A Elite dos Priveligiados II

Em Portugal há uma corrente que defende, de tempos a tempos, que os políticos deviam ganhar mais.

A ideia é a de que no sector privado se ganha bem mais que na política, pelo menos no que respeita cargos de topo, pelo que a qualidade dos políticos vai baixando por indisponibilidade das pessoas que não se sujeitam a deixar de ganhar vencimentos de futebolista em certas empresas participadas peo Estado, para se sujeitar ao vencimentos dados nos cargos públicos.

Por exemplo, um senhor de seu nome Mexia, que foi presidente da GALP (nomeado pelo Estado) e ganhava o triplo do nosso Presidente, acabou por aceitar um convite para ir para o último governo de Santana Lopes e passou a ganhar cerca e 1/4 do que antes ganhava na empresa que presidia, nomeado pelo Estado.

Felizmente para ele, esse governo durou pouco tempo, ele acabou por ir para férias, até que agora foi convidado para presidir à EDP, onde ficará a ganhar cerca do triplo do Presidente, de novo. Mas essa ideia é que não avança, já que seria impopular.

Ou seja:

Quem defende que os detentores de cargos políticos deveriam ganhar mais, argumenta que essa seria uma forma de captar para a política os "quadros" melhor qualificados (o que coloca a questão de se a política deve ser feita com políticos, ou com tecnocratas mercenários). É que nestas coisas há sempre os que querem servir os páis, e os que pretendem servir-se a eles mesmos.

Conclusão:

Portugal está a afundar política e econmicamente, e a dança das cadeiras nas grandeas empresas participadas pelo Estado é sempre extremamente apetececível.

Para esses, a crise passa ao lado.