segunda-feira, fevereiro 28, 2011

O princípio do fim?

1/ "Gasolina sobe para novo máximo histórico: 1,564€ (mais aqui)

2/ "Escalada do petróleo faz acelerar produção de carros eléctricos (mais aqui)"

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Estão nas mão de quem?

"Há motivos para acreditar que maioria dos campos de petróleo e gás não estão sob o controlo de Kadhafi", declarou Gunther Oettinger, descartando a ideia de impor um bloqueio às exportações da Líbia agora que as instalações estão nas mãos de grupos regionais contrários ao regime Kadhafi.

"Estaríamos a punir as pessoas erradas", explicou o comissário europeu de Energia.

A União Europeia (UE) adoptou também hoje um embargo de armas contra a Líbia, determinando ainda o congelamento dos seus bens e a proibição de vistos para o ditador Muamar Kadhafi e vinte e cinco dos seus familiares e colaboradores mais próximos, indo além das sanções decididas no Sábado pela ONU, de acordo com diplomatas europeus.

Numa reunião dos 27 países da UE em Bruxelas, decidiu-se por unanimidade estabelecer "proibições de viagem, congelamentos de contas bancárias, proibição de vendas de armas e de objectos que possam servir para medidas repressivas", afirmou um diplomata europeu.

A lista de pessoas afectadas pelas sanções "é mais longa que a das Nações Unidas", que incluía respectivamente seis e 16 nomes, indicou.

As medidas ainda precisam de ser ractificadas numa reunião ministerial em Bruxelas, e podem entrar em vigor ainda esta Segunda-feira.

Hillary Clinton pede medidas suplementares para terminar com a violência na Líbia

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu hoje, em Genebra, que sejam preparadas medidas suplementares para terminar com a violência na Líbia.

"Devemos trabalhar juntos na adopção de medidas suplementares para que o governo Kadhafi preste contas, para proporcionar ajuda humanitária e para apoiar o povo líbio na sua busca por uma transição para a democracia", afirmou perante o Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Apoiar as transições árabes é um "imperativo estratégico", acrescentou. "Os nossos valores e os nossos interesses convergem porque apoiar estas transições não é apenas um ideal".

@SAPO/AFP
Perguntas (im) pertinentes:
Estamos a punir as pessoas erradas?
Ou foi porque foi armado pelo ocidente e aí fico descansado, cinicamente descansado, até quando, porque abriram uma caixa de Pandora e pelo que vi, o subprime foi feito em Wall Street e pelo Fed e Banco de Inglaterra, ficam descansados ou é mentira? O lixo tóxico veio de onde?
A senhora Clinton ou é idiota ou está a preparar um Apocalipse de que não sabe o dia seguinte. Um ideal?
O que é ideal ali, não é cá, e cá, nem já é.
O que é um ideal?
O que tenho visto são regimes de ditadores mas regimes laicos, desculpem o cinismo, lembrem-se do Iraque, quem preparou tudo o que se está a passar? Eu sei, mas não se pode dizer e o povo ali não existe, nem as democracias podem ser impostas, é disparate puro. Politicamente incorrecto é o que tem de ser.
As tribos armadas na Líbia, vão destruir os poços. Se necessário em nome do que quiserem.
A mais temida de todas:
A Arábia Saudita é uma democracia? O povo vive bem?
Depois de matarem o nosso Deus, os regimes ocidentais controlados pelas maçonarias, destruiram a nossa civilização, através da demografia, o Islão invade-nos por causa dos politicamente correctos do laicismo, destruiram a fé em Deus e em Cristo, através da destruição da família. Esta é a realidade, custa a ouvir vai ser mais difícil viver, tudo isto vai provocar mais um êxodo de dimensões bíblicas, em nome dos petroUSD ou British £, para acabar com uma Europa moribunda, mas o feitiço pode voltar-se contra o feiticeiro.
Pode estar programado há mais de 20 anos, mas se há erro de cálculo?
Nunca estas chamadas revoltas foram feitas em nome do povo ou da democracia é feita em nome da ganância, "Greedy", lixam os chineses? A ver vamos onde esta loucura vai levar e quem a fomentou.

domingo, fevereiro 27, 2011

Adeus Lili Marleen

"Quando um elefante se desequilibra em Berlim, Lisboa tem de se refugiar debaixo das asas do FMI. É a fragilidade de Angela Merkel na poderosa Alemanha que está a tornar impossível qualquer resposta europeia à crise financeira que vai corroendo as suas últimas certezas. Deixou de se entender se os políticos alemães querem criar Egiptos e Líbias deste lado do Mediterrâneo. Mas estão a esforçar-se por isso. A data para o "harakiri" está marcada: 24 e 25 de Março.

A Alemanha, por razões eleitorais mas não só, quer proibir qualquer flexibilização do fundo de estabilidade do euro.

A Alemanha abandonou a sua doutrina "Lili Marleen": a sua canção já não é assobiada unanimemente em toda a Europa. Já intuiu culturalmente que o euro não existe sem ela e que os países do Sul são um encargo dispensável. Se não implodir agora a falaciosa aliança europeia sonhada por Jean Monnet sucumbirá na próxima crise financeira. Independentemente do que suceder agora, Portugal só tem uma hipótese para o futuro: equilibrar as finanças e estabelecer um outro quadro estratégico de relações políticas e económicas que não o tornem dependente do humor alemão cada vez que come demasiadas salsichas e choucroute. Precisa de olhar para Angola e Moçambique e de recuperar os seus velhos e esquecidos laços asiáticos. Necessita de criar uma plataforma com o Brasil. Esta situação de permanente incógnita sobre o estado de alma alemão vai destruir a Europa unida. Temos de aprender a soletrar "auf wiedersehen"
."

Fernando Sobral

sábado, fevereiro 26, 2011

Bolas-de-berlim

"A Pátria não está morta. Há gente com cérebro a ferver que prevê com sabedoria o futuro desta terra de Viriatos.

O País pode estar em crise, quase na bancarrota, deprimido, com os indígenas divorciados dos políticos e à rasca para pagar as hipotecas das casinhas, dos popós comprados com o IVA mais barato, das férias no Brasil e das roupinhas de marca sacadas em saldos mais ou menos baratos. Neste ambiente triste, indigente e esquizofrénico, nem tudo está perdido. Haja esperança, imaginação e, acima de tudo, muito humor. Todos os dias há agradáveis surpresas. Para todos os gostos e feitios. E debates muito sérios e profundos sobre problemas graves e urgentes da sociedade portuguesa.

Há tempos foram os velhinhos que morriam sozinhos e que eram descobertos por acção do Fisco. Enterrada essa questão, as almas lusas encontraram rapidamente outro motivo de indignação, revolta e, claro, de acaloradas discussões. Tudo porque um grupo operacional de guardas prisionais decidiu em boa hora pôr na ordem um indivíduo, assíduo frequentador das cadeias, que tem como passatempo preferido conspurcar as celas que o Estado lhe cede gratuitamente. Os politicamente correctos do costume saltaram para a praça pública, ministros e deputados bateram com a mão no peito e o caso vai para o Ministério Público.

É evidente que o réu não é o energúmeno. É o guarda, o chefe dele, o director da prisão e sabe-se lá mais quem. Mas as boas notícias abundam. Depois de discussões acesas e violentas sobre o Serviço Nacional de Saúde e o tendencialmente gratuito da coisa, eis que a excepcional ministra da Saúde, uma senhora amiga de Manuel Alegre e da ala esquerda do PS, vem propor com ar zangado um novo imposto para a Saúde com o objectivo de castigar severamente os malandros que usam e abusam dos hospitais do Estado. Outro esquerdista dos Açores não lhe quis ficar atrás e veio ameaçar com multas os pais que não se envolvam na educação das suas crias.

E, qual cereja em cima do bolo, a Câmara de Mangualde decidiu dar um enorme presente aos seus cidadãos. Imagine-se só. Uma praia com água salgada, com telas para imitar um mar azulinho, talvez com golfinhos e umas sereias de morrer e um céu apetecível, com algumas nuvens brancas em suave movimento. A Pátria, como se vê, não está morta. Há muita inovação, gente com o cérebro a ferver, que não se resigna perante a queda no abismo e prevê, com enorme sabedoria, o futuro que está reservado a esta terra de Viriatos. É que os indígenas de Mangualde vão ainda ter direito a bolas-de-berlim. Bonitas e originais
."

António Ribeiro Ferreira

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Até amanhã e boa sorte!!!

Crise: "eles" e "nós"...

