segunda-feira, julho 31, 2006

31 de Julho de 1919.


German national assembly adopts the Weimar constitution (to enter into force August 14). The Weimar constitution (German: Weimarer Verfassung) was the document that governed the short-lived Weimar Republic (1919-1933) of Germany. Formally it was the Constitution of the German State (Die Verfassung des Deutschen Reiches) but it shared this title with the imperial constitution that preceded it.

Following the end of WWI, a German National Assembly gathered in the town of Weimar, in the state of Thuringia, in January of 1919 to write a constitution for the Reich. The fundamentals of the constitution were known: It was to be a Democratic, Federal Republic, with a President and Parliament to govern it. Supreme power was to be delegated by The People.

Disagreements arose between the delegates over such things as the new national flag, religious education for the youth, and the rights of the regional states that were to make up the Reich. All of these disagreements were resolved by August of 1919.

The document was divided into 2 parts. Each part was divided into sections (7 sections in Part I, 5 sections in Part II). In all, there were almost 200 articles in the Constitution. In short, they declare Germany a republic which derives its consent from the people in accordance with international law and natural law.

The main tenets of the Constitution are as follows:

The President was to be elected for terms of seven years. There were no limits placed on terms. In addition, he was to have emergency powers, including the ability to dissolve the Parliament, the ability to unilaterally issue emergency legislation, and the ability to deploy the armed forces to restore order within the Reich.
The Parliament was to be elected for terms of four years. Additionally, it was to function as a Proportional Representation System.
The voting age was set at 20, with universal suffrage.
The Constitution guaranteed individual rights such as the freedom of speech and assembly to each citizen. These "Fundamental Rights And Duties of Germans" were based on the provisions of the earlier constitution of 1848.

Sixty-seven delegates abstained from voting to adopt the Constitution.

The 1919 constitution had a number of fundamental weaknesses, which made the establishment of a dictatorship all too easy, such as Article 48. Whether a different constitution could have prevented the Third Reich is debatable though. Upon Hitler’s rise to the Chancellery in 1933, and his subsequent seizure of the Presidency, the Constitution was abused. After the dissolution of the Parliament, the suspension of civil rights through the Reichstag Fire Decree, the Constitution was only a dead form but it was never formally revoked.

Wikipedia

More of the Weimar Constitution here.

Até amanhã e boa sorte!!!

Pequenos detalhes.

"O secretário-geral da ONU apelou este domingo ao fim imediato das hostilidades entre Israel e o Hezbollah e condenou o bombardeamento israelita a Cana, que matou pelo menos 52 civis, entre os quais 30 crianças, noticia a agência Lusa. "

Alguns pequenos detalhes:

A/ Há vários anos que a ONU exige o desarmamento do Hezbollah;

B/ Há muitos anos que está estacionada na região uma força da ONU;

C/ Nada disto pesa na consciência de Kofi Annan (isto esquecendo o negócio do seu filho com Saddam).

Nada disto impediu o bombardeamento de cidades no norte de Israel e a acção terrorista que raptou os soldados israelitas. Por isso, ao afirmar que é necessário declarar um cessar-fogo imediato e enviar uma força de paz para a fronteira entre o Líbano e Israel, a comunidade ocidental continua a demonstrar à Palestina e a Israel que eles não podem esperar grande coisa dela. Como tem acontecido ao longo dos tempos.

Idiotas úteis.

"Pelo menos 51 pessoas morreram com a queda de um edifício de três andares na sequência de bombardeamentos realizados este domingo de manhã pela aviação israelita em Caná, Líbano. A Cruz Vermelha libanesa contabiliza pelo menos 56 mortos, entre as quais 34 crianças, segundo o último balanço."

Antes de comentarmos esta notícia, vamos esperar o resultado do inquérito israelita.

E isto porquê? Como é sabido, os pacifistas amadores são um alvo fácil de manipulação. E essa manipulação passa pela exibição de cadáveres de mulheres e crianças. Também como é sobejamente sabido, o Hezbollah (terrorismo) recorre sem pudor ao uso de escudos humanos. Ora os protestos dos pacifistas premeiam e incentivam esse uso de escudos humanos e limitam a capacidade de manobra dos israelitas.

Face ao exposto não nos apanham no papel de idiotas úteis do Hezbollah.

Amnistia Internacional-

"A Amnistia Internacional (AI) pediu esta sexta-feira «um embargo imediato» de armas a Israel e à milícia xiita libanesa do Hezbollah até ser resolvido o conflito no Médio Oriente. A Amnistia mostrou a sua preocupação pela notícia divulgada no Reino Unido de que dois aviões norte-americanos com mísseis para Israel fizeram escala no passado fim-de-semana no aeroporto escocês de Prestwick."

Desde que Israel retirou do sul do Líbano em 2000 que o Hezbollah se vêm fortalecendo com armamento mais sofisticado fornecido pela Síria e pelo Irão. Aonde estava a Amnistia Internacional? Agora que Israel está a receber mísseis para assegurar a sua sobrevivência, aparece a Amnistia Internacional a pedir “um embargo imediato” de armas a Israel e à milícia xiita libanesa do Hezbollah. Sabe-se que é praticamente impossível efectuar qualquer embargo ao Hezbollah pelo que, subtilmente, a ideia é embargar Israel e contribuir para a aniquilação do Estado Judaico.

Durante todo o conflito contra o terrorismo, a AI sempre demonstrou tendenciosa revelando só pretensas violações ocidentais aos direitos humanos. E continua, debitando as sinfonias da Orquestra Vermelha.

Democracia frágil.

"Em Israel, milhares de pessoas, a maioria pertencente à minoria árabe, manifestaram-se em protesto contra os bombardeamentos do Líbano, nomeadamente contra aquele que hoje fez 57 mortos em Caná. O secretário-geral do Partido Comunista israelita, Zohir Bulus, afirmou, na ocasião, que «o único causador desta guerra é a ocupação e refiro-me também às Quintas de Chebaa e aos Montes Gola» - o primeiro território libanês e o segundo sírio, que Israel controla desde 1967 por razões de segurança. «O responsável pela ocupação é o Governo de Israel e é o Governo responsável pelo que está a acontecer. O Hezbollah é apenas um movimento de libertação», acrescentou Bulus. "

O Estado democrático de Israel, apesar de lutar pela sua sobrevivência, permite que a democracia funcione na sua plenitude. Assim se compreende o poder que a “quinta coluna” inimiga tem. Acompanhando essa luta, o ocidente tem o dever de tirar as ilações sobre as fraquezas da democracia e corrigir o muito que está mal. Isto se quer sobreviver…

Mulheres e crianças primeiro.

Chamem o Costa II.

"O número de assaltos a residências aumenta durante os meses de verão, altura em que muitos proprietários partem de férias. Além do roubo de casas, os grupos de assaltantes actuam, acima de tudo, nas zonas de praia, onde os turistas são um alvo fácil."

ISRAEL, A ESQUERDA E A DIREITA, AMERICANISMO, ANTI-AMERICANISMO.

"Já se escreveu que o anti-americanismo é o anti-semitismo dos nossos dias. É um anti-semitismo diferente, mas é muito parecido. Israel está a ser vítima dessa forma peculiar de anti-semitismo.

A história não ensina tanto como pensamos, mas dá-nos comparações úteis. O caso de Israel é muito interessante para a análise das evoluções políticas e ideológicas do século XX. Quando nasceu o estado de Israel, a ferro e fogo contra os ingleses e os partidários do Grande Mufti de Jerusalém, amigo dos nazis, a causa sionista era sentida como uma causa da esquerda. Foi a URSS uma grande impulsionadora das resoluções da ONU para a partilha da Palestina, e o primeiro estado a reconhecer Israel. Estava-se na altura em que o nosso Avante! clandestino saudava a luta de Israel contra as “monarquias feudais àrabes” que lhe faziam guerra e a saga socialista dos kibutz fazia parte do imaginário utópico de toda a esquerda e não só da comunista. Os socialistas e a sua Internacional deram grande apoio político ao jovem estado.

Ora, desde o primeiro minuto que a “causa” de Israel dependeu de ganhar as guerras aos países que o rodeavam e mesmo aos que estavam longe. Recordo-me de visitar a Argélia há uns anos e ter verificado com alguma surpresa que ainda havia um estado de guerra com Israel, muitos anos depois do último conflito militar que opôs o estado judeu a outros estados e não a grupos de guerrilha ou grupos terroristas.

Ora, nas suas guerras, sempre de natureza defensiva – não adianta explicar aos que estão de má fé que o carácter ofensivo de algumas operações militares nada tem a ver com o carácter defensivo do conflito - , o Israel de hoje não é distinto do do fim dos anos quarenta. No centro dessas guerras esteve sempre a pura sobrevivência do estado de Israel , quer de um lado quer do outro. A recusa da existência de Israel esteve sempre no centro das guerras árabes, agora cada vez mais muçulmanas, e só muito mais tarde é que a “questão palestiniana” surgiu.

A inflexão da esquerda contra Israel acompanhou a política soviética de Krutchev de apoio ao nacionalismo árabe, que levou a prazo a uma mudança de aliados na região. Apoiando Nasser, reagindo ao último estertor do colonialismo, o conflito do Suez, a URSS abriu caminho ao progressivo isolamento de Israel dos seus apoios na esquerda socialista e comunista. Nos anos sessenta, setenta, oitenta, até ao fim da própria URSS, esta tornou-se um dos principais apoios logísticos e políticos dos movimentos de guerrilha e terroristas palestinianos, ou pró-palestinianos, embora o seu controle nunca fosse total, devido ao emaranhado muito complexo das intrigas nacionais e de clãs que sempre atravessaram o Norte de Africa e o Médio oriente. Ter que lidar com a Líbia, a Síria, o Iraque, o Irão, a rede de terrorismo internacional que ia do Japão à Alemanha, era difícil, mas mesmo assim os soviéticos estiveram sempre presentes nesse mundo e sub-mundo.

Foram os americanos, nem sempre muito voluntaristas na região (como mostraram durante a guerra do Suez), que acabaram por se tornar os principais aliados de Israel. Para que isso acontecesse houve razões de guerra fria e pressões do importante lobi judaico na América, mas foi assim que se criou a realidade das alianças actuais. Logo, os israelitas acabam também por ser alvo, e nalguns casos mais do que isso, pretexto central, do anti-americanismo contemporâneo.

A paralisia europeia numa região do mundo que faz parte da sua esfera geopolítica vem desse anti-americanismo, em que a Europa, em grande parte por pressão de uma França pós-gaullista, se deixou enredar tornando-a irrelevante. Ver um estado que foi uma criação francesa como o Líbano hoje ser vassalo da Síria e assistir à completa impotência militar e política da França é apenas o sintoma maior da mesma impotência da União Europeia separada dos EUA.

