé da esquadra da polícia, o que só prova como este tipo de violência é inofensivo.

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A CONVERSAR É QUE A GENTE SE ENTENDE

"É difícil averiguar se as últimas gravações de Bin Laden assinalam o início de uma carreira a solo e provam a tese do Daily Telegraph, que noticiou a despromoção do sujeito no comando da Al-Qaeda por troca com o sr. Zawahiri. Se calhar, a decisão de escurecer a grisalha barba traiu uma vaidade ofensiva para Maomé. Não importa. Importa que, a confirmar-se a substituição, o Ocidente perde aquele que, na opinião de figuras tão ilustres quanto o dr. Mário Soares e o Dalai Lama, era um interlocutor privilegiado nas indispensáveis negociações com a demência islâmica. Felizmente, a apreensão esvai-se quando se conhece uma das recentes mensagens da organização, uma porta aberta à compreensão mútua e à harmonia civilizacional.

O vídeo, divulgado na Internet, é assinado por uma Al Tanzim, empresa que se especula ser a nova responsável pela assessoria de imprensa da Al-Qaeda. E o tom, desde que atentamente interpretado, é de mudança e óbvia cedência: agora, a respeitada instituição contenta-se em "levar o terrorismo aos países ocidentais para convertê-lo num fenómeno semelhante às catástrofes naturais."

Aparentemente, a Al-Qaeda renunciou a dizimar-nos por completo, o que, parecendo que não, sempre complicava o entendimento. Na era Zawahiri, um "acto de extermínio" (cito) ocasional basta para cumprir os mínimos. Há aqui generosidade. E há aqui clareza: pela primeira vez, é possível medir a dimensão do terror islâmico pela escala dos terramotos ou pelo nível de água das enchentes, o que facilita que as partes se sentem enfim à mesa e regateiem um acordo:

- Estamos a pensar em cometer uma catastrofezita "natural" lá para Janeiro.

- Que chatice. E têm ideia da dimensão?

- Não sei. Uma coisa tipo 8 graus de Richter na baixa de Chicago.

- 8 graus é muito. Não se arranja 5 graus em Chicago e dois ou três furacões fraquitos em Frankfurt?

- Os meus amigos brincam. Não abdicamos de 6,5 graus em Washington e um tsunami decente na Riviera francesa.

- Esqueçam a Riviera. Tirem meio grau a Washington e avancem com um dilúvio médio em Paris.

- Negócio fechado. Ah, e não vale a pena lembrar que exigimos a aniquilação de Israel.

- Feito! Foi um prazer negociar convosco.

Eis a verdade: doravante, é inaceitável recusar conversas com a Al-Qaeda sob o pretexto de que a Al-Qaeda nem sequer reclama contrapartidas. A acreditar no mencionado vídeo, reclama sim: um "equilíbrio dissuasor" (volto a citar) entre ambos os lados, em que eles dissuadem o nosso sossego e nós dissuadimos a frustração deles. Claro que isto também se alcança sem diálogo, mas é escusado sermos anti-páticos
. "


Alberto Gonçalves

Louçã.

"O ambiente está definitivamente toldado entre a maioria PS e o Bloco de Esquerda. Em três dias seguidos, três acusações de Francisco Louçã mereceram de resposta três desmentidos governamentais. Primeiro, foi o Ministério da Saúde (sexta-feira); depois a Educação (sábado) e ontem o Ambiente. A conflitualidade acentuou-se logo a seguir à assinatura entre o BE e o PS de um acordo para a governação da Câmara Municipal de Lisboa, vivamente contestado no interior do Bloco de Esquerda. "
Louçã anda à pesca. Parece desesperado com as arrumações lá por casa. A rede não é a melhor mas deve chegar para “inglês ver”…

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Segunda Circular.

"Até ao fim do mês, uma comissão técnica nomeada pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa deverá fazer o levantamento das situações de perigo existentes na Segunda Circular e identificar as que são passíveis de "correcção imediata". A decisão de Marcos Perestrello foi tomada na sequência do relatório de peritagem feito pelo Observatório de Segurança de Estradas e Cidades (OSEC), entregue no mês passado na autarquia, que aponta vários "defeitos graves" na construção e manutenção de uma das vias mais congestionadas da capital. "
E o fecho da CRIL para quando?

Novas do "Código Casa Pia".

