Recusa de emprego.

"Há cerca de 100 mil ofertas de emprego ou acções de formação profissional que são recusadas por ano pelos desempregados inscritos nos centros de emprego. Em declarações ao DN, o presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelou que estas recusas se inserem num universo global de cerca de 900 mil convocatórias realizadas pelo IEFP todos os anos. Apesar da taxa de desemprego dar sinais de estabilização - como anteviu esta semana a Comissão Europeia -, "a proporção de desempregados subsidiados em relação ao total de desempregados tenderá a subir ligeiramente", admitiu Francisco Madelino. Isto, porque, de acordo com aquele responsável, "à medida que a economia se vai desenvolvendo tende a estar mais formalizada, com um nível menor de trabalho clandestino e as pessoas integradas na economia vão tendo mais direitos". Por outro lado, acrescenta, "a legalização de imigrantes, também aponta nesse sentido (mais aqui). "

A questão aqui não se reduz à simplicidade manifestada pela notícia. Além de ficar patente a enorme falácia que é a necessidade de mais imigrantes, quando os já existem tendem a engrossar a quantidade de desempregados subsidiados, a verdade é que muitos dos empregos oferecidos são verdadeiros “presentes envenenados”. Muitas dessas empresas, constituídas sobre o joelho, acabam por deixar os trabalhadores eventuais e a prazo (ex. e futuros desempregados) com salários em atraso. Uma questão que merecia o devido desenvolvimento na comunicação social não fosse o interesse noticioso baseado no habitual populismo.