"PT lucra recorde mas paga menos impostos (mais aqui)"

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Ministério da Justiça alterou estatísticas do super-juiz

"Os números publicados pelo Ministério da Justiça caíram muito mal junto do juiz que em mãos o caso Face Oculta, assim como nos funcionários judiciais do TCIC. "A realidade do "ticão" é o completo oposto do que o ministério quis fazer passar", referiu a mesma fonte.

Para, de acordo com números oficiais do TCIC, em 2010 chegaram às mãos do juiz Carlos Alexandre 18 processos para instrução. O magistrado finalizou 15 processos. Apenas quatro transitaram para 2011. Porém, no início do mês despachou o caso dos submarinos/contrapartidas. E nas próximas semanas vai decidir sobre mais dois processos: o caso CTT e o Face Oculta. Contas feitas, Carlos Alexandre entra em 2011 apenas com um processo pendente
(mais aqui)"

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Não vale a pena

«Andava tudo muito excitado com a execução orçamental de Janeiro. A central de propaganda do senhor engenheiro relativo largou uns números fantásticos, alguns jornais engoliram a minhoca com todo o prazer e, afinal, é tudo mentira. A realidade é bem diferente.

A despesa efectiva do Estado aumentou, os custos com pessoal cresceram, as aquisições de bens e serviços foram por aí acima e, como é óbvio e natural nesta terra miserável, a caminho do abismo e do socialismo indigente, a redução do défice foi conseguida à custa da brutal carga fiscal. O mais engraçado de tudo isto é que os Ministérios da Justiça, Defesa e Administração Interna conseguiram o milagre de aumentar as suas despesas com pessoal. Como se vê por esta triste amostra, Portugal não tem remédio e já não vale a pena
. »

António Ribeiro Ferreira

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Concorrência.

"Bruxelas diz que posto (UM) 'low cost' da Galp é sinal de concorrência (mais aqui)"
"Bruxelas" simplesmente não existe ...

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Novas deste politicamente correcto.

"Arma eléctrica foi usada em recluso com o aval da direcção da cadeia. No vídeo divulgado pelo PÚBLICO vislumbra-se a chegada dos guardas à cela onde se encontra o detido. No chão e nas paredes estão espalhados excrementos e comida. O homem, só em cuecas, diz aos guardas que não quer limpar o que sujou (mais aqui)"
O pessoal do Bloco ficou mas foi chateado (mais aqui) porque o Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira não os deixou limpar a cela do herói bloquista…

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E a criminalidade continua a diminuir...

"Um grupo de 20 homens armados atacou oito revisores da CP que entraram na estação do Cais do Sodré (mais aqui).

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quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Um filme de terror

"Dezenas de jornalistas andam a mostrar ao mundo as ruas árabes. Os relatos são emocionantes, cheios de amor, democracia e liberdade. De um lado os bons, os que gritam, do outro os maus, os que reprimem.

São histórias de fazer chorar as pedrinhas das calçadas. Uns são imbecis de pai e mãe. Outros não. São mentirosos, manipuladores e amantes do terror islâmico. A realidade para esta gente é uma maçada e fazem tudo o que podem para a esconder. No meio dos jasmins, dos muros de Berlim e das revoluções de Abril, bandos de selvagens violaram uma jornalista americana no Cairo aos gritos de judia. Pois é. Bem podem estes militantes da barbárie esconderem a verdade. O que se está a passar no Médio Oriente e Norte de África é uma ameaça séria ao modo de vida ocidental. Um verdadeiro filme de terror
."

António Ribeiro Ferreira

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Um "islamofóbico" confessa-se

"Em plena praça Tahrir, 200 cidadãos festejaram a queda de Mubarak violando ou, para usar o eufemismo em voga, agredindo sexualmente a jornalista americana Lara Logan (do 60 Minutes). Fonte da CBS, a estação de Logan, afirma que esses pacifistas sedentos de liberdade (e de senhoras, aparentemente) gritavam a palavra Jew! (Judia!) durante o acto, pormenor omitido na vasta maioria das notícias sobre o episódio.

Compreende-se a omissão. O optimismo face à evolução da situação egípcia é tal que qualquer nota dissonante arrisca-se a ser mal interpretada. Eu, por exemplo, estive quase a sugerir aos que comparam o levantamento no Cairo com o 25 de Abril ou com o fim do comunismo no Leste europeu que inventariassem o número de repórteres violadas, perdão, sexualmente agredidas por multidões na Lisboa de 1974 ou na Budapeste de 1989. Porém, depois desisti. A mais vaga reticência à pureza intrínseca dos muçulmanos em êxtase suscita logo insinuações de "islamofobia" e "racismo".

Por acaso, não vejo de que modo a opinião negativa sobre uma determinada crença religiosa pode indiciar racismo. Quanto à crença propriamente dita, parece-me confuso acusar-se os cépticos de aversão ao islão enquanto se garante que a revolta no Egipto é completamente secular. Entre parêntesis, convém notar que a presença de um tarado teocrático à frente da novíssima reforma constitucional garante uma secularização sem mácula.

Fora de parêntesis, confesso: chamo-me Alberto e sou um bocadinho "islamofóbico". Nem sei bem porquê. Talvez porque, no meu tempo de vida, nenhuma outra religião inspirou tantas chacinas (já repararam que há pouquíssimos atentados reivindicados por católicos, baptistas, judeus, budistas ou hindus?). Talvez porque nenhuma outra religião relevante pune os apóstatas com a pena de morte. Talvez porque não perceba que os países subjugados à palavra do Profeta consagrem na lei ou no costume o desprezo (e coisas piores) de mulheres, homossexuais, pretos, brancos e fiéis de outras religiões. Talvez porque não se possa dizer que a sharia trata as minorias abaixo de cão dado que, não satisfeitos com o enxovalho dos semelhantes, os muçulmanos também acreditam que os cães são uma emanação do demónio e sujeitam os bichos a crueldades inomináveis. Talvez porque alguns líderes espirituais do islão foram convictos aliados de Hitler na época do primeiro Holocausto e alguns dos seus sucessores ganham a vida a exigir o segundo. Talvez porque a presumível maioria de muçulmanos ditos "moderados" é discreta ou omissa na condenação dos muçulmanos imoderados. Talvez porque, nas raras oportunidades democráticas de que dispõem, os muçulmanos ditos "moderados" teimem em votar nos partidos menos moderados (na Argélia ou em Gaza, por exemplo). Talvez porque inúmeros muçulmanos se ofendam com as liberdades que o Ocidente demorou séculos a conquistar, incluindo o subvalorizado mas fundamental direito ao deboche. Talvez porque uma considerável quantidade de imigrantes muçulmanos no Ocidente rejeite qualquer esboço de integração e, pelo contrário, procure impor as respectivas (e admiráveis) tradições. Talvez porque, no Ocidente, o fervor islâmico colhe a simpatia dos espíritos totalitários à direita (já vi skinheads a desfilar lenços palestinianos e a manifestar-se em prol do Irão) e, hoje, sobretudo à esquerda.

E é isto. São minudências assim que determinam a minha fobia, no fundo uma cisma pouco fundamentada. Um preconceito, quase. Sucede que muitos dos que, do lado de cá de Bizâncio, acham intolerável tal intolerância, são pródigos na exibição impune de fobias ao cristianismo ou ao judaísmo (o popular "anti-sionismo"). E essa disparidade masoquista, receosa e ecuménica de pesos e medidas constitui, no fundo, o reconhecimento do confronto que nos opõe ao islão, mesmo o islão secular e cavalheiro da praça Tahrir, e o maior sintoma de que eles estão a ganhar por desistência. Adivinhem quem está a perder
."

Alberto Gonçalves

O Luís Maomé

"A Europa tem vergonha das suas origens cristãs. Não quer hostilizar os imigrantes muçulmanos, os seus países de origem e tem um medo dos diabos dos terroristas que a desprezam e querem destruir. Mas às vezes lá aparecem umas vozes mais audazes.

No final de Janeiro, numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, alguém quis aprovar uma resolução de protesto contra os ataques a cristãos em países árabes e africanos. Nada feito. A inglesa responsável pela política externa e cinco senhores acharam a ideia politicamente incorrecta. Entre eles estava o patrão das Necessidades.

O mesmo que deu tudo e dois tostões para os árabes darem a Portugal um lugar no Conselho de Segurança da ONU. Que apagada e vil cobardia deste pobre Luís Amado Maomé
."

António Ribeiro Ferreira

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Competência e credibilidade

"Lembram-se de quando a crise era internacional? E de quando Portugal se limitava a ser levemente beliscado pela crise dos outros? E de quando as sábias e imediatas medidas do Governo impediram que os beliscões da crise se sentissem aqui como se sentiam lá fora?