"Os seis homens que foram julgados e condenados pelo tribunal de Setúbal pelo assassinato de um segurança em Águas de Moura e por vários outros assaltos à mão armada poderão vir a ser postos em liberdade, na sequência da aplicação do novo Código de Processo Penal (CPP), soube o JN. Seis indivíduos, de nacionalidade romena, foram condenados em Junho a pesadas penas que variaram entre os 17 e os 20 anos de cadeia, mas poderão sair em liberdade, uma vez que, em Dezembro, se vai esgotar o prazo da prisão preventiva.

Com efeito, os advogados dos seis arguidos recorreram do acórdão do Tribunal de Setúbal para o Tribunal da Relação de Évora, que terá que pronunciar-se até dia 12 de Dezembro. No entanto, segundo fontes judiciais adiantaram ao JN, dificilmente o patamar superior da magistratura terá tempo para se pronunciar, uma vez que ainda não houve tempo para transcrever todas as declarações que tiveram lugar durante as sessões de audiência que tiveram lugar no tribunal de Setúbal. O que significa que há o risco de o Tribunal da Relação de Évora não ter condições para avaliar a prova produzida em tribunal.

Uma das maiores preocupações das autoridades associadas a este caso está associada ao facto de Portugal não ter acordo de extradição com a Roménia, um ponto mais que provável de fuga se algum dos seis indivíduos for libertado. Foi para lá, aliás, que conseguiu escapar um dos suspeitos do crime, antes que a Polícia Judiciária o conseguisse capturar, mantendo-se agora em liberdade, situação em que vai manter-se indefinidamente, a não ser que entre num Estado da União Europeia. Um dos outros arguidos acabou por ser capturado já na Hungria, mercê da emissão de um mandado europeu e é provável que procurasse forma de chegar à Roménia. É por isso que as autoridades receiam tanto a possibilidade de os indivíduos virem a ser postos em liberdade
."

Hangar 18

E a criminalidade continua a diminuir...

"A PSP está a investigar uma troca de tiros ocorrida na madrugada de ontem na Av. João Paulo II, em Chelas, Lisboa, que atingiu seis viaturas estacionadas junto aos lotes 535, 536 e 537. A PSP, que tem uma esquadra precisamente naquela avenida (a principal da Zona J), só por volta das 08h00 – quatro horas após o tiroteio – chegou ao local onde estavam estacionados os automóveis atingidos (um Mercedes, três Renault Clio, uma carrinha Citroën e um Daewoo). "

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Ex-ministros enriquecem com política.

"Pina Moura e António Vitorino – dois dos casos mais polémicos dos últimos tempos de deputados que renunciaram ao mandato para trabalharem no sector privado – são exemplos concretos de como a política pode ser um trampolim para a valorização da carreira profissional e o enriquecimento pessoal. Entre 1994 e 2003 Pina Moura aumentou o rendimento anual de nove mil para 172 mil euros. António Vitorino conseguiu em seis anos, entre 1994 e 1999, subir o rendimento anual de 36 mil para 371 mil euros (mais aqui)."

Mais um tudólogo.

"Um dostudólogosdeste regime, Sousa Tavares de apelido, especializado apenas em emitir por escrito e até em emissão televisiva, opiniões avulsas sem fundamento, vem hoje no Expresso, mais uma vez, regurgitar ignomínias e asneiras sobre assuntos de especialidade, defendendo o novo Códio de Processo Penal e o Governo que o aprovou e atacando os malandros do costume que não querem trabalhar. No caso, polícias e magistrados.

Sobre as novas leis penais, o cronista aproveita para esclarecer um alarmado leitor do Diário de Notícias que escreveu uma carta ao jornal, indignado pelas alteração do Código Penal “em prol dos criminosos mais violentos” que não se trata de alterações a esse Código mas ao de Processo Penal. Esse, segundo o tudólogo Tavares, é que “regula o funcionamento da tramitação processual em mataria penal.” Ninguém ainda disse ao improvisado explicador que as reformas penais abrangem os dois códigos e que por exemplo, o Código Penal foi alterado de modo a influenciar decisões já transitadas.

Depois, faz o coro da justificação da alteração dos prazos da prisão preventiva, mencionando o escandaloso facto de Portugal ser dos países com maior número de presos preventivos. O facto é falso, como o demonstra um estudo internacional do King´s College, mas o especialista repete a aleivosia para acompanhar o escrito opinativo, e tem o distinto desplante de escrever que nenhum dos presos até agora solto, em consequência da nova lei penal, “integra a categoria que o leitor chama os criminosos mais violentos”.