Tudo isto é fora, à margem. Para Israel muito pouco mudou desde o dia 15 de Maio de 1948 em que imediatamente a seguir à formalização da independência pela ONU, os estados da Liga árabe declararam guerra a Israel que foi atacada pela Jordânia, o Líbano, o Egipto, o Iraque, e Arábia Saudita. O secretário geral da Liga árabe, Azzam Pasha, invocou a jihad e apelou a uma “guerra de extermínio”. Algumas coisas mudaram desde este dia e algumas para melhor, mas para Israel continua a ser uma questão de pura sobrevivência. É por ser assim que em Israel, nunca a esquerda e a direita se dividiram no essencial sobre a conduta de operações militares para defender o estado de Israel
."

José Pacheco Pereira

Discurso.

"Há duas semanas que temos sido testemunhas de uma guerra brutal e sangrenta provocada pelos ataques das tropas israelitas. Não só já morreram inocentes civis, até agora 360, milhares ficaram feridos, mas também temos meio milhão de refugiados. Apesar da condenação desta acção pelas Nações democráticas mundiais e grupos humanitários, os bombardeamentos continuam.Quem é verdadeiramente o eixo do mal e do terrorismo, será Teerão-Damasco ou Telavive-Washington?O Mundo já compreendeu que Israel não tem limites e continua a matar povos sem protecção e os seus refugiados, o que está a provar o que defendemos até agora (mais aqui).

Mohammad Taheri, Embaixador do Irão

É tão idêntico o discurso entre os defensores ocidentais dos árabes e o discurso dos líderes árabes que uma pequena dúvida. Não será esse discurso concebido pelos árabes e alegremente assimilado pelos seus simpatizantes ocidentais?

Palavras para quê?

"Duas meninas, de 12 e 14 anos, foram ontem de madrugada resgatadas pela GNR de uma discoteca clandestina, onde habitualmente se prostituíam, num bairro de barracas perto de Rio de Mouro, no concelho de Sintra. O estabelecimento, uma barraca pequena gerida por uma mulher de origem africana, “estava pensado como local de prostituição”, diz fonte policial. “Além de uma pista de dança, existiam alguns cubículos com camas e preservativos à disposição”, segundo a mesma fonte. A gerente do bar foi detida – mas, por decisão do Ministério Público, foi libertada. Arrisca acusação de favorecimento da prostituição."

Lista de terroristas.

"A Rússia divulgou hoje uma lista com 17 organizações que considera ser os grupos terroristas existentes no mundo, sem mencionar entre eles o Hezbollah ou o Hamas."

Não foi por falta de vontade que não foi incluído na lista os EUA, o UK e Israel. Simplesmente porque “parecia” mal.

Private joke.

Matar às ordens de um Deus.

"São xiitas contra sunitas e todos juntos, em nome do Islão, contra judeus e cristãos. Matam em nome de um deus que, com toda a certeza, não quer que se mate. Quando a al-Qaeda, que no Iraque mata xiitas porque quer os sunitas no poder, ameaça defender o Hezbollah levando a guerra ao Mundo para impor a sua religião, deveríamos perceber de que lado está o fundamentalismo.

Israel é um Estado religioso, mas nunca teve a ambição de impor o judaísmo aos seus vizinhos. Os cristãos abandonaram há séculos essa pretensão. A guerra no Líbano é desumana e mata sobretudo inocentes, mas aos olhos de um deus que tutele todos os deuses não pode ser vista como injusta. Eles defendem-se com tudo o que têm à mão, fazendo exactamente o que faríamos todos se sentíssemos a nossa existência ameaçada.

Não é fácil fazer a defesa do Estado de Israel. Não hesitam em bombardear a ONU para não deixar escapar o inimigo. Não se comovem com a morte de libaneses inocentes para diminuir a capacidade do Hezbollah de matar civis israelitas. Mas não é esse o mal de todas as guerras? Para que não exista peso na consciência dos militares, alguém se lembrou de chamar a tudo isto "danos colaterais".

Deus é a mais esfarrapada das desculpas utilizadas pelos homens que procuram o poder de mandar na vida dos outros. Em seu nome, o Mundo faz guerras há séculos. O Hezbollah, que não representa a maioria dos libaneses, provocou esta guerra em nome de Alá, mas o Islão não pode ser condenado pela loucura dos fundamentalistas. Os verdadeiros crentes de todos os deuses deveriam começar por amar os crentes do deus do lado. Para acabar de vez com a possibilidade de matar em nome de Deus
. "

Paulo Baldaia

BANCA COM O MELHOR DE TODOS OS MUNDOS

"Os bancos parecem viver num mundo à parte do resto das empresas. Não apenas os bancos portugueses, mas a generalidade dos bancos europeus, que têm apresentado resultados extraordinários. Em parte isso deve-se aos esforços comerciais e de controlo de custos, que lhes permitem aumentar as margens. No resto, todos os astros se alinharam de feição. Os juros começaram a subir, o que se reflecte de imediato nas taxas cobradas pelos empréstimos concedidos, mas nem por isso nos juros pagos pelos depósitos. A introdução das novas regras contabilísticas – que obrigam os bancos a ir reflectindo o valor das suas participações financeiras no resultado final – também surgiu numa altura favorável, em que os mercados financeiros registam um um desempenho positivo. Para ajudar, os principais bancos portugueses têm bastante exposição aos mercados externos, como a Europa do Leste e África, beneficiando de um dos períodos de maior prosperidade da história destas regiões. Quando vivemos fechados nos “grandes” debates internos nacionais, é fácil esquecer que a Europa do euro é a região do mundo que menos cresce neste momento. E que Portugal é quem menos cresce nesta triste União. Os resultados dos bancos lembram-nos que há mais mundos lá fora. "


Mónica Silvares com Ricardo Domingos e Pedro Marques Pereira

Curiosidades.

"Pelo menos oito pessoas morreram hoje numa localidade a sul de Jalalabad, no leste do Afeganistão, quando um carro armadilhado explodiu nas imediações de uma mesquita onde decorriam as cerimónias fúnebres de um comandante mujahedin. Fontes hospitalares indicaram que pelo menos oito corpos (entre os quais os de três crianças) e 16 feridos deram entrada nos serviços do principal hospital de Jalalabad."

As crianças assassinadas só têm importância quando há judeus ou americanos envolvidos. Curioso é também o respeito que certos muçulmanos têm para com as suas próprias Mesquitas.

Chamem o Costa.

"Depois de alguma acalmia, os assaltos por "carjacking" parecem estar a regressar em força. O condutor de um BMW 525 foi forçado a abandonar o seu veículo por volta das 2.30 horas de anteontem, na Estrada da Circunvalação, Matosinhos, após ter sido ameaçado por homens encapuzados e armados. Uma hora mais tarde, um outro condutor, desta vez na Trofa, foi abordado pelos mesmos indivíduos, mas conseguiu escapar, salvando a sua viatura, que ainda assim foi atingida com dois tiros. Mais dois casos a somarem-se aos vários registados nos últimos dias."

domingo, julho 30, 2006

A irmandade pacífica.

"Num jornal diário, um sr. Macias, doutorado em História, discorre sobre um passeio à Síria. Na Síria, além das “grandes matrizes artísticas” (o Ocidente limita-se a “pequenas cópias”), o sr. Macias encontrou a felicidade: gente hospitaleira, simpatia, cruzamentos de “vivências” (sic) e de crenças. Lá, abunda um “genuíno amor por crianças”, e as mulheres gozam de completa “autonomia”, a ponto de convidarem o sr. Macias para um chá em casa delas. A segurança, “dentro de fronteiras”, é total: o risco “vem de fora” (adivinhem de onde).

Claro que a Síria real é outra: uma brutal ditadura dinástica, que observa a lei islâmica, restringe os direitos das mulheres, condena as crianças ao trabalho e à fome e recebe, com o beneplácito oficioso, escravos da Ásia e da África. Basta folhear os relatórios das organizações de direitos humanos. Mas tudo bem: o doutorado Macias poupou na erudição (veja-se as descrições: “Uma espécie de casas feitas em terra e que, em termos de formato, são muito cómicas”) para investir na afirmação política.

Mesmo subtil, a afirmação política não falha nas alusões ao Médio Oriente. Ninguém está interessado em tomar chá com aldeãs, ou nos “cruzamentos de vivências”. A ideia é apresentar um retrato idílico, e alucinado, dos árabes na zona, para contrapor ao “invasor”, evidentemente Israel, que é sempre a questão original.

É também, e sempre, uma questão em voga. A minha última crónica bateu um recorde pessoal de ‘e- -mails’, favoráveis ou contrários. Nada a dizer: as críticas às políticas de Israel são naturalmente legítimas. Ilegítimo é o rol de mentiras que, regra geral, as acompanha. Em boa parte da opinião pública, não há a sombra de uma vontade em apurar razões: há raiva, e qualquer delírio a sustenta.

Vale que os ‘e-mails’ são sinceros: dois leitores, que confessam deplorar a violência, insultam o macaquinho do Irão por este não cumprir as ameaças que diariamente agita. Em público, esta franqueza cai mal, e a eliminação sumária de Israel, uma ambição largamente partilhada, tem de ser escondida sob o suave véu do pacifismo. Decerto são pacifistas que se agitam em manifestações perante as embaixadas de Israel. E, em Portugal, foram decerto pacifistas que subscreveram um “documento” a pedir o “fim da violência”.

O “documento”, que finge condoer-se dos povos palestiniano e libanês, é uma coisinha ordinária, que desfila invenções rasteiras e dezenas de “personalidades”. Já não falo das vítimas israelitas, de agora e de outrora. Mas, talvez por esquecimento, nenhuma das “personalidades” em causa assinou papéis quando palestinianos foram forçados (pela hospitalidade árabe) a secar em enclaves, mortos por sírios e roubados por Arafat. Ou quando libaneses foram mortos por palestinianos e submetidos a sírios e bandos terroristas.

Se nem as mais desvairadas ficções conseguem culpar os ‘sionistas’ por uma desgraça, a desgraça é irrelevante. Caso contrário, eles pagam a despesa. Desde que, em última e dissimulada instância, visem o fim de Israel, todos os pretextos e ‘argumentos’ servem. E todas as alianças, voluntárias ou não, são bem-vindas. Não é à toa que o tal “documento” junta padres e comunistas, fascistas e antifascistas, palhaços e malabaristas. Se estivermos atentos, ainda ouviremos a Extrema-esquerda invocar o pobre Ratzinger. O ódio a Israel é o farol ecuménico do nosso tempo.
"

Alberto Gonçalves,

Uma mentira repetida muitas vezes.

"Daniel Oliveira, num artigo do Expresso em que critica a reescrita da história, vem dizer que o Hezbollah só lançou misseis sobre Israel após de Israel ter bombardeado as infra-estruturas libanesas. Ora, a BBC descreve assim o primeiro acto desta guerra:

Hezbollah fighters based in southern Lebanon launch Katyusha rockets across the border with Israel, targeting the town of Shlomi and outposts in the Shebaa Farms area
."

Blasfémias

Depois da tentativa de negação do arrastão de Carcavelos já nada surpreende na prosa dos Bloquistas. Nem mesmo as propostas económicas sugeridas por Louça.

