domingo, junho 17, 2007

ALEXANDRE O GRANDE

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Quem foi Alexandre da Macedónia?


Na lista dos mais famosos conquistadores da história da humanidade, não há dúvidas de que o nome de Alexandre, o Grande, esta no topo. Mesmo após 2.300 anos da sua morte aos 32 anos, o Rei da Macedônia é ainda um ponto de discussão entre historiadores e pesquisadores, tanto pelas conquistas ao longo de sua vida quanto pela sua morte misteriosa.


Filho do Rei Felipe, o Segundo de Macedônia e a Rainha Olympias .
Os macedónios eram rudes e duros. Os seus governantes eram semelhantes aos guerreiros dos tempos homéricos cujo poder tinha por base o prestígio pessoal. Embora os macedónios não pertencessem ao mundo dos Helenos, razão pela qual alguns gregos consideravam os macedónios como bárbaros, os reis macedónicos afirmavam-se descendentes de famílias gregas (uma das quais com origem em Héracles), reivindicação que era em geral aceite. Em meados do século IV (359 a.C.) subiu ao trono da Macedónia Filipe II, que havia passado três anos em Tebas como fiador da aliança que seu pai contraíra com aquela cidade. Aí havia aprendeu a admirar a cultura grega, em particular os métodos militares que permitiram aos gregos vencer os persas. Filipe II pôde também observar de perto as rivalidades que existiam entre as várias Cidades-Estado e que estavam na origem da divisão entre os gregos.

Ao assumir o governo da macedónia, Filipe começou por reformular inteiramente o seu poder militar. Organizou um poderoso exército composto de infantaria e cavalaria. Os infantes, recrutados entre os camponeses, foram armados de lança (sarissa) de comprimento variável conforme o lugar assinalado a cada combatente na falange, ou seja, no batalhão formado por 10 mil homens, distribuídos por 16 filas, com uma frente que podia atingir um quilómetro. Era a primeira etapa de um plano com que pretendia unificar, política e militarmente, todo o mundo grego. O objectivo final era a conquista da Pérsia. Em Atenas a maior parte da população apoiava os líderes democráticos, sobretudo Demóstenes, contra as pretensões de Filipe. Este, por seu lado, era apoiado pela facção ligada à nobreza e pelo orador Isócrates. Como toda a Grécia, também Atenas estava dividida.


O último acto da tragédia, animado pela dramática luta entre Filipe e Demóstenes, tem lugar em Queroneia. Demóstenes procura reunir à volta de Atenas todo o Peloponeso e prepara-se para a guerra. Mas, em Queroneia, no dia 2 de Agosto de 338 a. C., a falange e as cargas de cavalaria macedónicas, brilhantemente conduzidas pelo jovem Alexandre (então com apenas 17 anos), derrotaram os Atenienses e os Tebanos que, sem sucesso, se bateram bravamente. Na sequência deste acto que deu à Macedónia a posse da Grécia, Filipe destruiu Tebas. Mas poupou Atenas. Atenas fora vencida sem desonra e os seus habitantes tiveram a elegância de confiar a Demóstenes o cuidado tradicional de fazer o elogio dos mortos. Poucos anos depois, Filipe era assassinado em Pela, capital Macedónica (336 a. C.), precisamente quando se preparava para conduzir uma expedição contra o império persa. Sucedeu-lhe seu filho ALEXANDRE, que ganharia o cognome de O GRANDE.
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ALEXANDRE O GRANDE
A poderosa figura de Alexandre III pertence ao reduzido grupo de homens que definiram o curso da história humana. Seu gênio militar se impôs sobre o império persa e assentou as bases da frutífera Civilização Helenística. Alexandre III nasceu em 356 a.C. no palácio de Pella, Macedônia. Filho do rei Felipe II, cedo se destacou como um rapaz inteligente e intrépido. Quando o príncipe tinha 13 anos, seu pai incumbiu um dos homens mais sábios de sua época, Aristóteles, de educá-lo. Alexandre aprendeu as mais variadas disciplinas: retórica, política, ciências físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em poucas horas dominou o Bucéfalo, que viria a ser sua inseparável montaria. Alexandre percebeu que o animal temia a própria sombra e voltou-o contra o sol, conseguindo desta maneira doma-lo. Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe inculcou dotes de comando. O enérgico e bravo jovem teve oportunidade de demonstrar seu valor aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas na Batalha de Queronéia em 338 a.C. Depois do assassinato de seu pai em 336 a.C., Alexandre subiu ao trono da Macedônia e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino.