Eu não me lembro. Lembro-me de o eng. Sócrates, acompanhado por resmas de comentadores e boa parte do eleitorado, desenvolver semelhante tese. Mas também me lembro de pertencer ao pequenino grupo de excêntricos (ou "bota-abaixistas", em português técnico) que achava a tese uma mentira desavergonhada e acreditava que, nas palavras de uma particular excêntrica que até liderou a oposição (com pífios resultados), a temível crise inter-nacional sumiria num ápice e deixaria a crise caseira destapada e sem remédio.

Por incrível que pareça, passaram-se dois anos e a divergência não se resolveu. De um lado, estão os factos, os quais mostram que o país possui a quinta maior taxa de desemprego entre os 39 membros da OCDE, é o único na "zona euro" (além da Grécia) a sofrer uma redução no PIB no último trimestre, vê os juros da dívida quebrarem recordes e é dos raríssimos estados ocidentais em recessão, isto para usar a arreliadora expressão do governador do Banco de Portugal. Do outro lado, está o eng. Sócrates, que continua a insistir que este retrato da penúria é um "óptimo indicador" para a evolução da economia nacional em 2011.

Sobretudo incrível é a circunstância de, entretanto, o eng. Sócrates não ter ficado a falar sozinho. Nos media e nas sondagens, o número dos que preterem as evidências em favor da optimista cabeça do primeiro-ministro permanece considerável. Como se o delírio colectivo não bastasse, agora até há um líder da oposição que aproveita cada oportunidade para criticar imenso o Governo e, nos momentos decisivos, garantir a respectiva continuidade
. "

Alberto Gonçalves

domingo, fevereiro 20, 2011

Vara o todo poderoso, tenha santa paciência senhora Directora executica ACES

Armando Vara lançou o caos num centro de saúde de Lisboa nesta quinta-feira.
O ex-ministro socialista entrou no centro, passou à frente de todos os outros utentes e exigiu a uma médica que lhe passasse um atestado rapidamente porque tinha de apanhar um avião, avança a TVI.

Perante a indignação dos que assistiam a toda a situação, um dos doentes apresentou mesmo uma reclamação no centro.
A directora do centro de saúde disse à TVI que o centro não tem culpa do «abuso» de Armando Vara e que a responsabilidade é toda do próprio que irrompeu pelo consultório da médica sem respeitar os restantes doentes.

«O senhor Armando Vara entrou aí como qualquer utente e passou à frente de toda a gente. Entrou no gabinete da médica sem avisar e sem que a médica percebesse que não estava na sua vez. Foi uma situação de abuso absolutamente inconfundível», respondeu à TVI a directora, Manuela Peleteiro.

SOL
É a senhora directora executiva do ACES militante do PS? Isto tem importância ou não? Vale tudo? Houve crime de desobediência? Apresentou queixa crime ou vai apresentar, é que há vários motivos para tal, ou é inimputável?
Houve ou não subserviência por se tratar de um indivíduo, não digo VIP, será pelas piores razões, uma pessoa muito importante e as piores podem as melhores, aqui a semântica serve.
Respondeu rápido a Senhora Directora. E a situação absolutamente inconfundível, é o quê?
Não se pode condundir com o quê?
Foi pena que os utentes tão maus uns para os outros, especialmente se fosse um mal vestido, entrariam à paulada, mas este é o povo que acredita que a reclamação vai dar nalguma coisa.
Foi pena não ter levado uma paulada, depois logo se veriam as inconfundíveis situações absolutas das consequências da paulada.
Afinal o tipo é mesmo irmão gémeo do outro lá do pé da porta.
Não tem segurança?
Não foi chamada a PSP porquê?
Que tipo de documento foi este indivíduo pedir e que documento foi passado?
Vai pedir intervenção do IGAS?
Nojo é que sinto, mas na rua este tipo anda assim com esta cara de pau?

sábado, fevereiro 19, 2011

Como é possível mentir tanto?

Défice do subsector Estado diminuiu 58% em Janeiro de 2011 em relação ao período homólogo
O défice do Estado português baixou 58% em Janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os dados são avançados na edição de hoje do semanário Expresso.
Claro que se não se colocarem na contabilidade pública as despesas que se realizaram, se se desorçamentou, se o Estado entregou a grande despesa a empresas subcontratadas dos amigos, outsourcing, compreendemos que a folga vai ser muito pouca, e chamar mentirosa a esta gente é pouco e não são mal educados, como veio um aldrabão conhecido chamar a um empresário que nunca se serviu deste estado e que formou uma Fundação que não quer nada com Partidos políticos nem com o Estado, está nos seus estatutos, basta ir ver o site e perceber o trabalho que lá se faz através da Pordata.
Depois os aldrabões do regime juntam-se no PS e PSD, nem pensar em mexer nas mordomias que faliram o Estado português, dos aldrabões do PCP com a extrema esquerda hoje BE que na altura fizeram esta constituição miserável, a caminho do socialismo, do tendencialmente gratuito das meias verdades, de um regime que tem um Presidente que apenas se serviu do poder para voltar a ser presidente, ou seja, não há ponta por onde se pegue.
As gasolineiras vão destruir o resto que o Código contributivo ainda não desfez.
Eu não sei usar o facebook como forma de convocar gente, esqueçam a palavra povo, gente que se junte e que grite às centenas milhar contra estas quadrilhas instaladas, porque é isto que tem sido o Estado desde Abril, pede-se um 28 de Maio, mas nem militares para isso temos, transformaram-se em políticos e sinceramente é melhor não, afinal em vez de estarem nos quartéis fazem uns biscates por fora, a única coisa que podemos fazer é aguardar que nos venham de fora socorrer e sinceramente já não consigo ouvir este PM, e este Ministro das Finanças, porque a pagar juros a este valor foi hipotecar mais gerações (se as houver o país não tem jovens), tem as gerações que não emigraram, porque só têm uma solução, emigrar.
Não volta a dar o regime é insustentável e esta gente tem de pagar pelo que fez um por um.

Até paralisar toda a economia...

O comportamento dos mercados antecipa uma subida dos preços da gasolina e do gasóleo na próxima semana.

Os preços praticados pelas gasolineiras têm como base a cotação média da gasolina e do gasóleo na semana anterior. Tendo em conta que, segundo dados da Bloomberg, ambos subiram esta semana 3% e 1%, respectivamente, antecipa-se um aumento dos preços dos combustíveis em Portugal a partir de segunda-feira.

Actualmente, o preço de referência do litro de gasóleo em Portugal está em 1,374 euros, enquanto o preço da gasolina ronda os 1,513 euros por litro. São os preços mais elevados quer da gasolina quer do gasóleo desde o terceiro trimestre de 2008.

As cotações podem no entanto variar nos postos de abastecimento, já que o preço fixado na rede tem de ter ainda em conta o nível de concorrência, da oferta e da procura em cada mercado e o nível de custos fixos de cada posto.

Desde o início do ano, o preço do 'diesel' já subiu mais de 10 cêntimos, enquanto a gasolina encareceu 2,5 cêntimos.
O último relatório da Comissão Europeia mostra que Portugal tem dos combustíveis mais caros entre os 27 Estados-Membros, antes e depois de impostos.

Os Portugueses, os que vão e os que ficam

Era no tempo em que, no palácio das Necessidades, ainda havia ocasiao para longas conversas. (mas podia passar-se hoje...).
Um jovem diplomata, em diálogo com um colega mais velho, revelava o seu inconformismo.
A situação económica do país era complexa, os índices nacionais de crescimento e bem-estar, se bem que em progressão, revelavam uma distância, ainda significativa, face aos dos nossos parceiros. Olhando retrospectivamente, tudo parecia indicar que uma qualquer "sina" nos condenava a esta permanente "décalage".
E, contudo, olhando para o nosso passado, Portugal "partira" bem:

- Francamente, senhor embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história. Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que criaram o Brasil, que viajaram pela África e pela Índia, que foram até ao Japão e a lugares bem mais longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental.

O embaixador sorriu, benévolo e sábio, ao responder ao seu jovem colaborador:

- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, nas caravelas, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.

- Não descendemos? - reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?

- Nós descendemos dos que ficaram por aqui...

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Países emergentes contra regras globais sobre fluxos de capitais - Economia - PUBLICO.PT

Chumbadas limitações às remunerações de gestores públicos - Economia - PUBLICO.PT

Quando tudo corre mal ao menos valem algumas imagens e pensamentos

Pois é as coisas correm mesmo mal quando se não quer.

O que é que se pode fazer?
Desistir é uma saída.

