sábado, janeiro 31, 2009

Em 2008 o crime violento aumentou entre 8 e 12%

"É cada vez maior a pressão para o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, antecipar a divulgação dos dados da criminalidade de 2008. As estimativas, que apontam para um aumento, já chegaram ao Parlamento e a oposição acusa o ministro de ter medo dos números (mais aqui)"
Nada que uma explicação “científica” não resolva. Confessamos que estamos curiosos.

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“Xenofobia”.

"Cerca de 30 portugueses estão a deixar os postos de trabalho na refinaria de Lindsey, da empresa petrolífera Total, devido aos protestos xenófobos dos trabalhadores no Nordeste de Inglaterra que entraram em greve contra a contratação de mão-de-obra estrangeira (mais aqui)"
A “Orquestra Vermelha” quase que se afoga em saliva quando consegue empregar os chavões que lhes são tão queridos. Não se trata de racismo mas de empregar trabalhadores com salários muito baixos despedindo os nacionais (ingleses) que ganham mais. Ao contrário do que afirma a salivante “Orquestra Vermelha”, a situação não é favorável aos portugueses que, fugindo do desemprego deste “Oásis”, são explorados à grande "lá fora".

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E a criminalidade continua a diminuir...

1/ "Mãe de Vítor de Sousa assaltada. Segundo Vítor de Sousa, Claudina "já foi assaltada mais do que uma vez", uma delas com bastante violência (mais aqui)"

2/ "Foi uma perseguição digna de um filme que acabou com a detenção dos dois fugitivos, um brasileiro e um português, com idades entre os 20 e os 30 anos (mais aqui)".

3/ "Três homens encapuzados, vestidos de negro, estão a semear o terror no concelho de Loulé (mais aqui)"

4/ "Três indivíduos encapuzados, armados de caçadeiras, entraram de rompante, na padaria e Confeitaria Doce Romana, em Lourosa, S. Maria da Feira, e apontaram as armas a clientes e funcionários (mais aqui)"

5/ Etc...

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No Texas.

"Resiste a assalto e leva três tiros (mais aqui)"

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A prova está feita!

"Sócrates é suspeito para os ingleses mas não o é, até ao momento, para a justiça portuguesa. A carta rogatória britânica não tem factos "juridicamente relevantes" para o procurador-geral da República e será integralmente baseada numa carta anónima que deu origem ao processo, em Portugal, mas, já se viu, que os servidores de sua majestade não largam o osso.

Enfim, a questão está transformada num verdadeiro quebra-cabeças para o cidadão comum e num imenso lamaçal para a vida política e para a justiça. Não apenas para Sócrates e PS mas para todos os que exerceram o poder nos últimos vinte anos. A política e a justiça estão recheadas de episódios inexplicáveis. Ou porque a lei não permite a prova, ou porque a cooperação internacional não ajuda, ou porque não há meios, ou porque há sempre milhares de ‘porques’...

Uma coisa é certa: este é apenas mais um caso que faz a prova da crise de regime que vivemos há mais de duas décadas. Não há transparência nos mecanismos administrativos, há uma partidarização do poder legislativo, de há muito que se assiste a uma tentativa brutal de controlo do poder judicial, a corrupção não é investigada a sério. Do lado da justiça, pactuar com mecanismos anacrónicos de funcionamento e não assumir a eficácia e a celeridade como paradigma já só contribui para a desgraça geral que é o estado actual da Nação
."

Eduardo Dâmaso

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Até amanhã e boa sorte!

Imputabilidade.

"O presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro, defendeu esta sexta-feira que nenhum jovem com menos de 16 anos possa ser criminalizado. «Há um aumento da participação de jovens em crimes graves mas isso não significa que se deve diminuir a idade da imputabilidade em Portugal (mais aqui)"
O ideal seria 21 anos...

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Medo de prender.

"Juízes, procuradores e polícias assumem que estão com medo de prender suspeitos devido à nova lei da responsabilidade civil extracontratual do Estado. As conclusões são do relatório de avaliação das novas leis penais, em vigor desde Setembro de 2007 (mais aqui)".

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Forte Apache

"A esquadra da PSP do Casal de São Brás, Amadora, foi inaugurada pelo então secretário de Estado da Administração Interna, Rui Pereira, em 2001. Trata-se de um departamento da PSP que está instalado no bairro social do Casal da Boba, que serve de realojamento aos ex--moradores dos bairros de barracas das Fontainhas, Estrela de África e 6 de Maio. Esta esquadra, que faz parte da Divisão da Amadora, é a única do País que está blindada contra ataques externos. Todas as janelas, bem como a porta deste departamento da PSP, estão cobertas com uma malha metálica fina, com o intuito de a proteger contra apedrejamentos. No ano passado, o efectivo da esquadra conseguiu travar uma tentativa de invasão das instalações, não vindo a efectuar quaisquer detenções (mais aqui)"

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Sem comentários

"Assim que viu o caminho tapado por viaturas e agentes da PSP, o condutor não hesitou e atirou a matar. Sozinho, acabara de ir de propósito disparar contra a esquadra do Casal de São Brás, Amadora – e, ao ser encurralado na fuga por um grupo de polícias, baixou o vidro do pendura do Opel Corsa e disparou para abater logo um de três ou quatro agentes fardados que o tentavam parar. A bala rasou a cabeça de um polícia – não acertou por milagre (mais aqui)".

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Taxas de juro.

"As taxas Euribor registaram hoje uma nova descida em todos os prazos, sendo que a maturidade a três meses recuou para o nível mais baixo desde Abril de 2004 (mais aqui)".
E lá fora as taxas continuam a cair...

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Reforma educativa em curso...

Querido diário:

29 de Junho de 2009
paçei o 5º anuh. A p*ta da stora de mat, k é a nossa dt, n m kria deixar paçar pk eu tnh nega a td menus a ginástica, pk jogo bem há bola, e o crl... mas a gaija f*deu-se puke a ministra da idukaxão mandou dizer ao ppl k penxam q mandam aí nas xkolas masé pa baixarem os kornos k tds os socios com menos de 12 anus teiem de paçar... axu bem.

29 de Junho de 2010
passei o 6º anuh. ainda bem q ainda n fiz 13 anus, q ódpx podia n passar, qesta cena de passar com buéda negas é só até aos 12... f*da-se, fiquei buéda f*dido na m*rda deste ano, e ó c*ralho, o pan*leiro do stor d educassão física deu-me a m*rda do 2... assim tive nega a tudo... ainda bem q a ministra da iduqaxão é porreira, ela é q é uma sócia sbem: a xqola n serve pa nada, é uma seca. tive q aprender que os K's se escrevem Q, qomo em "xqola" e não "xkola", e que "passar" não é qom Ç... a xqola é porreira só pa qurtir qas damas qd gente se balda...

29 de Junho de 2011
Passei o 7º ano. Exte anuh ia chumbando pq tive nega a qase td menos a área de projetuh, mas aqela cena tb é facil, n se fax nd... Exte anuh a dt disseme q eu passava pq tinha aprendido qas fraxex qomexam qom letra maiúscula e pq m abituei a exqrever qom Q em vez de K, tipuh agora ja xei xqrever "eu qomo qogumelos qom quentruhs" em vez de "eu komo kogumelos kom kuentruhs". É fixolas, pode xer qum dia venha a ser um gamela famôzo...

29 de Junho de 2013
Passei o 9º ano. Foi buéda fácil, pqu a prof paxou-me logo. Fui ao quadro xqurever uma sena em qu dezia tipuh "aquela janela", e eu exqurevi "aqela janela", pqu dixeram-me qu n se xkqureve "akela", é quom Q e não quom K. Mas a profs desatinou quomiguh e dixe qu eu tnh qu pôr o U à frente do Q... Pur ixu exte anuh aprendi qu o Q leva U à frente. No próximuh anuh é o 10º, vou pá sequndária...

29 de Junho de 2014
Aquabei o 10º ano. Não foi muituh difícil só tive que aprender-mos a não exqureverem quom aberviaturas purque nem todas as palavras xe puderam aberviar mas ixtu foi uma bequa para o quompliquado purque quom esta sena do QU em vex de K e das aberviaturas exqueceramme de quomo é que se faxião os verbuhs nos tempuhs e nas pexoas, ou lá o que é... Mas a prof disse tass bem que no prócimo anuh a gente vê ixu.

29 de Junho de 2015
Passou o 11º ano. Foi mais fácil que o 10º. Aprendi que as frases devem ser mais qurtax. E aprendi também que "ano" não esqureve "anuh". Axo que no prócimo ano vai ser mais difícil. Purque a xeguir é a faquldade.

