terça-feira, agosto 12, 2008

12 de Agosto de 2000


O naufrágio do submarino nuclear Kursk ocorreu em 12 de agosto de 2000. No naufrágio, morreram os 118 tripulantes. O desastre no mar de Barents paralisou o mundo, que por alguns dias teve a esperança de que os jovens militares pudessem ser salvos. Mas isto não aconteceu e rapidamente a discussão se voltou para a busca de explicações.

A explosão que causou o acidente matou imediatamente vários marinheiros, outros tantos padeceram por algumas horas até que o compartimento que estavam fosse inundado. O comandante da Frota Norte russa, Vyacheslav Popov, revelou em uma entrevista ao jornal Nezavisimaya Gazeta que a Rússia captou um sinal de SOS vindo de um submarino estrangeiro no momento em que o Kursk se acidentou.

Cartas encontradas junto aos corpos de dois marinheiros levam a creer que pelo menos 23 tripulantes sobreviveram a primeira explosão que atingiu a embarcação e viveram por, no máximo, 24h. Eles morreram de forma lenta, afogados ou asfixiados. A informação foi divulgada no dia 26 de outubro, um dia depois do resgate dos primeiros corpos. A busca revelou que um grupo de marinheiros se refugiou na popa - o compartimento nove. O governo russo acredita que os tripulantes devem ter tentado, durante uma hora, apagar o incêndio que queimava o submarino, pois os primeiros corpos resgatados estavam parcialmente carbonizados.

Quase 2 anos depois, Rússia apontou explosão de torpedo como causa do naufrágio.

Quase dois anos após o desastre, em 19 de junho de 2002, um ministro russo acabou com as suspeitas de que uma embarcação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ou outra embarcação estrangeira fosse a responsável pelo naufrágio do submarino nuclear Kursk, afirmando que o desastre foi consequência do estouro de um torpedo com defeito, transportado num de seus compartimentos.

"Resta apenas uma opção, uma explosão de um torpedo", disse Ilya Klebanov, que presidia a investigação oficial sobre o acidente, no qual morreram os 118 tripulantes da embarcação.

"A comissão descartou a hipótese de uma colisão e a de uma mina", afirmou o ministro do Comércio, da Ciência e da Tecnologia.

Pouco depois do acidente, muitos oficiais da Marinha sugeriram que a embarcação poderia ter afundado após uma colisão com um submarino da Otan, algo que a aliança sempre negou, ou com uma mina da Segunda Guerra Mundial.

Operações de resgate

O almirante-chefe da Marinha russa, Vladimir Kuroyedov, levantou a hipótese de um torpedo transportado pelo Kursk ter sido o responsável pelo desastre. O modelo carregado pelo submarino não seria mais utilizado, pois estava com defeito.

Segundo Klebanov, a comissão ordenou à Marinha que suspendesse as operações para trazer à tona a parte dianteira do Kursk, deixada para trás no leito do oceano, no ano passado, quando parte do submarino foi içada.

No total, 115 corpos foram identificados e enterrados nas operações de recuperação dos destroços. Os três corpos restantes não puderam ser reconhecidos.

Fonte: Terra
Agência Reuters

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