Pois é:

Leonard Cohen - Tower of song

Carlos Ramos - Não venhas tarde

Carlos Ramos - Sempre Que Lisboa Canta

A nossa crise moral

Que pensa da nossa crise? Dos seus aspectos — político, moral e intelectual?

A nossa crise provém, essencialmente, do excesso de civilização dos incivilizáveis.
Esta frase, como todas que envolvem uma contradição, não envolve contradição nenhuma. Eu explico. Todo o povo se compõe de uma aristocracia e de ele mesmo. Como o povo é um, esta aristocracia e este ele mesmo têm uma substância idêntica; manifestam-se, porém, diferentemente.
A aristocracia manifesta-se como indivíduos, incluindo alguns indivíduos amadores; o povo revela-se como todo ele um indivíduo só. Só colectivamente é que o povo não é colectivo.
O povo português é, essencialmente, cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo.
Ora ser tudo em um indivíduo é ser tudo; ser tudo em uma colectividade é cada um dos indivíduos não ser nada.
Quando a atmosfera da civilização é cosmopolita, como na Renascença, o português pode ser português, pode portanto ser indivíduo, pode portanto ter aristocracia.
Quando a atmosfera da civilização não é cosmopolita — como no tempo entre o fim da Renascença e o princípio, em que estamos, de uma Renascença nova — o português deixa de poder respirar individualmente. Passa a ser só portugueses. Passa a não poder ter aristocracia. Passa a não passar. (Garanto-lhe que estas frases têm uma matemática íntima).
Ora um povo sem aristocracia não pode ser civilizado.
A civilização, porém, não perdoa.
Por isso esse povo civiliza-se com o que pode arranjar, que é o seu conjunto. E como o seu conjunto é individualmente nada, passa a ser tradicionalista e a imitar o estrangeiro, que são as duas maneiras de não ser nada.
É claro que o português, com a sua tendência para ser tudo, forçosamente havia de ser nada de todas as maneiras possíveis.
Foi neste vácuo de si-próprio que o português abusou de civilizar-se. Está nisto, como lhe disse, a essência da nossa crise.

As nossas crises particulares procedem desta crise geral.
A nossa crise política é o sermos governados por uma maioria que não há.
A nossa crise moral é que desde 1580 — fim da Renascença em nós e de nós na Renascença — deixou de haver indivíduos em Portugal para haver só portugueses.
Por isso mesmo acabaram os portugueses nessa ocasião. Foi então que começou o português à antiga portuguesa, que é mais moderno que o português e é o resultado de estarem interrompidos os portugueses.
A nossa crise intelectual é simplesmente o não termos consciência disto.
Respondi, creio, à sua pergunta. Se V. reparar bem para o que lhe disse, verá que tem um sentido. Qual, não me compete a mim dizer.

Fernando Pessoa, in 'Portugal entre Passado e Futuro'


Os agitadores

As sociedades são conduzidas por agitadores de sentimentos, não por agitadores de ideias.
Nenhum filósofo fez caminho senão porque serviu, em todo ou em parte, uma religião, uma política ou outro qualquer modo social do sentimento.

Se a obra de investigação, em matéria social, é portanto socialmente inútil, salvo como arte e no que contiver de arte, mais vale empregar o que em nós haja de esforço em fazer arte, do que em fazer meia arte.

Fernando Pessoa, in 'Notas Autobiográficas e de Autognose'

A honra

As coisas que mais ocorrem na vida e são tidas pelos homens como o supremo bem resumem-se, ao que se pode depreender das suas obras, nestas três:
as riquezas, as honras e a concupiscência.
Por elas a mente se vê tão distraída que de modo algum poderá pensar em qualquer outro bem.
Realmente, no que tange à concupiscência, o espírito fica por ela de tal maneira possuído como se repousasse num bem, tornando-se de todo impossibilitado de pensar em outra coisa; mas, após a sua fruição, segue-se a maior das tristezas, a qual, se não suspende a mente, pelo menos a perturba e a embota.
Também procurando as honras e a riqueza, não pouco a mente se distrai, mormente quando são buscadas apenas por si mesmas, porque então serão tidas como o sumo bem.
Pela honra, porém, muito mais ainda fica distraída a mente, pois sempre se supõe ser um bem por si e como que o fim último, ao qual tudo se dirige.

Além do mais, nestas últimas coisas não aparece, como na concupiscência, o arrependimento.
Pelo contrário, quanto mais qualquer delas se possuir, mais aumentará a alegria e consequentemente sempre mais somos incitados a aumentá-las. Se, porém, nos virmos frustrados alguma vez nessa esperança, surge uma extrema tristeza.
Por último, a honra representa um grande impedimento pelo facto de precisarmos, para consegui-la, de adaptar a nossa vida à opinião dos outros, a saber, fugindo do que os homens em geral fogem e buscando o que vulgarmente procuram.

Baruch Espinoza, in 'Tratado da Correcção do Intelecto'

Não deixe...

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção:
pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta:
pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade


Para acalmar







Paisagens para acalmar

A encruzilhada

"1) A moção de censura pré-anunciada pelo BE é uma forma curiosa de brindar os seis anos de Governo Sócrates. O balanço é fácil e simples de fazer. Sócrates não resolveu nenhum problema estrutural desde 2005: a competitividade da economia portuguesa continua estagnada, a consolidação orçamental está por fazer (o pseudo milagre de 2008 feito à custa de receitas extraordinárias e desorçamentação esfumou-se logo em 2009), não há melhorias significativas na educação e na saúde, a racionalização da Administração Pública não se fez, a crise das instituições agravou-se, e a justiça piorou de forma possivelmente para além do remediável. Claro que houve coisas que correram bem aqui e ali. Por exemplo, tanto Maria Manuel Leitão Marques como João Tiago Silveira têm desenvolvido um programa reformista bastante positivo na área das desburocratização, da consolidação legislativa e mesmo com passos tímidos na avaliação legislativa. Mas são claras excepções num Governo absurdo. Globalmente, se o primeiro Governo Sócrates foi uma oportunidade perdida, o segundo Governo Sócrates limita-se a uma gestão conjuntural sem estratégia e meramente apostado na pura táctica imediatista da sobrevivência pela sobrevivência.

(2) Apesar da mais absoluta mediocridade dos resultados de seis anos de Governo, Sócrates tem duas grandes vantagens. A primeira é que a grande maioria do eleitorado centrista e moderado sabe que nada teria sido muito diferente com um Governo PSD-CDS. Para além de questões de estilo e de personalidade (que também são relevantes mas não fundamentais), é evidente que com ou sem Sócrates, os problemas estruturais são o que são. Os Governos Durão-Santana-Portas foram simplesmente um desastre para esquecer. E nos últimos anos nunca o PSD nem o CDS explicaram como resolver os estrangulamentos da economia e da sociedade portuguesa que Sócrates se limitou a ver passar (no intervalo da propaganda lunática de uma realidade que nunca existiu). Basta lembrar os programas eleitorais em 2009 para perceber que o verdadeira problema não é o PS, mas a falta de alternativa.

A segunda vantagem de Sócrates é que a direita que fala agora de grandes reformas e de fazer diferente do PS ainda não apresentou nenhum programa político. Diz que este é um Governo abjecto mas depois, contra toda a lógica, mantém Sócrates no poder. Só faz sentido porque não há nenhum projecto alternativo. Quando passamos da retórica e das piedosas intenções ao concreto das políticas públicas, temos um vazio completo. Evidentemente que o PSD e o CDS prometem surpresas para breve. Pode ser que sim. Mas os trinta anos de democracia ensinaram-nos que o "Mais Sociedade, Portugal faz-se consigo" do PSD não vai ser muito diferente das Novas Fronteiras do PS. Ou seja, muita conversa, muitas promessas, poucas reformas, nulos resultados.

(3) A questão fundamental é que Portugal está numa encruzilhada há dez anos e não consegue sair dela. A diferença é que esteve durante muito tempo ao lado mas agora sentou-se em cima do abismo económico. A crise internacional limitou-se a antecipar o inevitável que o PS e o PSD teimaram em não querer solucionar quando era adequado. Junta-se uma crise política derivada de um regime descredibilizado e institucionalmente deficiente.

Temos um regime que não é nem presidencialista, nem parlamentar, nem semi-presidencialista. Temos um Governo que não tem a confiança nem do Parlamento nem do Presidente, ambos directamente eleitos pelo povo, mas que continua em funções por um conjunto de aberrações constitucionais únicas e idiossincráticas. Um regime político que está moribundo mas ninguém parece interessado em solucionar. E, contudo, é bem provável que nenhum dos problemas estruturais de que padece Portugal possa ser efectivamente resolvido com o actual desenho institucional.