Está visto que não leu notícias desta semana, com referência à libertação de um violador de uma criança deficiente. Ou então, este tipo de crime não integra a tipologia particular do observador de tudo o que mexe, no que se refere aos criminosos mais violentos. O que aliás, parece ter alguma lógica porque nunca se viu o mesmo a escrever fosse o que fosse em prol das vítimas de abusos sexuais da Casa Pia, mas podem ler-se fartas referências a outros, através dos ataques despudorados, aos investigadores, entendidos objectivamente como inimigos de classe e quiçá, pessoas de baixa índole e extracção, porque abusadores de direitos alheios.

Ainda agora, no escrito, continua a bater no ceguinho da ignorância generalizada, ao dizer que no famigerado processo se assistiu “ à sucessão de atropelos, enormidades e abusos de toda a ordem”, sem exemplificar um único dos atropelos ou uma só enormidade, dando como assente a veracidade da ignomínia.

No fim do escrito, vem a pérola do costume: “as escutas telefónicas sem controlo e sem razão de justiça” ( sic), e a “possibilidade de maratonas nocturnas de interrogatórios”, destinam-se apenas a um efeito: “habilitar os investigadores com a mais clássica, a mais fácil e a mais fraca das provas: a auto-incriminação do arguido”. Quando se poderia esperar um lampejo de bestunto esclarecido que nos elucidasse sobre a vantagem da obtenção da verdade material em relação a malfeitorias ou sobre as condicionantes que restringem a validade da prova em Inquérito à sua reprodução em audiência de julgamento, eis que afinal nos deparamos com mais uma das maravilhas da sua particular ciência jurídica.

Lendo tudo, não se percebe tanta sanha, contra quem investiga em nome do povo, crimes e malfeitorias, antes se apresenta um mundo ao contrário ou com uma encenação estranha e digna de Alice no país das maravilhas.

A não ser que o problema venha todo do célebre álbum fotográfico, no tal processo…porque aí o tudólogo encartado, tem a razão toda da sua lógica particular: sendo a lei igual para todos, há sempre uns que são mais iguais que outros, E um tudólogo está sempre entre os da primeira categoria, como se sabe. Assim, fica tudo explicado
."

José na Grande Loja

A QUADRILHA

"Peço desculpa a Drummond de Andrade pela paráfrase: o sr. Sá Fernandes é vereador do Bloco de Esquerda, que venera Trotsky, que idealizou os modernos campos de concentração, que encarceraram milhões de pessoas, que morreram às mãos de criminosos, que tentaram impor as maravilhas do autêntico socialismo, que é a utopia do dr. Louçã, que ama Hoxha, que amava Estaline, que se amava a si próprio e que matou toda, ou boa parte, da quadrilha. Ainda assim, contam os jornais que o sr. Sá Fernandes está perturbadíssimo perante a eventualidade de trabalhar na autarquia lisboeta com Maria José Nogueira Pinto, a senhora que sugeriu enxotar as lojas chinesas da "baixa" e que admite simpatia por Salazar. O sr. Sá Fernandes é dado a perturbar-se com tolices e a aguentar uma postura inflexível defronte do horror extremo. Talvez seja a "dignidade sob pressão" de que falava Hemingway. Ou então é outra coisa completamente diferente, de que nem eu falo."

Alberto Gonçalves

E a criminalidade continua a diminuir...

"Fechadas duas horas na mala do próprio carro. Duas mulheres foram assaltadas, à saída de um restaurante, na Foz do Douro, no Porto, por quatro indivíduos encapuzados e armados, cerca da meia noite de ontem. Os assaltantes obrigaram-nas a entrar para a mala do carro e, mais tarde, a efectuar levantamentos de Multibanco. Cerca de duas horas mais tarde abandonaram-nas em estado de choque, na zona industrial de Mindelo, na freguesia de Modivas, Vila de Conde (mais aqui)".

domingo, setembro 23, 2007

Os erros segundo Francisco George

Erros médicos.

"Pelo menos sete por cento dos doentes internados sofrem infecções hospitalares devido a erros médicos, "incidentes" que podem ser reduzidos e evitados se todos os casos forem investigados, disse hoje o director-geral da Saúde, Francisco George."


