sexta-feira, maio 05, 2006

Ainda a GALP.

"É o quinto aumento do preço dos combustíveis em apenas um mês. A Galp voltou ontem a actualizar as tarifas da gasolina e do gasóleo, uma medida que foi seguida pela BP esta madrugada. Desde o início do ano, os consumidores estão a pagar mais 14,8% pela gasolina de 95 octanas e mais 12,5 % pelo gasóleo. Feitas as contas desde a liberalização (1 de Janeiro de 2004), os aumentos são fortíssimos: 57,8% no gasóleo e 42,94% na gasolina. A Galp justificou as novas subidas com "o agravamento contínuo das cotações internacionais dos produtos refinados, que tem sido causado pelas cotações do crude em repetida alta".

Num comunicado enviado à comunicação social, a gasolineira adianta que "tem adoptado, no limite do que é possível, todos os meios para amortecer o impacte das cotações no preço de venda aos seus clientes". Segundo a empresa, esta política contribui para que o mercado português registe aumentos de preços, sem direitos e taxas, inferiores aos que se verificam na União Europeia (UE). De acordo com os dados da Direcção-Geral de Energia da UE,
a média de preços das gasolinas nos restantes Estados membros aumentou nas primeiras 13 semanas deste ano 12,4%, face aos 8,7% registados em Portugal. Já os gasóleos sofreram um agravamento de 7,4% na Europa face aos 6,1% em Portugal. "

1/ "Sobre os combustíveis inside um imposto: o ISP (imposto sobre produtos petroliferos). Ora, ao longo de 2005, por cada euro gasto em gasolina sem chumbo 95, os portugueses deram, em média, 63 cêntimos em ISP ao Estado. Acresce que, como se não bastasse, sobre o valor da gasolina e do próprio ISP (sobre AMBOS) inside ainda o IVA a 21%!"

2/ "Como os produtos petrolíferos em Espanha têm uma carga fiscal muito inferior à nossa e, para além disso, o IVA em Espanha é de apenas 16%, a gasolina e o gasóleo são muito mais baratos. Aliás eu já várias vezes abasteci em bombas da GALP em Espanha e os preços são idênticos aos das outras gasolineiras de Espanha. Em Portugal os combustiveis estão caros porque o ESTADO PORTUGUÊS assim quer."

Estes senhores têm justificações curiosas. Os 12,4% incidem sobre um preço mais baixo enquanto os 8,7% sobre um preço mais alto. Logo fazem muito mais estrago.

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