(4) Falar da moção de censura construtiva neste contexto é aprofundar a aberração constitucional que temos. A moção de censura construtiva existe em países em que o Governo é eleito pelo Parlamento. Logicamente, se o Parlamento quer censurar o Governo que elegeu, pede-se que indique um novo Governo. Ora o nosso caso é muito diferente. Temos um Governo que não é eleito pelo Parlamento. Temos um Governo que não tem que pedir a confiança do Parlamento para governar. Não tem nenhuma lógica política que só possa ser censurado pelo Parlamento se o Parlamento eleger um Governo substituto (poder que esse mesmo Parlamento não teve em relação ao Governo que pretende censurar).

Podemos pensar que o regime deveria evoluir para um sistema parlamentar (com um Governo eleito pelo Parlamento e um Presidente meramente decorativo) ou para um sistema presidencial (com um Presidente que governa). O que está é uma pura aberração constitucional feito à medida do PS. A moção de censura construtiva limita-se a aprofundar a crise institucional em que vivemos. Que isso agrade ao PS percebe-se. O que é de lamentar é que a direita não entenda que com este desenho institucional não irá muito longe
."

Nuno Garoupa

Não há euros grátis

"Estava escrito por muitos economistas. O euro iria gerar desemprego em países como Portugal e abrir o fosso entre o rendimento dos portugueses e dos seus pares europeus do centro da Europa. Aí está o previsto sem dó nem piedade.

O índice de miséria em Portugal, soma da taxa de desemprego e de inflação, atinge neste momento quase os 15%, valores que nos fazem recuar aos anos 80 do século XX quando o país teve de pedir ao Fundo Monetário Internacional para o ajudar porque não tinha reservas em divisas para pagar as importações. A taxa de desemprego em 2010 atingiu 11% da população activa e a taxa de inflação está quase nos 4%.

O que fazer com o estado a que chegou o País? Cada um por si, aqueles que têm formação estão já a tratar da sua vida emigrando quando não encontram emprego no País. Quando Maria João Rodrigues, conselheira da Comissão Europeia e ex-ministra de António Guterres, avisa que o pacto para a Competitividade que a Alemanha colocou em cima da mesa vai forçar os portugueses a emigrar para a Alemanha está apenas a descrever o que de facto já acontecer.

Vivemos já na nova realidade da emigração qualificada ficando por cá quem não quer, não pode ou não consegue sair. A emigração é o melhor dos males que nos podem acontecer. É sinal de que há no mundo quem precise das qualificação que os portugueses têm. O pior dos males está destinado aos que não vão conseguir arranjar outro emprego nem aqui nem fora do País.

Quando se começou a construir o euro foram muitos os avisos de várias partes sobre os riscos de um modelo negociado no universo do possível, que é o da política, e não no mundo do exigido pela realidade. Paul Krugman tem um livro editado ainda no início da sua carreira onde demonstra pela dinâmica da geografia do comércio internacional que Portugal entraria na fase de divergência. E todos os economistas que estudam as designadas zonas monetárias óptimas alertaram para os riscos do modelo minimalista da União Económica e Monetária.

Para Portugal não seguir o destino do empobrecimento, de se transformar no Alentejo e Trás-os-Montes da Europa, precisava de ter seguido uma política de disciplina financeira que, em capitalismo e democracia, era, se não impossível, altamente improvável. Mesmo que os governos que estiveram no País desde 1999 tivessem conseguido resistir a todas as pressões e oferecido ao País excedentes orçamentais visíveis, a euforia privada criaria os problemas. Assim o vimos na exemplar Irlanda e em Espanha - quem se lembra das boas contas orçamentais espanholas?

Trás-os-Montes, Alentejo ou o Mezzogiorno em Itália não conseguem sair de uma crise financeira apostando no crescimento das suas economias com a produção de produtos com mais valor acrescentado. Resolveram os seus problemas com menos pessoas a viverem por lá. Para os portugueses que estão sem emprego o momento é de urgência, não podem esperar que a economia se modernize, têm de procurar trabalho onde há. E se é fora de Portugal é para lá que vão, cada um sem a noção nem o peso de em conjunto condenarem o País a mais e mais empobrecimento. Para cada um que procura emprego é uma sorte a Alemanha querer o Pacto para a Competitividade e salvar o euro.

Vivemos no tempo do embate com a realidade, no tempo das reais e difíceis escolhas colocadas pela União Monetária. Não há euros grátis
."

Helena Garrido

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Produtividade Portugal.

1/ "António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu hoje no colóquio “Produtividade Portugal” que o peso dos salários em Portugal é excessivo e que isso pesa negativamente na competitividade das empresas portuguesas (mais aqui)"

2/ EDP aumentou trabalhadores em 1,79%. Mexia diz que "é preciso remunerar quer quem investiu na companhia, quer os trabalhadores. O nosso compromisso foi em 2006 dobrar o investimento até 2012", explica, justificando que "se a companhia cresce é normal que partilhe isso com os accionistas e trabalhadores (mais aqui)".

Parece que António Mexia tem faltado ao colóquio “Produtividade Portugal”… Agora a insuficiente formação dos empresários que prejudica a capacidade de as empresas portuguesas concorrerem com as suas congéneres nos mercados externos nos parece mais plausível… Mas nós não somos economistas…

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Grandes chapeladas

"As últimas eleições presidenciais revelaram que anda muita porcaria escondida debaixo dos tapetes do regime democrático.

Mortos e emigrantes nos cadernos eleitorais, indígenas impedidos de votar por incompetência ou má-fé e, agora, qual cereja em cima da lixeira, veio a saber-se que entre os dados recolhidos pelos Governos Civis das mesas de voto e o apuramento final do Tribunal Constitucional há uma diferença de 60 mil eleitores. Nada mau para um País com mais de trinta e seis anos de democracia e muitas eleições no currículo. É evidente que ninguém quer ir ao fundo da questão. Fica mal reconhecer os podres num Estado de direito que faz juras de amor eternas à legalidade e à ética. Mas que cheira mal, cheira. E faz lembrar os velhos tempos das grandes chapeladas
."

António Ribeiro Ferreira

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

A propósito de um artigo aqui postado

Temos algo para oferecer?
Afinal o que teme o Sr Gonçalves?
Teme que eles tenham alguma razão?
A Sharia é diferente do Antigo Testamento? O que é mais antigo?
É verdade!
Matámos Deus através de Jesus Cristo, Jesus, adocicou a coisa, "aquele que nunca pecou que atire a primeira pedra" é verdade,mas não pode ser, retirem os crucifixos das salas de aula, disseram os secularistas e a sociedade bovina aceitou, não se pode, porque somos democratas.
Bem, concordo com o artigo, não gosto de atentados e de bombistas, no entanto vivemos numa República feita por bombistas, mas esses eram bons, eram da Carbonária é bom ser-se neto ou bisneto de um tipo da Carbonária, digamos que é mais fino. Só que não eram suicidas, eram menos loucos ou será cobardes e não eram crentes em coisa alguma, apenas nos seus bolsos como se veio a verificar.
Mas sr Alberto, o que é que o Ocidente tem?
Uma sociedade de velhos, parece até que no nosso caso, as crianças e as famílias com filhos são odiadas, por esses secularista que defendem o aborto como forma de planeamento familiar, porque é isso que o aborto é, e não me diga que as mulheres estão mal esclarecidas não é politicamente correcto e o senhor é do politicamente correcto, e tal não pode ser, afinal elas são e vivem em paridade de género como gostam os secularistas de falar.
Claro que gostava de cortar as mãos a uns larápios que por aí andam, dava-me gozo, porque sabemos que nos roubam, através do Estado, com as suas empresas de outsourcing, os IPs, as Fundações, com raras excepções da qual só me lembro de uma, as Empresas Municipais e assim, a juntar às mãos desses, teríamos de juntar as mãos dos que permitem e seriam muitos os manetas, mas deve ser daí que vem o termo, hoje mais que nunca a propósito, só que esses não ficam manetas, ficam mais ricos e todos os outros a grande maioria cada vez mais pobre.
Portanto o que nos resta?
Desemprego, (a mundialização à custa do trabalho infantil e escravo, com os crescimentos da Índia e da RPC a bem das multinacionais de capital maioritariamente Ocidental, assim também nós tínhamos crescimento, não seria? Mas quem foi que destruiu a indústria química, naval, metalúrgica, a frota de pesca, a agricultura, os tipos de Abril e afins, digo eu).
Desemprego como nos países árabes, miséria como lá, mas com RSI, gente que não quer trabalhar basta ir um dia à Segurança Social onde bovinamente esperam na mesma bicha, os que vão pagar, em paridade, com os que vão receber, sem contribuir.
Salários cada vez mais baixos, ricos cada vez mais ricos, não são é sheiks, lá chegaremos.
É verdade! Votamos! Sancta simplicitas! Mas até os mortos, os emigrantes que entraram e sairam votam, e o cão de Pavlov, porque o cão de Pavlov somos todos os que acreditam que esta sociedade é mais justa que as deles, mas violam-se crianças e o CP é alterado, a pedofilia é uma doença e altera-se o CP, o aborto é livre e fazem-se tantos plebiscitos até que o povinho aprove, e no fim resta-nos uma sociedade que já não é renovável porque já se atingiu o limite de regeneração, porque as leis malthusianas também funcionam ao contrário.
É disto de que tem medo sr Alberto é da invasão?
Culpem primeiro os vossos democratas do Ocidente e os islamitas que se entendam, porque quem não se entende somos nós. Já agora sabe porque se podem manifestar?
Tente perceber.
Quem abriu a caixa de Pandora que a feche, o sr sabe mas não diz, porque será?
Mubarak serviu como serviu Noriega ou Sadham, deixe-se de tretas, o mundo Ocidental nunca mais será o mesmo, culpa dos que mataram Deus, mas o nosso, pelo menos o meu ( pode ser o nome que quiserem, com todo o respeito), começou com o Iluminismo.
Portanto temos uma mão cheia de nada.