29 de Junho de 2016
Acabou o 12º. Fiquei buéda confuso porque tive de aprender a diferenxa entre usar o QU e o C, tipo "esCrever" e não "esQUrever". Quando eu usava o K era buéda mais fácil... A prof de português é buéda religiosa e anda a ouvir vozes de deus, porque dixe-me que eu não merexia passar, mas "xão ordens lá de xima"...

29 de Junho de 2017
Já fiz o primeiro ano da faculdade. Estou em ingenharia cevil na universidade lusófona. Tive um stor buéda mal iducado que me disse que eu era um ignorante porque às vezes escrevia com X em vez de CH, S ou C. Mas o meu pai veio cá com uma moca de rio maior e chegou-lhe a rôpa ao pelo. E depois fomos fazer queixa do gajo e a ministra despediu-o porque o gajo, não sei quê, parece que quis vir estragar aqui um muro nosso. Mas não sei essas senas. O meu pai é que me explicou uma cena qualquer de "danos murais"... O que é bom é que a ministra da iducação continua a mandar aqui nestes sócios da faculdade para eles não levantarem a garimpa contra nós.

29 de Junho de 2019
Acabei a minha licenciatura porque a ministra da iducação disse que tinhamos que passar sempre mesmo que não tivessemos notas, para não ficarmos astigmatizados. Acho que é uma cena que dá nos olhos quando se estuda muito. Agora vou fazer um mestrado e disseram-me que, quando acabar, vou ficar mestre. Eu quero ser de Kung-Fu.

29 de Junho de 2021
Já sou mestre. Afinal não sou de Kung Fu, sou de engenharia cevil. Os meus profs disseram que eu não devia estar em mestrado porque ainda não estava preparado, mas eu disse que o meu pai tinha uma moca de rio maior e que era amigo da ministra e já tinha mandado um bacano da laia deles para a rua e eles calaramsse. Agora vou fazer um doutoramento, porque a ministra da iducação diz que se não deixarem um aluno fazer o doutoramento só por causa das notas, ele fica com a auto-estima em baixo e isso perjudica a aprendizajem.

29 de Junho de 2023
Sou doutor. O meu orientador da tese ficou muito satisfeito porque eu já não dou erros ortográficos: ao longo destes dois anos, aprendi a escrever "engenharia civil" em vez de "ingenharia cevil" e também porque aprendi que a ministra é da "educação" e não da "iducação", mas lê-se assim. Entretantos casei. A minha dama chama-se Sónia e os pais dela ficaram muito felizes por ela ir casar com um doutor em engenharia civil. Ela não sabe ler nem escrever: só fez até ao 2º ano da licenciatura e depois foi trabalhar para o Minipreço. Já tá grávida.

29 de Outubro de 2023
Nasceu o meu filho! Chamei-lhe Júnior porque ele é mais novo que eu.

29 de Agosto de 2029
O Júnior vai fazer 6 anos daqui a 2 meses. Devia entrar para a escola este ano, mas estive a pensar muito bem e não o vou pôr na escola. Ele não precisa daquilo para nada, aprende em casa. Eu ensino-lhe a ler, que sou doutor, e a mãe ensina-lhe a fazer contas, que é caixa no Minipreço. A escola não vale nada. Acho que o sistema de ensino hoje em dia é uma m*rda. No meu tempo é que era bom.

CONFIANÇA E COMPETÊNCIA

"Em Maio do ano passado, a multinacional de componentes informáticos Qimonda, orgulho tecnológico da nação, apresentou os seus novos projectos para Vila do Conde: uma unidade de células solares, com investimento de cem milhões e criação de 150 ou 200 empregos, além de previsões para mais três fábricas na região. O ministro da Economia e o primeiro-ministro compareceram à cerimónia, enfiados naqueles fatos de protecção usados nos surtos de ébola. O primeiro-ministro mostrou-se encantado e apressou as presuntivas fábricas: "O terreno está a pedi-las", disse, e riu-se muito. Depois acrescentou que o "investimento é uma prova de confiança em Portugal e na competência dos portugueses".

Em Dezembro do ano passado, a Qimonda ameaçou falir, não fora um empréstimo de 325 milhões, dos quais 100 milhões garantidos pela CGD e pelo Governo. O ministro da Economia explicou que o problema estava resolvido e, melhor ainda, com benefícios caseiros. O primeiro-ministro mostrou-se satisfeito por ter salvado a Qimonda e prometeu que o Governo salvaria as empresas que pudesse.

Agora, a sede da Qimonda entregou um pedido de falência num tribunal de Munique. Aparentemente, os cem milhões com que o eng. Sócrates a salvou nem chegaram a ser emprestados a uma empresa que, evidentemente, faleceu com estrondo. O ministro da Economia declarou que o Governo "fez tudo" para viabilizar a fábrica de Vila do Conde. O primeiro-ministro declarou que o Governo "fará tudo" para viabilizar a fábrica de Vila do Conde.

Se o exemplo da Qimonda lembra que, com crise ou sem ela, o mercado não sustenta empresas com prejuízos anuais de 500 milhões (dados de 2008), também demonstra que Portugal possui, clara e felizmente, um Governo socialista, imune a cépticos, fariseus e à própria realidade. Não importa que o dinheiro dos contribuintes termine esfrangalhado ou apenas prometido em empreitadas ruinosas. Importa fingir que só o investimento público nos separa de um mundo imprevisível, principalmente para as cabeças dos que fazem da acção regeneradora do Estado um princípio e, não tarda nada, um fim
."

Alberto Gonçalves

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Malta à porta




Gravado no antigo Rock Rendez Vous para o Vivámusica...

Nada de vicios na Casa Branca...

29 de Janeiro de 1688 - Emanuel Swendenborg





Filho de Sarah e Jesper Swedberg, um pastor Luterano e capelão real que foi, mais tarde, Bispo de Skara. Formou-se em Engenharia de Minas e serviu ao seu país durante muitos anos como Assessor Real para assuntos de mineração. Após a morte do pai, sua família foi elevada à nobreza pela Rainha Ulrica, pelos méritos do Bispo Swedberg. O sobrenome familiar foi então mudado para Swedenborg e, assim, Emanuel, como filho mais velho, passou a ter lugar no Parlamento sueco, onde teve destacado papel durante muitos anos.

Foi catedrático de Matemática na Universidade de Uppsala, ao mesmo tempo em que pesquisava a fundo áreas tão distintas quanto anatomia e geologia, astronomia e hidráulica. Quando dominava o assunto, publicava obras sobre suas conclusões, obtendo o respeito de outros especialistas e autores das diversas áreas. Vários conceitos emitidos por Swedenborg, nesses estudos, são considerados como pioneiros. Em razão dessas realizações, Swedenborg passou a ser considerado um dos heróis nacionais na Suécia, razão porque seu retrato se encontra no hall da Academia de Ciências daquele país e seu túmulo entre os de reis suecos, numa catedral de Estocolmo.

Famoso pelas suas obras e rico por herança materna, esse homem dominou praticamente todas as ciências de seu tempo, até que, aos 56 anos, relata que um fato espantoso mudou sua vida. Afirma que foi designado pelo Senhor, que a ele apareceu em 1744, para a missão de ser o porta-voz da revelação do sentido interno ou espiritual da Bíblia, até então oculto. Ao ser revelado esse sentido, também foram abertos os segredos do "o Céu, e as Suas maravilhas, e o Inferno", como descreveu, e tornou-se, também, testemunha ocular dos eventos que constituíram o Juízo Final. Mais tarde, Swedenborg reconheceu que foi, aliás, por causa dessa missão espiritual que ele fora preparado pelo Senhor desde a infância, e progrediu nos conhecimentos naturais sem nunca olvidar a fé no Criador.

Os Escritos admiráveis que foram publicados a partir desse período têm influenciado mentes de homens, mulheres e crianças, tanto pessoas humildes quanto da realeza, anónimos ou lustres famosos, como Carlyle, Ralph Waldo Emerson, Baudelaire, Balzac, William Blake, Helen Keller e Jorge Luís Borges. No entanto, esses mesmos escritos teológicos e espirituais são motivo para que se façam julgamentos parciais e de interesses, lançando dúvida sobre a sanidade mental do autor e sua reputação científica anterior. Por causa de sua teologia, Swedenborg sofreu censura e forte perseguição por parte de religiosos cristãos em seu país, onde seus livros foram proibidos. De fato, a doutrina por ele exposta abala as bases da crença tradicional do cristianismo, a saber, em um Deus dividido em três pessoas, num sacrifício sanguinário de uma pessoa (o Filho), para aplacar a ira da outra pessoa (o Pai).
Por confrontarem à teologia cristã actual, suas obras foram tidas como heréticas, embora ele tenha sempre se declarado um servo do "Senhor Jesus Cristo". A teologia exposta por Swedenborg juntamente com o relato das experiências tão vivas no plano espiritual desconcertam muitos religiosos, os que, teoricamente, mais deviam saber sobre o espírito e a vida após a morte, pois que estas coisas foram dadas muitos desses indivíduos, sentindo-se ameaçados, reajam contra essa nova abertura da revelação e, especialmente, contra o autor, fazendo circular boatos difamadores a respeito de sua sanidade. Em virtude disso, também a sua reputação anterior de grande cientista e filósofo ficou comprometida.