(Roubado de um post do Dr Assur)

Como no caso da menina que desapareceu é preciso procurar o criminoso, neste caso quando mete política leva-me a pensar que nada vai acontecer e que não vai aparecer nada excepto muitos milionários a se oferecerem para defender pais negligentes. È assim na pátria do liberalismo e do pedantismo, felizmente em fase de prazo expirado. Infelizmente a Mãe Natureza não empurra aquela ilha para o outro lado do oceano para perto dos outros.
As bactérias do meio hospitalar deveriam ser o criminoso, mas não são a arma do crime..
Neste caso é erro médico, porque na mente do burocrata, formado na escola que bebeu de stalin, a bactéria tem de ser vencida, a ciência tudo pode e a STASI deve ser posta em acção, (gosto mais da stasi, dá mais pica que a KGB).
Acusar, o homem sabe, diz que é erro médico e como médico que passou uma vida atrás de uma secretária, passou para o lado das bactérias, defende-as e a culpa é de quem não as conseguiu eliminar.
Assim, como o chefe que o nomeou, em fim de carreira, como é conveniente, a culpa é dos médicos que não lavam as mãos.
Lembra-me um episódio do DR House quando o homem já desesperado descobriu a causa de uma infecção hospitalar que estava num espirro de uma pessoa de uma dessas empresas de limpeza, de outsourcing, de trabalho temporário, que normalmente pertencem aos amigos dos amigos dos administradores e dos políticos, que levava um peluche (ai os peluches...), que depois entregou a uma criancinha internada, com a ranhoca incluída, e depois distribuiu, as toalhas, os lençóis e essas coisas que estas pessoas fazem.
As luvas foram sempre as mesmas, made in malásia e depois com o timbre de feito em Bristol.
Portanto o homem que se foi médico, foi por pouco tempo, acusa, quando deveria tomar a iniciativa de investigar, porque sabe quem é o culpado, só tem assim de provar, em vez de acusar; porque os mestrados, devem servir para alguma coisa, para além dos curriculum.
Depois destes desconsiderandos, são só os médicos que mexem nos doentes.
Vejamos:
Enfermeiros e auxiliares, outros doentes, quando o enfermeiro não atende o tocar da campainha, os médicos, e os familiares, se tiverem visitas.
Depois o próprio doente e o seu registo de defesas, de costa e antiaéreas e por fim as bactérias que teimam a cumprir o que a mãe Natureza lhes ensinou, sobreviver e reproduzir-se.
Estes Iluministas de pacotilha nunca mais aprendem, a ter tento na língua e a usar aquela coisa que está por cima do pescoço, dentro da caixa craniana, ou então trata-se apenas de política da merda, desculpem o termo, mas fez-me lembrar uma observação, de um interno de cirurgia, coisa que apenas ouvi falar, e a observação deu-se durante uma intervenção em que o dito interno fez um comentário acerca do abdómen.:
-“É uma caixinha de surpresas”.
O cirurgião velha raposa e dado a filosofias mais complexas, respondeu: “ Muitas vezes é uma caixinha de merda é o que é! Reparou no cheiro?”
Trata-se de um guião para um romance tipo: "Quem é o assassino"? Podem aproveitar.

23 de Setembro

The Battle of Marathon (490 BC) was the culmination of King Darius I of Persia's first major attempt to conquer the remainder of the Greeks and add them to the Persian Empire, thereby securing the weakest portion of his Western border.

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The Battle of Blore Heath was the first major battle in the English Wars of the Roses and was fought on September 23, 1459, at Blore Heath in Staffordshire, two miles east of the town of Market Drayton in Shropshire, England.

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The Siege of Vienna of 1529, as distinct from the Battle of Vienna in 1683, represented the farthest Westward advance into Central Europe of the Ottoman Empire, and of all the clashes between the armies of Christianity and Islam might be signaled as the battle that finally stemmed the previously-unstoppable Turkish forces (though they continued their conquest of the Austrian-controlled parts of Hungary afterwards).

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The first gas experiments are conducted at Auschwitz (1941).

Richard Nixon makes his "Checkers speech" wich was a speech given by Richard Nixon on September 23, 1952, when he was the Republican candidate for the Vice Presidency. It was one of the first political uses of television to appeal directly to the populace.

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Quem controla os controladores?