"Infelizmente, esta esquerda órfã de referências resolveu adoptar a defesa do terrorismo travestida de apego pela paz ou pela liberdade. Não há admiração. Afinal, eles são os mesmos que nunca criticaram a ETA, que sempre gostaram das FPs e do camarada Otelo, que nunca conseguiram esconder simpatias ocultas por todos os grupelhos terroristas que actuaram em nome de velhos ideias ditos de esquerda. Todos os dias há atentados terroristas no Iraque, mas eles só vão às manifestações contra a América. Eles desfilam em defesa de terroristas galegos mas não alinham com o Basta Ya. Eles perdem-se de amores por todos os que criticam a América, o capitalismo e Israel, as anti-causas que lhes restam de muitos anos de pensamentos inconsequentes derrotados pela história, incapazes que foram de arquivar as t-shirts de Che."

Costa.

"As autoridades têm referenciado um gangue suspeito de ter praticado dezenas de assaltos a vivendas (enquanto os proprietários dormem) e a automóveis sob ameaça aos condutores nos últimos meses nas zonas de Gaia, Porto, Matosinhos, Maia, Gondomar e Vila do Conde. De acordo com fontes ligadas à investigação criminal da GNR, há indicadores de tratar-se de um grupo de jovens residentes na zona da Lapa, no Porto. Actuam sempre de noite, circulam à vontade pelas casas das vítimas, com elevadas posses, e, para já, sem recurso a violência."
Chamem o Costa das estatísticas.

Juventude.

"Um homem de 19 anos disparou anteontem acidentalmente um tiro de revólver contra a própria perna, no Vale da Amoreira, Baixa da Banheira, Moita. A bala desfez-lhe o testículo, o que levou a que necessitasse de internamento hospitalar."
Assim vai a "nossa" juventude. Muito intelectual …

sábado, julho 29, 2006

Pacifismo Ingênuo.

"Movimentos pela 'paz' estão entre os que aproveitam dessa inabilidade geral de enxergar a realidade por trás da retórica. Apenas poucas pessoas parecem interessadas na história real desses chamados movimentos pela 'paz' – isto é, se tais movimentos realmente produzem paz ou guerra. "

Thomas Sowell, "Pacifismo versus paz"(via Mídia Sem Máscara)

Mais um brilhante texto de Thomas Sowell, que mostra as desastrosas conseqüências do "pacifismo ingênuo" que, mais uma vez, encanta multidões.

Si vis pacem, para bellum.
"

O Insurgente.

A orquestra vermelha.

"Festas contra o Governo. Assim vai a Esquerda em Portugal. O PCP com a velha “Festa do Avante”. O Bloco de Esquerda com a nova “Marcha pelo Emprego”. E tudo anunciado de véspera, não vá o Verão esquecer o Outono, não vá o povo distraído ignorar o espectáculo da luta.

O PCP é um grande partido “conservador”. Em momentos de maior inspiração, o PCP é simplesmente “reaccionário”. O PCP denuncia a “contra-reforma” do Governo num País em que todas as reformas estão por fazer. O PCP, partido que no vocabulário político nacional sempre significou “revolução”, reduz o seu discurso à defesa das velhas indústrias e dos velhos empregos. Quando se esperava que a Esquerda “progressista” se adaptasse e aprendesse com os erros do passado, o PCP parou e quis parar o mundo. E a pouco e pouco, o mundo desaba sobre as ilusões do PCP. Mas para além do “protesto”, o PCP anseia por um partido de “propostas”. Preocupado com o “emprego público” e com a “coesão territorial”, apostado na defesa do “direito à reforma”, o PCP mais parece empenhado em parar o “progresso” em nome das vítimas do “progresso”. Poderá ser cruel, mas o PCP dos nossos dias não tem resposta para os problemas dos nossos dias.

Para o Bloco de Esquerda, Portugal é um “cortejo de misérias” e uma “floresta de enganos”. O Bloco pretende “denunciar a situação social portuguesa” e propõe “todo o espaço do mundo para a imaginação e alegria”, um mundo onde todos poderão “pensar e sentir livremente”. Entre a “Feira da Precaridade” e o “‘kit’ activista”, o Bloco promete um “Plano para o pleno emprego em Portugal”. Contra as forças do “capitalismo imperial”, o Bloco avança com o seu “arco-íris global”. O Bloco de Esquerda pretende criar a “mobilização que não nasce da decepção mas da energia nova”. E pretende tudo isto com uma cultura política herdeira da “contracultura” e marcada pela “estagnação ideológica”. Para invocar um clássico de outras lutas, o discurso do Bloco poderá ser descrito com o máximo rigor através de uma simples frase – o radicalismo é a doença juvenil de toda a Esquerda.

Mas a orquestra vermelha toca uma melodia comum. Uma melodia que nos diz que a sociedade é um jogo de soma nula, um lugar em que a felicidade de uns representa a infelicidade de outros. Presos nesta arquitectura marxista, PCP e Bloco de Esquerda entendem a sociedade como o destino de todos os conflitos, a guerra de todas as classes. Nesta visão do mundo e da sociedade, não existe espaço para uma qualquer noção de “bem-comum”.

Festas contra o Governo. Festas contra um Governo que representa a “Esquerda moderna” e que vai estimulando algum descontentamento. Um descontentamento à Esquerda e que a Esquerda não consegue capitalizar. A dificuldade do PCP coincide com o problema do Bloco – como fazer oposição com a Esquerda no poder? Seja qual for a resposta, o Governo passeia sobre o deserto das oposições
."

Carlos Marques de Almeida

O Habitual.

"Num Campeonato do Mundo que não deixa globalmente grandes recordações, porque quem fez o espectáculo não foram nem os jogadores nem os treinadores, mas os povos e as televisões, que conseguiram dar cor a um torneio a preto e branco, durante o qual se destacaram um velho (Zidane), um gordo (Ronaldo) e a ‘manha dos portugueses’, a selecção nacional consegue a sua segunda melhor classificação de sempre, sem superar a campanha dos ‘Magriços’, ao contrário do que foi proclamado por aquele segmento ululante dos jornais desportivos, que perde as estribeiras e se põe a ‘assar sardinhas’, tudo em nome do suposto ‘interesse nacional’.

Vi uma Selecção que apanhou um grupo ‘fácil mas perigoso’ e que o soube ultrapassar sem brilho (mas com resultados mínimos); vi uma Selecção ‘milagrosa’ que se superou, em razão do ‘grito de guerreiro’ lançado de ‘dentro para dentro’ (à custa da fabricação de um inimigo externo) nos jogos com a Holanda e Inglaterra); e vi uma Selecção digna mas claramente a esvaziar perante a França e a Alemanha.

Deixámos uma boa imagem no Mundial? Prestígio espalhado pelo Mundo? Duvido. Os assobios que Cristiano Ronaldo ouviu foram totalmente injustos? Aquela piscadela de olho após a expulsão de Rooney que significado teve? E se fosse ao contrário?Ricos de orgulho? Anafadíssimos! Até aparecer a próxima conta para pagar
."

Rui Santos

"Menosprezar o 4ª lugar num Mundial de Futebol é para rir. Pode-se sempre pegar em qualquer coisa para denegrir, desprestigiar, minimizam e relativizar tudo o que foi conseguido. Tudo depende da lógica e da vontade do nosso olhar e pensamento. O negativismo destas crónicas de opinião, desde o início, chegam a enjoar e a não deixar dúvidas da existência de um objectivo por detrás de cada palavra."

Fragilidades postas a nu.

"O Benfica despediu-se, ontem, da pior forma do Torneio Internacional do Guadiana, ao não conseguir uma única vitória, mercê da derrota (0-1) frente ao Desportivo da Corunha.Sendo a equipa com mais dias de trabalho e a que primeiro tem um decisivo embate - com o Áustria de Viena, para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões -, esse facto deve deixar extremamente preocupado Fernando Santos. Não tanto pelos resultados, mas sim pela forma como foram consentidos, pela declarada inoperância ofensiva e ausência de um fio de jogo consistente (mais aqui)."

sexta-feira, julho 28, 2006

SALVÉ O 28 DE JULHO, da SOFIA e do RICARDO

..


No Salão Nobre do Palácio Ducal de Noshow, celebrou-se hoje pela hora de todas as Imprudências, a Festa de Natividade, de dois dos mais conceituados inquilinos desta casa, que , a despeito dos avisos e conselhos que têm recebido, se atreveram uma vez mais a cometer aquele corriqueiro erro, que o povo costuma repetir, e que é "fazer anos"A Infanta Dona Sofia, estava linda na sua impudência, com um fatinho de arminho negro, bordado a lantejolas brilhantes, ia a todos tocando com o seu doce sorriso, enquanto ia distribuindo à turbamulta uns deliciosos docinhos daqueles com pedigree, que se costuma servir, nas matinées mais requintadas.

O Marquez Ricardo Grups, recentemente empossado, pelo Arquiduque Isaltino, como Defensor Perpétuo do Real Chafariz da Metrópole de Oeiras, não cabia em si de contente, conclamando alta voz, a sua alegria por ter atingido a maioridade: "Agora já posso ir ao cinema para Maiores, e vêr revistas com mulheres peladas"Tinha acabado de receber uma "long-distance-call" da sua cumplice , a Rainha da Germânia, Adelheide Chôchen, a dar os parabens.

Os manos, como a si mesmo gostam de se chamar, receberam então uma longa fila de "puxa-sacos" que sempre aparecem nestas ocasiões, a vêr se beliscam qualquer coisa que se coma , e se bebem algo mais que não seja água.-"O que é que trouxeste que se mastigue"-"O quê , não há nada pra molhar a goela"A TRANCA , agora on-line , esteve presente, e deseja que ambos, cada um por si, goze o mais que puder este dia, e todos os outros que se seguirão.Portem-se mal...!!!

Até amanhã e boa sorte.

De Espanha até ao Iraque.

"A guerra contra Israel não depende de cessar-fogos. É uma Jihad por amor de Deus e durará até que a (nossa) religião prevaleça de Espanha até ao Iraque», afirmou Zawahiri. «Atacaremos em todo o lado», adiantou. «As balas e mísseis desfazendo os corpos de muçulmanos em Gaza e no Líbano não são só israelitas (armas), mas fornecidas por todos os países da coligação de cruzados. Por isso, todos os participantes no crime pagarão o preço», referiu"

Convinha que os defensores dos pobres árabes meditassem no significado da frase “até que a nossa religião prevaleça de Espanha até ao Iraque”. Se tiverem dúvidas de geografia, perguntem ao número dois da Al-Qaeda, Ayman Al- Zawahiri, se Portugal está englobado na “região” Espanha. Se estiver, preparem os joelhos e o decúbito dorsal. Pelo que consta, actualmente há muita gente a apreciar essa posição.

Pronto.

"O grupo xiita libanês Hezbollah indicou esta sexta-feira ter iniciado uma «nova fase de ataques» contra Israel com o lançamento de mísseis Khaibar 1, de maior alcance, contra a localidade de Afula, situada «para além de Haifa». De acordo com o comunicado do Hezbollah difundido pela televisão Al-Manar, o ataque desencadeou-se às 11:00 horas portuguesas e atingiu Afula, localizada a 50 kms da fronteira libanesa. Segundo a estação televisiva israelita Canal 10, os mísseis utilizados no ataque a Afula são os Zalzal 1, de fabrico iraniano, e que têm um alcance de até 100 quilómetros. "

Agora é que deixou de haver luz ao fundo do túnel.

