sexta-feira, junho 17, 2005

Arrastão?

"A PSP tem registo de outras situações idênticas ao arrastão que aconteceu na última sexta-feira na praia de Carcavelos. Um caso semelhante aconteceu na praia do Tamariz, Estoril, no ano passado. Na altura terão sido contabilizados cerca de 30 criminosos que varreram a praia. Mas neste caso a Polícia terá detido mais de metade dos suspeitos. Há três anos, também na praia de Carcavelos, mas desta vez nas esplanadas, um arrastão terá varrido os bolsos de algumas pessoas. Poucas ou nenhumas terão apresentado queixa.

Além dos quatro indivíduos detidos na última sexta-feira, a PSP já identificou mais oito suspeitos e referenciou outros quatro através das fotografias tiradas e das descrições dos agentes que estiveram no local. A investigação sobre a onda de assaltos está, no entanto, dificultada uma vez que poucas pessoas apresentaram queixas. Aliás, relativamente a factos ocorridos na praia de Carcavelos, a Polícia não recebeu qualquer reclamação. Apenas há registo formal de três assaltos ocorridos no espaço entre a estação de comboios e a praia. O PortugalDiário sabe que elementos da Divisão de Investigação Criminal do Comando de Lisboa estiveram esta quarta-feira em averiguações na praia de Carcavelos.

Apesar do número inicialmente avançado de 500 elementos, o Comandante da PSP de Lisboa referiu ao PortugalDiário que o «número de indivíduos que efectivamente terão participado na acção de violência estará entre os 40 ou 50». De acordo com os dados que recolheu até ao momento, a PSP acredita que o arrastão terá sido combinado de forma espontânea entre vários gangs provenientes de vários bairros e com pouco antecedência. Uma das hipóteses levantadas pelas autoridades é a de que os elementos dos gangs que actuaram na praia
tenham escolhido propositadamente o dia 10 de Junho para provocar as facções nacionalistas do nosso país."

Portugal Diário

Poderão dizer as más-línguas que a correcção do número de participantes no arrastão, de 500 para 40 ou 50, é uma cabala com vista a evitar a entrada de Portugal no Guiness Book. Mas pelo conteúdo da explicação, deixámos de ter dúvidas. Efectivamente tratando-se de algo combinado de forma espontânea entre vários gangs provenientes de vários bairros e com pouco antecedência, escolhido propositadamente o dia 10 de Junho para provocar as facções nacionalistas do nosso país, só poderia comportar meia centena de meliantes.

Com o efeito, o chefe, português genuíno e claramente o mais iluminado das hostes, juntou a malta e disse:
" Irmãos, sendo hoje 10 de Junho e com a sorte que tivemos em termos todos vindo parar a esta praia, vamos chatear os brancos. O que acham? "

A turba excitada explodiu de alegria e outro português do grupo, que passava férias no Brasil, sugeriu fazer um arrastão por ser "in".

Acertada a partida aos brancos, começaram a correr pela praia simulando assaltos, embora nunca os tenham cometido. Razão porque ninguém apresentou queixa por roubo. Os únicos que apresentaram queixa, foram oportunistas que, sabendo do sucedido, foram para as imediações da estação, numa clara tentativa de ganhar algum a custa daqueles pobres moços portugueses.

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