domingo, outubro 31, 2010

Assim se afunda um estado

Pensionistas milionários na Face Oculta

Arguidos recebem pensões da Caixa Geral de Aposentações. REN pagou, em seis anos, 3 milhões a Penedos. Paiva Nunes, da EDP, recebeu um milhão.
Vara ganhou 2 milhões.
São mais quantos é que funcionários públicos são outros, são forças armadas, polícia, médicos, enfermeiros, cantoneiros, administrativos e por aí fora, as regras é que são outras...

sábado, outubro 30, 2010

Enquanto a verborreia passa nas televisões, ontem chamavam-se de mentirosos, nada mais certo, das próprias bocas...

"A primeira exigência da política nacional, como o primeiro dever dos governantes, é o reconhecimento, é o sentimento profundo da realidade objectiva da Nação portuguesa(...)
Nela estão incorporados e por ela vivem os indivíduos, as famílias, os organismos privados e públicos. E na unidade da sua integração e da concordância profunda dos seus interesses, ainda que às vezes aparentemente contrários, não há que separá-los ou opô-los, mas que subordinar a sua actividade ao interesse colectivo.
Nada contra a Nação, tudo pela Nação.
Quanto mais profundo é este sentimento da realidade nacional, tanto mais se impõe o desconhecimento das facções, dos partidos, dos grupos em que se podem encontrar acidentalmente os diferentes indivíduos. Se se desconhecem, não há política de partido, de facção, de grupo a confundir-se ou embaraçar a política nacional, e daqui resultam dois bens: para a Nação, ser o único objecto das preocupações governativas; para os governantes, a magnífica liberdade de só servir a Nação."
Extrato do discurso de 21 de Outubro de 1929, de António de Oliveira Salazar.

A democracia é uma treta

O PS e o PSD são partidos situacionistas, partidos do velho regime que é preciso cair.
Os outros são da terra queimada.
O canditato Senhor Siva é da situação ele e muitos dos que falam da situação não dão o exemplo, acumulam pensões e é vê-los a desfilar nas televisões.
O Senhor Cavaco Silva recebe pensões mais vencimento e mordomias por ser PR e quer manter, há milhares de situações idênticas.
Portanto o que sobra é que a violência e a desobediência civil que vai alastrar, seja sob a forma de assaltos, seja sob a forma de violência gratuita, não vai ser como na França onde os sindicatos já perceberam que é preciso fazer barulho para mostrar que existem, mas as medidas passam, são estruturas da arquelogia marxista.
Agora, depois do aborto, dos casamentos gay e coisas do género, Portugal e a Europa vão morrer de velhice, este é o problema e bem podem ladrar ou votar.
Ms uma coisa foi certa, foi tudo encenação, os partidos políticos não servem, não servem os seus elementos e a democracia é uma treta.

quarta-feira, outubro 27, 2010

As bolhas, os especuladores e os vigaristas...

Há coisas que me intrigam e por isso não sou capaz de pensar porque acontece isto ou aquilo.
Sabemos que temos governos corruptos desde Abril.
Entendamos a corrupção como deve ser entendida, ou seja, corrupção no sentido de corrosão dos pilares de uma sociedade.
No fundo fomos empurrados para entrar numa sociedade de nações que se foi desenvolvendo e que é dirigida por gente que não foi eleita, daí não poder ter, ou melhor não deveria ter, qualquer poder ou mandato legal, falo da chamada comissão chefiada por um indivíduo que por acaso é português e que abandonou o cargo de PM, deixando o país à mercê de um PR que foi um dos grandes responsáveis pela crise que vivemos.
Mas será que foi a única causa, sem falar no pântano e no oásis?
Como foi possível que os mecanismos que deveriam nos defender da actual crise falhassem?
Os mecanismos de auditoria interna funcionaram e avisaram, mas a justiça não funcionou, mas também falharam os mecanismos de auditorias externas que deveriam ser também da responsabilidade da comissão europeia e dos seus organismos.
Ficam então algumas perguntas:
Não sabiam que a Grécia falseava as estatísticas?
Não sabiam que a grande maioria dos estados incluso Portugal tinham os défices falseados pelas contabilidades públicas habilidosas e logo, pergunto, o que quer a Alemanha e outros estados, de Portugal e dos fracos estados e porque não se mete a chanceler de Leste com os Ingleses?
Afinal, e isto não tem a ver com os índices de corrupção a que se chegou na economia portuguesa e nos modelos, tipo PPPs e EPs, Fundações e outras formas de fazer lucrar os privados e prejudicar os estados, afinal dizia eu, onde estava a impoluta Europa que nos quer arrastar para as mãos dos especuladores, do FMI e onde está o BCE, existe?
Para que serviu o Euro? Sim, é uma moeda a desaparecer, basta WallStreet lhe interessar.
Podemos e devemos acusar os Sócrates, e outros que tais deste país, mas onde estavam os mecanismos reguladores que no auge de crescimento da bolha incutiram crescimentos que muitos punham em causa, (ai, os economistas...), obrigando como nos EUA os bancos a seguirem a onda ou seriam castigados, onde estavam?
Agora querem o quê?
Uma nova bolha, esta financeira, pensem o que quiserem, não é preciso ser economista, esses não sabem ler a história, usam o positivismo.
A grande corrupção deve ser investigada no seio da CEE, meus caros...

Uma peça com vários actos, actores péssimos...

Parece pelas notícias, que PS e a equipa de negociadores do PSD romperam as negociações ou seja poderá não haver acordo, para um orçamento péssimo.
Graças a Deus não tenho partido político, nem simpatizo com nenhum, pareceu-me de início claro que Sua Eminência Parda, conhecida por Eng. Sócrates, tinha já estabelecido que aquilo era para negociar e depois fazer abortar, para tentar colher louros e assacar aos outros as responsabilidades de tudo, desde o défice à dívida.
Parece que foi o que aconteceu e qualquer pessoa minimanente inteligente viu a mão do manipulador por detrás desta encenação.
Espera-se que agora que começaram a morder-se uns aos outros, os juízes os vão apanhar à mão, com as declarações que já deveriam estar cá fora de um senhora agora deputada do PS, e ex membro do governo, que acabou por arruinar o país, mas a ver vamos.
Ontem para português ver o Senhor Cavaco encenou uma peça digna de Tartufo.
O homem não cabia em auto elogios,mas de facto não lhe reconheço obra boa, lembro-me de quem se rodeou e das suas teimosias e da teoria do oásis e deste mandato, em que segundo disse bem avisou, e eu digo: se avisou, devia ter actuado e não tendo actuado deixou andar e foi cúmplice de um mau governo, de um governo em nome da estabilidade e sobretudo no que não disse.
Devia ter demitido o governo na altura certa, tem culpas. Infelizmente, temos um quadro de candidatos que é uma vergonha porque a constituição é uma das nossas maiores desgraças.
Não demitiu porque apenas defendeu interesses pessoais, era mau para a recandidatura, mas para ele Portugal pouco conta, disso pode ser acusado, objectiva e subjectivamente.
Pois que venha o que vier, nem que seja o FMI.
Eu queria o Escudo e ter um país com capacidade para voltar a ter moeda e não este, sujeito aos ditames dos burocratas escandalosamente pagos de Bruxelas, e escandalosamente a servir a política de Wall Street e do Fed.
A CEE é uma coisa a abater ou a sair dela o mais depressa possível.

terça-feira, outubro 26, 2010

Uma praga de percevejos!

Será que é verdade?
Será que os percevejos se mudaram de Portugal para New York?
Pela quantidade e pelo estilo só pode.
Ficaram alguns que nos matraqueiam o cerebelo e outros organelos a dizer que esta merda deste orçamento é uma merda mas que a merda tem de ser aprovada, mas que merda...
Um dos merdosos foi Soares, o eterno merdoso, devia ir para o pé da Amália coitada, mas está destinado, vai ter que o gramar...
Será que os percevejos mais patriotas não podiam dar um pulinho a WallStreet e morder aqueles filhos da p... Mais os gajos das agências de notação finaceira?
Espero que sejam resistentes aos insecticidas e que ao aplicar façam como os apaches, provoquem danos colaterais.
Mas estes ignorantes destes economistas do BCE, ou será que não são ignorantes(...), estão apenas feitos com os gajos do Fed, se é que me entendem, não colocam as rotativas a trabalhar e fazem o milagre dos ingleses, aumentam o número de Euros a circular para o triplo, pelo menos haveria liquidez, Bretton Woods já não existe e acabava-se a coisa.
Vivam os percevejos e as babas que aquelas coisas provocam, crescei e multiplicai-vos, seria a Al Qaeda?

segunda-feira, outubro 25, 2010

Abaixo está uma forma de baixar o défice, mas não é isto que é a economia ilícita?

É só que por cá, os tribunais deixam prescrever tudo, excepto a minhas multas.
De resto depois de tanto caso, o do ferro velho, o do Free qualquer coisa e por aí adiante, colocam o cacau em off e as finaças não actuam, é assim como o negócio das meninas, também não pagam.
O exterminador afinal não é implacável...
Imperdível, afinal já agora taxem também a droga do Afeganistão, acabavam com a dívida externa e punham os chineses todos a fumar ópio e todos seriam todos...
Acabavam com a globalização e redeslocalizavam as fábricas para os EUA e para o velho aliado a Europa, não sabe bem?