Mas Swedenborg continuou a escrever e a trabalhar como antes, sem se importar com as críticas, convicto de que sua obra seria para um futuro distante, com a serenidade dos que sabem o que estão fazendo, serenidade que o acompanhou até a sua morte física, em 29 de Março de 1772, a qual ele também tinha previsto com semanas de antecedência.

Paperback Writer

E a criminalidade continua a diminuir...

"A mulher deixou por breves segundos o carro com o motor a trabalhar e os seus dois filhos lá dentro, em Monte Abraão, Sintra – mas foi o tempo mais do que suficiente para dois homens entrarem no Fiat Uno, às 13h15 de domingo, e sequestrarem as duas crianças. Enquanto a rapariga de 12 anos foi violentamente atirada para o chão ao fim de poucos metros, esfolando o corpo todo, o rapaz de apenas oito anos só foi largado meio quilómetro mais à frente. Seguiram-se outros roubos, ruas em contramão e 35 minutos a fugir à polícia no dia seguinte – até que a PSP de Alfragide apanhou um assaltante. O outro está a monte. O detido pela PSP da Amadora tem 38 anos e reside na zona de Alcântara, em Lisboa. É toxicodependente há vários anos e, no momento em que foi apanhado, saía da Cova da Moura, onde foi comprar droga (mais aqui)".
Estamos perante o novo tipo de heróis do politicamente correcto. Uma raça protegida que só nos merece o maior respeito…

P.S. Vende-se droga na Cova da Moura? Quem diria…

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Leis más.

"Para uma Justiça melhor, é necessário legislar melhor... Produz-se por vezes legislação que tem em vista uma realidade que não é a nossa... Tenho insistido na necessidade de as leis serem produzidas em estreita articulação com aqueles que conhecem as realidades em causa, de-signadamente a realidade judiciária ...Os magistrados precisam de leis de qualidade, redigidas numa linguagem precisa e segura... Os operadores judiciários têm de se consciencializar de que o sistema judicial não vive à margem da realidade do País (mais aqui)"...

Cavaco Silva
De facto parece haver um desfasamento entre os diversos agentes e a realidade. E deve ser para continuar…

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Um caso como os outros.

"O «caso Freeport» que está sob investigação «está na moda, mas é um caso como tantos outros», referiu esta quarta-feira o Procurador-Geral da República (PGR) ao ser confrontado com questões dos jornalistas sobre o processo (mais aqui)"
Evidentemente que um caso que envolve um primeiro-ministro é um caso como os outros… Até em matéria processual…

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A memória de Sócrates

"Em 2002, a três dias dumas eleições legislativas que o PS acabaria por perder, o Governo demissionário em que José Sócrates era ministro do Ambiente alterou os limites da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo.

Um Governo que ainda não sabe se sai ou fica, limitado nos seus poderes, não pode praticar este género de actos. No entanto, o mesmo Governo achou que mexer na área daquela zona protegida era uma decisão necessária e inadiável e foi o que aconteceu a três dias das eleições. Esta é talvez a primeira e principal interrogação, ainda não esclarecida, que o caso Freeport suscita: como explicar tanta urgência em mudar a delimitação da ZPE?

Se a mudança nada teve ver com o Freeport, teve a ver com o quê?

O licenciamento do Freeport era, tanto quanto se sabe, um projecto polémico que já tinha sido "chumbado", mais que uma vez, por motivos ambientais. Os promotores andavam agastados com a situação. Porém, no início de 2002 o processo de avaliação do impacto ambiental correu com surpreendente celeridade. O Freeport acabou por receber a declaração de impacto ambiental num prazo curto de 20 dias. Foi como se, de repente, tivessem começado as facilidades. Eis outra pergunta que naturalmente surge: o que é que mudou de substantivo no projecto para, num dia a sua "conformidade" ambiental ser impossível e, noutro, a sua resolução adquirir uma expedita simplicidade?

A terceira fonte de perplexidades está na reunião de que se fala entre José Sócrates e os promotores do Freeport, reunião que o primeiro-ministro começou por negar ter existido para admitir, dias depois, que afinal existiu. Para começar, suponho que vi duas vezes José Sócrates com lapsos de memória. A primeira durante o caso da sua licenciatura: havia muita coisa sobre a sua relação com o ex-professor António José Morais de que Sócrates não se lembrava. A segunda, agora, nas primeiras intervenções públicas que fez sobre o Freeport. Sempre que vai ao Parlamento ou à televisão, o primeiro-ministro nunca se esquece de um número ou de uma estatística. Nas explicações que já deu sobre o Freeport, Sócrates repete várias vezes que "não se lembra" sobre como decorreram os contactos com as pessoas do Freeport e nada adianta sobre o papel do tio no processo.

Quantos licenciamentos iguais ao Freeport passam pelas mãos de um ministro do Ambiente? Como é óbvio, o primeiro-ministro tem de fazer muito mais do que dizer que não se lembra do que sucedeu na reunião com os promotores do Freeport, sobre o que foi discutido e analisado, de quem esteve presente e de tudo o que dali saiu de tangível em benefício do próprio projecto. Politicamente José Sócrates precisa de se explicar. A ambiguidade com que o primeiro-ministro abordou até agora o assunto joga contra ele
."

Pedro Lomba

IRMÃOS DE SANGUE

"A retirada israelita de Gaza não significou exactamente um alívio para os indígenas. Agora, conforme os media contam com discrição ou não contam de todo, começou a fase da vingança, na qual o Hamas retoma uma tradição nativa e "persegue e golpeia com força" os "colaboracionistas" de Israel, para citar um porta-voz da amável organização. Outros relatos, com origem na Fatah, referem a tortura e a execução sumária de qualquer suspeito de "traição", cujo cadáver é lançado aos escombros da guerra.

Por mim, esperava que a "opinião pública" internacional, sempre tão atenta ao sofrimento dos palestinianos, se manifestasse contra o sofrimento desses particulares palestinianos. Mas não aconteceu nada. A ONU não condenou os actos. Os pacifistas do mundo inteiro não saíram à rua em protesto. Nenhum político responsável comparou os métodos do Hamas aos de Hitler. Valha a verdade, em Portugal verificou-se a mesma indiferença: nem o médico Fernando Nobre gritou indignado, nem o escritor José Saramago escreveu uma linha alusiva no seu blogue, nem o eurodeputado Miguel Portas regressou a Gaza a fim de testemunhar a nova etapa do genocídio.

Certamente estariam entretidos a aplaudir a proposta do Bloco de Esquerda para "geminar" Lisboa com Gaza, sob pretexto da "punição colectiva" a que os palestinianos foram sujeitos pelos ataques israelitas. A moção, aprovada em Assembleia Municipal, não tem uma palavra para a "punição colectiva" imposta aos palestinianos por aqueles que os plantaram na linha de fogo e que, não satisfeitos, desataram a liquidar alguns dos que sobraram a título purificador.

Nenhum espanto. De facto, as almas consumidas pela dor dos habitantes de Gaza têm por eles o interesse que eu dedico à columbofilia (evitemos dúvidas: nenhum). Vivos, não lhes valem de muito, e os mortos só servem se alimentarem a fúria anti-israelita, anti-sionista ou anti-semita em curso (evitemos dúvidas: é a mesma). Nisso, custa distinguir a autarquia lisboeta do Hamas. E se a comparação a uma seita criminosa não maçará o BE e o PCP, que votaram a "geminação", devia ser embaraçosa para os restantes e democráticos partidos que, em peso, se abstiveram de a rejeitar. Pelos vistos, não é. A capital está em óptimas mãos.
"

Alberto Gonçalves

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Destruição

O Cardeal tem razão, pois claro que tem !






REGRESSAR A CASA ALHEIA

"Comparadas com a cobertura televisiva da tomada de posse de Obama, as cerimónias de Fátima parecem cerimónias pagãs. Em trinta e nove anos de vida, não me lembro de ver tantos repórteres tomados por tamanho fervor religioso, e não sabia existirem tantos sinónimos da palavra Messias. A alguns dos nossos correspondentes em Washington, por exemplo, pouco terá faltado para que abandonassem carreira, cônjuge e filhos e se dedicassem a espalhar a palavra de Obama, o profeta que, devidamente predestinado, fez História mal nasceu.