Bloco alegre.

1/ "O líder parlamentar do Bloco de Esquerda José Manuel Pureza sublinha que a direita "cairá no ridículo" se apoiar moção de censura (mais aqui)"

2/ "O BE considerou hoje que a abstenção do PSD na moção de censura ao Governo que os bloquistas vão apresentar significa que os sociais-democratas voltaram a «dar o braço ao PS (mais aqui)».

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Excesso de Chá

"Depois de, em Paris, o Dr. Passos Coelho ter proferido umas trivialidades sobre a crise interna, o ministro Silva Pereira acusou-o de prejudicar a imagem de Portugal. Como de costume, o ministro Silva Pereira está enganado. A maior ameaça à imagem do País não vem da oposição, de economistas dissidentes, de comentadores heterodoxos ou sequer das estatísticas que confirmam a nossa putativa falência. A maior ameaça vem, em primeiro lugar, do Governo que o ministro Silva Pereira integra e, em segundo lugar, de um anúncio televisivo a uma conhecida cadeia de hipermercados.

O anúncio, aparentemente tão inócuo quanto o Eng. Sócrates em certas entrevistas, combina a publicidade a umas bolachas do tipo "Maria" com a publicidade a um chá. Só isto, chá e bolachas, apresentados com pompa capaz de enternecer os distraídos e assustar os atentos. Os atentos não imaginam maior admissão de que estamos em crise, e de que a crise é grave, do que o empenho de uma grande empresa em seduzir milhões de famílias com a hipótese de adquirirem semelhantes iguarias por um euro e pouco.

Pelos danos que pode causar na credibilidade pátria, e consequente reflexo nas taxas de juro, um anúncio assim "bota-abaixista" (sic) não deve existir. Dado que existe, deve ser cancelado por ordem conjunta da Alta Autoridade para a Comunicação Social e do Ministério das Finanças. Além disso, urge multar a empresa em questão e forçá-la a substituir o chá e as bolachas por trufas e caviar Beluga, artigos de luxo que mostrem ao mundo a prosperidade a que o socialismo nos ergueu.

E se, o que é presumível, o hipermercado não vender trufas nem caviar, não faz mal: nós também não somos prósperos. Em matéria de imagem, a realidade nunca foi para aqui chamada. Mesmo que fosse, não nos ligaria nenhuma
."

Alberto Gonçalves

terça-feira, fevereiro 15, 2011

O que querem os egípcios

"Desde o início da revolta no Cairo, somos diariamente abalroados por correspondentes televisivos a informar-nos de que o povo egípcio quer liberdade, democracia e beatitude celestial. Tamanha pureza comove, e é notável como uma simples visita à multidão que berra na Praça Tahir, ou lá o que é, permite aos argutos jornalistas detectar imediatamente os anseios de uma população de 81 milhões.

Se calhar, não permite. Se calhar, os jornalistas confundem o seu ofício com a repetição de clichés, na convicção um bocadinho infantil de que qualquer protesto público contra uma ditadura acarinha valores opostos aos ditatoriais. Correndo o risco de passar por retrógrado, ainda julgo que a melhor maneira de averiguar os sentimentos de um povo é inquiri-lo com rigor estatístico e não pedir a meia dúzia de voluntários que desabafem perante as câmaras.

Nem de propósito, em Abril e Maio de 2010 o Pew Research Center sondou os egípcios sobre o que de facto querem. Espantosamente, os resultados não são bem os obtidos pelo jornalismo que, dada a abundância de espaço, enche o crânio com "causas" e crendices, passe a redundância.

Em primeiro lugar, 59% dos egípcios exigem democracia (22% são-lhe hostis e 16% mostram-se indiferentes), a segunda percentagem mais baixa dos sete países muçulmanos estudados na referida sondagem. Ao mesmo tempo, 85% defendem um papel determinante do islão na política (apenas 48% achavam que o papel era assegurado na regência de Mubarak). 80% acham os atentados suicidas nunca ou raramente justificáveis (20% acham-nos frequen- temente justificáveis). No que toca aos costumes e à justiça, 54% pedem a segregação de homens e mulheres nos locais de trabalho, 82% pedem o apedrejamento das adúlteras, 84% pedem a condenação à morte dos apóstatas do islão e 77% pedem a amputação das mãos dos larápios (Mubarak não concedia tais prazeres).

Visto assim, o tipo de regime livre e democrático a que os egípcios aspiram não difere muito desse bastião da liberdade e da democracia chamado Irão, cujas luminárias imitaram o Hamas, a Irmandade Muçulmana e organizações fascistas afins e já surgiram a apoiar a luta dos insurgentes contra os "opressores": os EUA, Israel e o Ocidente em geral. O curioso é que a relativa proximidade ao Ocidente continha a opressão local dentro de limites brandos para os padrões da região. Afinal, o que a maioria ruidosa ou silenciosa de egípcios quer é a possibilidade de viver sob a barbárie da sharia. Salvo excepções inconsequentes, o combate à tirania de Mubarak faz-se em nome de uma tirania imensamente pior.

Os egípcios estão no seu direito? Sem dúvida. O aborrecido é semelhante direito colidir regularmente com o sossego alheio. Após a queda de Mubarak, as odes dos jornalistas à alegria do povo e as invectivas aos "cínicos" que não a partilham resultam de óptimas intenções, mas de péssima memória. A História recente ensina que a felicidade de certos transtornados religiosos tem um preço: a nossa
."

Alberto Gonçalves

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Na ida e na volta


As coisas simples

Se as coisas fossem simples e claras,
se o mundo não fosse enigma indecifrável,
se os cavalos fossem seres que voam ao soltar amarras,
eu gostaria que o que sinto fosse viável
e possível se tornasse no caos da vida
e a vida simples, calma,
os beijos vistos à volta e à ida
porque tu meu amor me serenas a alma.

14 de Fevereiro de 2011

Não deixe o amor passar




NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção:


pode ser a pessoa mais importante da sua vida.



Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta:


pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.



Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba:


existe algo mágico entre vocês.



Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça:


Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida:


O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

O elemento catalisador tunisino

"O mundo inteiro celebra agora a revolução tunisina, um acontecimento que provocou uma torrente de acontecimentos noutros pontos da região – nomeadamente no Egipto – com consequências imprevisíveis.

O mundo está agora de olhos postos na Tunísia - esse pequeno país de dez milhões de habitantes - disposto a aprender com as suas mais recentes experiências e atento à acção dos jovens que derrubaram um autocrata corrupto para ver se os tunisinos vão conseguir criar uma democracia estável e que funcione.

Comecemos pelas ilações. Para começar, não basta aos governos proporcionarem um crescimento razoável. Afinal de contas, o Produto Interno Bruto neste país registou um crescimento médio de 5% nos últimos 20 anos e era referido muitas vezes como um dos estados com melhor desempenho económico nesta região.