Eh pá! Como diria o cabeça de pincel o tal que mandou o santana embora...

Os californianos vão a referendo. Taxar substâncias ilícitas também é possível em Portugal.

Com um défice de 14 mil milhões de euros - quase tão grande quanto o de Portugal - a Califórnia procura novas formas de equilibrar as contas públicas. Em cima da mesa, há quase um ano, está a possibilidade de legalizar a canábis, uma medida que traria aos cofres do Estado cerca de mil milhões de euros por ano. Os californianos são chamados a votar a medida, através de referendo, já no próximo dia 2 de Novembro.

Em Portugal, este tipo de medida não está em cima da mesa. Mas a lei prevê a tributação deste tipo de rendimento, já que a Lei Geral Tributária prevê a tributação de rendimentos lícitos e ilícitos. Assim se as autoridades detectarem um contribuinte com actividades ilícitas, este, além de se ver a braços com a Justiça, poderá também ter de prestar contas ao Fisco.

Como seria de esperar o assunto está longe de ser consensual na Califórnia. A polémica entre as facções ‘pró e contra' dura há vários meses e sobe agora de tom à medida que se aproxima o dia D. Curioso é o facto de muitos defensores da medida estarem a surgir de meios que, à partida, poderiam parecer mais improváveis. Em carta aberta, um grupo de proeminentes professores universitários de Direito, escrevem: "Durante décadas, o nosso país prosseguiu uma política ineficaz, e de desperdício, de proibição da marijuana. Tal como aconteceu com a proibição do álcool, esta abordagem falhou no controlo da marijuana, deixando o seu comércio nas mãos de um mercado negro violento e desregulado. Ao mesmo tempo, a proibição da marijuana inundou os tribunais da Califórnia com dezenas de milhares de delinquentes não violentos todos os anos. No entanto, a marijuana continua tão disponível como nunca, com adolescentes a reportarem que é mais fácil comprar marijuana do que álcool neste país".

Este parágrafo resume os principais argumentos de quem apoia o "sim" ao referendo. Além da redução do défice - cujo principal contributo viria da diminuição da despesa com as forças policiais e tribunais, além da taxação do comércio do produto - é uma questão de controlo e segurança. Isso mesmo alega um movimento que se identifica como as "Mães da Califórnia": "Quando penso em que mundo quero que os meus filhos cresçam, chego à conclusão que é preferível um mundo em que a marijuana é legal e controlada em vez deste sistema descontrolado que temos hoje", diz Hanna Dershowitz, advogada e porta-voz.

Já quem se prepara para votar contra a nova lei, argumenta que o livre acesso a esta droga teria efeitos perniciosos na sociedade, transmitindo uma mensagem errada às novas gerações. Ou seja, de que não existe qualquer mal em fumar marijuana. Além disso, mesmo que a medida passe no referendo, a lei é tida como ilegal pelo Governo já que viola a Constituição Federal. O Procurador Geral norte-americano já veio dizer que o departamento de Justiça "opõe-se fortemente" a esta medida e irá acusar e condenar todos os que possuam e distribuam marijuana. A uma semana do referendo as últimas sondagens indicam uma ligeira vantagem do "não", uma reviravolta face aos números apurados em Setembro. Canábis como arma para combater o défice? Os californianos o dirão

sábado, outubro 23, 2010

O plano inclinado e algumas coisas de imprecisão.

Foi um programa hoje pobre, em que apareceu um indivíduo médico Dr João Semedo do BE a dizer algumas imprecisões, decerto, para não perturbar a discussão do OE entre o PS e PSD.
Há que ser sério.
Vou apenas falar numa coisa que está relacionada com o medicamento genérico e não falo sequer na questão da unidose que foi posta para enganar tolos.
Genéricos.
O Infarmed, sabia que ao autorizar os medicamentos genéricos de marca iria criar um maná para o próprio Infarmed, mal, mas criou, o Dr João Semedo falou da excelência do Instituto.
Não me alargo muito para não gerar confusão.
Um médico receita um genérico, suponhamos uma sinvastatina ( medicamento para baixar o colesterol) e há cerca de uma centena de sinvastatinas no mercado; (é verdade o Senhor Dr João Semedo grande defensor do Infarmed esqueceu este pormenor);da marca A, B, C, D, por aí fora, o Dr João Semedo acha que não há mal que o farmacêutico altere a marca B que o médico receitou para marca C, e muitas vezes não a mais barata, mas até pode ser; (porque os genéricos não têm todos o mesmo preço, mais um esquecimento do clínico ilustre do BE).
O farmacêutico, dizia eu, dá o que lhe convém, não vejo mal nem posso ver.
Pois, percebe-se porquê, não temos, está esgotada e por aí fora, passado 2 meses se a caixa for de 60 comp, dá-lhe outra marca a Z, com um pequeno detalhe, grande, para a população na grande maioria analfabeta, a caixa tem outra marca é de outra côr e até o comprimido é diferente e de outra côr e até pode ser em vez de comprimido uma cápsula, vai dar confusão, num doente plurimedicamentado.
Isto é transparente, para o Senhor Dr. do BE.
Aqui atacou a Ordem, eu nem gosto do bastonário, mas algum recato não lhe fica mal e depois da lição de sapiência do sapientíssimo Sr Dr João Semedo ficámos todos esclarecidos, o Dr Medina e o Sr Crespo, que esse sim devia levar a lição melhor estudada, ficaram sem saber o que diziam, crespo sem saber das perguntas certas.
Nem uma única vez, (aflorou apenas de ser um dos Institutos mais ricos), não me lembro de ouvir da causa, que tem a ver com as licenças de comercialização, que custam cada uma uma pipa de massa . Esta pode ser a causa e não encontro outra, para determinada molécula terem a ser comercializadas, 30, 50, 100 marcas diferentes da mesma substância, especialmente se valer a pena, porque ninguém faz genéricos de medicamentos baratos, a não ser que se vendam muito.
Portanto a questão que se coloca é porque razão não se ficou apenas com um genérico de determinado produto ou seja apenas uma marca de genérico, por exemplo por concurso público.
Reparem eu falei na mudança de um genérico para outro genérico pelo farmacêutico, apenas, nada mais.
Cada um tire as conclusões que quiser.

Agora é que isto está mau? O meu umbiguinho é que conta, afinal.

O Senhor Cavaco Silva tem estado onde?
O seu governo um sucesso?
Diria que uma vergonha, tão mau como este, compadrios e roubos de fundos comunitários, e sociedades de negócios lusas, e, já agora onde está o Sr Dias Loureiro?
A confiança da Asssembleia ou a sua por enquanto, para ser eleito?
Este orçamento é para criar emprego?
Para servir a economia, tenha santa paciência que eu não tenho para aturar tanta asneirada junta, vá para o Poço, por favor deixe-nos cair em paz.

Numa entrevista ao Expresso, Cavaco Silva admite o cenário de uma crise política, mas não deixa de sublinhar que existe um"Governo que tem a confiança da Assembleia da República".

O presidente, que abriu as portas do Palácio de Belém ao semanário durante 15 dias, recorda também que chamou os partidos depois da afirmação do Governo que não teria condições para governar sem a aprovação do Orçamento de Estado.

"Não podia ignorar essa afirmação", contou o presidente que, nos encontros políticos, forneceu às forças políticas "toda a informação relativa às consequências de uma crise em consequência do orçamento".

Sem podem afastar o cenário de crise, Cavaco Silva salienta que se abre agora um cenário de negociação "normal" quando um Governo não tem o apoio da maioria do parlamento.

"Agora, também se espera dos partidos da oposição uma cultura de responsabilidade. Eu disse-lhes que seria extremamente grave para o país enfrentar uma crise política neste momento, na medida em que essa crise não pode ter solução antes de uma deterioração muito acentuada da situação económica e social, dado que o PR não pode convocar eleições antes de 09 de Março" de 2011, afirmou.

O Chefe de Estado garantiu, pelas respostas que obteve dos partidos durante reuniões mantidas com todos, que hoje em Portugal "não há disponibilidade" para um Governo de coligação, mas sublinha que isso é uma matéria que depende dos partidos e recordou que há muito vinha alertando para os problemas que se estavam a criar pelo desequilíbrio das contas externas.

"Em Outubro de 2007 disse que, face à manutenção a nível elevado do desequilíbrio das contas externas, a economia portuguesa caminhava para uma situação em que seriam fortíssimos os constrangimentos vindos do exterior", disse ao recordar que na tomada de posse do Governo voltou a abordar a questão do endividamento.

Para Cavaco Silva "é uma ilusão pensar que o gravíssimo problema que temos no desemprego e no endividamento externo possam ser resolvidos sem uma reorientação da produção nacional para os bens que concorrem com a produção estrangeira" e defende ser preciso fazer opões de futuro.

"É preciso fazer opções, por forma a que o orçamento aprovado seja aquele que permite os melhores resultados possíveis em termos de crescimento da economia e criação de emprego".