De resto, é positivo que milhões de criaturas festejem o "regresso" aos valores da "verdadeira" América, que o malvado George W. suspendeu durante oito anos de trevas. Apenas gostaria de ser informado de que valores e de que América falamos. A de Clinton? A de Reagan? A de Nixon? A de Johnson? É certo que Kennedy, inábil e de mandato breve, ainda excitou uma pequenina fracção dos marxistas europeus. Mas não recordo outro presidente americano que o imitasse na excitação. Recordo que todos, mais "intervencionistas" ou "isolacionistas", mereceram a repulsa generalizada da esquerda internacional, incluindo aquela que, entorpecida por Obama, imagina voltar, de braços abertos e coração saudoso, a um lugar onde nunca esteve.

Além de inaugurar um futuro mítico, a "mudança" de Obama é tão possante que inventou um passado mítico a inúmeras criaturas. Não convém acordá-las. Os factos, ou a gradual descoberta de que, no essencial, também a "mudança" é mítica e a América de Obama é a América de sempre, tratarão do assunto
."

Alberto Gonçalves

terça-feira, janeiro 27, 2009

Propaganda

Voz do Operário - Lisboa



O projecto do arquitecto Norte Júnior, onde se encontra instalada a sede de “A voz do Operário”, caracteriza-se pela conjugação entre a monumentalidade e equilíbrio de massas e a funcionalidade do espaço interno.

O alçado principal é constituído por três corpos: um central, ligeiramente recuado e dois laterais. O corpo central apresenta dois pilares colossais, encimados por um frontão curvo; no piso térreo observam-se três portas geminadas em arco perfeito que dão acesso ao interior; e, distribuídos pelos segundo e terceiro andares, encontram-se vãos rectangulares ou de verga curva; No último piso destaca-se um arco abatido a enquadrar um grande janelão envidraçado emoldurado por motivos geométricos e arquitectónicos. Nos corpos laterais organizados com acentuada simetria, de forma a equilibrar a composição arquitectónica, desenvolvem-se três andares separados por frisos de cantaria, com vãos rectangulares tripartidos por colunas de cantaria, no andar térreo, e janelas de peito de bandeira curva nos restantes.


IPPAR

Malditos ingleses

"O senhor presidente do Conselho disse aos indígenas deste sítio cada vez mais corrupto e cada vez mais mal frequentado que estava indignado com as notícias sobre o caso Freeport e que ia defender a sua honra e honestidade até ao fim.

Também avisou, não se sabe bem a quem, de que não era com este tipo de ataques que o atiravam ao tapete. Falou ainda em insultos e difamação. Tudo com um ar feroz, a olhar sabe-se lá para quem. Para os jornais e jornalistas não era certamente, porque não foram eles que licenciaram o empreendimento de Alcochete a três dias das eleições de 2002. Para os dirigentes da Oposição não era certamente, porque têm estado mudos e quedos.

A indignação, os avisos, as ameaças, a voz alterada, o ar de animal ferido não podem ter como alvo o procurador do Montijo e o juiz de instrução do mesmo tribunal que desconfiaram da celeridade do processo, das irregularidades do mesmo e nomearam uns tantos suspeitos de corrupção passiva para actos ilícitos.

A acusação de perseguição não pode ter como destinatários o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e a procuradora Cândida de Almeida, responsável do DCIAP, que ordenaram as buscas a um escritório de advogados, a um ateliê de arquitectura e a uma empresa do tio do senhor presidente do Conselho. O animal feroz só se pode sentir difamado e atacado por um tio que admitiu ter combinado um encontro do então ministro do Ambiente com um promotor do Freeport e por um primo que aproveitou a boleia da audiência para pedir uns contratos de publicidades aos responsáveis da polémica obra de Alcochete.

Os avisos e as ameaças do senhor presidente do Conselho só podem ter como alvo os polícias britânicos que andam há uns tempos a investigar a falência da Freeport Plc, que tinha como accionistas importantes figuras da sociedade inglesa e até membros da família real. As ameaças indignadas do senhor presidente do Conselho só podem ter como destinatário o seu camarada inglês Gordon Brown, primeiro-ministro do Reino Unido, que ainda não fez nada para parar as investigações em curso e que, ainda por cima, deixa as autoridades inglesas contarem alguns pormenores da investigação aos seus colegas lusos e passarem algumas informações para a Comunicação Social indígena.

Os cidadãos deviam ser poupados a este tipo de fitas, ainda por cima em tempos de crise. Cenas dramáticas de corrupção no Freeport só mesmo em inglês
."

António Ribeiro Ferreira

A força da mentira

"Um Governo que se especializou na venda de ilusões tem dificuldade em decretar desilusões. Um Governo que tem muitas vezes feito da mentira uma poderosa arma não se adapta com facilidade a proclamar a verdade. Um Governo autista que se julga infalível nas soluções recusa partilhar as ideias de quem pensa diferente.

Foi por isso que o Executivo tardou em oficializar a "novidade" da recessão. E foi por isso que deixou que fosse aprovado, há um mês, um Orçamento de pura fantasia com um disparatado cenário macroeconómico, uma absurda sobreorçamentação de impostos (p. ex, com um aumento dos impostos indirectos de 4,9% quando no Orçamento espanhol, feito antes do nosso, se previu já uma diminuição de 5,9%...) e uma insensível subestimação de certas despesas sociais (o subsídio de desemprego igual a 93% do valor de 2007!).

Vem agora, em estilo cândido, decretar a sua prematura morte com um designado orçamento suplementar (que orgulho patético em evitar a palavra rectificativo!). Dezasseis dias depois da entrada em vigor do nado-morto apresenta um défice (ainda subestimado) de 3,9% do PIB e um endividamento recorde que atinge os 70% do Produto.

Bem pode Sócrates invocar o cobertor da crise mundial para tudo justificar e esconder a crise que já havia antes desta crise. Com ele, a culpa é sempre dos outros. Cá dentro ou lá fora. Primeiro foi cá dentro, com a rábula do défice de 2005 encomendada por medida para se permitir infringir o contrato ético-eleitoral com que ganhara as eleições. Agora a culpa é da crise externa e só desta, à "excepção", claro, da descida das taxas Euribor que, segundo o PM, é de sua lavra.

Sócrates diz à exaustão que "pusemos as contas públicas em ordem". Estará mesmo convencido?

Apesar do OE 2009 ter sido apresentado de modo a dificultar as comparações (veja-se, como exemplo, o caso das pensões da CGA com a redução artificial das despesas com pessoal em 1,8% do PIB), a aparente melhoria do défice durante esta legislatura foi alcançada através de mais impostos para financiar mais despesa e não de menos despesa.

Há entre jornalistas seguidistas e opinadores preguiçosos quem continue a negar a evidência do aumento da despesa. Mas os números falam por si. Em base comparável, e antes da alteração orçamental ora apresentada, a despesa total do SPA passou de 65,6 mil milhões de euros em 2004 para 83 mil milhões no defunto OE 2009, ou seja um aumento de 26,6% bem superior ao crescimento do PIB nominal (à volta de 18%).

Isto para não falar do reforço da desorçamentação, da escandalosa baixa execução do QREN (e consequentemente do diferimento de despesa para dissimular o défice de 2008) e da engenharia das parcerias público-privadas. Decisivas reformas como o PRACE deram em apoplexia legislativa sem resultados visíveis, como aliás constata agora a independente Standard & Poor's.

Quanto aos impostos, o acréscimo da pressão fiscal entre 2004 e 2009 foi superior a 3% do PIB, o que significa que trabalhamos mais 11 dias por ano a benefício exclusivo do insaciável Estado.

Nesta legislatura, terá havido menos receitas extraordinárias para diminuir o défice, mas, em contrapartida, houve mais impostos. Pergunto: o que faz pior à economia, em particular num momento destes?

Mas não se pense que as tão diabolizadas receitas extraordinárias desapareceram. Eis algumas, agora ditas angelicamente "receitas temporárias": alienação de imóveis (567 M euros), transmissão de direitos de utilização no domínio hídrico à EDP (832 M euros), vendas de bens de investimento e outros activos (800 M euros), etc. E de Outubro passado para agora, o dito OE suplementar aumentou prodigiosamente em 733 M euros as chamadas "outras receitas correntes e de capital", o que comparado com o estimado para 2008 significa mais 2,2% do PIB! Para além de mais dinheiro da UE, não haverá ali muita receita não recorrente?...

Destes quatro anos o que resta? Muitos sacrifícios desperdiçados, muita propaganda forjada. No fim ... voltamos ao princípio. Maior endividamento, maior distância da Europa, menor produtividade. E com uma taxa de desemprego bem maior do que aquela que o PM há quatro anos considerava quase criminosa! É no que dá a força da mentira
!"