Mas seguir os ditames dos mercados financeiros internacionais também não chega - o país pode conseguir uma boa classificação das suas obrigações e agradar aos investidores internacionais, que isso não conduz necessariamente à criação de empregos ou a um aumento do nível de vida para a maioria dos cidadãos. Na verdade, a falibilidade dos mercados obrigacionistas e das agências de notação foi bem evidente até à crise de 2008. O facto de não olharem com muito bons olhos a passagem de um regime autoritário para a democracia não abona a seu favor - e não deve ser esquecido.

E proporcionar uma boa educação pode não ser suficiente. Um pouco por todo o mundo, os países debatem-se para criar emprego a quem entra no mundo do trabalho. Desemprego elevado e corrupção geram uma combinação explosiva. Estudos económicos demonstram que o que é realmente importante para o desempenho de um país é essa sensação de igualdade e de ‘fair play'.

Se, num mundo com empregos escassos, as pessoas com ligações políticas conseguirem, de facto, emprego, e se, num mundo de riqueza limitada, as entidades estatais acumularem grandes montantes de capital, então esse sistema gerará revolta perante essas desigualdades - e para com os perpetradores desses "crimes." A indignação para com os banqueiros no mundo ocidental é apenas uma versão moderada das exigências básicas de justiça económica que começámos por ver na Tunísia e depois nesta região.

Por mais virtuosa que a democracia possa ser - e como a Tunísia demonstrou é, de longe um sistema melhor - devemos lembrar os falhanços por parte daqueles que defendem a alternância democrática, e lembrar que a democracia é mais do que eleições periódicas, mesmo quando decorrem de forma justa. A democracia nos Estados Unidos da América, por exemplo, fez-se acompanhar por desigualdades crescentes, a ponto de 1% da população - os mais ricos -receberem cerca de um quarto do rendimento nacional o que remete para uma grande desigualdade na distribuição da riqueza
."

Joseph E. Stiglitz

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Saldos

"A ministra da Educação anunciou que, para o ano que vem, cada aluno do ensino público vai custar menos 439 euros.

Para que baixe o custo dos alunos, o corte de duas disciplinas, a partir de Setembro, poderá implicar que as escolas despeçam um quarto dos professores. E os alunos dos colégios privados também saem mais baratos. Já há colégios com salários em atraso. Os saldos chegam ao Superior pois com os cortes nas bolsas de estudo - que terão afectado 27 mil universitários e podem vir a afectar 40 mil - mais de 1.200 alunos, só em 3 universidades, já cancelaram a inscrição este ano.

Quanto aos saldos na Saúde, a vaga de aposentações dos médicos, para evitar cortes salariais, vai deixar 675 mil portugueses sem médico de família. Isto para além dos 30 programas de saúde que vão ser extintos por proposta da Alta Comissária da Saúde à ministra da dita. Famílias também em saldo, com meio milhão a perder o respectivo abono. Assim como assim, a verdade é que 45 por cento dos desempregados levaram corte total no subsídio de desemprego. Isto quando despedir também passou a ser mais fácil e mais barato.

Também há saldos no combate aos incêndios, com o Governo a cortar 14 milhões de euros aos meios aéreos. E também se anunciam saldos nas inspecções das Finanças: a falta de pessoal com experiência obriga as Finanças a cortar nas inspecções de 2011. Ou seja: Portugal vai ficar muito mais barato mas passará a funcionar abaixo dos serviços mínimos. Em regime de saldo.

Mas para que não se diga que os cortes são sempre para o mesmo lado, que os sacrifícios não tocam a todos, que os pobres é que pagam as crises, desta vez também se anunciam saldos para a banca. Grandes "rebaixas", grande liquidação de mais de 50 por cento. Nos impostos
."

João Paulo Guerra

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Parecer sem ser

"Há um drama na classe política portuguesa. Tem a habilidade única de ver as particularidades da realidade destruírem as teorias que esperava construir.

José Sócrates quis criar em Portugal um Estado tecnocrático e insípido, gerido por uma pequena elite de iluminados. O resultado é um "Blade Runner" terceiro-mundista sintetizado numa canção dos Deolinda. A sua teoria de defesa do Estado social tem sido, na prática, vergastada pelo próprio Governo. Este Governo não tenta reformar o Estado social: quer dissolvê-lo. Já não vive em ficção: sobrevive na própria ficção. Pode alguém ser quem não é? Pode, e Sócrates prova-o. Destrói a realidade para criar uma ilusão. Sócrates criou uma realidade paralela: enquanto destrói o Estado social, imagina-se um pequeno Keynes contra os liberais.

Neste jogo de sombras, Sócrates e Passos Coelho representam. José Sócrates pode aparecer como defensor do Estado social porque Passos Coelho apresenta, de vez em quando, uma série de propostas sem nexo que permitem ao primeiro-ministro surgir como um defensor de planos quinquenais. Algumas das que foi apresentando ao longo dos tempos, sem uma lógica consistente (a privatização da CGD, a proposta de revisão constitucional, o fecho de empresas públicas), fizeram com que, criando o Estado mínimo, Sócrates surja como o defensor do Estado máximo.

A política portuguesa tornou-se uma ilusão de óptica, um baile de máscaras sem ideologia. José Sócrates, com o auxílio de Passos Coelho, consegue parecer sem ser. Shakespeare criou Macbeth. Gostaria de ter criado Sócrates
. "

Fernando Sobral

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Bem prega frei Soares

"A coisa não é nova. Começou há mais de 15 anos. O seu autor, hoje refugiado na Suíça, ganhou umas eleições legislativas à conta de muito diálogo, muita razão e muito coração. E de imensas promessas.

Ao contrário do cavaquismo, António Guterres garantia que no PS não havia jobs para os boys. É evidente que houve. Muitos e bons. Tantos que o homem acabou por fugir do pântano e da multidão de nenúfares. Agora, com o senhor engenheiro relativo no poder, é o que se sabe. Aos boys juntaram-se as girls e a desbunda aí está, a céu aberto, sem vergonhas ou falsos pudores. É o fartar vilanagem. Tanta ou tão pouca, que vem agora um patriarca socialista pedir contenção às freiras e aos frades do convento do Rato. Quer mais ética e menos tachos e tachinhos. Pois. Bem prega frei Mário Soares
."

António Ribeiro Ferreira

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

A morte dos Estados Nação

Quando as empresas multinacionais e o mundo da finança tomam conta dos Estados, estes desaparecem e dão lugar a um teatro de fantoches em nome da democracia da liberdade e do povo, afinal o pão celeste não pode ser querido, apenas é querido o pão terreno como na parábola dos Irmãos Karamazov de Dostoievki, o Grande Inquisidor.
Os grandes inquisidores tomaram conta de tudo o que é nosso, em nome da liberdade e da democracia, portanto meus amigos, a esquerda e a direita são invenções, as democracias também, a liberdade pouco existe, é uma ténue luz que se apaga, a Europa e o Ocidente com os seus valores foram destruidos pelos que fizeram alguns dos Maios, sempre em nome da democracia e da liberdade, hoje a grande maioria deles são criados dos magnatas chineses e indianos, em nome do novo catecismo da mundialização.
Não interessa se os povos destes países são escravizados, interessa apenas a marca, feita a tostão para vender por milhão, quando acordarem será tarde ou então serão sacrificados, está tudo escrito há muito e não são profecias, sempre assim foi.

Como algumas empresas com a cobertura do governo destroem o que resta da economia.

Tal como o Económico antecipou na última sexta-feira, as gasolineiras subiram os preços dos combustíveis.

A Galp aumentou esta madrugada o preço do litro da gasolina em 1 cêntimo e o do gasóleo em 2,5 cêntimos, avançou fonte da empresa ao Económico. Nos postos da petrolífera nacional um litro de gasolina custa agora 1,513 euros, enquanto o gasóleo vale 1,374 euros o litro.

O mesmo sucedeu na BP, onde os preços da gasolina e do gasóleo subiram 1 cêntimo e 1,6 cêntimos, respectivamente. Na petrolífera britânica, um litro de gasolina sem chumbo 95 passou a custar 1,519 euros enquanto o gasóleo vale agora 1,365 euros.

Também a Cepsa já mexeu nos preços dos combustíveis. Um litro de gasolina custa agora 1,509 euros, mais 1 cêntimo que na semana passada, ao passo que o gasóleo subiu 1,5 cêntimos e vale 1,363 euros por litro.

A Repsol ainda não mexeu nos preços esta semana. Aqui, um litro de gasóleo continua a valer 1,355 euros por litro enquanto a gasolina custa 1,509 euros.

Os preços fixados são os mais elevados - quer da gasolina quer do gasóleo - desde o terceiro trimestre de 2008. Nesse ano, em que os preços dos petróleo ultrapassaram todas as expectativas, um litro de gasóleo chegou a valer 1,428 euros, motivando a célebre greve dos camionistas que quase paralisou o país.