Na entrevista, Cavaco Silva recordou ainda que, como presidente, foi o único que não dissolveu o parlamento por ser adepto da "estabilidade" e garantiu que a sua relação com o primeiro-ministro José Sócrates "é de absoluta normalidade".

Com 30 minutos de atraso, são 30 m x o número de intervenientes....

Parece que os dois partidos que provocaram a desgraça deste país vão negociar, sob ameaça uns dos outros, um que se demite, os outros que podem votar contra, o que restará será um país como o que é descrito de forma sublime abaixo.
Não esqueçamos que a crise subprime e a bolha foi fabricada no EUA e que nunca foram, nem nunca serão aliados da Europa, são predadores, e eu não falo a linguagem da esquerda ou da direita, falo aquilo que me vai na alma, por muito que custe a alguns bem intencionados, eu já passei essa fase, depois de saber e confirmar o que fizeram no Iraque, Bush assim que pisasse solo fora dos EUA, deveria ser preso e julgado em Haia (?) ele e muitos como Blair, Barroso ou todos os que acharam que o ditador do Iraque era pior que eles, afinal, onde está a justiça internacional?
Não me preocupa porque já desisti de procurar razões que a razão desconhece, são apenas negócios e política de mentira.
Mas permito-me perguntar o que tem a NATO a ver com a situação dos factos descritos e provados, credibilidade?
Vergonha é o que sinto, pouco me interessa se gostam ou não, até foi preciso mudar o nome da organização e da empresa de assassinos Blackwater.
Duvido que alguma vez sejam julgados, mas deveriam, a ONU não existe é uma organização de comprados.
Os EUA são a origem da polarização da política, do dinheiro, da religião, mas a mais deletéria e a maior é a da verdade.

Michael Winship:

The Celtic Tiger, Declawed and Defanged


DUBLIN -- The last time I was here in Ireland, eight years ago, the Celtic Tiger was still roaring. The country had zoomed from poverty to wealth, enjoying an unprecedented economic boom, with unemployment down to 4.5 percent and consumer spending and average wages at all-time highs.

But now? I stood on board a restaurant ship docked along a bank of the River Liffey with my friend and colleague David Kavanagh, executive director of the Irish Playwrights and Screenwriters Guild. His hand swept along the shore as he used the panorama of the city skyline to describe what has happened to the country's economy in just two short years.

To the left, he pointed out the beautiful new Samuel Beckett Bridge, opened in December, shaped like an Irish harp placed on its side, and designed by the Spanish architect Santiago Calatrava. (In this city that reveres writers there are bridges named after Beckett, Sean O'Casey and James Joyce - a Calatrava design as well. He's also the imagination behind the new World Trade Center Transportation Hub, under construction at Ground Zero in Manhattan.)


The Beckett Bridge cost 60 million euros to erect - about $80 million US (and no Waiting for Godot -like jokes about a bridge to nowhere, please). Near it stands Dublin's brand new national convention center, built for 380 million euros - that's almost half a billion dollars. Both structures epitomize the spending spree that once characterized Ireland's booming prosperity.

Torn down to make way for the convention center were red brick Victorian warehouses where trains delivered goods for transfer to the cargo ships that once docked here. A handful of them still stand. But next door, rising jagged like a broken tooth, is the unfinished building that was meant to be the new headquarters of the Anglo Irish Bank.

When all seemed flush, and foreign capital was rolling in, the Anglo Irish Bank lent billions of euros to property developers, including the builders of the convention center. The building boom went bust, exacerbated by the burst of the global housing bubble, and the bank has gone belly up, nationalized by the Irish government, a bailout that according to an analyst at Standard and Poor's may wind up costing Irish taxpayers more than $47 billion American.

In January 2009, The Irish Times editorialized. "We have gone from the Celtic Tiger to an era of financial fear with the suddenness of a Titanic-style shipwreck, thrown from comfort, even luxury, into a cold sea of uncertainty... the future now is not just uncertain but has suddenly become a threatening place."

Last year, when I spoke with David Kavanagh, the running joke was that the difference between Ireland and Iceland was one letter and six weeks.

In 2009, the economy sank 7.1 percent. Emigration levels are at their highest in more than twenty years, with a 50 percent increase in Irish nationals leaving the country.
Ireland now has close to 14 percent unemployment and the biggest deficit in Europe -- proportionately higher than that of Greece. It could reach around 20-25 percent of its gross domestic product, but the country has not yet gone to the International Monetary Fund and the European Union for a financial rescue, as the Greeks have.

But despite government denials, that may be unavoidable. And Wall Street hedge funds aren't helping. According to Ireland's Sunday Independent newspaper, "The International Monetary Fund estimated that up to [about $4 billion US] of Ireland's debt was being targeted by speculators through the use of derivatives. This practice is likely to have increased in recent weeks over growing fears that Ireland may default on some of [the Anglo Irish Bank] debt." As one newspaper columnist wrote, "It's contempt for how badly we do things allied to a gleeful determination to make easy money out of it."

As in the United States, citizen anger has been vehement and vocal, with Anglo Irish and other financial institutions the regular target of raucous demonstrations, hurled tomatoes and rotten eggs. Rage, too, has been directed at the country's politicians, the papers filled with constant reports of oversized salaries and expensive perks ( nearly $30,000 spent by a government delegation for one night's stay at an expensive Italian hotel during Pope John Paul II's funeral; trips to the Cannes Film Festival and a St. Patrick's Day celebration in Los Angeles; more than a million dollars of termination fees and pension payments to four members of the legislature who have decided not to stand for reelection).

The days of Brian Cowen, Ireland's beleaguered prime minister - or Taoiseach, as they say here - are probably numbered, too, although he appears to have survived a mini-scandal after a somewhat befuddled and slurred interview on Irish radio that seemed hangover-induced. His already waning popularity nosedived even further but seemed to boomerang back after an apology and his appearance at that most Irish of events, the National Ploughing Championships.

But curiously, despite the financial calamity and public indignation, there has been less here of the unfocused and often ill-informed fury typified by the Tea Party movement in America; in fact, most Irish with whom I spoke were perplexed by what's happening in the United States. "America is going through an age of misinformation," Irish journalist Una Mullally theorized in her column this past Sunday. "Fox News is sublime at creating an Orwellian arena of doublethink, but false information is being spread everywhere... The US is becoming increasingly polarized: politics, religion, money... But the biggest polarization is that of the truth."

In a Dublin museum, I saw on one wall the words of a great truthteller, the sublime Dr. Jonathan Swift, author of Gulliver's Travels, and long ago dean of St. Patrick's Cathedral here. When he died in 1745, he left the bulk of his estate for the founding of a psychiatric hospital. He wrote these lines for his native Ireland, but I couldn't help thinking they apply to us, too:

He gave the little wealth he had,
to build a house for fools and mad:
And showed by one satiric touch,
No Nation wanted it so much.

Michael Winship is senior writer at Public Affairs Television in New York City.

Combate de blogs ou lá o que seja.

Estive a ver penso que da TVI 24, post do 31 da Armada, um vídeo intitulado " Combate de blogs", foi interessante, mas mais uma vez tive ocasião de reparar que ainda se pensa na lógica de esquerda e de direita.
Dos intervenientes, um deles, aquele mais largo pelo andar do falatório é PC ou BE, estava uma jovem que supostamente e pela semiologia, como faço em relação ao indivíduo anterior, anda por ali pelo PSD, um outro era um dos colaboradores do 31 não lhe observei retórica partidária, finalmente o que menos falou, também não me pareceu ter retórica de partido.
Infelizmente tiro uma conclusão, mesmo nos blogs e são muitos, ainda há muita gente a falar pela boca de outros e pela partidocracia e felizmente muita gente já fala pela sua própria cabeça.
Pelo que se deixaram fazer entender, porque há lógica de combate e os media sabem usar as pessoas, algumas coisas saíram dali como conclusão, a questão da dívida ainda faz confusão e é uma misturada para alguns, não acredito que seja por desconhecimento, porque pareceram-me pessoas inteligentes, por outro lado aflorou-se muito levemente o cerne da questão, a Europa a sua estrutura e os mercados financeiros mundiais e o que provocam em Portugal, neste momento o bombo da festa.
Interessante apesar de tudo.

sexta-feira, outubro 22, 2010

A propósito do impossível... venha o FMI...