António Bagão Félix

FRACTURAS EXPOSTAS

"Para evitar equívocos, esclareço que, em matéria de causas "fracturantes", sou sempre a favor. Por um lado, porque não costumo interferir nas vidas alheias. Por outro, porque prezo o sossego. De facto, não há paciência para o berreiro que cada tema do género suscita à chamada "sociedade civil", a qual, em período de polémicas assim, se assemelha a uma sociedade militar e perigosamente armada.

Em rígida observância à minha indiferença, naturalmente não votei no referendo ao aborto. Embora me aborreça um bocadinho que o dito se pratique à custa dos meus impostos, aceito que a barriga das senhoras seja propriedade delas e nunca me ocorreu intrometer-me em tal direito. Em suma, fiquei contentinho com a legalização da "interrupção voluntária da gravidez", sobretudo por ter confiado nos que juravam que tamanha proeza garantia a entrada de Portugal na modernidade e acreditado que, daí em diante, o pandemónio "fracturante" terminara.

Erro meu. Afinal, o aborto era só um passo, enorme para a Mulher, pequeno para a parcela da humanidade que se dedica às "fracturas". Ao contrário do prometido, o famoso "sim" não colocou o País no século XXI. Para isso, explicaram, era igualmente necessário o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e o eng. Sócrates, que em Setembro último achava a ideia tonta, foi vítima de uma epifania e entendeu abrir o "debate", leia-se promover uma desmedida histeria colectiva até que uma consulta popular ratifique o enlace gay.

E depois? Depois, como aliás já se nota, haverá o "debate" acerca da adopção gay. Mais tarde virá a eutanásia. Em seguida, as drogas leves e pesadas, a clonagem de embriões, a amputação estética de membros e por aí fora, numa espiral de "fracturas" sem fim e paciência que as aguente.

Prometo votar afirmativamente em todas se conseguirem inventariá-las, juntá-las num pacote e num "debate" únicos e submetê-las à aprovação das massas daqui a, digamos, seis meses. Sei que, a prazo, a redentora medida acabaria com o gozo dos activistas do ramo, mais interessados em discutir direitos do que em vê-los consagrados. Mas esse não seria problema meu: pelo contrário, esse seria o meu alívio, argumento que julgo capaz de convencer a maioria da população a dizer "sim" ao que calhar, incluindo ao bestialismo e à liberdade de descer os Restauradores em pelota, também critérios fundamentais a uma nação moderna
. "

Alberto Gonçalves

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Até amanhã e boa sorte!!!

Guantanamo

"O surgimento de um antigo preso de Guantanamo como «nº2» do ramo iemenita da Al Qaeda suscitou questões sobre as possíveis complicações decorrentes da aplicação do decreto do presidente norte-americano ordenando o encerramento daquele centro de detenção dentro de um ano (mais aqui)"
Esta é uma daquelas notícias que passa percebida. Não se percebe a razão para tal quando até é uma notícia que deve encher de orgulho a “Orquestra Vermelha” por tanto batalhar para o fecho da sinistra prisão.

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Boas sugestões.

Islão em movimento.

"O bispo de Alepo, na Síria, denunciou ontem, em Fátima, que "no Islão há tendências fundamentalistas que fazem tudo, directa ou indirectamente, para fazer os cristãos partir" do Médio Oriente e apelou à paz. "Na Europa, o secularismo e a exclusão de cristãos inquieta-nos e reforça os muçulmanos", sublinhou o prelado, lembrando o que os muçulmanos dizem: "Já não há fé, nem família, nem moralidade na Europa. Pacificamente, vamos pregar-lhes o Alcorão e vamos todos convertê-los ao Islão (mais aqui)."
Convém não esquecer que os muçulmanos contam com o apoio da “Orquestra Vermelha”, o que só lhes facilita mais a aplicação dos seus ideais.

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“Há uma explosão de jovens a praticar crimes”

"Todos os dias nos apercebemos que, em todo o país, há um tipo de criminalidade violenta que está a florescer. A crise económica influencia evidentemente este fenómeno. Mas não é a única justificação. A própria resposta da Justiça deve ser pensada ao nível da criminalidade juvenil. Temos uma função repressiva e o problema que estamos a assistir é a uma explosão de jovens a praticar crimes com um sentimento de alguma impunidade. Sem pôr culpas a ninguém, questiono se temos um sistema adequado em termos de jurisdição de menores a trabalhar esta realidade antes da prática deste tipo de crimes? Por regra, antes deste tipo de crimes há pequenos delitos e sinais de desestruturação social. A explosão da criminalidade é a criminalidade juvenil (mais aqui)"

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Coisas do politicamente correcto.

"Polícia em alerta com festa nazi (mais aqui)"
Se fosse uma manifestação dos heróis do politicamente correcto já não era preciso por a polícia em alerta mas sim dar ordens para que se refugiassem na esquadra, abandonados à sua sorte, como coelhos acossados (mais aqui). E isso apesar de, ao contrários dos “maus”, deixarem um rastro de destruição atrás.

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Gloster Meteor






O Gloster Meteor foi o primeiro avião de caça a jacto britânico e o único dos Aliados a entrar em acção antes do fim da II Guerra Mundial. Projectado por W. George Carter, da Gloster Aircraft Company, começou a ser desenvolvido em Novembro de 1940 e realizou seu primeiro voo em 5 de Março de 1943. No início, o avião foi baptizado de Thunderbolt, mas para evitar confusão com o caça a hélice norte-americano Republic P-47, seu nome foi mudado para Meteor.
Os primeiros 7 dos 20 Gloster Meteor F 1 encomendados pela RAF foram entregues nos primeiros dias de Julho de 1944. No dia 27 do mesmo mês, foram testados na caça às bombas voadoras alemãs V-1, sobre o Canal da Mancha, com relativo êxito.
Os Gloster Meteor F 3, mais aperfeiçoados, foram entregues à RAF em Janeiro de 1945. Desolaram pela primeira vez para uma acção de combate, do aeroporto de Bruxelas, em 16 de Abril de 1945, com a incumbência de interceptar os caças a jacto alemães Messerschmitt Me 262. Entretanto, esse histórico encontro nos céus nunca aconteceu. Com a chegada da paz tirou aos Gloster Meteor a possibilidade de serem postos em prova, ainda na II Guerra Mundial.
Foram fabricados 3.900 Gloster Meteor que permaneceram em produção até 1954. Foi o primeiro jacto de combate de diversas forças aéreas do mundo. Operou também nas forças aéreas da Argentina, Bélgica, França, Egito, Israel, Síria e Suécia. Foi o primeiro avião britânico equipado com assento ejetável (desde a versão F.8 de 1948).

domingo, janeiro 25, 2009

João das Regras



Casa onde supostamente viveu João das Regras -Rua João das Regras, Poço do Borratem, Lisboa




João das Regras (ou, como então surge referenciado nas crónicas, João das Regas), jurisconsulto, nascido em data desconhecida em Lisboa, onde faleceu em 3 de Maio de 1404. Filho de João Afonso das Regras e de Sentil Esteves e, após o segundo casamento da sua mãe, enteado de Álvaro Pais, perpetuou o seu nome em virtude da magistral representação da causa do Mestre de Avis nas cortes de Coimbra de 1385, cujo corolário foi a aclamação de D. João I como rei de Portugal.
De acordo com Fernão Lopes esteve em Bolonha, e é verosímil que tenha estudado na universidade daquela cidade de Itália. Foi professor da Universidade de Lisboa, onde mais tarde desempenhou o alto cargo de encarregado ou protector, equivalente, segundo alguns, ao cargo de reitor (Carta Régia de 25 de Outubro de 1400). Tal como o seu padrasto, teve uma acção importante no levantamento de Lisboa que alçou o mestre de Avis por regedor e defensor do Reino. Conselheiro e chanceler do mestre, a sua acção na crise de 1383-1385 culminou na inteligente argumentação em que, omitindo o nome do mestre, negou validade às pretensões dos outros candidatos ao trono.
A D. Beatriz, filha do falecido rei de Portugal, nega o dr. João das Regras quaisquer direitos por nulidade do casamento de D. Fernando com Leonor Teles, que era já casada com João Lourenço da Cunha quando o rei a desposou; por incerteza quanto paternidade de D. Fernando, dado o comportamento irregular de Leonor Teles; por haver contraído um casamento com o rei D. João I de Castela, seu parente (a mãe do rei de Castela era tia-avó de D. Beatriz) sem a dispensa do papa legítimo Urbano IV em vez do antipapa Clemente VII;
Ao rei de Castela, por ser herege, refuta João das Regras o direito a ser rei de Portugal pois reconhecera o antipapa e fora excomungado pelo legítimo papa; porque o seu parentesco com o rei D. Fernando se dava pela linha feminina (as suas mães eram irmãs), o que pelo direito consuetudinário hispânico não dava direitos de sucessão.
Os infantes D.Dinis e D.João, filhos de el-rei D. Pedro I e de Inês de Castro, portanto, irmãos de D. Fernando, não podiam ter direito ao trono porque eram ilegítimos: D. Pedro nunca casara com Inês de Castro; além disso fizeram guerra contra Portugal aliados a Henrique II e a D. João I de Castela.
Inteligentemente, a sua estratégia demonstrara que o trono estava vago pois nenhum dos pretendentes tinha direito ele. Pertencia assim às cortes escolher livremente um novo rei, sendo o mestre, «per unida concordança de todolos grandes e comum poboo» aclamado rei de Portugal.
O rei concedeu muitas mercês ao dr. João das regras: fê-lo cavaleiro de sua casa, senhor das vilas de Castelo Rodrigo, Tarouca e Beldigem; senhor de Cascais e seu termo, do reguengo de Oeiras, das dízimas das sentenças condenatórias de Évora, da jurisdição da Lourinhã e das rendas da portagem de Beja. Fernão Lopes refere-se a ele «como notável barom, comprido de ciência [e] mui grande letrado em leis[...]». Jaz sepultado na igreja de S. Domingos de Benfica, em Lisboa.