Segundo o último relatório de Bruxelas, antes e depois de impostos, o preço médio da gasolina 95 octanas praticado em Portugal é o sexto mais caro em toda a União Europeia. Já o gasóleo ocupa a 10ª posição no 'ranking' dos 27 Estados-membros depois de impostos, mas sobe para o terceiro lugar se for excluído o efeito fiscal .
Há combinação de preços e não livre concorrência, assim ou são proibidos de vender ou o governo intervém. Esta gente tem o governo nas mãos, compete aos juízes e procuradores saberem como. Esqueçam as entidade reguladoras devem ser abolidas.
A CEE que vá pentear macacos.
Não com este governo é impossível poder concorrer com Espanha que está aqui ao nosso lado este governo é criminoso, é crime quem faz e quem deixa fazer.

sábado, fevereiro 05, 2011



Desculpem os erros de ortografia, não sou a favor do acordo, sou radicalmente contra, mas decerto não será por aí que se não percebe.

Passos cai nas armadilhas de Sócrates, Portugal vai caindo e desaparecerá como país

A agenda de Passos é no fundo pouco diferente da de Sócrates,mas como político revela muito pouca inteligência.
Por mim estou-me nas tintas, este regime está morto.
Portugal está perdido, mas há coisas que têm de ser feitas.
Acabar com o falso funcionalismo público, no Central e no Local, os cargos de nomeação.
A quantidade de gente que está em organismos que se duplicam e atropelam aumentando o défice e estrangulando e destruindo a classe média com os impostos e logo a economia que já pouco existe.
Há medidas que têm de ser feitas:
Acabar com todas as parcerias público privadas sem direito a indemnizações.
Criminilização de autarcas e gestores públicos que se comportam como donos do Estado.
Acabar com todos os apoios a a Fundações por parte do estado, se não podem, fechem.
Nova divisão aministrativa do território fundindo Freguesias e Municípios com números de habitantes que justifiquem a sua existência, a propósito espero que esteja a andar o Census e que não seja aldrabado.
Acabar com os Governos Civis e as CCRs.
Diminuir o número de deputados e criar apenas um círculo e arranjar um novo método de eleição, baseado no número de votantes, o argumento dos pequenos partidos não tem razão, ficam todos os partidos mais pequenos.
Vender empresas públicas que apenas servem os gestores e o grupo da partidocracia, por exemplo a RTP.
Alterar os estatutos e funcionamento do Banco de Portugal e torná-lo de facto numa verdadeira entidade fiscalizadora e com salários não pornográficos.
Acabar com a entidades reguladoras que nada regulam.
Auditar as contas e saber quem lucra com os ministérios com maiores buracos financeiros, se há ou não nepotismo e participação em negócio.
Sócrates não quer, Coelho espreita e não quer, mas vão ter de querer, não há dinheiro e o marketing já não serve, a hora da verdade está aí.
Portugal é um país de velhos, valem mais as políticas pró aborto que as medidas de ajuda aos casais que querem ter filhos, só o diabo se lembra de cortar os abonos de família da forma como foi feita, correspondem aos ordenados de meia dúzia de gestores públicos que o não deveriam ser, alguns deveriam estar presos.
Não há outra agenda, a partidocracia de Abril está a pedir para ser abatida, à boa ou à má fila...

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

A esquerda e a direita não existe, o bom senso sim

O projecto de resolução do CDS-PP que defende a revogação do artigo relativo aos recibos verdes no código contributivo foi hoje chumbado com os votos contra do PS, a abstenção do PSD e os votos favoráveis do PCP, BE e PEV.

O CDS-PP, que marcou um agendamento potestativo (direito dos grupos parlamentares a definirem a discussão no plenário) para apresentar o projecto, pretendia a reposição dos valores antes da entrada em vigor do novo Código Contributivo, recomendando ao governo a revogação do artigo relativo aos recibos verdes.

Para os democratas cristãos, mais de um milhão de portugueses a recibos verdes estão confrontados, a partir deste ano, com «um aumento em cascata das contribuições totalmente irrazoável».
Não é possível este país sobreviver com estes actores políticos , o PSD com este dirigente pior que mil Sócrates, não se esqueçam que o PSD é responsável também pela corrupção que grassa no Estado desde os tempos dos governos de Cavaco Silva. fazer ou deixar fazer é a mesmíssima coisa.
É claro que o PCP também tem nas Câmaras a sua corrupção dos camaradas e dos nepotes do cartão, basta ir a uma autarquia do PCP, para ver, que só lá entra quem é do partido ou se verga aos seus interesses, não são diferentes.
Esta coisa dos recibos verdes só a pode explicar, quem tem de viver com o que resta, depois do que o Estado rouba, assim em vez de cobrar, ou desistem os que emigram ou então não há recibo, fica incluido na conta da obra ou do trabalho com um descontozinho.
Eu sei que o SIS anda muito activo, mas tomem atenção meus senhores, porque o aço é mais forte que os dentes mais fortes.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

O fim da III República é inevitável.

Não, este regime não vai cair através deste Parlamento.
Nem tão pouco com este Presidente.
Nem com esta Constituição que é um aborto feito pela esquerda.
Nem com estes militares, afinal os militares de Abril foram os causadores da desgraça que é este regime.
Se cair vai ser na rua.
Não comparem isto com o Egipto, aquilo no Egipto e na Tunísia é trabalho de fora, concluam como quiserem e não tem a ver com democracia, isso são tretas e democracias naqueles países , começo a pensar até que no nosso, são regimes sem futuro, são as piores ditaduras.
Se havia miséria agora irá piorar.
Não me digam por exemplo que em Angola aquilo é uma democracia ou o narco estado da Guiné.
Há que parar com aquele morticínio de facto, são pobres coitados contra coitados pobres, instigados do exterior.
A senhora Clinton é uma cínica, vejam que durante anos o Presidente do egipto serviu agora não serve?
Vão incendiar o Norte de África é mais uma jogada para desestabilizar os mercados, os países emergentes podem não ter os crescimentos que esperavam e assim, como num jogo de xadrez as peças como os cavalos, são muito perigosas, mas ver vamos se me engano.
A Europa, como é costume, vai sofrer as consequências desta instabilidade a juntar aos cataclismos do clima provocados pelas loucuras dos crescimentos sem olhar ao meio ambiente como na Índia, China e Brasil.
Dos PIGS fala-se muito, mas há um Pig de que não se fala, a Grã Bretanha, está tão mal como nós, mas tem o guarda chuva americano, ou seja de Wall Street.
Assim vamos esperar para ver...

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

A ca ça ao dinheiro dos contribuintes quando começa a caça aos ladrões?

Para quem tenha apenas rendimentos de trabalho ou pensões e entregue a declaração por internet, a entrega da declaração de rendimentos de 2010 deve ser feita em Abril próximo.


A declaração dos restantes tipos de rendimento pela internet deverá ser feita em Maio próximo.


Dizem que vem no Orçamento de estado de 2011.


A pergunta acima feita é perfeitamente lícita porque a caça ao ladrão é perfeitamente legal.


Para quem ainda não percebeu que o estado está falido e que os prazos contitucionais estão errados e a constituição deve ser abolida fica com a prova que este estado é uma quadrilha de ladrões.

Não querem reduzir o número de deputados, claro está que metade ou menos de metade chegam, o método de

Não se consegue fazer nada com esta partidocracia e este PR que tem uma legitimidade questionável, devido ao número de gente que não votou devido à fraude que é o Cartão de Cidadão assim chamados, porque o acto eleitoral foi um acto cheio de fraudes, nada já admira, o silêncio de muitos Juízes e Procuradores, do Tribunal Constitucional nem vale a pena falar, não existe, é controlado pela partidocracia.

Isto não é um pântano é uma fossa de detritos.

A III República deve ser derrubada, assim, tal e qual.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

O novo código contributivo é um aborto e uma forma de destruir o que resta da iniciativa individual

Muito já foi falado sobre este novo código, agora uma coisa é certa, ou os que passam deixam de poder trabalhar por incomportável, ou então passam à clandestinidade, a velha história: quer com recibo ou sem recibo?
Quem faz leis de esbulho é no mínimo criminoso, vai aumentar o desemprego e a miséria social.
Reparo sistemáticamente nos comentadores de artigos de imprensa escrita e por vezes em debates,suspeito que há muita gente de serviço paga por saco azul ao serviço do governo, não passam recibo verde decerto, são gente da maquilhagem e bufos.

Divulgue o seu blog!