Promessas...

"O Sporting venceu hoje o Benfica, por 3-0, com um dois golos de Yannick Djaló, no primeiro "derby" lisboeta da temporada de futebol de 2006/07, disputado no Algarve, em Vila Real de Santo António, no âmbito do Torneio do Guadiana."
Quem viu o jogo verificou o desfasamento entre o que a direcção encarnada promete e o que a actual equipa consegue fazer. Para bom entendedor …

Para memória futura II.

"António Costa, ministro da Administração Interna, sabia, uma semana antes da detenção de Paulo Pedroso, por alegados actos de pedofilia no âmbito do processo Casa Pia, que este e Ferro Rodrigues, seus camaradas no Partido Socialista, se encontravam referenciados pelas autoridades.

A notícia faz manchete na edição desta quinta-feira do jornal Público, baseando-se na conclusão que resulta do depoimento, feito a 14 de Julho de 2003, pelo então director da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da Polícia Judiciária (PJ), Orlando Romano, que na altura jantou acompanhado do governante, então líder da bancada parlamentar do PS, e ainda do à época director nacional da PJ, Luís Bonina.
"

O OURO AINDA É O QUE ERA.

"O ouro adora más notícias. É com esta frase que os analistas sublinham a valorização do metal amarelo no mercado internacional ao longo deste ano. O Médio Oriente à beira da guerra, o petróleo em alta, vários riscos sobre a economia mundial e a valorização do ouro dispara. A 11 de Maio, a onça atingiu os 718 dólares, um máximo de 26 anos. Ou seja, o ouro ainda é o que era: um activo de refúgio por excelência. Mas, além destes motivos conjunturais, o mercado do ouro também está a sofrer mudanças estruturais. Tal como no mercado petrolífero, houve uma subida da procura sustentada por várias economias emergentes como a China e a Índia e, mais uma vez como na história do brent, a oferta não foi capaz de responder. Depois de anos parada, a indústria extractiva não foi capaz de responder à subida da procura. O resultado é óbvio, com os preços a sofrerem uma subida sustentada. E Portugal agradece. Já que o ouro tem um peso significativo nas reservas externas detidas pelo Banco de Portugal. Ou seja, apesar do banco central ter vendido muitas toneladas nos últimos anos, a valorização nos mercados internacionais acaba por compensar e o metal amarelo continua a ser importante para Portugal. E muito para além da questão simbólica que o ouro tem na história da ditadura que marcou o século XX nacional. "


Pedro Marques Pereira com Bruno Proença

Para memória futura.

"Um hotel com 30 pisos e cerca de 100 metros de altura vai ser construído na Marina de Cascais, no âmbito da requalificação daquele espaço anunciou esta quinta-feira a Câmara Municipal. "

Blanquices...


Posto da UNIFIL com uma bandeira do Hezbollah ao lado da bandeira da ONU


"José Blanco, o famigerado dirigente do PSOE que se tem distinguido pelas suas afirmações anti-Israel, a propósito da morte de 4 observadores da ONU, acusa Israel de matar os capacetes azuis de propósito:

"Tras escuchar a Kofi Annan, después de saber que la ONU pidió a Israel en diez ocasiones que dejara de bombardear su base en el Líbano, hoy uno se sigue preguntando si se buscaba un daño colateral o era un objetivo con un fin". Así se expresó Blanco en declaraciones a la Cadena SER tras el ataque que sufrió en la noche del martes un puesto de observación de la Fuerza Interina de la ONU en Líbano.

Não há dúvida que ele tem esta fixação: Israel mata de propósito vítimas inocentes ou que nada têm a ver com o conflito.Numa guerra em que, como diz
Paulo Gorjão, mas desta vez a propósito da famigerada proporcionalidade, "as formas de conflito fogem às regras tradicionais de combater a guerra? Em que os combatentes se misturam propositadamente entre a população civil? Em que os combatentes não usam uniformes? Em que os combatentes não respeitam, precisamente, as regras da guerra?", as vítimas inocentes haverão sempre de ser muitas.Por outro lado, esta história do posto de observação da ONU ainda está mal contada. Segundo o Ottawa Citizen, o Hezbollah estava a utilizar o posto da ONU como escudo.

Pelo menos é o que parece depreender-se de um email escrito pelo oficial canadiano que morreu nesse mesmo ataque.Mas, se houver dúvidas quanto ao Hezbollah utilizar a ONU (tal como usa inocentes, hospitais, mesquitas, etc.) como escudo, este
comunicado de imprensa da UNIFIL que diz, muito claramente, que
It was also reported that Hezbollah fired from the vicinity of four UN positions at Marwahin, Alma Ash Shab, Brashit, and At Tiri.

O comunicado de imprensa da UNIFIL de ontem já mencionava o mesmo. Isto diz bem das tácticas de guerra utilizadas pelo Hezbollah.Numa reportagem de Agosto de 2002, The Canadian Jewish News mostra uma fotografia de um posto da UNIFIL com uma bandeira do Hezbollah ao lado da bandeira da ONU, bem como relata as provocações feitas pelos guerrilheiros do Hezbollah aos soldados israelitas.José Blanco, tal como até o próprio Kofi Annan, preferem, acima de tudo, apontar o dedo acusador a Israel. Querem lá saber de inquéritos, ou das condições no terreno. Querem é culpar Israel, não importa o motivo pois tudo serve."

O Insurgente

Pois é.

"Esta sexta-feira foi publicada uma notícia num jornal israelita que revela uma comunicação de um dos observadores da ONU que morreu no ataque desta semana. O major canadiano enviou um e-mail ao seu comandante, o general Lewis MacKenzie, dizendo que o Hezbollah estava a usar o posto da ONU como um «escudo» contra os ataques israelitas.

O major terá escrito que receava pela sua vida, uma vez que os combatentes libaneses costumavam correr em redor da base da ONU, atraindo a maior parte dos ataques de Israel. «Diariamente, em inúmeras ocasiões a nossa posição esteve sob ataques directos ou indirectos tanto da artilharia quanto dos bombardeamentos aéreos. O (ataque) mais próximo da artilharia caiu a dois metros da nossa posição, e o mais distante, a 100 metros da nossa base de patrulha», disse o militar canadiano.

Seis dias depois desta mensagem ter sido enviada, um raid israelita atingiu o posto da ONU, matando quatro observadores
. "

Carjacking.

"Cinco assaltantes encapuzados e armados obrigaram uma automobilista a entregar a sua viatura, quando passava, ontem de madrugada, numa rua situada junto à praia de Salgueiros, em Vila Nova de Gaia. Os assaltantes estavam armados com duas caçadeiras e duas pistolas e intimaram a condutora a abandonar o carro, um Volkswgem Golf, com o qual se puseram em fuga. "
No país aonde não há criminalidade até já roubam os Golf. Estamos feitos.

Adeus.

"A pianista Maria João Pires anunciou ontem, em entrevista à RDP/Antena2, que vai instalar-se definitivamente no Brasil e desistir do Centro para o Estudo das Artes de Belgais, próximo de Castelo Branco, numa quinta que comprou há sete anos.

Em Portugal, afirmou, "estava a ser vítima de uma verdadeira tortura". "Parto para me salvar um pouco dos malefícios que Portugal me estava a fazer", explicou Maria João Pires, considerando que comprar casa no Brasil - país onde ia "respirar" - é um "momento de coragem". Sem adiantar pormenores do que motivou a decisão
."

Num país em que só as "nódoas" são levadas ao colo, o que se esperava?

Popularidade.

"Entre o Mundial de futebol e o início das férias, o Governo parece gozar de um súbito estado de graça: quase todos os ministros subiram de cotação em Julho. De acordo com o Barómetro da Marktest para o DN e a TSF, a partida de Freitas do Amaral - e a minirremodelação ministerial operada por José Sócrates na sequência desta saída - parece ter constituído um tónico para a
popularidade do Executivo
. "

DN

Se eles dizem, quem somos nós para contrariar? E isto apesar de o Governo quase não aumentar o rendimento de quem trabalha para o Estado, anunciar que vai dispensar funcionários, aumentar os impostos aos pensionistas, estar a preparar alterações na Segurança Social que vão reduzir as novas pensões, obrigar os professores a substituírem os colegas que faltam, fábricas a fechar e nenhum dos investimentos anunciados ainda foi lançada a primeira pedra, os preços dos combustíveis aumentam e não não haver sinais daquela retoma que se traduz em mais dinheiro no fim do mês. É obra.

Private Joke

Interrogatório

"O soldado da GNR que, anteontem de madrugada, em Loures, baleou mortalmente um jovem de 18 anos e feriu uma rapariga de 19, quando se defendia de uma alegada tentativa de assalto, vai ser hoje sujeito a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Loures, apurou o JN. A arma pessoal do guarda, utilizada para os disparos, está desaparecida. Presume-se que tenha sido levada pelos alegados assaltantes, tal como os restantes objectos de valor, onde se inclui o fio de ouro."

O GNR já consegue falar? Pelos vistos, parece que estão mais interessados em condenar o GNR que recuperar a arma que vai servir para assaltos. assim vai o país aonde a criminalidade continua a descer.

Petróleo.

"O preço do petróleo caiu esta sexta-feira pela primeira vez em três dias depois da Secretária de Estado, Condoleezza Rice, afirmar que os Estados Unidos querem ver um cessar-fogo no Líbano o mais cedo possível."
Alguém já informou a GALP disso?

Criminalidade.

1/ "Um militar da GNR de Oeiras ficou anteontem com a cabeça partida quando tentava identificar um grupo de quatro homens, acompanhados de três cães de raça considerada perigosa."

2/ "Dez a 12 rapazes, de cerca de 20 anos, foram ontem identificados pela PSP por distúrbios no autocarro da Carris que segue de Algés para o Parque das Nações. Foi-lhes apreendida uma faca, uma tesoura e um fio de ouro."

E a criminalidade continua a descer. Especialmente se o GNR não apresentou queixa.

quinta-feira, julho 27, 2006

Número quatro.


Porque mostram os relógios o número 4 romano como IIII e não IV.
Leia aqui.

Até amanhã e boa sorte!!!

A hora dos juízes 'bonzinhos'

"O Tribunal da Relação de Lisboa deu razão ao jornal "24 Horas" e decidiu suspender a abertura do material informático entretanto apreendido no âmbito do "caso envelope 9". O Tribunal da Relação de Lisboa considerou ilegais as buscas e apreensões no âmbito do caso "Envelope 9" e sublinhou que a actuação dos jornalistas do "24 Horas" não justificava que se colocasse em causa a liberdade de imprensa.

No acórdão do Tribunal de Relação de Lisboa, os desembargadores Telo Lucas (relator), Rodrigues Simão e Carlos de Sousa concederam "parcial provimento ao recurso" e declararam a nulidade dos mandatos emitidos, das buscas e das apreensões efectuadas nos autos, considerando-os "um meio ilegal de obtenção de provas", adiantou fonte ligada ao processo
."