Todos os dias nos aparecem pela casa dentro os zelosos funcionários da conhecida polícia a que se designou chamar ASAE.
Normalmente os senhores das televisões aparecem com os agentes, acompanhados por outros agentes armados, com coletes à prova de bala, com cara tapada, como faz a conhecida polícia do país Basco, e com o emblema lustroso, que de vez em quando aparece em grande plano.
Mas porque carga de água as televisões aparecem logo ali, assim de repente?
São as brigadas do politicamente correcto, da merda correctamente rotulada, sendo merda, estando rotulada e devidamente embalada pode passar e ser consumida pela carneirada.
É claro que nos vão obrigar a comer granulado, como os suínos, que a propósito de bem estar animal, também costumam ser visitadas por tais brigadas.
Há empresas que numa semana são visitadas por várias brigadas que zelam, pelo bem estar da carneirada e do resto da animalária.
De vez em quando, fazem uma visitas às grandes superfícies, mas essas nunca vi na televisão o que deve ser um lapso, até porque é aparelho que está na lista para ir para o lixo.
É claro que os milhões de apreendidos pelo senhor Nunes e mais as multas e coimas, fazem esta coisa, a que chamo de sítio, andar.
Isto é saudável para o comércio , principalmente para as grandes empresas.
Espero só que um dia o feitiço não se volte contra o feiticeiro e que o sorriso do senhor Nunes, Deus o guarde, um dia não fique preso por arames, é que a história ensina, que por vezes, a arraia miúda torna-se num grupo de gente pouco dada a festas, como contava Fernão Lopes.
Aconselha-se apenas que os senhores inspectores, arranjem os dentes que se lavem de vez em quando, porque, sinceramente, por vezes há alguns que não devem ver água e sabão há muito, mas pode ser apenas o aspecto que alguns humanos, por mais que se cuidem e na frente de um porteiro á antiga, nunca entrariam num lugar minimamente decente.
Uma coisa me faz confusão, é se as brigadas ganham á comissão, sobre as multas, atendendo à alegria que exibem quando fazem apreensões de isto e daquilo.
É claro que nada disto também faz confusão num país de carneiros e de bufos, que muito gostam de se queixar, desde o vizinho ao amante da mulher que lhe põe os cornos, com queixas que não são de alcova.
Agora vai começar a habitual campanha contra a gripe dos passarinhos, galinhas, patos, tordos, melros e bicharada que costuma ter o hábito de migrar, como os humanos.
Vai começar a campanha, não vá a mãe natureza se enganar e transformar um vírus da constipação dos patos, num daqueles vírus que ainda não sabem que número terá, H5 N1 é que não pode ser.
Como o papão, daqueles tenebrosos que dão cabo da teoria de Malthus e que alegria seria, para que finalmente aquelas figurinhas de gabinete, que há muitos anos tiraram um curso de medicina, virem organizar ordeiramente os indígenas que habitualmente ao menor espirro correm a contaminar-se uns aos outros, resolvendo assim, se a Mãe Natureza contrariar estes iluministas de pacotilha, o problema do défice, da segurança social e outras coisas que estão todas a correr muito bem. Espero que as encomendas que fizeram à Roche ainda estejam dentro do prazo.
Pois eu digo, que venha, no sítio é melhor uma praga como deve ser, que a praga de todos os dias, de ver o senhor Sócrates, o senhor Cavaco, o senhor operário, o senhor que quis ser padre, o senhor dos túneis, o anão e o outro, o actor do you tube, o geronte que vai zelar pelas religiões, os vitorinos, os mouras e toda a matrucalha que tornam isto uma coisa cada vez mais mal frequentada.

.De Goethe: “ O homem nunca é enganado; engana-se a si próprio”

My Maria

PELA NOSSA SAÚDE

"Apesar dos preços aplicados em Portugal insinuarem o contrário, o automóvel é um produto de venda livre. O consumidor que adquire um carro fá-lo na presunção de que o poderá utilizar, a gosto, nas vias públicas destinadas ao efeito. A presunção, embora apoiada na lei, depara-se com obstáculos arbitrariamente levantados pelos poderes políticos. Uma vez por ano, dezenas de autarquias resolvem aderir ao Dia Europeu Sem Carros. O Dia Europeu Sem Carros, que hoje culmina a Semana Europeia da Mobilidade, encerra o trânsito aos ditos em consideráveis parcelas dos municípios aderentes. Como se supõe, a medida não tem quaisquer implicações no decréscimo da alegada poluição, mas permite que autarcas e umas dúzias de acólitos se passeiem de bicicleta, simulando vigor físico, um espírito atento às questões ecológicas e um vasto desprezo pelos demais cidadãos, cujos interesses são trocados por acções de propaganda. Mesmo que teoricamente os cidadãos possam invocar os seus direitos, as forças de segurança teoricamente encarregues de os defender estão, na prática, do lado oposto, a acarinhar o dúbio direito de um presidente de câmara perturbar, sem motivo razoável, a vida alheia.