É natural que Medina Carreira não queira aceitar uma candidatura à Presidência da República.
Acho normal.
Mas neste momento não vejo mais ninguém.
Idades?
Bem, por aqui vão pelo mau caminho.
Que idade tem Alegre?
Terá a idade que tem mais uns anos de estupidez, natural, o que é natural, para um homem que nunca valeu nada, nunca fez nada, excepto as asneiradas que diz e o facto de ajoelhar e rezar, coisa que lhe fica mal, visto dizer-se laico, republicano e da ética republicana que foi coisa que ainda não percebi o que é, daí ter mais de 100 anos. Isto não pode ser um insulto porque de estupidez podem ser acusados todos os tipos que agora gemem por ter eleito aquela personagem que é PM, são muitos.
Do Senhor Cavaco, sobre a idade anda perto mais uns anitos, não aguenta um teste para ver do primo alemão, deve ter passado pelo poço de Boliqueime e ser problema de águas, é conhecido por ter criado as coisas que deram depois origem às PPPs, coisa em voga, chamam-se mais ou menos empresas privadas de capitais mistos, acho que era isso, o estado entrava, os privados lucravam sempre os prejuízos íam e vão sempre para a parte pública, nada mau para a excelente boa moeda que a personagem representa.
O tipo do PCP, tem idade madura e ar de merceeiro não sei se é, mas engoliu o CD ou a pen, coisa mais moderna.
Daí ser bom que Medina Carreira aceitasse, mas compreende-se, ninguém decente quer fazer parte desta choldra ou piolheira.

quarta-feira, outubro 20, 2010

Medina Carreira à Presidência, porque não? Pode-se tentar, sabemos como é teimoso, eu gosto de gente teimosa


Henrique Medina Carreira à Presidência, tentemos sair da podridão do pântano, Dr Medina Carreira sei que merece descansar, mas ao menos deixe dar uma sapatada nesta gente, seja essa sapatada, não há idade para se ser feliz e fazer ainda muitos Portugueses felizes.

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N1509

terça-feira, outubro 19, 2010

Porquê catastrófico? Adiar o inevitável é que vai ser uma catástrofe.

Pior que este orçamento não há e aprová-lo será dar mais um tempinho a esta gente.
O que vai ser esmifrado em impostos não chega para 5 meses da dívida e tudo irá piorar.
A CEE não existe, e foi criada e irá ser destrída por Wall Street, tem dúvidas, continue a ensaiar ou seja a fazer ensaios. há muito que vivemos de ensaístas.

Eduardo Lourenço, que participou esta terça-feira num colóquio em Badajoz sobre nacionalismos na Península Ibérica, considera que a crise em Portugal está ligada à crise mundial e que seria muito grave que o Orçamento do Estado para 2011 não fosse aprovado

O chumbo do OE2011 seria «catastrófico» e «um triunfo da velha teoria de quanto pior melhor», disse o professor e ensaísta. «As pessoas que o desejam provavelmente não sabem o que estão a pedir», acrescentou.

Para o filósofo português, que reside em França, o que se está a assistir por toda a Europa são sintomas dessa crise, falando ainda numa «crise muito mais profunda», a dos Estados Unidos.

Eduardo Lourenço considera que o facto de Portugal estar na União Europeia é uma vantagem. «Apesar desta constatação que de a Europa não está neste momento com grande dinamismo no plano da política mundial, a verdade é que não temos outra alternativa. Esta Europa representa um concentrado do que há de mais dinâmico no mundo», disse.

Para o ensaísta, Espanha pode ser uma das saídas para Portugal dada a proximidade geográfica e também pelo facto de ter uma economia e empresas mais dinâmicas do que as portuguesas.

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domingo, outubro 17, 2010

Vendo conforme comprei, mas é assim...

Andam por aí a falar em medidas de austeridade, cortes de salários, subidas de impostos, apertar o cinto.
Sacrifícios.
Só mais um. Agora outro. Já está?
Então só mais este que eu sou um grande mentiroso, perdão, distraído.
E o que vai o Governo fazer para dar o exemplo?
Vai ao stand escolher um Mercedes. Contou-nos o Jornal Sol.
Vem aí Durão Barroso passar 2 dias durante a cimeira da NATO e não podia sentar o "rabiosque" numa lata com quatro rodas.
Não lhe assenta qualquer "tanga", ou já não se recordam?
Estamos a falar de um automóvel que vai custar a módica quantia de 134 mil euros.
Chama-se a isto um bom pretexto para São Bento trocar de carro.
O S450 (chama-se assim o bólide) vai massajar o nadegueiro de Durão enquanto este provavelmente ouve a Toccata and Fugue in D minor de Bach.
A crise é tramada.
Mas só para alguns.
Uns ficam com o rabo a arder, outros com ele macio.
Segundo o Sol "a contratação agora feita, através da Agência Nacional de Compras Públicas, tem a duração de 48 meses "e inclui manutenção e pneus para 160 mil kms", sendo que a renda mensal é de 2.807,20 euros, explica a Presidência do Conselho de Ministros." É assim mesmo. Quem vier atrás que feche a porta e pague o carro. Se não houver dinheiro ponham-no a render ao fim-de-semana. Aluguem-no para casamentos e baptizados. Mas há pior. Há sempre pior. Calma que nunca disse o contrário. Então vamos lá...
"O Ministério da Administração Interna (MAI) autorizou um reforço extraordinário do orçamento da PSP, no valor de cerca de cinco milhões de euros, para a aquisição de vário equipamento e material de ordem pública que vai ser usado na segurança da Cimeira da NATO, a 19 e 20 de Novembro." " ...A verba foi "sacada" ao Governo Civil de Lisboa e as compras vão ser feitas por ajuste directo..." "Os cinco milhões vão servir para comprar vário material de ordem pública, incluindo seis veículos antimotim, blindados, norte-americanos." DN
Governo Civil de Lisboa?
Eu nem vou perguntar para que serve um Governo Civil nos dias que correm.
Nem qual a razão para este vir financiar a compra de automóveis para cimeiras. Até porque tenho vergonha de ouvir a resposta.
Nem sequer a razão pela qual um país como o nosso organiza cimeiras da NATO.
Muito menos quando tem as calças pelo meio das pernas e a mão estendida em jeito de súplica.
Agora pergunto: 5 Milhões em 2 dias? Repito: 5 milhões?
E vem esta gente pedir sacrifícios?
E vergonha? Nada?
Nem um bocadinho?
Os seis veículos antimotim são para quê?
O governo já está a pensar na fuga?
Se assim for justifica-se a compra.

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Um-dó-li-dá.cara-de-...

Foi a técnica do penico?
Se fossem 500 e extintos ainda acreditava que se queria alguma coisa.
"O Governo vai proceder à reorganização de 50 organismos do Estado, sendo que na maior parte dos casos se avança para a extinção dos mesmos", mentira já de jornalista, se o Prsidente da Câmara de gaia vai extinguir não sei quantas empresas Municipais, (mais défice escondido), quem foi que as criou, porque quem as alimentou sabemos nós.
Sejam sérios,:
Levantem-se de manhã cedo, tomem um bom banho, vistam o melhor fato e gravata, paguem o que devem na vizinhança, façam as escrituras que têm a fazer e suicidem-se, assim faziam os homens sérios antigamente, até aqueles que achavam que não estavam bem com eles próprios...
É violento?
Mais violento é o que fizeram ao país. Não há perdão.

Será que vaõ começar a prender os ladrões da política, ou é só anedota?

Prisões

Uso do bastão está limitado nas cadeias.
Guarda que o utilizar não pode levantar o cotovelo acima do ombro ou arrisca um processo.

Cá fora é à vontade.

sábado, outubro 16, 2010

Como não temos Salazar chamemos o FMI com tempo

É custoso?
É.
O orçamento é uma falácia, é para deitar fora porque é uma mentira pegada de omissões de muitos milhares de milhões de Euros e não há volta a dar e não é preciso ser economista para saber.
Chamem a tropa que está no bem bom para apoiar as polícias e deixem vir os homens do FMI.
O discurso do PR é de quem sofre de doença obsessivocompulsiva, o PM é doente e sofre de manias várias com grave alheamento da realidade, ou representa bem, o que é mais grave, aí é um problema de justiça, ou seja crime de malbaratar dinheiros públicos, as oposições sofrem do mal de não saberem que a coisa não se resolve com eles nem com esta malta, como diz Medina, portanto e com tempo é bom que o FMI venha através da CEE, que eu pessoalmente detesto, mas como perante factos não há argumentos, os homens que venham.
Durmam bem.

O Senhor Professor leu a legislação do PRACE?

Luís Mira Amaral* (www.expresso.pt)
0:00 Sábado, 16 de Outubro de 2010

Só diz o que diz porque não leu e não verificou algumas das aplicações do dito e assim vão os economistas, leia história fazia-lhe bem e não dava azia a quem o lê e vê...
O homem veio fazer um frete ou não reparou?
Mas ainda nós entregamos a economia a economistas?

Se o PRACE tivesse sido executado, talvez hoje se poupassem os cortes salariais na função pública.
Desde o governo Guterres que ando a escrever que a festa começada com a aproximação ao euro iria acabar um dia. Um modelo alimentado pela expansão das procuras pública e privada, na sequência da descida das taxas de juro e do crédito fácil, só pensando no mercado doméstico, sem preocupações do lado da oferta e da competitividade, não era sustentável e iria gerar endividamentos público e externo crescentes e insustentáveis. O risco da República, que na época do escudo era pago no prémio de risco das taxas de juro, única forma de segurar capitais em Portugal para os compensar dos riscos de desvalorização de moeda, reapareceu agora em pleno nas taxas de juro da dívida pública, cuja subida não reflete mais do que o prémio a pagar aos investidores pelo risco de insolvência da República. Tal sinaliza por parte dos mercados que a festa acabou. Longe vão os tempos em que Constâncio, confundindo a união política americana com a união monetária europeia, comparava Portugal ao Michigan para dizer que não nos precisávamos de preocupar com o desequilíbrio externo. Espero que hoje no BCE consiga vender esta teoria aos alemães...