Para tão árdua empreitada contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era a zarissa (lança de grande comprimento) e cavalaria, que constituía a base do ataque. Imediatamente depois de subir ao trono, Alexandre enfrentou uma sublevação de várias cidades gregas e as incursões realizadas no norte de seu reino pelos Trácios e Ilírios, aos quais logo dominou. Em contrapartida, na Grécia, a cidade de Tebas opôs grande resistência, o que o obrigou a um violento ataque no qual morreram milhares de tebanos. Pacificada a Grécia, o jovem rei elaborou seu mais ambicioso projeto: a conquista do Império Persa, a mais assombrosa campanha da antigüidade. Em 334 a.C. cruzou o Helesponto, e já na Ásia avançou até o Rio Granico, onde enfrentou os persas pela primeira vez e alcançou importante vitória. Alexandre prosseguiu triunfante em sua jornada, arrebatando cidades aos persas, até chegar a Górdia, onde cortou com a espada o "Nó Górdio", o que, segundo a lenda, lhe assegurava o domínio da Ásia. Ante o irresistível avanço de Alexandre, o rei dos persas, Dario III, foi a seu encontro. Na Batalha de Isso em 333 a.C. consumou-se a derrota dos persas e começou o ocaso do grande império. Em seguida, o rei macedônio empreendeu a conquista da Síria em 332 a.C. e entrou no Egito. O sonho de Alexandre, de unir a cultura oriental à ocidental, começou a concretizar-se. O rei da Macedônia iniciou um processo pessoal de orientalização ao tomar contato com a civilização egípcia.

Respeitou os antigos cultos aos deuses egípcios e até se apresentou no santuário do Oásis de Siwa, onde foi reconhecido como filho de Amon e sucessor dos faraós. Em 332 a.C. fundou Alexandria, cidade que viria a converter-se num dos grandes focos culturais da antigüidade. Depois de submeter a Mesopotâmia, Alexandre enfrentou novamente Dario na Batalha de Gaugamela em 331a.C., cujo resultado determinou a queda definitiva da Pérsia em poder dos macedônios. Morto Dario em 330a.C., Alexandre foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa. Seu processo de orientalização se acentuou com o uso do selo de Dario, da tiara persa e do cerimonial teocrático da corte oriental. Além disso, no ano 328 contraiu matrimônio com Roxana, filha do sátrapa da Bactriana, com quem teve um filho de nome Alexandre IV. A tendência à fusão das duas culturas gerou desconfianças entre seus oficiais macedônios e gregos, que temiam um excessivo afastamento dos ideais helênicos por parte de seu monarca. Nada impediu Alexandre de continuar seu projeto imperialista em direção ao Oriente. Em 327 a.C. dirigiu suas tropas para a longínqua Índia, país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo, às margens do Rio Hidaspe. Ao chegar ao Rio Bias, suas tropas, cansadas de tão dura viagem, se negaram a continuar. Alexandre decidiu regressar à Pérsia, viagem penosa no qual foi ferido mortalmente e acometido de febres desconhecidas, que nenhum de seus médicos soube curar. Alexandre morreu na Babilônia, a 13 de junho de 323 a.C., com a idade de 33 anos.

O império que com tanto esforço edificou, e que produziu a harmoniosa união do Oriente e do Ocidente, começou a desmoronar, já que só um homem com suas qualidades poderia governar território tão amplo e complexo, mescla de povos e culturas muito diferentes. Seu império foi dividido por seus generais: Seleucos I fundou a Dinastia Seleucida na região da Síria; Ptolomeu I fundou a Dinastia Ptolomaica no Egito; Lisimacos se apoderou da região da Trácia e Felipe III da Macedônia e Grécia. Depois de sua morte prematura, a influência da civilização grega no Oriente e a orientalização do mundo grego alcançaram sua mais alta expressão no que se conhece sob o nome de helenismo, fenômeno cultural, político e religioso que se prolongou até os tempos de Roma.

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