É verdade que, em certos municípios, a arrogância inerente ao Dia Sem Carros não se nota. No Porto, por exemplo, é raro o fim-de-semana em que as principais ruas não acabem vedadas aos carros comuns para receber carros de corrida, aviões de corrida, corridas a pé e tudo o que, ao invés da desejável rotina urbana, seja pretexto para aparições públicas do dr. Rio.

Noutras cidades, porém, o Dia Sem Carros leva as pessoas a pensar. Não na ecologia, ou numa adormecida vocação ciclística: a pensar na falta que um carro faz. E isso se tiver tempo. No passado domingo, em Lisboa, um homem sofreu um eventual enfarte antes de pedalar na abertura da Semana da Mobilidade. A ambulância do INEM levou séculos a chegar à Praça do Comércio, fechada ao trânsito graças à Semana da Mobilidade. O homem morreu ali, a uns metros do dr. António Costa, sem auxílio, sem responsáveis confessos e sem comentários, por favor
."

Alberto Gonçalves

Erros médicos.

"Pelo menos sete por cento dos doentes internados sofrem infecções hospitalares devido a erros médicos, "incidentes" que podem ser reduzidos e evitados se todos os casos forem investigados, disse hoje o director-geral da Saúde, Francisco George."

Separação de poderes.


"O procurador-geral da República (PGR) vai ficar sem autonomia para atribuir a uma determinada polícia uma investigação criminal. É o que resulta da proposta de Lei da Organização da Investigação Criminal (LOIC) que o Governo está a preparar para levar à Assembleia da República (AR). Este futuro diploma vai obrigar a que o PGR, antes de tomar uma decisão daquele teor, consulte sempre o secretário--geral do Sistema Integrado de Segurança Interna (SISI), que depende do primeiro-ministro (mais aqui)."
Lá se foi a separação de poderes. "A Teoria da Separação dos Poderes ou da Tripartição dos Poderes do Estado é a teoria de ciência política desenvolvida por Montesquieu, no livro O Espírito das Leis (1748), que visou moderar o Poder do Estado dividindo-o em funções, e dando competências a órgãos diferentes do Estado. As idéias de Montesquieu partiram principalmente das teses lançadas por John Locke, ainda que implicitamente, cerca de cem anos antes. A idéia da existência de três poderes, outrossim, não é nova, remontando a Aristóteles, na obra Política.


No Espírito das Leis, Montesquieu, analisa as relações que as leis têm com a natureza e os princípios de cada governo, desenvolvendo a teoria de governo que alimenta as idéias do constitucionalismo. Neste, busca-se distribuir a autoridade por meios legais, de modo a evitar o arbítrio e a violência. Tais idéias se encaminham para a melhor definição da separação dos poderes, ainda hoje uma das pedras angulares do exercício do poder democrático. Montesquieu admirava a Constituição inglesa, mesmo sem compreendê-la completamente, e descreveu cuidadosamente a separação dos poderes em Executivo, Judiciário e Legislativo, trabalho que influenciou os elaboradores da Constituição dos Estados Unidos. O Executivo seria exercido por um rei, com direito de veto sobre as decisões do parlamento. O poder legislativo, convocado pelo executivo, deveria ser separado em duas casas: o corpo dos comuns, composto pelos representantes do povo, e o corpo dos nobres, formado por nobres, hereditário e com a faculdade de impedir (vetar) as decisões do corpo dos comuns. Essas duas casas teriam assembléias e deliberações separadas, assim como interesses e opiniões independentes. Refletindo sobre o abuso do poder real, Montesquieu conclui que "só o poder freia o poder", no chamado "Sistema de Freios e Contrapesos" (Checks and balances), daí a necessidade de cada poder manter-se autônomo e constituído por pessoas e grupos diferentes."

Código Casa Pia.

"Todos os magistrados conhecem os problemas da sucessão de regimes. Além disso, os órgãos que coordenam as magistraturas talvez pudessem ter organizado, antes das férias judiciais, um plano de acção eficaz. Tendo-se gerado o consenso democrático, o sistema judicial deveria ter feito um esforço de adaptação. Se algum arguido perigoso foi libertado, isso demonstra que se teria justificado o aceleramento prévio do processo. Agora, a pior solução seria suspender a vigência da lei, o que não impediria a sua aplicação por ser mais favorável. Qualquer magistrado deverá ser forte como Hércules, no dizer de Dworkin, e não um arauto do alarme social. Como refere Montesquieu, o seu poder é “nulo” – cabe-lhe decidir segundo a lei democrática e constitucional (mais aqui)."