O pacote de austeridade do Governo traduz o reconhecimento governamental, infelizmente tardio e depois de andar a negar a evidência dos factos, de que algo tem de ser feito no corte da despesa pública.

Eu e um conjunto de economistas temos vindo exaustivamente a repetir que a discussão sobre o OE-2011 tem de começar pelo lado da despesa, pois o método seguido ao longo de uma década perdida de ajustar o défice só pelo aumento dos impostos está esgotado. A economia portuguesa não aguenta mais impostos e o nervosismo dos mercados aumenta com os sinais de não controlo da despesa pública.

Infelizmente, o primeiro Governo Sócrates desperdiçou a maioria absoluta e um Presidente que não iria obstaculizar, não executando as reformas estruturais e o Programa de Reestruturação da Administração Central (PRACE), anunciado (e bem) por Teixeira dos Santos. Se o PRACE tivesse sido executado, não teríamos chegado a este ponto e talvez se poupassem os cortes salariais na função pública. Mas agora haverá que ser mais ambicioso e alargar o PRACE às autarquias, empresas públicas, regionais e municipais. Por outro lado, do lado da receita, o Governo aproveitou a boleia que o secretário-geral da OCDE lhe veio dar para propor o aumento do IVA. Mas o Relatório da OCDE não autorizava essa leitura. O que aí está é a possibilidade de se aumentar o IVA para reduzir a contribuição patronal para a Segurança Social, na linha do que o Fórum para a Competitividade liderado por Ferraz da Costa com o apoio da Faculdade de Economia da Nova está a estudar para, por essa via, ajudar à competitividade das empresas. O que o Governo pretende fazer é utilizar esse aumento para continuar a alimentar uma máquina estatal gorda e ineficiente que está a ajudar a afundar o pouco que resta da economia portuguesa.

*Professor de Economia e Gestão do IST

Texto publicado no caderno de economia do Expresso de 9 de outubro de 2010

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Um orçamento que não pode passar o país precisa bater no fundo para acordar

Vá que não vá uma treta!
O PR ainda está em funções ou está só em eleições?
É que isto não é um tabu senhor do poço de Boliqueime, o país não é um imenso bolo rei comprado por ajuste directo e já agora, onde está o seu antigo ministro com nome de arbusto que dá ou tronquinhos para o leitão e espetadas da Madeira, ou folhinhas para temperar, (sei que não tem nada a ver, mas se calhar tem alguma coisa a ver com toda esta choldra)?

O Estado Português morreu às mãos desta gente, dirão alguns.

O homem é inimputável qualquer psiquiatra com um cursinho de psiquiatria forense o iliba.
De acordo com Paulo Portas, o Orçamento de Estado para 1011 chegou às mãos dos deputados do partido já fora de prazo, às 00h18 de sábado.

"Mas isso, vá que não vá! Abre-se a pen e descobre-se que afinal só havia meio Orçamento e não havia relatório", criticou.

No final de uma visita à feira quinzenal de Vila Nova de Paiva, no distrito de Viseu, o líder do CDS/PP disse lamentar profundamente o que aconteceu, questionando se esta será uma atitude própria de um Governo responsável.

"Passam dois meses a fazer declarações sobre o Orçamento, às vezes arrogantes, às vezes ameaçadoras e nem sequer conseguem cumprir os prazos, respeitarem as formas", alegou.

Na opinião de Paulo Portas, não é possível fazer-se uma avaliação do Orçamento de Estado com o que foi entregue.

"Como é possível pedirem uma avaliação sobre um Orçamento, se ele chega sem um relatório que me explique os principais dados da política económica. Lamento profundamente o que aconteceu", sustentou.

Sobre o pedido deixado pelo primeiro-ministro, em que apelou à responsabilidade, Portas referiu apenas que é "uma pessoa responsável", que "não precisa de responder ao apelo de ninguém".

O problema são os actores porque a peça ainda tem de ser escrita.

É claro que ninguém acredita no que escrevi no post anterior.
Que horror aquela gente toda afastada, isso faz parte de uma utopia que todos, os que não vivem dos esquemas desejariam.
Isso é impossível.
Porquê?
Porque estamos na zona Euro infelizmente e estamos na CEE infelizmente, porque a Europa aceitou todo o lixo que os banqueiros sobretudo americanos, melhor dizendo a meia dúzia de famílias que comandam o mundo, fizeram, manipularam, roubaram e ainda receberam de volta, por cá foi pior, porque cá, não temos moeda, nem possibilidade de a fazer ou de mexer nas taxas de câmbios e porque a banca especialmente a CGD, está a ser gerida de forma ruinosa, o que é um atentado a este estado se é que ele existe.
Depois vamos ficar mais pobres e sem economia.
O ataque às classes médias é típica do FMI, e não tenham dúvidas é o FMI, que secretamente já cá manda, lembrem-se das palavras chave de um homem chave, de que não digo o nome.
Este orçamento vai ser mais um PEC porque não mexe na administração do estado, não mexe em todas as instituições que de lá mamam, escuso de dizer os nomes.
Tem de se mexer no Estado e acabar com tudo aquilo de que se fala.
Um país com este tamanho com os concelhos que tem?
Aqui são todos atingidos e não se pode tocar nas quintas dos partidos, precisamos de uma nova divisão administrativa do território, não é criando mais concelhos, é acabar com os que deveriam ser simples frequesias.
O povo não gosta? O povo não existe e a prova está na forma como elege quem o governa.
A ignorância é endémica e altamente manipulável, daí o medo de muitos da desobediência civil, mas não receiem, com estes, apenas lhes interessa o galãozinho no café e a sopinha, está muito envelhecido, porque as questões fracturantes, foram o aborto, as gravuras rupestres, os touros de morte em Barrancos e os casamentos entre tipos do mesmo género e os programas da Júlia e outros que vão aparecer, mas são invejosos e mal formados não esqueçam. Temos aquilo que foi realizado de forma despudorada desde Abril, não é preciso falar em nomes, o oásis, o pântano e a putrefacção.
É claro que está tudo bem onde está e devem continuar, falo dos altos magistrados, pelo bem que têm feito a este país.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Um orçamento por 3 meses

Não digo nada de novo.
Não me apetece até dizer nada, afinal cada povo tem o orçamento, o governo e os partidos que tem e merece.
Não há nada a dizer, para além do que foi dito, fica apenas o mais importante, aquilo que não foi nem vai ser dito, porque temos um PM que deveria estar preso há muito tempo, um Procurador que deveria estar reformado por processo disciplinar e expulsão pura e simples, um Presidente do Supremo que deveria estar fora de funções por olhar para o lado, nas coisas que são de olhar de frente e muitos outros e olhem que muitos são poucos e são criminosos todos os que permitiram que o país chegasse onde chegou.
Estão nos partidos políticos, sem excepção, são a alma negra do regime republicano apodrecido há muito e neto da I República.
Salazar quando era ministro das finanças conhecia o mal, e esse mal é igual ao verme que tomou conta do país e olhem que não nos emprestaram um chavo, daí me dar vómitos cada vez que ouço falar mal do Homem.
Não tenhamos ilusões, todos sabemos o que se passa.
O aumento de impostos dura pouco até que as agências de rating nos voltem a fustigar, afinal elas são cães de Wall Street, obedecem a donos, os nossos banqueiros, se é que se podem chamar assim, são os que nos levaram à desgraça que foi aqui escrito antes de se saber o que era a crise de subprime e a bolha que os meninos da católica não queriam ver, ou não lhes deram autorização para ver, estão todos carregados esses crápulas.
Só há uma solução, bater com força no fundo e destruir empresas públicas que só dão prejuízo, vender as que podem dar lucro, acabar com as diatribes da EDP e GALP e controlar os ladrões que as controlam com o aval deste estado, acabar com as Entidades Reguladoras, despedir os boys dos partidos, não só os do PS, também há do CDS, do PC , do PSD e simpatizantes da esquerda caviar, acabar sem indemnizar as PPP, os EPE, os IP, empresas municipais e colocar ordem nas câmaras municipais e as Fundações que roubam o estado que vivam das fortunas que acumularam os seus mentores.
Esqueci muita coisa, mas há muitas a lembrar, sobretudo as mentiras que amanhã o mentiroso compulsivo e doente irá dizer mais o seu ministro a uma população assustada e sobretudo acomodada ao destino.
Acordem.