sábado, janeiro 24, 2009

Porque é que Portugal pode falir como Estado



Em 2007 alguns fizeram a previsão que os bancos e os consumidores dos EUA estavam insolventes.
Faz mais de um ano que se calculou em 10 000 biliões de USD o valor da dívida dos activos fantasmas que se desapareceram em consequência da crise.
Em lógica de antecipação estima-se que o mundo entrou numa nova fase da crise sistémica, a fase de decantação, a sequência da insolvência global.
Ao contrário daquilo que os líderes mundiais assim como os bancos centrais parecem pensar, o problema de liquidez que estão tentando resolver através de uma diminuição das taxas de juro e com uma ilimitada criação de dinheiro, não é uma causa, mas sim uma consequência da actual crise.
É realmente um problema de solvência já que cria um buraco negro no qual desaparece a liquidez, que se chamam balanços dos bancos, endividamento das famílias, quebra das empresas ou défices públicos.
Um cálculo conservador dos activos fantasmas mundiais chega agora a mais de 30 000 biliões de USD, considerando-se assim que o mundo enfrenta agora uma insolvência generalizada que esmaga em primeiro lugar os países e organizações (públicas ou privadas) sobre endividados e ou muito dependentes dos serviços financeiros.
Como reconhecemos uma crise de solvência de uma crise de liquidez?
A distinção entre crise de solvência e de liquidez pode parecer muito técnica e finalmente pouco determinante para a evolução da presente crise. Sem dúvida, não se trata de uma discussão académica já que segundo os casos, a acção actual dos governos e dos bancos centrais será útil ou ao contrário completamente inútil e incluso perigosa.
Um pequeno exemplo:
Se você tiver um problema passageiro de dinheiro e a sua família ou o seu banco aceita emprestar-lhe os fundos necessários para superar o problema, o seu esforço é bom para todos. Permite que continue a sua actividade, pagar aos seus empregados ou a si mesmo; o seu banco ou a sua família serão reembolsados ( com pagamento ao banco dos juros da dívida, sem dúvida) e a economia terá beneficiado com uma contribuição positiva. Pelo contrário, se o seu problema não é de falta de dinheiro mas sim de uma actividade que não é rentável e não pode desenvolver-se nas condições económicas do momento, então o esforço do banco ou da sua família é tanto mais perigoso quanto maior for o universo de que falamos. De facto, com toda a probabilidade, ao seu primeiro pedido se seguirão outros, sempre com a promessa (supondo que é uma pessoa honesta) que o aperto logo será superado. O seu banco ou a sua família estarão mais incitados a continuar a ajudá-lo já que correm o risco de que o fecho da sua actividade os leve a perder o que emprestaram. Pelo que se a situação continuar a piorar, o que é o caso de se tratar de actividade sem rentabilidade, então chega um momento em que se alcançam determinados limites: primeiro o banco decidirá que tem mais a perder ao continuar a sustentar a situação valendo mais a pena deixá-lo cair; segundo a sua família já não tem mais dinheiro disponível porque você consumiu todas as suas poupanças. Tudo indica que não apenas você está em quebra e insolvente e provavelmente arrastou a sua família para a mesma situação ou debilitou o seu banco. Deu um golpe terrível à economia do seu meio, incluindo a sua família. É importante destacar que isto pode suceder num caso de uma abrupta situação de mudança das condições económicas que modificaram a rentabilidade da sua actividade sem que se tenha apercebido da ordem de grandeza das consequências para o seu negócio.
Este simples exemplo ilustra perfeitamente a situação que prevalecia no início de 2009 em todo o sistema financeiro mundial, uma parte importante da economia do planeta e dos agentes económicos ( incluídos os estados) que basearam o seu crescimento dos últimos anos no seu endividamento.
A crise reflectiu e amplificou o problema da insolvência global.
O mundo está tomando consciência de que é muito mais pobre do que o último decénio fazia parecer crer. Este ano obrigará todos os actores económicos a tentar avaliar concretamente o estado da sua solvência, sabendo que muitos activos todavia continuam desvalorizando.
A dificuldade é que cada vez mais operadores deixam de confiar nos indicadores e nos instrumentos de medição tradicionais.
As agências de qualificação perderam toda a credibilidade.
O USD é apenas uma ficção de unidade monetária do qual em todo o mundo, muitos estados tratam de se desembaraçar rapidamente. (A propósito deste assunto, há quem recomende às instituições financeiras internacionais, e sobretudo aos seus responsáveis dos serviços estatísticos que é necessário criar uma contabilidade internacional alternativa, baseada num cabaz de divisas ( 25% USD, 25% €, 25% Yen e 25% Yuan) à espera de um cabaz global de divisas decidida pelos dirigentes mundiais porque a cessação de pagamentos pelos USA e o colapso do sistema monetário mundial que se antecipa para o Verão de 2009 imediatamente provocará uma catástrofe em matéria de contabilização de valores e dos fluxos financeiros mundiais. É portanto urgente, incluso é motivo de discussões que deve haver duplicação de contabilidades, duplicando as estatísticas actuais baseadas no USD e uma outra versão de protecção com base num cabaz de divisas. Isto permitirá assegurar uma continuidade das estatísticas enquanto se reconstrói o sistema monetário internacional.).
Todo o mundo financeiro está sob suspeita por não ser mais que um imenso buraco negro.
Nas empresas ninguém sabe se os registos de pedidos são fiáveis ( a queda generalizada do transporte de mercadorias mostra bem este facto), já que, em todos os sectores reina a confusão, com anulação de pedidos em larga escala) ou deixam simplesmente de comprar, (um dos indicadores avançados da economia mundial é inegavelmente o mercado das máquinas ferramenta, porque são as que servem para a produção dos bens manufacturados. Os pedidos de máquinas ferramenta permitem antecipar de 6 meses a um 1 ano o estado da indústria de bens manufacturados a nível mundial. Os dois grandes fabricantes e exportadores mundiais destas máquinas são a Alemanha e o Japão, a evolução da sua produção e exportação neste sector é pois um indício muito fiável do futuro da indústria já referida. Neste caso, 2009 revela-se muito sombrio já que a Alemanha e o Japão registaram em Novembro de 2008 uma queda vertiginosa de 16% dos seus pedidos em relação a Outubro de 2008, é a pior queda registada desde 1987, quando estes dados começaram a estar disponíveis (MarketWatch), mesmo com a vertiginosa queda dos preços, como é confirmado pela forte baixa de vendas.
Nos USA e em outras países já estão em queda as receitas fiscais o que faz temer o aumento do défice público. Por outro lado, desde os multimilionários russos às petromonarquias do golfo passando pelo eldorado comercial chinês que se está a transformar num pântano socioeconómico, todas as galinhas de ovos de ouro desde as empresas às instituições financeiras (incluindo a Europa, , Japão e América do Norte, agora são insolventes ou com muito pouca liquidez. A questão da solvência do Estado Federal e dos estados federados dos USA (assim como a Rússia e UK) também começam a aparecer nos principais media mundiais, assim como os fundos de pensões por capitalização, os principais actores na economia globalizada dos últimos vinte anos. O futuro é o da insolvência global.

O Pelicano
Post Scriptum:
Tinha prometido a mim mesmo que não voltaria a escrever neste Blog, mas as zangas não são mais importantes que a situação que atravessamos, daí um contributo que me dá algum trabalho. Pode-se não gostar, mas é uma opinião.

