sexta-feira, julho 28, 2006

O OURO AINDA É O QUE ERA.

"O ouro adora más notícias. É com esta frase que os analistas sublinham a valorização do metal amarelo no mercado internacional ao longo deste ano. O Médio Oriente à beira da guerra, o petróleo em alta, vários riscos sobre a economia mundial e a valorização do ouro dispara. A 11 de Maio, a onça atingiu os 718 dólares, um máximo de 26 anos. Ou seja, o ouro ainda é o que era: um activo de refúgio por excelência. Mas, além destes motivos conjunturais, o mercado do ouro também está a sofrer mudanças estruturais. Tal como no mercado petrolífero, houve uma subida da procura sustentada por várias economias emergentes como a China e a Índia e, mais uma vez como na história do brent, a oferta não foi capaz de responder. Depois de anos parada, a indústria extractiva não foi capaz de responder à subida da procura. O resultado é óbvio, com os preços a sofrerem uma subida sustentada. E Portugal agradece. Já que o ouro tem um peso significativo nas reservas externas detidas pelo Banco de Portugal. Ou seja, apesar do banco central ter vendido muitas toneladas nos últimos anos, a valorização nos mercados internacionais acaba por compensar e o metal amarelo continua a ser importante para Portugal. E muito para além da questão simbólica que o ouro tem na história da ditadura que marcou o século XX nacional. "


Pedro Marques Pereira com Bruno Proença

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