A semântica, a retórica e os desgraçados
Os dias de sol não chegam para aquecer das noites geladas, começando a notar que já deveria ter voltado a chuva, como era costume nos Outonos e Invernos passados, como diz o meu Avô Toupeira, receando já uma repetição dos Estios que duram quase um ano inteiro.
A Mãe Natureza e o seu Deus é que mandam, e ainda bem, embora os humanos continuem a provocar danos cada vez maiores, na terra, nos animais, no ar e nas plantas, não existindo nada de sagrado para esta espécie.
Por falar em coisas sagradas e intocáveis, vou ler um excerto de um texto que é considerado como uma vaca sagrada, pelo conteúdo, o que no mínimo acho caricato, atendendo a que uns não dizem o que pensam e outros dizem que assim é que está bem, e deve continuar. Portanto uns por conveniência, outros pelos mesmos motivos e conveniências e porque a semântica, é coisa mais importante que tudo o resto. Começa assim:
“ A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa.
A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. No exercício desses direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do país.”
Hoje está à vista e há 30 anos que se sabe que há uma grande mentira em todo o texto em geral, situação facilmente comprovada todos os dias, e de que maneira, nos dias que se seguem a eleições.
Falava-se na aliança povo /MFA/partidos, dizendo depois o referido texto que as Forças Armadas são parte do povo e identificadas com o espírito do Programa do Movimento das Forças Armadas, asseguravam na altura o que hoje se vê (…); ou seja a soberania que a este pertence. Erro de semântica ou a semântica no seu melhor?
Apenas uma pergunta: Quem os legitimou?
Não esqueçamos que o MFA ou melhor, os MFAs foram responsáveis por uma Constituição que foi votada sob uma vigilância armada, arrogando-se aqueles defensores da sua pureza.
Esta será uma das dúvidas e tantas há…
Deixo aqui uma:
O cargo de Presidente da República é impeditivo de este exercer pressão para que se altere o texto constitucional, que pouco de diferente terá em relação à de 1933? Falo nas diferenças entre o texto e a realidade.
Assim e para quem tem memória:
Os saneamentos e o gosto de denúncia, chamaram-se dever. Os presos continuaram em Caxias, (bastava um mandato em branco), eram reaccionários, não eram presos políticos.
A descolonização foi exemplar.
O Hino Nacional é A Portuguesa, sabem a letra? Será legal e constitucional?
Hoje os poderes, todos os poderes, sem excepção, são de uma minoria subterrãnea, representada pela partidocracia.
São os subterrâneos das sociedades secretas, que compram, manipulam, enleiam, conspurcam tudo o que tocam, destruindo o futuro da gente séria que ainda existe neste sítio, que já foi um país e já teve uma nação orgulhosa e que já teve uma Pátria que não necessita de ser redefinida em conceitos por um poeta falhado e despeitado, nem pelos outros que agora querem ser os seus salvadores e que a deveriam ter salvado quando tiveram poderes para tal. Eis os culpados, à superfície e por baixo dela.
Aqui, não sei como se chamavam os que se vendiam e aos seus, por trinta dinheiros e por muito menos, a Pátria, porque há palavras proibidas pelos secularistas evangélicos…
Os subterrâneos das toupeiras são mais limpos do que os destes humanos de que falo…
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