A esposa do pai do Código Casa Pia é engraçada. Como os detidos preventivos são “alguns”, isso requeria não um trabalho herculiano mas sim a contratação de Luís de Matos ou outro mágico.

De qualquer forma convém salientar a defesa do reduzido “vacatio legis”. Efectivamente é preciso “coragem” para defender o que todos consideram inadequado. Enfim, ao magistrado cabe somente calar a boca e obedecer porque, tal como o mordomo, a culpa é sempre dele.

Gimme Your Love

De volta.

1/ "O líder do CDS/PP disse este sábado, em Santarém, que, no debate mensal com o primeiro-ministro no Parlamento, realizado sexta-feira, ficou com «a certeza» que tem «uma missão a cumprir» como alternativa ao actual Governo, escreve a Lusa. «Ontem ficou claro que o líder da oposição de quem o primeiro-ministro, José Sócrates, não gosta é o líder do CDS/PP»

2/ "Ou se faz oposição a sério na AR ou não vale a pena estar lá", afirma Santana Pedro Santana Lopes admite avançar para a presidência do grupo parlamentar do PSD."

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É A CONCORRÊNCIA (AO ESTILO EUROPEU), ESTÚPIDO!

"Não é por considerá-los retardados que a União Europeia deixa de amar os seus cidadãos. Sendo louca por eles, pretende evitar que lhes aconteça algum mal. Tomando-os por estúpidos, sabe que a sua hipotética liberdade, prejudicada pelo escasso discernimento, os conduziria a trágicos desenlaces. Em consequência, a missão da UE consiste em resguardá-los da possibilidade de escolher (erradamente) e, em simultâneo, forçá-los a escolher (acertadamente). Estes tocantes cuidados reflectem-se nas instâncias políticas da UE, que em geral dispensam o voto popular, e na vida quotidiana.

Veja-se o caso Microsoft. Uma esmagadora maioria dos computadores europeus está equipada com software da empresa americana. O consumidor europeu, na sua ignorância, adquire produtos da Microsoft por achá-los incomparavelmente mais eficazes ou mais baratos que os similares. A Microsoft, para cúmulo da desvergonha, adiciona software gratuito ao Windows e ao Office, e o consumidor, na sua cegueira, recebe os brindes com satisfação.

O consumidor é uma besta. Por sorte, uma besta defendida pela vigilância da UE, que em 2004 condenou o tenebroso Bill Gates por "abuso de posição dominante" e vê agora um tribunal seu e isento confirmar a multa de 497 milhões. Trata-se de um enorme passo para libertar o europeu médio das suas decisões individuais e orientá-lo no sentido do Bem, leia-se da quinquilharia informática cara e disfuncional que ele até aqui recusava. Os competidores da Microsoft, protegidos da obrigação de agradar à clientela, agradecem. A Microsoft, que mudou o mundo, resigna- -se ao rancor de ociosos sem préstimo. Os ociosos acrescentaram 497 milhões aos genéricos subsídios da prostração. E o consumidor, salvo de si mesmo, é capaz de não perceber devidamente este extraordinário triunfo em prol de uma extraordinária concepção de concorrência. O consumidor, não sei se já referi, é idiota
. "

Alberto Gonçalves

Novas do "Código Casa Pia".

"A GNR de Almada deteve dois suspeitos de pertencerem a um gang de quatro elementos que terá cometido pelo menos cinco roubos à mão armada na última semana, na Margem Sul. Presentes ontem a tribunal, os dois jovens, de 19 e 21 anos, residentes na Amora, Seixal, foram postos em liberdade apenas com termo de identidade e residência. Segundo apurou o CM, o gang era procurado por PJ e GNR por ter feito três carjackings (dois na Charneca de Caparica e um em Almada) e dois assaltos armados a ourivesarias (no Poceirão e Corroios). Já tinham cadastro por roubos."

sábado, setembro 22, 2007

Nazaré.


A lenda:
D. Fuas Roupinho, cavaleiro destemido e almirante da armada portuguesa no tempo de D. Afonso Henriques, era um grande devoto de Nossa Senhora de Nazaré. Talvez porque fosse sensivel ao facto daquela imagem ter vindo da terra onde viveu Jesus e em circunstâncias misteriosas.

