"Um ano após a tomada de posse do Governo de José Sócrates, a classe média, a que paga impostos e decide eleições, só tem razões para continuar insatisfeita. E, no entanto, mostra-se disponível para votar novamente socialista. Eis o paradoxo.
A classe média, a maioria dos portugueses, paga hoje mais impostos do que há um ano, paga mais pelos bens e serviços, paga mais pelo empréstimo da casa e do carro, tudo isto com praticamente o mesmo salário de há um ano. Em troca dos seus impostos, essa mesma classe média continua a ter no Estado um péssimo prestador de serviços, seja na saúde, na educação ou na justiça.
A economia, mãe de todos os indicadores, teima em não descolar e mostra apenas ténues sinais de reanimação. Por isso, há muito tempo que a classe média não tinha tanto receio do desemprego. E, no entanto, todas as sondagens mostram que a tal classe média se mostra disponível para renovar o voto no PS de Sócrates.
A classe média aprendeu muito nos últimos anos. Caiu na real, diriam os brasileiros. Após anos de euforia, juros baixos e subsídios de Bruxelas, descobrimos que estamos mais ou menos na mesma, ou seja, na cauda de todos os imagináveis indicadores. E, pior, dizem-nos os gurus da economia, as perspectivas de melhoria são mais que reduzidas.
A amplitude da vitória eleitoral de Sócrates ficou a dever-se não apenas às evidentes fragilidades do adversário mas igualmente à percepção de determinação transmitida durante a campanha. No Governo, Sócrates esqueceu-se de alguns compromissos eleitorais (os impostos, por exemplo), mas excedeu as expectativas no modo como interpretou o facto de o país estar maduro para uma mudança de paradigma.
As medidas centrais tomadas pelo Governo nestes 12 meses respondem a essa necessidade de exigência e rigor, se necessário incluindo sacrifícios. É por isso que Portugal entra num ciclo de estabilidade expectável de três anos em clima de confiança.
A classe média tem, pois, a percepção de que estamos no bom caminho. Mas que não haja ilusões - a exigência que lentamente se instala na sociedade portuguesa inclui os políticos. E, daqui a um ano, não basta estarmos no bom caminho. É exigível que muito do que está em esboço seja concluído. E, já agora, que estejamos a viver melhor."
João Morgado Fernandes
Estamos no bom caminho? As sondagens já são mais fiáveis? Algum jornalismo já tem opinião própria? Enfim, dúvidas que assaltam diariamente “alguma” classe média. Se é que ela ainda existe…
2 Comments:
Este Morgado é um inteligente e sabe para quem escreve. Decerto não é para a maioria da chamada classe média. Escreve para a maioria dos votantes que mamam da grande teta do estado. A verdade é que todos os que clamam por mais e melhor de tudo, são os que votam nas promessas.
São os que vivem do estado social e que para ele não contribuiram, porque num ano ganham o que contribuiram durante a vida, se contribuiram e Sócrates sabe disso.
Morgado sabe o que diz e fala numa mudança de paradigma, será que sabe o que quer dizer? Eu não sei. De facto é um cão com dono como todos os jornalistas, mas não lhes invejo a sorte.
Impostos?
Porque não se pode baixar o IVA por exemplo?
Porque os patrões dos políticos não querem pagar o que é devido, como os banqueiros ou outros, assim se o IVA baixasse diminuía a fuga e aumentava a receita e o consumo, mas os gurus ( cães com dono) o que é que sabem? Até dão aulas e isto não descola, porque será?
Limpeza de fundo é o que se precisa.
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