Público

Depois da:

1/ repetição do interrogatório a outro arguido do Processo casa Pia, Hugo Marçal, que resultou na sua libertação;

2/ declaração de nulidade de todos os actos de Rui Teixeira no acompanhamento do inquérito, por violação do princípio do «juiz natural»;

3/ libertação de Paulo Pedroso;

4/ libertação de Jorge Ritto,

a 3.ª Secção do TRL constituída pelo juiz Telo Lucas e os seus dois «asas», Rodrigues Simão e Carlos de Sousa suspendem a abertura do material informático apreendido no âmbito do "caso envelope 9".

Como dizia em tom de graça um advogado, perante risonhos funcionários do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), “onde é que posso pôr uma velinha, para o processo do meu cliente ir parar à 3.ª? (ler aqui)”

Talvez a resposta seja simples...

O povo é sereno.

"O Ministério da Justiça (MJ) já começou a alienar as residências que durante décadas albergaram magistrados dos tribunais de comarca. Nos próximos três anos deverão também ser vendidos 22 estabelecimentos prisionais de grande valor imobiliário."

DN

Não eram estes moços que criticavam a ministra Ferreira Leite de vender os anéis? Que fazem eles agora? O que vale é que o povo é sereno.

Annan.

"Ao início da manhã, o secretário-geral da ONU tinha expressado consternação pelo ataque israelita contra um posto de observação das Nações Unidas, que causou a nmorte de qautro observadores da ONU. Annan considerou o ataque “deliberado” e pediu a Telavive para que inicie uma investigação para comprovar se o mesmo foi premeditado."

Depois da vergonha do escândalo "Petróleo por Alimentos" (ler aqui) que envolvia o seu filho Kojo (ler aqui), o ainda secretário-geral da ONU está a esticar-se. Tal como na defesa do Iraque.


Entretanto já um foguete do Hezbollah atinge base da ONU (ler aqui) e ninguém se importou.

"Castigo".

"Mais de 100 mil inquéritos foram abertos nos primeiros seis meses deste ano no Ministério Público do distrito judicial de Lisboa, que compreende 42 comarcas agrupadas em 12 círculos judiciais. E 76 por cento dos processos findos foram arquivados."

CM

Convinha explicar que os inquéritos arquivados são, na sua esmagadora maioria, contra desconhecidos e queixas sem fundamento legal. Serve a presente notícia para “castigar” a “continuação” das férias dos magistrados perante a opinião pública leiga nessa matéria. Razão por que fica pela rama este tipo de notícias guerrilheiras.

Cadeias.

"Três em cada quatro cadeias portuguesas estão sobrelotadas e cinco delas com mais do dobro da sua capacidade, segundo dados da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP). Dos 53 estabelecimentos prisionais existentes no país, 36 apresentam uma taxa de ocupação acima dos 100% e cinco acima dos 200% (Angra do Heroísmo, Castelo Branco, Portimão, Viana do Castelo e Setúbal)."
A solução passa pela despenalização criminal.

Criminalidade.

"Um soldado da GNR de Loures matou um rapaz de 18 anos – Pedro Vasconcelos, conhecido por ‘Cavalo’ – e baleou na perna uma rapariga de 19 – Romina Santos – quando tentava defender-se de uma alegada tentativa de assalto. O grupo de seis elementos cercou o militar perto do recinto das festas do concelho, durante um festival gastronómico de caracóis. Os disparos terão sido feitos em legítima defesa, mas não impediram que, depois, o GNR fosse esfaqueado e espancado, até ficar inconsciente, pelos amigos da vítima mortal. O soldado está internado sob detenção para ser interrogado. Agrediram-no com muita violência. Partiram-lhe os dentes da frente e se entretanto não chegasse um agente da PSP que patrulhava a zona, e conseguiu espantar os jovens, ele tinha sido morto

CM
Guardem bem o soldado criminoso não vá ele fugir deitado na maca.

Diversão.

"Cerca de 600 pessoas, incluindo representantes de partidos, sindicatos e organizações Não-Governamentais, estão concentradas frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, para protestar contra a acção das tropas israelitas na Palestina e no Líbano. Na concentração, iniciada pelas 18:30 e onde continuam a chegar pessoas, são visíveis cartazes onde se lê «pela derrota do exército sionista-inmperialista. Palestina livre, laica e não racista» e faixas com frases como «Paz no Médio Oriente» e «Solidariedade com os povos do Líbano e Palestina». Entre os manifestantes, estão representantes de partidos como Fernando Rosas, do Bloco de Esquerda, ou José Falcão, dirigente da associação SOS-Racismo."

Palestina laica? Alguém concebe a ideia de os palestinianos deixarem de ser islâmicos para passarem a ser laicos? Os habituais continuam a divertir-se à conta da miséria intelectual que infelizmente ainda grassa pelo país.

quarta-feira, julho 26, 2006

Até amanhã e boa sorte!!!

Figo campeão de Itália.

"O Inter de Milão, onde joga o português Luís Figo, foi esta quarta-feira declarado campeão italiano na temporada passada após as sanções impostas à Juventus e ao AC Milan no âmbito do processo de corrupção CalcioCaos. "

Só lá faltam os nossos...

"Surrounded by yellow Hezbollah flags, more than 60 Iranian volunteers set off Wednesday to join what they called a holy war against Israeli forces in Lebanon. The group -- ranging from teenagers to grandfathers -- plans to join about 200 other volunteers on the way to the Turkish border, which they hope to cross Thursday. They plan to reach Lebanon via Syria on the weekend."

CNN

Todos diferentes...

"O Governo de José Sócrates trocou 25 dos 45 directores-gerais da Administração Pública, a maioria já depois da entrada em vigor da nova lei das nomeações, noticia o Diário Económico.
Segundo o DE, 13 das novas nomeações ocorreram já este ano, com destaque para o mês de Maio, altura em que foram escolhidos cinco directores-gerais, nos ministérios dos Negócios Estrangeiros, Educação, Defesa, Ambiente e Finanças. Só nesta última pasta, foram substituídos seis dos dez directores
. "

As esquerdas anti-semitas.

"Assiste-se a um inacreditável branqueamento do terrorismo. Logo a seguir ao 11 de Setembro, as esquerdas pós-soviéticas esfalfaram-se a explicar o baixíssimo nível de desenvolvimento das sociedades onde campeia o fanatismo islâmico, o que, como não podia deixar de ser, era da responsabilidade do Ocidente Disseram lamentar a chacina mas no íntimo rejubilaram. O poderio norte-americano, a democracia representativa, a civilização ocidental, tudo isso era posto em causa por uma horda suicida. Não faltaram os malabarismos intelectuais repugnantemente apologéticos. No conflito palestiniano, os pós-soviéticos não se impressionam com a perda de vidas civis causada pelo terrorismo em Israel (e ainda menos com os sucessivos genocídios que têm vitimado milhões de seres humanos em África). "

Mais aqui.

A criminalidade continua a descer.

"No domingo de madrugada, um jipe pertencente a um comissário do Corpo de Intervenção (CI) da PSP foi assaltado por desconhecidos. Outro automóvel, estacionado a poucos metros, também foi vítima de furto. Os dois crimes ocorreram mesmo à frente da esquadra da PSP do Feijó-Laranjeiro, em Almada. O comissário da PSP colocado no CI foi informado do furto no seu jipe, mas optou por não apresentar queixa formal. "

Não há queixa, não há crime. E não há crime mesmo à frente da esquadra da PSP. O ministro Costa agradece poder afirmar que a criminalidade está a diminuir baseado na diminuição das queixas.

terça-feira, julho 25, 2006

Até amanhã e boa sorte!!!

Maratona de masturbação colectiva.

"O Centro para o Sexo e a Cultura do Reino Unido organizou a primeira «masturbaratona» britânica, uma competição de masturbação destinada a arrecadar fundos para organizações dedicadas à educação sexual, segundo informações da organização do evento, citados pela AFP. O evento será transmitido na televisão no canal Channel 4 e inspira-se numa competição semelhante que se realiza de cinco em cinco anos em São Francisco, nos Estados Unidos, com o nome «masturbaratona». "
Acontecimentos culturais só possíveis graças ao avanço civilizacional.

Força de paz.

"Israel está disposto a aceitar uma força militar constituída por países da União Europeia na fronteira com o Líbano, afirmou ontem o primeiro-ministro Ehud Olmert após um encontro, em Jerusalém, com o chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier. Olmert exigiu que o mandato dessa força contemple ainda o desarmamento do Hezbollah (de acordo com a resolução 1559 na ONU) e o controlo dos pontos de passagem na fronteira entre a Síria e o Líbano. "

DN

Tendo em conta os perigos desta missão, quem aceita participar nessa força militar?

Veja aqui o que a nossa comunicação social não diz:

Day-by-day attacks, who's who

Inside Hizballah - The radical movement has deep roots in Lebanon's Shi'ite communities

Rockets continue to rattle northern Israel

NBC: In Haifa, shock and determination

Israel e as vidas civis.

"Se há uma coisa que os regimes e os movimentos islâmicos radicais, do Irão ao Hamas, têm em comum é o desejo de destruírem o Estado israelita. A sobrevivência de Israel é a questão crucial da política do Médio Oriente. Se há uma coisa que os regimes e os movimentos islâmicos radicais, do Irão ao Hamas, têm em comum é o desejo de destruírem o Estado israelita. Nunca o aceitaram, não o aceitam, e enquanto não o aceitarem não haverá paz na região. Foi criado um mito, frequentemente repetido, para explicar a rejeição da “entidade sionista”. A versão é mais ou menos assim, e perdoem a crueza da linguagem: viviam os palestinianos muito sossegados no seu “país”, quando, subitamente, começaram a chegar judeus da Europa para ocuparem a sua terra. Foi aí que surgiram os conflitos. Sendo uma explicação fácil para um problema complicado, esta versão convence muitos. É, no entanto, falsa. É verdade que se assistiu a um aumento da chegada de judeus ao território que é hoje Israel após 1945. Mas esse movimento iniciou-se no final do século XIX, nunca parou durante as primeiras décadas do século XX e, desde há séculos sem fim, sempre houve judeus na Palestina.

Ou seja, apesar da superioridade numérica dos árabes, os judeus têm argumentos históricos que legitimam a criação do Estado de Israel. Em segundo lugar, não havia nenhum “Estado palestiniano”. Tal como todo o Médio Oriente, a Palestina passou de uma província do Império Otomano a um protectorado de uma potência europeia, neste caso o Reino Unido. Até à segunda metade da década de 1940, não existiam Estados soberanos na região. A criação de Israel, em 1948, correspondeu a um momento de auto-determinação nacional e de libertação colonial e não a um projecto imperial. Tragicamente, os palestinianos e os seus aliados árabes não aproveitaram o momento de libertação, aprovado pelas Nações Unidas; e rejeitaram-no simplesmente porque não aceitaram a auto-determinação dos israelitas.