Castelo de Avis





As terras de Avis, habitadas pelo menos desde o domínio romano, e então recém-conquistadas aos mouros, foram outorgadas por Afonso Henriques à Ordem de Évora (Milícia dos Freires ou Cavalaria de Évora), em 1211, com a condição de aí ser edificado um castelo. A povoação viria a dar novo nome à Ordem, que passaria a ser nomeada de São Bento de Avis, e em seu torno desenvolver-se-iam muitas outras localidades pertencentes ao extenso senhorio desta obediência da Ordem de Calatrava, que depressa dividiria o domínio do nordeste alentejano com as igualmente poderosas Ordens do Templo e de Santiago. Em Avis, o castelo foi imediatamente erguido pelo terceiro mestre da Ordem, D. Fernão Anes ou Eanes, que fundou a vila logo em 1214, e nela instalou a sede da milícia, passando a promover o povoamento do local. É de supor que o castelo e os muros da vila estivessem terminados em 1223, tendo-se seguido a construção do Convento de São Bento de Avis (reconstruído no século XVII), onde se instalaram os freires, já sob orientação do quarto mestre, D. Fernando Rodrigues Monteiro. Do conjunto, restam três das seis torres originais, e alguns cubelos e panos da muralha da vila, na sua maior parte adaptados por construções modernas, integrando ainda algumas portas, abertas ou entaipadas. De realçar o aparelho em espinha de alguns troços da muralha. A Torre de Menagem, já quatrocentista, foi infelizmente destruída no século XX (1915-18), restando as torres (todas de planta quadrangular) de Santo António e São Roque, e a Torre da Rainha ou do Convento, situada na vizinhança deste monumento. O castelo sofreu uma série de intervenções ao longo do tempo, destinadas essencialmente a reforçar o seu carácter defensivo, que lhe foram alterando a configuração; uma parte da construção original parece ter sido mesmo reutilizada em obras do século XVII. Assim, na segunda metade do século XV, e no mestrado do Condestável D. Pedro de Portugal, foi levantada a Torre. Em 1512, era a vez de Avis receber Foral Novo de D. Manuel, sendo provável que ao longo do século se tenham efectuado trabalhos na fortaleza, como em muitas outras da região. No século XVII, o castelo recebe algumas intervenções modernizadoras, incluindo a construção de dois revelins (ou estruturas em ângulo, para reforço das muralhas) a Sul e a Sudoeste. Aqui convivem portanto os vestígios medievais, góticos, com as tentativas setecentistas de criar um baluarte moderno.


IPPAR

O país não aguenta este ciclo eleitoral!

Porque é que este país não aguenta 3 eleições?
De facto, não aguentamos 3 eleições.
A crise que já existia vem de longe.
Começou com o governo de Cavaco Silva e continuou com os governos do bloco central.
A desgraça, que nunca vem só, foi acompanhada pelos desgovernos de todos os partidos que gerem as autarquias, sem excepção.
Depois, o sistema judiciário com as reformas, desde, por exemplo, a formação de juízes e logo a seguir o exercício de actividade, sem preparação, levou a uma degradação da qualidade das decisões judiciais e as reformas dos códigos levaram ao resto, ou seja, à impunidade dos grandes criminosos instalados nos corredores do poder do regime feito em Abril.
Hoje, mais que nunca, os poderes estão atados de pés e mãos, em armadilhas montadas pelos próprios.
A verdade é que o PR nunca deveria ter aprovado a Lei do Orçamento Geral do Estado e ao fazê-lo, colaborou com um governo sem credibilidade, nas acções e nas omissões, roçando o crime de lesa Pátria.
Que credibilidade pode merecer o PR que aprova um OE que sabe ser completamente falso, nos pressupostos, nas previsões e nas dotações?
Sendo economista não pode alegar desconhecimento, se o fez para não desestabilizar, provoca uma crise maior que aquela que quer evitar.
Depois, se nos lembrarmos, disse e afirmou que as eleições e as suas datas não iriam ser mudadas.
Pode tê-lo dito, mas o grave é que o não pode fazer, este país não aguenta este ciclo eleitoral.
Será a falência de Portugal, como se de uma empresa se tratasse, senhor Presidente, não é necessário saber de economia, basta andar nas aldeias e nas cidades, para verificar a miséria que decerto levará ao caos, dos que nada têm a perder.
Não pode ser PR quem não reconhece estes sinais e quem acede a patranhas como o OE de 2009.
O país não aguenta estas eleições, pura e simplesmente.
Não aguenta uma campanha que já começou com gastos desmesurados do erário público, em nome de um regime que está morto.
Pois agora, sem a irresponsabilidade de uma dirigente de partido que tem má memória, lhes digo, suspenda-se a democracia!
Não aguenta as loucuras e decisões insanas de governantes que destruíram o tecido empresarial deste país e a culpa não é da crise internacional, muito antes de Setembro se sabia, há um ano, muita gente sabia que o sistema financeiro era uma fraude.
Há quatro anos as entidades reguladoras sabiam das fraudes da indústria financeira, e o sistema judicial, sabia-lo também, mas de forma falaciosa foram enganando os portugueses e os empresários que foram o suporte e ainda são, deste país à beira da falência, como uma Argentina, ou um Chile, em tempos idos, e muitos outros, quando o FMI impôs as suas condições. Aqui as condições foram impostas pelo polvo que domina e dominou o estado, há muitos anos.
Que nos resta então?
Dissolução da Assembleia, demissão do PM e do PR pelas razões atrás descritas e tomada de responsabilidades pela 4ª figura do estado, tendo em conta a Constituição.
O tempo conta contra todos os cidadãos honestos.
Chamada de todos os militares que estão em missões alheias a nós e gestão por duodécimos do país e das autarquias com penas pesadas a quem se endividou, não cumprindo a lei das finanças locais, cumprimento das directivas do Tribunal de Contas, com saída de todos os processos que já deveriam ter visto a luz do dia e tribunais a funcionar com um punhado de juízes e procuradores com coragem e bem protegidos das hienas.
Não é possível aguentar até ao fim do ano 3 eleições ou apenas 2, a saber as autárquicas e as legislativas.
Não temos nem o tempo, nem a capacidade económica.
Parece exagerado?
Mais exagerado lhes parecerá o que irá acontecer quando rebentarem todo o género de motins, quando a crise de facto se generalizar.
É bom que os portugueses que gostam do seu país se preparem e que todos os responsáveis que criaram esta situação sejam presos e punidos.
O Pelicano

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Até amanha e boa sorte...

It´s raining again

Theodor Eicke


Theodor Eicke
SS-Obergruppenführer
(1892 - 1943)


Theodor Eicke, um dos mais brutais altos oficiais das Waffen SS, nasceu em Hudingen, no dia 17 de Outubro de 1892, filho de um modesto funcionário dos caminhos-de-ferro. Ele se juntou ao Exército em 1909, e serviu na infantaria e artilharia durante a Primeira Guerra Mundial. Embora fosse um oficial não-comissionado, Eicke recebeu diversas condecorações, inclusive a Cruz de Ferro. Após o fim da guerra ele se juntou à polícia em três ocasiões, e em distritos diferentes, mas em todas as vezes foi dispensado por levar a cabo acções políticas subversivas de extrema-direita. Finalmente, em 1923, ele conseguiu um emprego na companhia química I.G. Farben, onde chegou a consultor de segurança.

Eicke juntou-se ao Partido Nazi em Dezembro de 1928, e às SS em Julho de 1930. Apenas um ano depois ele havia conseguido a patente de SS-Standartenführer, equivalente a Coronel, no comando das SS-Standarte 10. Em Junho de 1933, então promovido a SS-Oberführer, Eicke recebeu o comando do recém inaugurado campo de concentração de Dachau, e um ano depois foi designado Inspector de Campos de Concentração. É dito que esse posto foi uma recompensa por sua participação no expurgo da liderança da SA em 30 de Junho de 1934. Eicke foi eleito para o Reichstag em 1937, ocupando o posto até sua morte. Cabe aqui uma nota: enquanto é viável traçar um comparativo quantitativo entre os crimes cometidos durante a guerra nos campos de extermínio na Polônia ocupada e nos primeiros campos de concentração na Alemanha, deve ser enfatizado que o regime ao qual os prisioneiros políticos alemães eram submetidos nos últimos era igualmente brutal.


Ao iniciar a Segunda Guerra Mundial, Eicke havia sido promovido a SS-Gruppenführer. Durante a campanha da Polônia, ele serviu como Comandante Sénior da SS e Polícia nas áreas de operação do 8º e 10º Exércitos. Nessa posição os homens de Eicke se envolveram em diversos agrupamentos e assassínio de milhares de judeus e outros civis polacos. Vigorosas reclamações de comandantes do Exército foram ignoradas.

