Fechem o país.
"O Ministério da Educação (ME) tem como meta o encerramento, até 2010, de 4500 escolas do 1.º ciclo com alunos "insuficientes", falta de condições e insucesso escolar. Ora, não chegam aos três mil os estabelecimentos com menos de 20 alunos. Quais são os restantes? Os jardins-de-infância. Mas terão de ser todos os menos frequentados se se quiser atingir a meta anunciada. Uma meta que nem os próprios municípios entendem."
JN
As estranhas contas do nosso governo. Afinal parece que o país vai fechar mesmo. Excepto a Assembleia da República.
posted by Dr. Assur at 08:10
4 Comments:
Por acaso já leram o projecto deste ministério para a revisão do ECD?Verdadeiramente desolador para não dizer catastrófico.O estabelecimento de quotas para a progressão é o exemplo mais acabado de como esta proposta do ECD é para afastar em definitivo os profs da escola.Mais,aquilo que disse a Sra Ministra-"A avaliação pelos pais é minimalista mas consequente" é sintomático da concepção pseudo-democrática tem do ensino. Em definitivo,isto de dizer que os professores são uma cambada de privilegiados já enjoa.Perguntem a quem com um ordenado inferior a mil euros anda com a casa à costas pelo país fora.Dizem-me que é uma questão de opção de vida e que quem não quer que não vá.De facto com o tratamento que se dá aos docentes do país só resta acontecer aquilo que está a acontecer em Inglaterra,a contratação de professores estrangeiros,portugueses e de leste para leccionarem neste país. As reformas são necessárias,é necessário reformar o ECD é necessário também rever a questão disciplinar nas escolas (e o que se fez nesta matéria?nada).As reformas podem ser feitas sem insultar os professores.As reformas devem ser feitas com os profs.Esta equipa terá que partir por aí e não o recurso sistemático à culpabilização do prof por todo o sistema de ensino.A escola vive em relação com o meio que a rodeia e muitas vezes o professor pouco pode fazer quando recebe alunos sem hábitos de trabalho já enraízados,alunos cujos pais,muitas vezes,nem sabem em que ano é que eles andam.
Considerar que se é uma classe privilegiada quando essa situação corresponderá ao final de uma carreira onde se passou por dezenas de escolas diferentes, com péssimas condições de ensino, atitudes de desrespeito de meninos a quem os papás tudo dão e nada exigem, a quilómetros de casa é, no mínimo, uma irresponsabilidade de alguém que nunca passou pelo mesmo e que não deve fazer a mínima ideia do que é ensinar. O problema deste país é que muitos falam como se soubessem o que é ser professor mas não se ouvem os professores (que também são pais, aliás) a falar mal dos médicos que atendem doentes com cinco min e 10 palavras amargas, de funcionários ou vendedores que não sabem o que é uma atenção ao cliente, juizes que protelam casos de adopção considerando tudo menos os interesses da criança, ministros cuja preocupação nº um parece ser a frota de mercedes, etc. , etc. Somos um país de convencidos. E pelos vistos já todos esqueceram que sem os professores não são o que são hoje (seja isso bom ou mau).
1.Comparem-se os investimentos públicos feitos pela Espanha e Portugal DESDE 1820 (repito 1820).É na longa duração que se avaliam os investimentos em Educação e seus RESULTADOS. 2.Comparem-se os programas,métodos,rácios,invest. feitos na Finlândia,Suécia,Dinamarca,Holanda DESDE 1950(repito 1950)com os nossos e teremos a razão para AS DÉCADAS DE ATRASO.Leiam os ensaios bem fundamentados do Prof.Roberto Carneiro,Prof.António Barreto e outros,para perceber o CUSTO REAL e o TEMPO NECESSÁRIO para ENCURTAR o nosso ATRAZO neste domínio chave. 3.Reconheço que é mais fácil desqualificar e desautorizar Professores formados pelas Universidades Estatais,com Estágios em Escolas Oficiais,Recrutados em Concursos Públicos Estatais e que durante anos foram avaliados como bons.Veremos os frutos destas árvores... 4.Todos os Cidadãos informados e interessados no futuro do nosso Povo aguardam com imensa curiosidade pelo próximo OGE e pelo próximo numerus clausus de entrada na Universidade.AÍ,é que se verá a coerência de uns e de outros.
Keep up the good work »
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