Recusaram Israel, em primeiro lugar, devido à sua natureza judaica. Os judeus seriam tolerados se estivessem subordinados à maioria árabe e muçulmana, mas nunca seriam aceites como um país independente. A oposição a Israel foi aumentando à medida que a sua natureza liberal-democrática se foi consolidando. Primeiro, no contexto da Guerra Fria, quando os maiores adversários eram os aliados regionais de Moscovo e, depois, com o crescimento do radicalismo islâmico, que considera o secularismo democrático ocidental como a maior ameaça à identidade e ao poder das sociedades muçulmanas. Ao contrário do que muitos dizem, o desejo de destruir o Estado de Israel não resulta de uma suposta natureza colonial, mas da sua identidade política ocidental, a principal virtude que os europeus reconhecem a Israel. Alguns que, no essencial, aceitam este argumento, afirmam que para garantir a sua sobrevivência, os israelitas não precisam de usar o poder de um modo “desproporcionado”, causando milhares de mortos entre os civis. É óbvio que a morte de inocentes é sempre o aspecto mais chocante das guerras, e a revolta sentida é inteiramente justa e compreensível. Mas a gravidade da questão exige que seja tratada de um modo mais sério, que vá além das meras lamentações. O ponto decisivo diz respeito ao valor que uma sociedade dá à vida humana.

E nesse aspecto, Israel não deve nada a qualquer sociedade ocidental. A segurança e o bem-estar dos seus cidadãos são sempre prioridades da sua vida política e social. Além disso, no plano externo, as doutrinas militares procuram evitar o uso da força de um modo indiscriminado contra populações civis. Aliás, é um bom exercício comparar-se as políticas israelitas ao modo como os países europeus, quando faziam guerras, lidavam com a questão das vidas dos civis dos seus inimigos. As cautelas israelitas são, no entanto, prejudicadas pelo baixo valor que os seus adversários dão à vida humana. Sociedades e movimentos que promovem entre os seus membros o culto do ataque suicida, que misturam as suas milícias entre as populações civis, e que guardam as suar armas em habitações de famílias comuns, não valorizam certamente a vida humana. Encontramos aqui o elemento mais trágico do que se está a passar no Líbano. Por um lado, muitos dos inimigos de Israel organizam as suas forças de modo a aumentar as mortes civis para depois serem mostradas a todo o mundo. Por outro lado, para garantir a sua segurança, Israel é obrigado a matar civis. E esta escolha trágica tem consequências muito negativas em Israel, como de resto teria com qualquer outra democracia. Dito de um modo mais directo, em primeiro lugar, em circunstâncias idênticas, dificilmente outro país teria um comportamento menos condenável.

Em segundo lugar, o facto dos seus inimigos darem pouco valor à vida humana contribui de um modo decisivo para o aumento das baixas civis. Os conflitos a que assistimos obrigam-nos a distinguir entre o sofrimento humano causado pelas mortes de inocentes e as consequências políticas das baixas civis. O que mais impressiona é o facto do sofrimento das mães, dos pais, dos filhos das populações árabes, a que assistimos frequentemente, não transformar o valor da vida humana na prioridade da ordem política dessas sociedades. Como se a morte fosse apenas usada como propaganda sem que a vida se torne no elemento mais sagrado de todos
."

João Marques de Almeida

Para memória futura.

"Manuel Alegre vai receber uma reforma de 3.219,95 euros mensais pelo cargo de coordenador de programas de texto da Rádio Difusão Portuguesa que ocupou por alguns meses. A informação faz parte da lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), citada pelo Correio da Manhã. Em declarações ao jornal (ler aqui), Alegre garantiu que nem se lembraria da reforma, se não fosse a CGA a escrever-lhe uma carta. O deputado explicou que foi funcionário da RDP durante «pouco tempo», já que começou a trabalhar na rádio quando voltou do exílio, após o 25 de Abril, e saiu em 1975 quando foi eleito deputado, cargo que ocupou desde então. «Nunca mais lá trabalhei, mas descontei sempre», disse o deputado. "

Tecnologia de ponta.

Mais dois bravos combatentes do Hezbollah devidamente fardados viajando num veículo de combate. O camuflado é tão perfeito que as suas roupas se assemelham às dos civis e o veículo militar a uma simples motorizada. Mas dificilmente poderão ser confundidos com civis.

Criminalidade.

"Dois homens armados tomaram um armazém de assalto, sexta-feira à tarde, em Campo de Ourique, Lisboa. Um agente da PSP viu-os entrar, chamou reforços e dois colegas chegaram. Os ladrões não se entregaram. Um deles atirou várias vezes a matar, os agentes escaparam por pouco – e, ao tentarem responder, as pistolas dos dois polícias encravaram."
Se a criminalidade está a diminuir qual a necessidade de dar armas aos polícias? Basta que os assaltantes as tenham para se defenderem dos polícias e atingirem algum inocente que esteja no local errado à hora errada.

Mau jornalismo.

"Jorge Mateus estacionou o seu automóvel num lugar reservado à chefia da Repartição de Finanças de Alcobaça (RFA) e passados poucos minutos o seu passado fiscal já estava a ser analisado de modo a "vingar" o atrevimento. Um episódio aparentemente recorrente na repartição, mas que neste caso terminou com um internamento."
Mais um exemplo de mau jornalismo aonde o lesante é transformado em herói.

T-Shirt.

"O antropólogo Desmond Morris sustentava, no seu livro A Tribo do Futebol, que, "em teoria, os jogadores podem comparecer no campo em traje de noite ou em calção de banho sem transgredir esta lei" que regula o equipamento. Também nada impede legalmente um jornalista de se apresentar num jantar oferecido por Cavaco Silva no Palácio da Ajuda - em que os convidados trajam de smoking - de T-shirt e chinelosEm ambos os casos, parece que deve imperar o bom senso. Mas "o bom senso", sintetiza o constitucionalista Jorge Miranda, "não se legisla". Além disso, como escreveu o sociólogo Georg Simmel, até "pode ocorrer que, em círculos inteiros, dentro de uma vasta sociedade, chegue a ser moda ir contra a moda". A polémica está a ser suscitada desde que o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Mendonça, impediu a entrada no hemiciclo a seis jornalistas, alegando que não admite ali o uso de ténis, sandálias, jeans ou T-shirts (neste caso, a "norma" não se aplica às mulheres)."

DN

Não nos lembramos de ter visto jogadores a equipar em traje de noite ou em calção de banho. Deve doer muito aos jornalistas exigir-lhes o mesmo que estes exigem a outros. Quem não se lembra da chuva de críticas feitas ao Juiz Teixeira por andar de T-Shirt? Enquanto os senhores jornalistas se julgarem superiores ao comum dos mortais …

Cova da Moura.

"A investigação tem meses, mas na madrugada de sábado era altura de a PSP avançar para o problemático bairro da Cova da Moura, Amadora. O casal escondia droga, munições e, entre os vários objectos apreendidos, um colete à prova de bala e um crachá da GNR."

Novamente o bairro de gente honesta e trabalhadora é notícia. Só pode mesmo ser racismo. À atenção dessas dezenas de organização que cada vez demonstram não terem outra razão de existência a não ser dar emprego a alguns.

Duplo emprego.

"Um assistente de realização da RTP avançou ontem de manhã sozinho para a Avenida João XXI, em Lisboa. Entrou numa ourivesaria armado de pistola, ‘spray’ de gás pimenta e arma de choques eléctricos e roubou 26 mil euros em ouro. Fugiu pela Avenida de Roma, entrou num táxi e ameaçou o motorista de morte. Obrigou-o a arrancar – mas a Polícia partiu logo atrás e forçou-o a desistir."
Já alguém tinha falado que muitos portugueses tinham duplo emprego. Eis uma prova.

segunda-feira, julho 24, 2006

Até amanhã e boa sorte!!!

Prospostas de Louçã.

"Entre as várias soluções encontradas destacam-se a redução do horário semanal de trabalho sem redução salarial e com a opção do trabalhador poder fazer quatro dias com nove horas de trabalho e um terceiro dia de descanso. Aumentar a taxa social única para 2% para as empresas que abusam das horas extraordinárias, proibir os despedimentos em empresas com resultados líquidos positivos e aumentar a escolaridade obrigatória para os 12 anos são outras medidas avançadas pelo BE."

Não é preciso ter conhecimentos de economia para verificar a demagogia barata desta proposta. Mais. Tendo em conta Louçã ganhou o prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia e preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia) na Universidade Técnica de Lisboa, só pode estar a gozar com os portugueses. O que vale nisto é que o povo acredita nele e ele vai divertindo-se à conta da ignorância.

Processo político.

"Duas frases proferidas aos jornalistas por António Ramos e António Cartaxo, dirigentes do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP), levaram o Governo a "aplicar a lei consoante a gravidade da ofensa" e a determinar a aposentação compulsiva dos dois polícias. Ambos acusam o secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães, de lhes ter movido "um processo político".

O processo mais antigo diz respeito a António Cartaxo, dirigente do SPP para o Algarve e Alentejo. E foi aberto na sequência de uma declaração deste sobre o então director nacional da PSP, Mário Morgado. António Cartaxo, no contexto da morte do chefe da PSP de Vila Real de Santo António, Armando Lopes, por atropelamento (Novembro de 2003), acusou o director nacional de "chorar lágrimas de crocodilo", acrescentando que Mário Morgado "não interessa nem para mandar nos escuteiros".

Já a frase que está na origem da aposentação compulsiva de António Ramos, presidente do SPP/PSP, foi dita numa vigília em Setembro de 2005. "Se o anterior primeiro-ministro [Durão Barroso] foi para Bruxelas, mais depressa este vai para o Quénia", disse. Ora, naquele Verão, José Sócrates tinha passado uns dias de férias no Quénia
."

DN

Quem estiver com atenção encontra uma indisfarçável sintonia entre o governo e os fazedores de opinião. Estamos perante bons políticos cuja arte em gerir as massas, levando-as a acreditar que aquilo que lhe irá limitar as suas regalias é precisamente o que mais lhe convém. Ludibriado o eleitor vota e mais tarde descobre que afinal foi enganado.

Presentemente parece ter deixado de haver liberdade sindical. Fá quem afirme que o país está numa fase embrionária de uma ditadura. Em passos lentos mas bem calculados os direitos vão desaparecendo.

Para a história fica a aplicação de um regulamento disciplinar dos anos 90 (ler aqui) enquanto a lei autoriza a constituição de sindicatos é de 2002.

Ordem dos Advogados.

"O relator do processo ao ex-Bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice defende a sua absolvição, alegando que desconhecia que estava a violar os estatutos quando defendeu que o Estado deve consultar, quando precise, as maiores sociedades de advogados nacionais. A notícia é avançada pela Agência Lusa. «José Miguel Júdice agiu de forma deliberada, livre e consciente, mas julgou que se limitava a expressar a opinião pessoal, desconhecendo que estava a violar os estatutos», afirmou Alberto Jorge Silva"

PD

Sabe-se que o desconhecimento da lei não aproveita ao infractor, sob pena de violação do disposto no artigo 6° do Código Civil. Mas os advogados são eles. Por isso, eles é que sabem.