Os símbolos do que somos

"Enquanto as personalidades da III República celebravam o centenário da I, um pequeno grupo de monárquicos perfilou-se na Praça do Município para uma paródia silenciosa. Num ápice, foram amavelmente varridos pela segurança do evento. Deve ser esta, decerto, a ética republicana, um festival de tolerância que, está na Constituição, ameaça com prisão qualquer "falta de respeito" à República e aos símbolos nacionais. É por isso que não me canso de achar o regime uma maravilha, de pendurar à janela aquele belíssimo erro de heráldica que é a nossa bandeira e de desafiar para um duelo o primeiro biltre que calunie a doce cançoneta de revista chamada 'A Portuguesa'. O que é sublime precisa de quem o defenda. "

Alberto Gonçalves

quarta-feira, outubro 13, 2010

O circo e os micos

A aprovação ou não do orçamento não é o problema, por mais que o PR, os banqueiros, os tipos do PS ou do PSD e dos outros grupos de partidos puxem para um lado ou para outro. O orçamento que vier a ser aprovado, se o for, com sentido de suposta responsabilidade pedida por gente sem credibilidade, vai dar no mesmo, num impasse, daqui a 2 meses terá de ser rectificado.
Ninguém tocou ou vai tocar no grande problema do estado, os IP, as Entidades Reguladoras de coisa alguma, no negócio dos fogos e na sua indústria, nas Empresas Municipais e do número excessivo de funcionários de câmaras, nas Parcerias Público Privadas, nas Empresas Públicas, nos Hospitais Empresa, no não funcionamento da justiça, nos gastos com guerras que não são nossas, no número de deputados das várias assembleias e em inúmeras coisas que me esqueci e cansei de enumerar.
O governo vai aumentar os impostos como mandaria o FMI e a economia sofrerá uma retracção ainda maior, este ciclo é conhecido e o FMI já fez as previsões porque já manda neste sítio mal frequentado.
O que Passos, Sócrates ou Cavaco dizem já não conta, apenas tomem em consideração as palavras do homem que manda no Clube Bilderberg na Península, ele já disse e será o que vai ser feito, o país vai ser uma nova Islândia, só que com Portugueses, o que é muito mau, trata-se de um povo mal formado e mal habituado, só pede e exige, só quer direitos, deveres é só para quem trabalha, e quem decide na hora de votar são os não contribuintes e na sua grande maioria os que nunca pagaram um tostão em impostos ou descontos para a segurança social, querendo no entanto manter um estado social morto.
Portanto, não se amofinem a coisa dá mesmo para o torto, o resto é mentira de jornalista e circo dos media.

Vestígios da portugalidade

"Este ano, o Nobel da Física é um bocadinho português", proclama orgulhoso o i em manchete. A sério? E um bocadinho quanto? Metade? Um quarto? Um setenta e dois avos? É fazer as contas. Até lá, a história é que um dos vencedores daquele Nobel, um holandês nascido russo, colaborou em artigos recentes com Nuno Peres, investigador da Universidade do Minho.

Claro que os méritos científicos do dr. Peres não estão em causa e ele não tem culpa nenhuma da nossa saloiice. Claro que i não foi o único jornal a exibir saloiice. Claro que a saloiice é deliciosa.

Nos acidentes e catástrofes, a primeira reacção dos media caseiros é procurar compatriotas entre as vítimas. Nas situações de glória, onde não há hipótese de encontrar portugueses entre os vencedores, resta vasculhar vestígios da portugalidade. Do dentista de Sacavém que uma tarde lanchou com o dr. Barnard ao trisavô açoriano do vencedor do Óscar, passando pelo cão de raça nacional do presidente americano, tudo serve para enaltecer a proximidade dos grandes do mundo ao diminuto Portugal.

Imagino que na Guatemala, digamos na Guatemala, os costumes não difiram muito. Não me admirava que os jornalistas locais também andassem à cata da ocasião em que a vedeta X pernoitou em Guate ou do antigo criado guatemalteco do estadista Y. É possível que a ânsia de identificação e reconhecimento sejam típicas de países periféricos. Mas, se não se importam, é igualmente possível que a ânsia ajude a torná-los periféricos. E isso já é aborrecido.

Em vez de mendigar migalhas de consolação nos prémios que não ganhamos, não seria preferível perceber porque é que os perdemos constantemente? Em vez de esmiuçarmos o DNA das centenas de Nobel alheios, não faríamos melhor em lamentar o facto de os nossos se limitarem a uma distinção ideológica e a uma prática médica caída em desgraça? Em vez de nos preocuparmos com as consagrações, não conviria dedicarmo--nos ao trabalho que aquelas, em princípio, consagram? Em vez de sermos tão portugueses, não ganharíamos em ser outra coisa qualquer, e mais do que um bocadinho?
"

Alberto Gonçalves

terça-feira, outubro 12, 2010

Em defesa (e não) do tal deputado.

"O deputado Ricardo Gonçalves queixou-se: "Se abrissem a cantina da Assembleia da República à noite, eu ia lá jantar." Logo lhe fizeram contas à vida - 3700 euros de salário mais 67 euros diários de ajudas de custos - e insultaram-no (foi o tom geral) por mangar connosco. Mas é legítimo ele dizer que ganha pouco. Porque nisto de salários o apetite vem com o comer e porque para alguém que prepara e aprova leis para o País aquele salário não é enorme. É certo, não gostei do choradinho - falar de cantina, isto é, de comida como se de esfomeados se tratasse - nem do manifesto exagero: "Os deputados são de longe os mais atingidos na carteira." Os deputados não são nem de perto os mais atingidos. Mas, está bem, exageros, normais em quem reivindica por também estar a perder alguma coisa. Não me parece é que o deputado mereça o que ouviu pela vida de nababo que, de facto, não tem. Com um porém, para uma crítica que lhe deve ser feita. Ricardo Gonçalves é deputado do partido do Governo que decretou as medidas duras que achou que devia decretar. Com a sua reivindicação e a forma tola como a apresentou, ele sabotou o trabalho do conjunto a que pertence. É por isso que ele não merece nem o salário de 3700, nem a cantina a 4,65 a refeição. Não que sejam benesses a mais para deputados; Ricardo Gonçalves é que não merece ser deputado. E um mau profissional é sempre caro. "

Ferreira Fernandes

Uma fundação sem aspas

"Num país em que o conceito de "fundação" merece imensas aspas e significa um arranjinho para arrancar da comunidade imóveis, subsídios e empregos, consola um bocadinho notar a existência de excepções que correspondem ao conceito verdadeiro e, em vez de subtrair, dão. Uma delas é a Fundação Champalimaud e, sobretudo, o seu mais visível e recente contributo: o centro de investigação e tratamento em neurociências e oncologia.

Durante décadas, António Champalimaud foi entre nós a personificação do capitalista, o qual, na crença indígena, equivale à versão terrena do Belzebu. Não partilho do dogma. Se não acho venerável, acho saudável que um sujeito satisfaça instintos egoístas e persiga o lucro. Se a empreitada lhe correr bem, o mais provável é que todos lucremos com o respectivo sucesso. No caso de António Champalimaud, lucrámos com o sucesso em vida e, como se vê, com o seu legado.

Evidentemente, a ironia do legado não se perdeu. A todas as injúrias de que o seu mentor foi alvo, a Fundação Champalimaud responde através da generosidade escusada. Agora, alguns dos que o insultaram talvez engulam em seco e aplaudam o gesto. Outros continuam a remoer ódio. Nenhum, porém, escapará dos benefícios que o centro promete trazer. Visto haver quem nunca aprenda, não será uma lição. Mas é humilhação suficiente
."

Alberto Gonçalves

segunda-feira, outubro 11, 2010

'Mr. Silva goes to Washington'

"O filme Peço a Palavra (Mr. Smith Goes to Washington) é um curso de democracia. Como todos os personagens de Frank Capra, Mr. Smith não é um herói todo poderoso, é um homem humilde. Nos outros filmes, os heróis de Capra passeiam-se nos bairros comuns, mas o de Peço a Palavra vai para Washington, e para o Senado, e é lá que ele diz não - daí a lição particular de democracia: um homem comum, opinando no lugar mais poderoso. E de que fala ele? De um facto que o repugna, um facto concreto e real. Washington (o poder), com astúcia e saber, tinha sabido até então enrolá-lo, ao Mr. Smith; mas perante aquele facto ele insurgiu-se. O filme é sobre isso, sobre a força da palavra dos fracos quando têm com eles a razão... Por cá, a palavra aparentemente todos a temos. Oiçam o Fórum da TSF, onde o Silva da retrosaria opina sobre o Orçamento como se tivesse andado em Sciences-Po com Strauss- -Kahn, o patrão do FMI. Mas nada pior para os fóruns dos cidadãos comuns do que pretenderem falar do que não sabem. Há uns dias, porém, foi como se também Mr. Silva tivesse ido para Washington. Em vez de macaquear linguajares, ficou a saber dos 220 mil gastos no aniversários dos cobradores de impostos e do jantar de 13,5 mil dos das Artes em Veneza e do... Seria um bom resultado da crise que esses factos concretos e apontados fizessem os portugueses pedir a palavra, como numa democracia à Capra."

Ferreira Fernandes

A república e os bananas

"A 5 de Outubro de 1910 um bando de rústicos hasteou uma bandeira na varanda da Câmara de Lisboa e implantou, como se implanta um dente, a República. As baixas foram mínimas, e isso já incluindo os dois líderes revoltosos mortos horas antes por malucos (no caso do almirante Reis, tratou-se de suicídio). A resistência do regime anterior, atarantado, caduco e fatalmente "aberto", foi residual. O interesse do povo foi quase nulo. A bandeira em causa foi a do Partido Republicano, que contava com a simpatia de uns poucos milhares de lisboetas e o desprezo do resto do País.

