terça-feira, agosto 29, 2006

Manuais ao passo da inflacção.

"Seis anos. Nada mais, nada menos. A partir de 2007/2008, os conteúdos programáticos dos manuais escolares não vão sofrer grandes alterações durante seis anos. A notícia não é de agora, mas o júbilo das famílias promete ter o efeito contrário nos editores e livreiros. Menos edições implicam menos livros, que implicam menos lucros. E manuais mais caros. Quanto menos, não sabem. Quanto mais, também não. Para já, fica a promessa de que os aumentos para este ano não ultrapassam os 2,6%, o mínimo necessário face à inflação. O número é fácil de explicar. Como todos os anos, Governo e editores acordaram um limite máximo para o aumento: 2,6% como valor máximo para a subida média de preços. Médio – repito – , já que os manuais até ao 9º ano poderiam sofrer aumentos bastantes superiores – 6,7, 9% – desde que a média não ultrapassasse os tais 2,6%. Na prática, a confusão de números traduz-se num epíteto fácil: os editores podiam ter cobrado mais. Não o fizeram. Na prática, o cabaz de livros por família poderia ter saído mais caro. Mas não sai. As razões desta poupança assumida não são fáceis de descortinar, mas têm um fundo estratégico. Face à quebra na procura imposta pelo Governo, os editores querem marcar terreno. Talvez para um aumento substancial no ano de transição. Talvez não."

Mónica Silvares e Ricardo Salvo, Miguel Pacheco

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

para quem tem filhos (pelo menos dois) estou certa de que valerá sempre a pena...

no meu tempo (ou seja, no tempo em que as raposas falavam...), os livros eram estimados, encadernados, passavam de mão em mão, de irmão em irmão.

nesse tempo, não se riscalhavam os livros de uma ponta à outra, os apontamentos eram feitos na sebenta, e os trabalhos de casa no caderno diário.

os livros eram estimados e respeitados.

mas isso era no meu tempo.

coisas de gente antiga.

agora o que é moderno é fazerem edições em que os exercícios são "supostos" ser feitos nos próprios livros, para que não possam passar mais de mão em mão...

pode ser que agora volte a ser como no meu tempo...

mas também pode ser que eu esteja redondamente enganada...

quarta-feira, agosto 30, 2006  

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