O modelo económico é de, há várias décadas,considerado incapaz para afrontar as sucessivas condições de concorrencia.Acresce um Estado gerido por gente incapaz,que não percebe que a politica já não é o hoje o paleio fácil,mas a capacidade para conseguir respostas e soluções, que facilitem os agentes económicos e que por outro lado,representem a prestação de cuidados à sociedade.Porem, objectivo do poder continua a ser o de usufruir e obter o mais rápidamente as suas benesses.Temos de ir mais abaixo,talvez ao conflito, para apanhar os "cacos" deste desmando.
O retrato está muito bem traçado, mas o problema não é de agora: vem desde a nossa adesão à UE. Incentivou-se o crescimento das actividades tradicionais exportadoras (e o IDE das multinacionais export-import) com os dinheiros comunitários, sem se ter a visão a longo prazo, da globalização, e da adesão dos países do Leste Europeu. Os grupos económicos portugueses perceberam cedo que não deviam apostar na Indústria e optaram pela Construção/Imobiliário e pelo Comércio-Grande Distribuição.E chegámos onde estamos, assitindo à "debandada" das multinacionais, perspectivando-se apenas grandes investimentos em infraestruturas que apenas agravarão o Défice da Balança Comercial, porque vão gerar mais importações que exportações. As iniciativas exportadoras que hão de vir "de onde menos se espera" é que não as descortino, mas talvez o Novo Ano as inspire...
Muitos procuram na entrada de um Novo Ano, a esperança de um futuro melhor. Planos são delineados, objectivos definidos e quantificados. Contudo insiste-se em manter os velhos hábitos. O país precisa de mudar de vida, as empresas precisam mudar de vida, as famílias precisam mudar de vida. Os velhos clichés, modelos e práticas não dão resposta às necessidades de uma sociedade em metamorfose acelerada. Se queremos atingir algo novo, temos que optar por novas práticas. A auto-comiseração, o clientelismo, a subsídio-dependência, a falta de ética... enfim, toda uma panóplia de atitudes e práticas que exigem reforma e renovação. Caso contrário, o caminho que seguirmos pode ser outro, no entanto levar-nos-à ao mesmo destino.
A história da entrada de Portugal na CEE de então ainda está por fazer. O sr. Soares já a fez há muito tempo. E vai-a refazendo de acordo com os seus interesses de conjuntura, como é o caso actual. Outros, por arregimentação,ou por ignorância, vão acreditando nela. O que sucede, porém, é que quem faz a história é o historiador e não o protagonista. É elementarmente prudente não acreditarmos nela.
6 Comments:
...aquele cigarro está quase quase a sujar a alcatifa. Não se faz!!
Nova?
Com certeza, mas muito batida, não achas?
O modelo económico é de, há várias décadas,considerado incapaz para afrontar as sucessivas condições de concorrencia.Acresce um Estado gerido por gente incapaz,que não percebe que a politica já não é o hoje o paleio fácil,mas a capacidade para conseguir respostas e soluções, que facilitem os agentes económicos e que por outro lado,representem a prestação de cuidados à sociedade.Porem, objectivo do poder continua a ser o de usufruir e obter o mais rápidamente as suas benesses.Temos de ir mais abaixo,talvez ao conflito, para apanhar os "cacos" deste desmando.
O retrato está muito bem traçado, mas o problema não é de agora: vem desde a nossa adesão à UE. Incentivou-se o crescimento das actividades tradicionais exportadoras (e o IDE das multinacionais export-import) com os dinheiros comunitários, sem se ter a visão a longo prazo, da globalização, e da adesão dos países do Leste Europeu. Os grupos económicos portugueses perceberam cedo que não deviam apostar na Indústria e optaram pela Construção/Imobiliário e pelo Comércio-Grande Distribuição.E chegámos onde estamos, assitindo à "debandada" das multinacionais, perspectivando-se apenas grandes investimentos em infraestruturas que apenas agravarão o Défice da Balança Comercial, porque vão gerar mais importações que exportações. As iniciativas exportadoras que hão de vir "de onde menos se espera" é que não as descortino, mas talvez o Novo Ano as inspire...
Muitos procuram na entrada de um Novo Ano, a esperança de um futuro melhor. Planos são delineados, objectivos definidos e quantificados. Contudo insiste-se em manter os velhos hábitos. O país precisa de mudar de vida, as empresas precisam mudar de vida, as famílias precisam mudar de vida. Os velhos clichés, modelos e práticas não dão resposta às necessidades de uma sociedade em metamorfose acelerada. Se queremos atingir algo novo, temos que optar por novas práticas. A auto-comiseração, o clientelismo, a subsídio-dependência, a falta de ética... enfim, toda uma panóplia de atitudes e práticas que exigem reforma e renovação. Caso contrário, o caminho que seguirmos pode ser outro, no entanto levar-nos-à ao mesmo destino.
A história da entrada de Portugal na CEE de então ainda está por fazer. O sr. Soares já a fez há muito tempo. E vai-a refazendo de acordo com os seus interesses de conjuntura, como é o caso actual. Outros, por arregimentação,ou por ignorância, vão acreditando nela. O que sucede, porém, é que quem faz a história é o historiador e não o protagonista. É elementarmente prudente não acreditarmos nela.
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