Em Novembro de 1939 Eicke recebeu o comando da Divisão SS “Totenkopf”, que estava sendo formada por membros das SS-Totenkopfverbände – as unidades da “caveira” que gerenciavam os campos de concentração comandados por Eicke. Essa tentativa de transformar em soldados milhares de guardas de idade, físico, inteligência e aptidão militar diferentes tomou forma devido à determinação de Himmler em aumentar a força armada das SS numa época em que ele foi proibido de competir com as forças armadas por recrutas de alta qualidade. A Divisão Totenkopf era mal-treinada, cronicamente mal equipada, e tinha péssimos líderes quando Eicke a liderou durante a campanha de 1940 contra o Ocidente. Embora ele mesmo tenha sido condecorado com a Cruz de Ferro de 1ª Classe, sua Divisão não funcionou bem, sofrendo pesadas baixas e por pouco evitou uma retirada em pânico. A liderança de Eicke era brutal, e ele foi acusado por generais do Exército de ser um “açougueiro” com seus próprios homens. Sua Divisão foi responsável por numerosas atrocidades contra prisioneiros de guerra Aliados, assassinando soldados norte-africanos franceses e, no dia 27 de Maio em Le Paradis, cerca de cem soldados britânicos do 2º Batalhão do Real Regimento de Norfolk.

Durante a primeira fase da campanha no sector norte da União Soviética em Junho de 1941, Eicke foi seriamente ferido quando seu carro de comando passou por sobre uma mina e seu pé direito foi destroçado. Evacuado para um hospital para tratamento, ele retornou à frente em Setembro de 1941. Embora novamente sofresse pesadas baixas, a sua Divisão mostrou-se melhor em combate do que no ano anterior, e em Dezembro de 1941 Eicke foi condecorado com a Cruz do Cavaleiro. Isolados por uma contra-ofensiva soviética em Janeiro de 1942, seus homens viram-se cercados perto de Demiansk junto com numerosas outras formações do Exército. Quando a Bolsa de Demiansk foi finalmente liberado em Abril de 1942, a Totenkopf tinha sido reduzida a uma fracção de sua força original. Naquele mês Eicke foi promovido a SS-Obergruppenführer e condecorado com as Folhas de Carvalho para a Cruz do Cavaleiro.

Seis meses depois, a Divisão de Eicke foi retirada da frente para reformulação e elevação ao nível mecanizado de Panzergrenadier. A Divisão Totenkopf voltou à Rússia em Janeiro de 1943, a tempo de tomar parte na batalha de Kharkov junto às tropas de Paul Hausser. Em 26 de Fevereiro o quartel-general da Divisão perdeu contacto com sua unidade de tanques, e Eicke descolou voo num Fieseler Storch para um voo de reconhecimento pessoal. Sobre a vila de Orelka seu frágil avião entrou numa densa barragem de fogo inimigo e foi derrubado. Eicke morreu na queda.

Ajudar as empresas ou os desempregados?

"O encerramento de empresas disparou nos últimos meses de 2008. Naturalmente, o número de pessoas inscritas no Instituto do Emprego e Formação Profissional vai aumentar drasticamente, provavelmente já em Janeiro. É este o indicador que está a preocupar o Governo, que se desdobra em esforços (subsídios e outras ajudas) para evitar o fecho de mais empresas.

É um erro. Muitas das empresas em dificuldades, com crise ou sem ela, têm os dias contados. Mas, se os subsídios e ajudas são um erro, o que deveria o Governo fazer? Reforçar os apoios a quem perde o emprego e desenhar, com as empresas saudáveis, um plano coerente de formação profissional. É que há profissões para as quais as empresas não encontram profissionais disponíveis. Mais: há regiões onde a falta de pessoal qualificado é crónica. Aveiro e Viana do Castelo são bons exemplos.

O Governo devia deixar falir as empresas que pelos mecanismos do mercado não conseguem sobreviver. A seguir tem de indagar, junto das empresas, quais as qualificações em falta e as que a economia vai precisar quando o crescimento regressar.

Se seguir esta cartilha simples, estará a reduzir o desemprego estrutural (as pessoas que estão a ficar desempregadas, sem formação profissional podem não conseguir regressar ao mercado de trabalho) e a dar uma ajuda à reconversão da economia. Os subsídios só servem para adiar a morte de empresas, sem resolver o problema da qualificação.
"

Camilo Lourenço

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Para memória futura...

Down at the doctors

E a criminalidade continua a diminuir...

Às escuras.

"Cerca de dez mil pessoas e dezenas de empresas ficaram ontem de manhã sem luz, devido à destruição de postes, em betão, e roubo dos fios de cobre que transportam a energia eléctrica para uma parte das freguesias da Maceira (Leiria), Pataias (Alcobaça) e Moita (Marinha Grande). É a quarta vez desde Dezembro que aquela linha, de dez quilómetros (uma boa parte entre pinhais) é alvo de assalto (mais aqui)"

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Curiosidades.

"Partes do processo de pedofilia da Casa Pia, em que se incluiu toda a investigação ao embaixador Jorge Ritto em 1982 - dada como desaparecida quando em 2002 rebentou o escândalo - foram descobertas no sistema informático da Comissão Nacional da Protecção de Dados (CNPD) (mais aqui)".

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Taxas de juro.

"Euribor abaixo dos 2,4% pela primeira vez desde 2005 (mais aqui)"
E lá fora as taxas de juro continuam a descer...

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Henrique Galvão




Henrique Carlos da Malta Galvão (Barreiro, 4 de Fevereiro de 1895 — São Paulo, 25 de Junho de 1970) foi um capitão do exército, explorador-naturalista, e escritor português. Ficou mundialmente famoso, em 1961, por ter organizado e comandado o assalto ao paquete "Santa Maria", numa tentativa de provocar uma crise política contra o regime de Salazar.

Henrique Galvão desde cedo seguiu a carreira militar. Foi um dos apoiantes de Sidónio Pais. Foi administrador do concelho de Montemor-o-Novo. Participou na revolução de 28 de Maio de 1926 e foi um fervoroso salazarista. Foi o primeiro director da Emissora Nacional em 1934. Mais tarde, esteve em África, onde organizou acções de propaganda. Foi governador de Huíla. Angola inspirou-lhe a veia literária, tendo escrito uma série de livros brilhantes sobre a vida nas colónias africanas, a sua antropologia e zoologia.
No início da década de 50, Henrique Galvão desiludiu-se com o regime de Salazar e começou a conspirar com outros militares, mas acabou por ser descoberto, preso e expulso do exército. Em 1959, aproveitando uma ida ao Hospital de Santa Maria, fugiu e refugiou-se na embaixada da Argentina, tendo conseguido exílio político na Venezuela. Henrique Galvão era, com Humberto Delgado, uma figura extremamente popular nos meios oposicionistas não afectos ao PCP. Para o Partido Comunista, Portugal ainda não estava pronto para a revolução, enquanto Galvão achava que não havia tempo a perder. Foi durante o exílio que começou a preparar aquela que seria a sua acção mais espectacular: o desvio de um paquete cheio de passageiros, a que deu o nome de "Operação Dulcineia". Coordenou esta acção com Humberto Delgado, que estava exilado no Brasil.

O navio escolhido foi o paquete "Santa Maria", que tinha largado em 9 de Janeiro de 1961 para uma viagem regular até Miami. Galvão embarcou clandestinamente no navio, em Curaçao, Antilhas Holandesas. A bordo já se encontravam os 20 elementos da Direcção Revolucionária Ibérica de Libertação, grupo que assumiria a responsabilidade pelo assalto. O navio levava cerca de 612 passageiros, muitos norte-americanos, e 350 tripulantes. A operação começou na madrugada de 22 de Janeiro, com a ocupação da ponte de comando. Um dos oficiais de bordo ofereceu resistência e foi morto a tiro; os restantes, segundo Galvão, renderam-se vergonhosa e cobardemente. O paquete mudou de rumo e partiu em direcção a África. Henrique Galvão queria dirigir-se à ilha espanhola de Fernando Pó, no golfo da Guiné, e a partir daí atacar Luanda, que seria o ponto de partida para o derrube dos governos de Lisboa e Madrid. Um plano megalómano e quixotesco, condenado ao fracasso, mas que chamaria as atenções internacionais para a ditadura salazarista.

As coisas começaram a complicar-se quando o navio foi avistado por um cargueiro dinamarquês, que avisou a guarda costeira americana. Daí até à chegada dos navios de guerra foi um ápice. Vendo que tudo estava perdido, Henrique Galvão decidiu rumar ao Recife e render-se às autoridades brasileiras, pedindo asilo político, que foi aceite.
Henrique Galvão, morreu em São Paulo, em 25 de Junho de 1970, com a doença de Alzheimer.

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