"Os membros do Conselho Superior da Ordem dos Advogados que estavam hoje a julgar os processos disciplinares instaurados ao ex-bastonário José Miguel Júdice abandonaram a sala, porque o arguido não acatou a meia hora imposta para fazer a sua defesa. "

PD
Poderá chamar-se trágico-comédia a isto?

"Está aberta a crise na Ordem dos Advogados (OA). Depois de meses de contestação interna ao mandato de Rogério Alves, manifestada em surdina e dentro de quatro paredes, ontem as diferenças assumiram-se na audiência do julgamento do antigo bastonário José Miguel Júdice, que arrisca ser suspenso da actividade profissional por quatro meses e 15 dias, sob proposta do Conselho Superior da OA, na sequência de um dos dois processos disciplinares instaurados contra ele."

CM e DN

Valerá a pena lembrar que o Bastonário foi democraticamente eleito pela maioria dos advogados? Como afirma Rui Hortelão, "Rogério Alves tem tido o mérito de trazer uma dinâmica de renovação de valor inquestionável. Percebe-se que esta guerra a Júdice é mais uma batalha pela (necessária) mudança. Mas provou-se que nem todos os que o rodeiam o acompanham na eficácia"

Diferenças que espelham a realidade.

"A título preventivo, a sanidade mental suplica que se repitam algumas banalidades. Para angústia de meio mundo, Israel inscreve-se num território. Na semana passada, o território israelita foi atacado. Os ataques, aliás recorrentes, partiram do Sul do Líbano e de Gaza. Morreram civis e foram raptados três soldados. Junto a Gaza, sitiaram-se duas cidades. O Norte arrisca servir de alvo fácil. Israel não apreciou e reagiu. Na reacção, que prossegue no Líbano e em Gaza, têm morrido pessoas. Nos ataques, que prosseguem em Israel, também. Apesar dos cuidados, Israel não consegue evitar vítimas civis (amontoadas nos prováveis locais de bombardeio). Apesar dos esforços, o Hezbollah e o Hamas não conseguem multiplicar as vítimas civis. Umas são enterradas com discrição. As outras exibidas como cães, para alegria das televisões. Não se prevê a duração da guerra, nem as respectivas consequências. Não se imagina alternativa (mais aqui)."

Alberto Gonçalves

A grande diferença está aí. Apesar dos cuidados, Israel não consegue evitar vítimas civis (escudos humanos dos terroristas). Apesar dos esforços, o Hezbollah e o Hamas não conseguem multiplicar as vítimas civis. Umas (israelitas) são enterradas com discrição. As outras exibidas como cães, para alegria das televisões. Custa a acreditar que haja quem defenda terroristas para quem a vida humana (mesmos dos crentes) não tem outro valor que não servir os seus macabros objectivos.

Guerra Israel/Hezbollah foi ardil de Irão e Síria - Parte II.

"A guerra em curso entre o Hezbollah e Israel foi um ardil criado pelo Irão e a Síria, o primeiro para desviar as atenções da crise nuclear e a segunda para «fugir» às investigações sobre o assassínio do ex-primeiro-ministro Hariri. Já o Hezbollah tem um claro interesse no conflito, uma vez que a ONU pediu ao Líbano para desarmar a guerrilha xiita, disse ao Diário Digital Walid Phares, uma das principais autoridades nos EUA sobre Médio Oriente (mais aqui). "

O verdadeiro interesse na defesa do povo palestiniano está bem ilustrado nas palavras do presidente iraniano Ahmadinejad: Israel deve "fazer as malas" e deixar o Oriente Médio (ler aqui).

Por cá, bem podem andar a criar Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM). Os objectivos são os mesmos dos Movimentos Pacifistas que poluíram a Europa nos anos 70 e 80 e que cessaram após a queda do Muro de Berlim. Se estes senhores, membros da 5ª coluna, fossem coerentes, chamariam antes de “Movimento contra os Judeus”.

Novo uniforme.

Eis um bravo guerreiro do Hezbollah. Como podem verificar enverga um novo tipo de uniforme militar. Aos olhos dos mais desatentos pode parecer uma camisola do clube de futebol Real de Madrid. Mas uma observação mais atenta revela tratar-se de um camuflado especial que torna praticamente invisível o guerreiro aos olhos do inimigo. Tão invisível que as televisões só anunciam baixas civis. Do Hezbollah nem uma. Sinal de que esta nova tecnologia é espectacularmente eficaz.

Terceiro mundo.

"Por causa do calor, cerca de cem mil nova-iorquinos de Queens estão sem luz há seis dias, uma vez que o aumento do consumo energético provocou uma quebra do fornecimento. noticia a Rádio Renascença. "
Eis uma notícia demonstrativa de que Portugal não é totalmente terceiro mundo.

Quantidade inimiga da qualidade.

"BE e PCP foram os partidos que mais projectos de lei apresentaram na primeira sessão legislativa, mas foi o Governo que mais diplomas conseguiu aprovar e transformar em lei, revelam dados hoje divulgados pela Assembleia da República. De acordo com um relatório elaborado pela Direcção de Serviços de Documentação, Informação e Comunicação do Parlamento, foi o Bloco de Esquerda o grupo parlamentar que, com oito deputados, mais projectos de lei apresentou: 87, mais um do que a bancada do PCP (86 diplomas) que tem doze parlamentares.

No entanto, apenas 14 iniciativas do BE e 12 do PCP foram aprovadas em votação final global e, no total dos dois partidos, só quinze deram origem a lei (oito do PCP e sete do BE). Nesta sessão legislativa, que teve mais seis meses do que o habitual, começando a 10 de Março de 2005 devido à dissolução do Parlamento, o Governo apresentou 76 propostas de lei, das quais 63 foram aprovadas e 49 chegaram a lei.

Entre os restantes grupos parlamentares, o maior partido da oposição, o PSD, com 75
deputados, ficou-se pelas 41 iniciativas (oito deram origem a lei), ainda assim acima do PS que com os seus 121 parlamentares entregou no Parlamento 35 projectos-lei (que resultaram em nove leis).
"

Como já tínhamos referido aqui, a quantidade é inimiga da qualidade. O Bloco com tanta iniciativa (87) e só sete deram lei. O PS com 35 teve 9 leis.

A pouco e pouco.

"Milhares de manifestantes reuniram-se hoje em Londres para manifestar a sua «solidariedade» com Israel e afirmar o direito de defesa contra os ataques com mísseis do Hezbollah xiita libanês, noticia a agência Lusa. Cerca de 7.500 pessoas, segundo os organizadores, homens, mulheres e crianças de todas as idades com bandeiras israelitas, participaram nesta concentração, que contou com a presença do embaixador de Israel na Grã-Bretanha, Zvi Heifetz. «Os líderes do mundo civilizado não são cegos perante os factos. A mensagem é clara: o Hezbollah é responsável», declarou o diplomata. "

A pouco e pouco o mundo vai abrindo os olhos ao óbvio. Sobram os habituais ceguinhos ideológicos. Mas esses já não têm cura. Quem sabe um dia explodem por ai. Explodem de raiva claro.

Frente comum do Hamas e Hezbollah.

"Os números, variáveis aparentemente infinitas, somam mais nove mortos ao balanço de sangue na guerra de Israel e Líbano. Do cimo da página, pinga mais o sangue dos libaneses, ontem uma vez mais atordoados por milhares de quilos de bombas israelitas. Nos judeus, vinga o terror de saber se a sirene vai tocar a tempo, se dará para chegar ao abrigo, antes que um rocket do Hezbollah caia, aleatório, na padaria, no meio da rua ou no quarto. Caiu numa sala de estar, em Haifa morreram duas pessoas."

JN

Repare-se como funciona a nossa comunicação social. "Milhares de quilos de bombas israelitas" contra um "rocket do Hezbollah". Quem lê fica logo com pena dos pobres terroristas. Mas quem está informado verifica que não é bem assim. O rocket do Hezbollah foram só 150 (ler aqui). A verdade é que o Irão quer esconder o seu programa nuclear e a Síria quer regressar ao Líbano. Como fazer? Abrir uma frente comum do Hamas e do Hezbollah contra Israel através de bombardeamentos do Hezbollah e incursões dos palestinianos da Faixa de Gaza. E contam com a ajuda dos "politicamente correctos" ocidentais.

Texas.

"Duas patrulhas da PSP de Lisboa foram ontem recebidas à pedrada no Bairro da Cruz Vermelha quando foram chamadas para pôr fim a desacatos que ocorreram na sequência de um evento desportivo. Quatro homens e uma mulher acabaram detidos e um menor identificado."

Habitual criminalidade.

"Pai e filho vendiam queijo e presunto na feira da Moita como sempre faziam nos últimos domingos de cada mês. Até um homem de etnia cigana insistir em tapar-lhes a venda com o seu negócio de roupa e estalar uma discussão entre os três, na manhã de ontem."

CM

Mais um cidadão trabalhador que é abatido como um cão por um indivíduo que recebe regalias do Estado. Aguarda-se o comentários das habituais organizações defensoras deste tipo de gente.

domingo, julho 23, 2006

Os valores do xeque.

"O xeque sírio Omar Bakri foi entrevistado em Londres, há dois anos, pelo jornal ‘Público’: “Não distinguimos entre civis e não civis. Apenas entre muçulmanos e descrentes. E a vida de um descrente não tem qualquer valor”, disse ele.

No ano passado houve os atentados de Londres – sem importância, só morreram 56 pessoas sem valor. Há meses, Tony Blair expulsou o xeque Bakri porque pregava atentados. Ele foi para o Líbano.

Esta semana, Bakri tentou entrar num barco inglês que foi buscar refugiados a Beirute – mas não o embarcaram, apesar do valor conhecido da sua vida. Protestou na CNN: “Como qualquer pessoa tenho direito a ser salvo.” Eu podia dizer que esperava do xeque que quisesse ser mártir. Mas, verdade, verdadinha, não esperava nada
."

Ferreira Fernandes

O que é o terrorismo?

"A tecnologia que nos deu maravilhas, deu-nos também sofisticadas armas, com um poder de destruição pré-apocalíptico. A situação no Líbano, não sendo surpreendente, é grave. Sob o ponto de vista da escalada militar e do equilíbrio geopolítico e estratégico no próximo e médio Oriente. Mas sobretudo pela indiferença , mais ou menos generalizada, em relação a mais um conflito.

Os estrangeiros põem-se a salvo. As populações locais tentam fazer o mesmo. Hezzbollah e israelitas assumem um confronto que ambos, afinal, parecem desejar. O estado libanês torna-se uma ficção e a comunidade internacional está-se nas tintas. Vale a pena discutir razões?

O que está em causa, sendo objectivamente o mesmo, é, afinal, nos inflamados discursos, uma coisa para os israelitas e outra para o Hezzbollah, o Hamas, a Síria, o Irão e o mundo árabe em geral.