O País caiu assim, feito fruta, nas mãos dos rústicos, que se achavam iluminados por frequentar o Rossio e terem ouvido uns delírios em francês. Mesmo por comparação com os desvarios precedentes, estava inaugurada uma época de caos económico, totalitarismo político, perseguições religiosas e ideológicas, discriminação cívica, atentados regulares e geral atraso de vida. E imensa retórica progressista. A deposição da monarquia significou a troca do privilégio de classe pelo privilégio da falta dela, o que não sendo tão mau quanto soa não é tão bom quanto a propaganda oficial jura.

A 5 de Outubro de 2010, o regime em vigor festejou, com tiques devotos, o centenário desse encantador período. Humor negro? Quem dera. Os senhores que hoje mandam nisto celebram a ascensão da I República porque, em larga medida, essa é a sua ascensão. O mofo jacobino e maçónico que tomou conta de Portugal há cem anos é o mofo que desde então sempre nos regeu, com uma longa interrupção para o mofo seminarista, igualmente conhecido por Estado Novo.

Se entretanto Portugal mudou muito, quase nada se deveu ao esforço próprio. Nas últimas décadas, as dádivas e o crédito alheios emprestaram-nos o verniz de "modernidade" que disfarçou, mas não impediu, a falência iminente, a corrupção genética e a aversão à autonomia dos cidadãos. Os cidadãos, diga-se, também não ajudam, visto que assistem a tudo com a indiferença de há um século. Excepto quando lhes dá ou retira o amparo, as pessoas não pensam que o Estado e o poder sejam assunto seu. No fundo, e com relativa razão, habituaram-se a pensar que são assunto "deles". E "eles" festejam: a desgraça a que, perante a apatia geral e a impunidade, nos conduziram
. "

ALBERTO GONÇALVES

domingo, outubro 10, 2010

Os bons e os maus mercados e o bom e o mau capital

Porque é que se continua a insistir nas utopias das contabilidades e défices obrigatórios dos estados num mundo onde existem vários tipos de capitalismos e vários tipos de regimes, onde se fazem trocas, embora de vez em quando se fale que este ou aquele país não é democrático, para enganar os bem intencionados, em que a ética do chamado mercado não existe, se é que alguma vez existiu ou irá existir.

O FMI e a OCDE obrigam alguns países a se comportarem bem, como dizem, mas no fundo o mau capitalismo afasta o bom e a aplicação da mesma receita a países tão diferentes como Portugal, a Grécia, a Nova Zelândia, a Irlanda ou a Alemanha, leva a pensar que há outros interesses que não o equilíbrio das contas, mas sim o controlo do mau capital sobre o bom capital.

O Brasil safou-se do FMI porque muita da economia subterrânea entrou no sistema e preferiu não se sujeitar aos ditames do FMI, não digo se foi bom ou mau, apenas falo do que aconteceu e não foi milagre.
O caso da Rússia foi mais ou menos semelhante, a máfia já lá estava durante o regime soviético, só não sabe quem não quer tirar a carraça detrás da orelha.

Vamos então falar de coisas que parecem ser simples e são:
Falemos de custos ambientais.
Se num país, os custos ambientais são tidos como obrigatórios em termos de regime fiscal que obriga as empresas a contabilizá-los nos seus custos, sob pena dos fiscais radicais do ambiente, as onerarem com pesadas coimas, multas e outras ameaças e se estas empresas são obrigadas a competir num mercado global, com empresas de outros países que não obrigam a esses custos ambientais, os países que obrigam e ameaçam as suas próprias empresas a cumprir essas obrigações e as oneram sob o ponto de vista fiscal, como podem competir então no mercado global? Servem quem os seus governos?
A globalização foi uma situação que serve estados marginais, onde o crime entra na economia com dinheiro sujo, onde não interessa se os regimes são de mais ou menos “santas” democracias, onde não importa que crianças sucumbam antes de deixarem de ser crianças, interessando ao mau capital, como à má moeda, apenas os lucros e assim a sociedade a que pertencemos, apenas consome os produtos, não interessando como foram manufacturados e a que custos éticos, morais ou de liberdade, “santa liberdade”, esquecendo que se deixou de produzir e que há limites que mais tarde ou mais cedo vão ter que ser equacionados, quase sempre através de conflitos muito graves locais ou regionais, provocando a génese das guerras futuras, não apenas pelos recursos naturais mas também pelos mercados.

Os países avançados permanecerão limpos, à custa de outras partes do mundo se tornarem mais sujas.
O capital migrará como migrou, porque de facto o capital não tem pátria.
Acontece dentro da Europa dos mais ricos para os mais pobres e dos continentes mais”ricos” para os mais “pobres”.
Assistimos a que qualquer pessoa bem pensante e crítica do mercado livre global desregulamentado é chamada de ignorante pelos economistas.

Talvez as restrições ao mercado livre global podem não fazer aumentar a produtividade, mas o aumento da produtividade, conseguida a custo da desolação social e da miséria humana é um ideal social que mostra uma doença das sociedades, dos homens e é muito perigosa.

O crescimento das desigualdades no rendimento foram aumentadas com a desregulamentação do mercado de trabalho e pelas políticas fiscais e neoliberais e as novas tecnologias são as causadoras de grande parte do desemprego.
Fico por aqui, para não aborrecer mais os seres bem pensantes.

Motörhead - I Don`t Believe A Word

Rir de quê?

"Antecipando que os portugueses se iriam "rir um bocado", o dr. Mário Soares teceu vastos elogios ao discurso de Cavaco Silva no 5 de Outubro. De acordo com o Pai da Pátria, o provisório encarregado da dita "tem feito bastante para o Orçamento passar", "o discurso dele e o do primeiro-ministro foram coincidentes" e, pelos vistos, isso é muito bom.

Obviamente, o Orçamento é um pormenor. O entusiasmo do dr. Soares face ao prof. Cavaco é inversamente proporcional ao entusiasmo suscitado pela candidatura presidencial que ele próprio inventou. Dado que o dr. Nobre da AMI ameaça um resultado embaraçoso, resta ao seu criador puxar, discretamente e sem grande risco, pelo único rival de facto de Alegre.

O pior é que, descontados os sinuosos propósitos, num ponto o dr. Soares está coberto de razão. O pior é que os discursos do prof. Cavaco e do eng. Sócrates, uma mistela de vulgaridades formais e recheio cínico, foram mesmo idênticos. O pior é que, apavorado ante a eventualidade de uma crise política que lhe complique uma reeleição em princípio descansada, o Presidente da República deu em tomar as dores do Governo e promover descaradamente a manutenção de um estado das coisas que, excepto para ele e uns quantos beneficiários, não pode ser mais suicida.

Uns movem-se por apego ao poder, outros por estratégia eleitoral, outros por puro ressentimento e outros ainda, no caso o PSD, por insondáveis motivos. Convergem, porém, nos apelos dramáticos ao "interesse nacional" e à "responsabilidade". Bonito, apesar de o interesse ser o de cada um e a responsabilidade ser deles todos, por contribuírem com empenho para o buraco a que chegamos. Não quero perturbar o dr. Soares, mas ele julgará os portugueses masoquistas para se rirem seja do que for?
"

Alberto Gonçalves

O PROBLEMA GLOBAL

"O problema é que estes teóricos do liberalismo abriram as fronteiras a países como a China e a Índia que tem custos de trabalho quase ridículos, convencidos que conseguiam colocar lá os seus produtos de maior valor acrescentados.

Acontece que os chineses e os indianos também são espertos e passaram a produzir exactamente esses produtos a metade do custo.

Eles têm mão-de-obra (disponível 24/24 e barata), tecnologia importada [adquirida com a captação de dinheiro em trocas desiguais, porque os produtos que eles colocam no ocidente aos preços baixíssimos servem apenas para isso], grande alavanca potencial (força de trabalho disponível enorme).

Resultado: a Europa deixou de produzir e manteve o seu padrão de consumo.

Como? Endividando-se precisamente aos chineses e indianos. Isto é, metendo-se na boca do lobo.

Portanto, este modelo de desenvolvimento europeu tem que mudar. E Já. Por muito que nos custe, temos que voltar a introduzir medidas proteccionistas.

Ou então, deixaremos de ter políticas sociais ou teremos salários miseráveis?
Não há alternativa, esta é que é a verdade, por muito que nos custe.

O mundo já existe há muito tempo e não começou hoje.

As políticas proteccionistas são desagradáveis porque podem originar conflitos políticos graves mas é a forma de muitas nações conseguirem sobreviver."

John Carpenter

sábado, outubro 09, 2010

Working Class Hero - John Lennon



"As soon as your born they make you feel small,
By giving you no time instead of it all,
Till the pain is so big you feel nothing at all,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.

They hurt you at home and they hit you at school,
They hate you if you're clever and they despise a fool,
Till you're so fucking crazy you can't follow their rules,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.

When they've tortured and scared you for twenty odd years,
Then they expect you to pick a career,
When you can't really function you're so full of fear,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.

Keep you doped with religion and sex and TV,
And you think you're so clever and classless and free,
But you're still fucking peasents as far as I can see,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.

There's room at the top they are telling you still,
But first you must learn how to smile as you kill,
If you want to be like the folks on the hill,
A working class hero is something to be.
A working class hero is something to be.

