Todos iguais, todos diferentes.
"O director nacional da Polícia Judiciária, Santos Cabral, não incluiu os crimes económicos nas prioridades para o ano em curso e fez mal. Compreende-se que o terrorismo seja prioritário. Nem sequer é razoável o argumento dos que vêem em Portugal um país demasiado periférico para ter de preocupar-se com o terrorismo. Para o terrorismo não há países periféricos. Não há em matéria de alvos nem de condições instrumentais - mas decisivas - para um terrorista, que tem nos muito falsificáveis documentos de identificação nacionais, bilhete de identidade e passaporte, excelentes apoios para a sua mobilidade.Também não será por não incluir a criminalidade económica nas prioridades internas que ela deixará de ser combatida. Todavia, ao assumir esta opção a direcção nacional da Polícia Judiciária está a dar um sinal errado a uma sociedade hoje confrontada com gravíssimos níveis de corrupção.
Por cá, paga-se ao polícia de trânsito, ao fiscal de obras, ao fiscal sanitário, mas também aos altos funcionários do Estado, a deputados, autarcas e ministros. Por cá, enchem-se os cofres partidários com dinheiros de proveniência incerta e depois espantamo-nos com a crise da política, com as crises todas. Se tudo isto não é prioridade, para uma polícia no plano repressivo, para um Governo no domínio preventivo, então mais vale assumir que a corrupção é condição para que um certo tipo de economia funcione e que é essa que queremos. Ou seja, que a corrupção é normal e que o Estado de direito comporta um patamar de exigência ética excessivo... (ler aqui)."
Por alguma coisa os políticos querem defenir as prioridades das investigações.
1 Comments:
Best regards from NY! » »
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