Vêem-no de modo diferente o cidadão comum e os seus governantes. É, finalmente, uma coisa para todos quantos ainda insistem em ‘compreender’ o fenómeno do terrorismo (seja ele de Estado ou de grupos armados sem aparato nem disfarce estatal) e outra para todos aqueles que o repudiam sem quaisquer reservas.

Nos últimos decénios o terrorismo, antes dissimulado, ‘emancipou-se’. Perdeu o medo e a vergonha. Com a preciosa ajuda de quem o arma, o acoita e dele se serve sempre que possa mostrar alguma ‘utilidade’.

Perdeu a prudência, pôs de lado remotas motivações de natureza vagamente romântica, desumanizou-se cada vez mais e tornou-se um agressor comum. Selecciona agora os alvos de modo a que as vítimas sejam cada vez mais numerosas. É a estatística a comandar também o terrorismo. Persegue a destruição e a intensidade do drama. Apenas lhe interessa a espectacularidade do teatro da morte.

E nós? Estamos cansados.

Desde a Guerra Fria que os grandes senhores do mundo o transformaram num local em que os ‘equilíbrios’ vão sendo feitos de sucessivos desequilíbrios, em que o terror tem sido o elemento principal. E com isto perdemos a capacidade de nos surpreender com as proezas do terrorismo.

A tecnologia que levou os homens ao espaço e nos deu todas as maravilhas informáticas e científicas deu-nos também sofisticadas armas que evitam o confronto clássico de exércitos, mas têm um poder de destruição pré-apocalíptico, sem que os inimigos se olhem nos olhos. E em segundos nos oferecem horrores incomparavelmente mais sangrentos do que o terreiro da mais mortífera batalha da história.

Também as televisões com a presença constante e desejável, nos locais onde a humanidade todos os dias se desumaniza, ajudaram a vulgarizar o horror. Graças a elas suportamo-lo com a mesma resignação com que suportamos os dias de calor mais intenso. Como uma inevitabilidade, uma contingência, que há-de passar. Foi assim que muitos de nós deixámos de nos preocupar com o sofrimento alheio. E outros não hesitam em se aproveitar dele.

Hoje as reacções individuais ao sofrimento que vai pelo mundo dependem apenas daquilo que está dentro de nós e não daquilo que nos rodeia.

Somos prisioneiros da nossa impotência, mas também credores da nossa cultura, dos nossos valores, do nosso mundo interior e da nossa determinação de sobreviver como seres pensantes. Somos livres, apesar de tudo
. "

O habitual.

"Foi sob o lema "Paixão Total" que o Benfica 2006/07 se apresentou ontem aos seus adeptos. E numa noite de grandes expectativas, todas saíram goradas. Só mesmo o regresso de Rui Costa, que 12 anos depois voltou a vestir a camisola encarnada, atenuou alguma desilusão. O prometido reforço não apareceu, aliás como tem sido habitual nos últimos anos na Luz nos dias da festa da apresentação do plantel. Desta forma, Fernando Santos ainda terá que espera mais algum tempo para poder contar com os reforços que pediu: um avançado, um lateral esquerdo e um extremo"

Correio da manhã.

sábado, julho 22, 2006

Para acompanhar.

"António Oliveira, presidente do Penafiel, ex-jogador do FC Porto e Sporting e ex-seleccionador nacional, afigura-se como um dos candidatos à Liga de Clubes, num sufrágio que decorrerá no dia 10 de Agosto."

Líbano

"Para os libaneses, Nasrallah é sobretudo o líder político-militar que não os deixa viver “patrioticamente sozinhos e em paz”. Esta é uma ideia que os outros árabes podem acusar de egoísta, mas que faz caminho entre uma população quase metade cristã. Os libaneses estão cansados de sofrer a destruição por causa de estratégias alheias: Morrem por ser vizinhos de Israel, por servirem de aliados à Síria, porque são abertos ao ocidente, sobretudo França e EUA, por terem uma maioria árabe que segue o xiismo do Irão e o mais que a história lhes trouxer. De forma sintomática, até falaram na última semana de uma Nasrallahgrado, espécie de reedição da Estalinegrado da Segunda Guerra Mundial 1939-45. E não se esquecem que o nome dado em 1925, a Tsaritsyne, nem sequer durou até ao fim do poder soviético. Devido à desestalinização, mudou logo em 1961 para Volgogrado.

No Líbano, a questão é saber quanto tempo se tem de suportar o Hezbollah. Na realidade o Partido de Deus xiita é tão perigoso para o Líbano como para Israel. As capacidades de reacção é que são diferentes. O exército libanês, onde os oficiais são metade árabes e metade cristãos, não tem condições para desarmar as milícias armadas xiitas por o contingente ser maioritariamente xiita, enquanto o Tashal de Israel cobra olho por olho os ataques do Hezbollah e faz mossa. Isto, apesar de Nasrallah, que perdeu o filho primogénito numa acção militar fronteiriça, se gabar de conhecer bem a mentalidade judaica, ter estudado as biografias de Ariel Sharon e Benjamin Netanyahu e festejar os dias 25 de Maio desde 2000, por então ter conseguido a retirada dos israelitas do sul do Líbano, ao que juntou, em Janeiro de 2004, a libertação de mais de 200 presos das cadeias de Israel por troca com um soldado raptado
."

Mais aqui.

Auschwitz mudou de nome

"O campo de concentração de Auschwitz mudou de nome. Desde a semana passada passou a chamar-se - convém encher os pulmões - Antigo Campo Nazi Alemão de Concentração e Extermínio em Auschwitz- -Birkenau. O baptismo quilométrico foi abençoado pela UNESCO, a partir de uma proposta da delegação polaca, que bateu à porta da instituição munida deste notável argumento: convém não confundir a cabecinha das novas gerações e explicar-lhes que a Polónia nada teve a haver com a criação ou o funcionamento do campo. Daí o "nazi". Daí o "alemão". Daí a cirúrgica substituição de artigos: não já "de Auschwitz" mas "em Auschwitz".

Tanta subtileza seria comovente não fosse o facto ela traduzir mais uma vez a péssima relação que o ocidente tem com a sua história e os seus valores - para o bem e para o mal. Não só a Europa se perde, sobretudo no conflito com o fundamentalismo islâmico, em relativismos sem sentido que desvalorizam aquilo que foram as conquistas civilizacionais de que mais se pode orgulhar, como agora, neste pequeno desvario semântico, dá mostras de recusar assumir o Holocausto como uma tragédia e uma barbárie profundamente europeias. Certamente que a Shoah é um produto do nazismo e de condições políticas muito particulares da Alemanha dos anos 30 e 40, mas o massacre de milhões de judeus compromete todo o ocidente, enquanto civilização - e é isso que a proposta da delegação polaca parece querer fazer esquecer.

Esta ideia de que Auschwitz foi um antigo-campo-nazi-alemão-onde-morreram-1,5 milhões-de-pessoas-mas-nós-não-tivemos-nada-a-ver-com-isso é uma deriva muito politicamente correcta, que acaba por branquear a dimensão do maior crime do século XX. Os polacos não tiveram nada a ver com o Holocausto? As novas gerações de alemães também não. Enquanto expoente do mal, o Holocausto é de todos e de ninguém. Que um organismo como a UNESCO, que tem como missão velar pelo património da humanidade, dê o seu aval a uma proposta amnésica, eis um triste sintoma de excesso de burocracia e de falta de memória colectiva
. "

João Miguel Tavares

Gang de ciganos preso.

"O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Barcelos deteve um grupo de cinco jovens com idades entre os 15 e os 20 anos, acusado da prática de mais de vinte assaltos em Espanha e nos vales do Sousa e Ave. O ‘gang’ era liderado por um rapaz de etnia cigana, evadido do centro educativo de Elvas. De entre o gang detido em Riba d’Ave, apenas uma rapariga de 15 anos não é de etnia cigana. Por ser menor, foi entregue aos pais, aguardando processo no Tribunal de Menores."
Um gang de ciganos? Quem diria?

sexta-feira, julho 21, 2006

Até amanhã e boa sorte!!!

Ainda os fogos.

1/ "Os elementos apurados até ao final da 1ª quinzena de Julho, apontam claramente, para um número de ocorrências inferior ao valor médio apurado para 2001-2005, e assinalavelmente menor daquele ocorrido em 2005. Relativamente às áreas ardidas verificou-se um decréscimo mais acentuado, registando-se uma considerável diminuição do seu valor relativamente aos valores médios contabilizados no último quinquénio, e mais significativo se comparado com os apurados em 2005.

Na abordagem da temática dos incêndios florestais torna-se importante destacar as condições meteorológicas associadas aos incêndios florestais e sua avaliação, para condições meteorológicas equivalentes, de modo a realizar-se uma comparação inter-anual das tendências associadas ao número de ocorrências e às áreas ardidas.

Neste sentido e em colaboração com o Instituto de Meteorologia, a partir de informação de 18 estações meteorológicas e utilizando o Sistema Canadiano de produção de índices meteorológicos associados aos incêndios florestais (CFFDRS), vão sendo calculadas para o continente, médias de um índice meteorológico diário (DSR) e de um índice meteorológico sazonal (SSR) acumulado para o período de 15 de Maio a 15 de Outubro. Produzem-se assim, para este período, gráficos comparativos da evolução deste índice meteorológico sazonal (SSR) acumulado desde 15 de Maio para os anos de 2000 a 2006, e da evolução do número total de ocorrências e da área total ardida em função daquele índice.

Da análise dos gráficos referidos, é possível constatar no período compreendido entre 15 de Maio e a primeira semana do mês de Junho de 2006, um acréscimo significativo do índice de severidade diário (DSR) relativamente aos anos anteriores, coincidindo com um acréscimo do número de ocorrências. A partir do dia 12/13 de Junho e motivado pela ocorrência de precipitação, constatou-se uma estabilização do DSR, situação que se manteve até ao dia 22 de Junho. A partir desta data e em resultado do aumento das temperaturas entretanto verificado constatou-se um acréscimo deste índice, mais acentuado na 2º semana de Julho, coincidindo com um acréscimo de ocorrências entretanto registado. Os valores de DSR actualmente registados encontram-se abaixo dos registados no período 2003 – 2005, mas acima dos verificados no período 2000 – 2002.(...)
"

Veja a informação mais detalhada aqui.

2/ "Tem havido coordenação entre os diferentes elementos e boa capacidade de resposta à primeira intervenção, o que vai de encontro à nova directiva que acentua a importância de cair nos incêndios logo nos primeiros momentos (mais aqui)."

António Costa no seu balanço positivo ao funcionamento do dispositivo de combate aos incêndios.

Infelizemente essa (falta de) coordenação não salvou seis bombeiros da morte no incêndio em Famalicão da Serra. Evidentemente que também o número de ocorrências inferior ao valor médio apurado para 2001-2005 resulta da "boa capacidade de resposta à primeira intervenção" e não ao facto do índice de severidade diário (DSR) estar abaixo dos registados no período 2003 – 2005. Explicação: antes de começar a arder, já lá estão os bombeiros (videntes) com a mangueira. Está de parabéns o ministro.

Divulgue o seu blog!