Um dia, quando D. Fuas ia em perseguição de um veado numa manhã de forte nevoeiro, sucedeu que, com o entusiasmo de alcançar o animal, não se apercebeu que por trás duns rochedos altaneiros se ocultava o mar impetuoso.

E avançou sempre até que deixou de ver o veado e sentiu que ia precipitar-se também no abismo.

Naquele instante de aflição, cheio de fé, pediu à Virgem Nossa Senhora que lhe valesse. Então o cavalo estancou, e com as patas dianteiras levantadas, já fora da penedia, conseguiu equilibrar-se e não cair no enorme precipicio.

E ainda hoje, se vêem marcadas nas rochas as ferraduras do cavalo de D. Fuas Roupinho e na capelinha, lá está nossa Senhora de Nazaré a receber a veneração dos que crêem e não esquecem o milagre.



A terra:
A Praia da Nazaré é uma vila conhecida pelas suas gentes típicas, pelas tradições e costumes, pela areia branca e macia e pelo imenso mar azul. Na época de Verão lá se encontram as famosas barracas de cores vivas ao longo da praia. Por cima desta beleza podemos encontrar o Sítio e a Pederneira.
O Sítio, desde sempre acompanhado pela lenda do alcaide D.Fuas Roupinho, é uma localidade visitada por muitos peregrinos.

Sky Overture

Não é que acertou?

"José Sócrates passa a vida a atirar-nos à cara que o PSD é o responsável por o país estar parado e o PSD parece que anda com esta carga aos ombros, que aceita essa responsabilidade», salientou Menezes, num almoço em Viana do Castelo, que reuniu cerca de mil apoiantes.

Para Menezes, é chegada a hora de «repor a verdade», recordando que, desde 1995, quando Cavaco Silva deixou o governo, «os socialistas governaram nove anos e meio e o PSD apenas esteve no governo dois anos e meio. Se o país está mal, a factura deve ser passada à irresponsabilidade e à incompetência dos socialistas
»

Humanos, esses seres estranhos…

"Um casal bósnio está a divorciar-se depois de descobrir que eram amantes um do outro na Internet. Segundo o Metro britânico, Sana, de 27 anos, e Adnan Klaric, de 32, encontraram-se numa uma sala chata utilizando os nicks «Sweetie» e «Prince of Joy». Ambos achavam que tinham encontrado uma alma gémea com quem passariam o resto das vidas. O curioso é que ambos reclamavam dos mesmos problemas nos seus casamentos.

A verdade só foi descoberta quando combinaram um encontro. Agora, o casal está a divorciar-se e cada um acusa o outro de traição. «De repente, eu estava apaixonada. Era maravilhoso porque parecia que ambos estávamos presos ao mesmo tipo de casamento infeliz. Senti-me traída», disse Sana ao jornal.Para Adnan, «é difícil acreditar que Sweetie, que escreveu coisas tão maravilhosas, é, na verdade, a mesma mulher com quem me casei e que não me disse uma única palavra carinhosa durante anos
».

"Debates parlamentares ganham clareza "

"O novo modelo de debate parlamentar mensal é melhor que o anterior. Obriga a uma gestão cerrada do tempo e os preliminares são mais curtos. As polémicas com cada bancada da oposição têm princípio, meio e fim.

Nesta versão híbrida até ao fim do ano, José Sócrates ainda explora a vantagem competitiva de avançar com um tema introdutório, no qual se move com inteira segurança. Mas isso acaba em Janeiro de 2008. O que fica exige uma outra estratégia de resposta por parte do chefe do Executivo. Ontem assistimos por parte do primeiro-ministro a três mecanismos de resposta: questionar a veracidade dos dados avançados pelo Bloco de Esquerda quanto a três casos de conflito de interesses entre sector público e privado; fugir a uma explicação positiva dos evidentes atrasos na concretização da 3.ª fase do PRACE, questionando a legitimidade de Paulo Portas fazer a pergunta, por nada ter feito de comparável em três anos de governação; recusar-se a responder ao problema do amianto nas instalações escolares, divagando a despropósito sobre a produção de transgénicos.

Com este novo figurino, as perguntas pertinentes ao Governo ganham maior ressonância e pedem respostas claras.
As evasivas dão muito nas vistas. José Sócrates tem de se preparar melhor para estar à altura do desafio que ele próprio criou."

Editorial do DN

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