If you want to be a hero well just follow me,
If you want to be a hero well just follow me
. "

quarta-feira, outubro 06, 2010

O FMI e os desastres que anuncia e produz

Se as últimas medidas de austeridade forem aplicadas, a economia portuguesa vai entrar em recessão no próximo ano, contraindo 1,4%.

O aviso foi deixado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na apresentação do seu World Economic Outlook, em Washington.

Esta ainda não é a previsão que consta no relatório - que aponta para uma estagnação em 2011 - já que as medidas mais recentes "não foram consideradas", explicou Jörg Dressing, director assistente do departamento de research do FMI. "Mas estas medidas terão um efeito grande", reconheceu o director, acrescentando que representam cerca de "3% do PIB".

Ainda assim, o FMI apoia a decisão do Governo de intensificar os cortes no défice. "Portugal está sob muita pressão e por isso aplaudimos a decisão do Governo", garantiu Dressing. É que Portugal faz parte do grupo de países que não tem margem para fazer uma consolidação mais calma, que lhe permitisse proteger a economia da recessão.
Aumentar impostos é a fórmula para contrair a economia, o FMI já nos governa...
Cavaco sabe, Sócrates sabe, o PCP e o BE querem, vivem da terra queimada, poucos sabem, levanto a ponta do véu, para quem quiser acreditar...
Aplaudir?
O FMI onde toca destrói e esta gente sabe, digo a partidocracia. No Brasil, não foi Lula, foram os grandes grupos que não quiseram, queriam crescer, os louros deram-nos ao herói Lula, uma treta.
Ao contrário do que falam os tipos do FMI, -lembrem-se quem provocou a crise, Wall Street/EUA, todos os países da Europa vão entrar em recessão, na Alemanha crescer 1% é recessão...
Não acreditem no que diz Passos e Cavaco, dos outros nem falo...
Que tal um exemplo, como o dos gafanhotos...
"O fundamentalismo de mercado levou a um novo tipo de desenvolvimento invertido, em que os países desenvolvidos retrocedem para formas mais primitivas de vida económica. É esse o padrão da Argentina. Há um século, encontrava-se entre os países mais desenvolvidos do mundo. Hoje é um caos empobrecido.
É costume datar o declínio económico da Argentina do tempo em que o ditador popular Peron assumiu o poder, em 1946. A verdade é que a economia, durante a década peronista, cresceu numa proporção maior do que viria a crescer mais tarde. Durante a maior parte do período que se seguiu à passagem do controlo da sua economia para o FMI é que a economia da Argentina de facto retrocedeu. Também não é verdade que o colapso da Argentina tenha resultado do facto de a sua economia não ter sido reformada. O desastre da Argentina teria sido ainda mais completo se ela tivesse cumprido totalmente as políticas do FMI. Tal como faz em toda a parte, o FMI exigiu austeridade fiscal. A Argentina correspondeu fazendo cortes orçamentais severos. O resultado - conhecido antecipadamente pela maioria dos economistas, apesar de o não ser pelos do FMI - foi que a economia, que já se vinha a retrair, recuou ainda mais. Joseph Stiglitz coloca assi a questão:" Como seria de esperar, os cortes agravaram a queda; se tivessem sido tão implacáveis como o FMI pretendia, o colapso económico teria sido ainda mais rápido."
Em consequência da experiência do FMI, a Argentina é uma amostra exemplar de desenvolvimento invertido. A vasta classe média que em tempos existiu está arruinada.
Uma economia de mercado altamente avançada foi substituída por uma economia de permuta de géneros. Um quarto ou mais da população está desempregada. A fome alastrou, crimes como o rapto e os assaltos à mão armada são um lugar comum. Com a economia e a sociedade em estado de colapso, uma nova mudança de regime deve estar a desenhar-se no horizonte.
Fazer descer um Estado moderno ao nível de um regime do 3º mundo em menos de uma década é uma empresa notável, mas as políticas do FMI na Argentina não foram diferentes daquelas que impôs em outros países. Enquanto abre caminho aos trancos e barrancos pelo mundo fora, os objectivos do FMI não mudam. Por muito diferentes que os problemas sejam, as soluções são sempre as mesmas. O FMI pretende instalar uma determinada espécie de capitalismo em toda a parte. Inevitavelmente, dadas as diversas histórias e circunstâncias dos países que foram sujeitos às suas políticas, esse objectivo provou ser um engano. " John Gray in Al-Qaeda e o significado de ser moderno.
Tomem em atenção quando ouvem os conselho do FMI, são gafanhotos, em forma de praga, saltam de país em país, destruindo tudo, para destruir a seguir, são predadores.
Na Europa, a física que veio de leste e manda na Alemanha é um perigo para a Europa, não esqueçam...

terça-feira, outubro 05, 2010

Nada a comemorar

Os princípios orientadores:

São simples e claros: "equilílbrio do orçamento a todo o custo; concentração da potência financeira nas mão dos Estado; aproveitamento dessa potência financeira para fins predominanteente de serviços públicos"
"o equilíbrio do orçamento não pode atingir-se senão contrapondo à política de facilidades uma política de sacrifícios" para se eximirem aos sacrifícios, alguns aproveitariam fugas nas receitas e nas despesas.
" um Estado que nunca equilibra as suas contas é o maior inimigo da produção nacional (...) mas " a organização da produção e o trabalho nacional necessitam ser reeducados"
" Há abusos acumulados que importa reprimir. Impõem-se medidas duras e há que definir os lugares incompatíveis e os acumuláveis, tanto no sector público como no privado; sendo sobretudo atingidas as acumulações, sujeitas a carga fiscal pesada e por isso proibitiva.
Aconselho os leitores a procurar os decretos nºs 15 465, 15 466, 15 467, 15 5o8 de 28 de Maio de 1928 e ainda o que mais raiva mereceu dos acomodados o 15 538, de 1 de Junho de 1928.

Não cabem aqui os conselhos de Cavaco Silva, homem de meias tintas e de meias palavras e único responsável pela situação a que este país chegou.
Não pode e sabe que não pode, daí ser duplamente culpado, pedir entendimentos que sabe insanáveis, entre os partidos políticos, por que estes, de per si, defendem os seus interesses sem olhar a meios, apenas defendem os seus acólitos e ele como Presidente da República não poderia manter por mais tempo um lunático e homem perigoso para os negócios do Estado, mas manteve, porque apenas está interesssado na sua reeleição.
Nem é necessário fazer aqui relembrar o rosário das culpas dos partidos sem excepção, desde Abril.
Quem fez o 28 de Maio foram os militares, quem apoiou a ditadura ainda Salazar era Ministro das Finanças foram os militares, foram os militares que sustentaram o regime que acabou em 1974 e foram os militares que fizeram a desgraça de Abril e a desgraça da descolonização a eles se deve, não há volta a dar, foram eles que puseram esta corja no poder, desde aí; escuso de citar nomes, dão -me nauseas.
Não há nada a comemorar, nem em 25/4, nem em 5/10.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Comemorar o quê?

Segundo uma sondagem e elas valem o que valem, 38% dos indivíduos inquiridos não sabem o que se comemora amanhã.
Decerto, cerca de 90%, não sabem dos crimes da República e dos republicanos, falo claro está, da I República e dos seus heróis.
São os bisnetos que estão no poder ou melhor nos vários poderes, a grande maioria a mamar do estado, organizados em lojas e ou delas dependentes.
Comemoramos, salvo seja, os assassinos bombistas?
Que aconteceria hoje se esta gente fizesse este tipo de crimes em nome de qualquer ideal, fosse qual fosse?
Eram condecorados?
Acredito que sim, vindo dos bem falantes de que dispenso apresentar os nomes, cada um que analise.
O analfabetismo que continuaram a manter, a perseguição e assassinatos dos padres jesuítas e as medições crânio-faciais, com instrumentos de medida, (defendidas pelos ingleses em relação aos Irlandeses, a Inglaterra(!) a da Santa Igreja Anglicana que nunca vi pedir desculpas por fechar os olhos aos crimes dos seus fiéis, contra os Irlandeses, mas esses crimes e mortes, não são de bom tom, aos very british), que criticam a Igreja Católica e o Papa Bento, que lhes deu uma lição de humildade; essas medições foram adoptadas por indivíduos republicanos como Júlio de Matos e não venham com negações das coisas, há por aí muito material a provar o que se diz.
Depois foi o regabofe, até ao golpe militar de 28 de Maio de 1926.
A III República, atendendo a que há uma I e os democratas não gostam de dizer que esta é a III, mas é, e no momento actual, o exemplo tal pai tal filho, cai que nem ginjas, temos o país na bancarrota, mas não temos o fradinho, de que os militares que fizeram o dito golpe, tanto gostavam, " não toquem no fradinho".
Pois eu acho que não há nada a comemorar, há a lamentar, o que os bisnetos fizeram a este país, é uma repetição do que os bisavôs na altura realizaram, com uma excepção por enquanto, o crime campeia, sem rei nem roque, nem por sombras queria a expressão, irá piorar graças às leis das santas lojas dos pedreiros mais ou menos livres.

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