Portugal: porta de entrada da Al-Qaeda.
"A cadeia de influências estava assegurada. Todos bem posicionados, tornavam o esquema perfeito. Do negócio nem se fala: centenas de imigrantes ilegais a pagarem, cada um, mais de 1500 euros de ‘luvas’ por uma autorização de permanencia em Portugal garantiam as receitas. Do lado do grupo esteve a alteração à lei que regula a
legalização de estrangeiros, em 2001 – curiosamente, ou talvez não, na altura em que esta rede entrou em actividade. A autorização de permanência veio substituir o visto de trabalho passado pelas autoridades do país de origem – e a responsabilidade de passar as autorizações passou a ser do SEF.
O número de pedidos de legalização por parte de imigrantes ilegais a residir em Portugal e noutros países da União Europeia disparou – fez-se então ‘luz’ para estes homens. Com dinheiro à vista, o processo era simples. Sempre que era exigida a elaboração de contratos de trabalho fictícios, assim como a constituição de empresas fictícias, o advogado resolvia. Sempre que eram necessários atestados médicos falsos – que podiam chegar aos mil euros –, o médico resolvia.
Da burocracia tratavam os funcionários, e da angariação de clientes tratavam os estrangeiros. Esta rede actuava de Norte a Sul do País e em toda a Europa. Os serviços eram requisitados sobretudo por árabes. "
Mas como dizem as organizações de defesa dos imigrantes, é necessário alterar a lei. Ainda há um ou dois imigrantes que não conseguem entrar juntamente com os outros milhares. Ao menos alterem de modo a poder continuar a negociata.
Tudo com os melhores agradecimentos da Al-Qaeda claro.
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