A POSIÇÃO HUMANITÁRIA
"Não interessa que o Conselho de Segurança das Nações Unidas integre, em rotatividade, os regimes mais déspotas da Terra. E que o seu comité para os "direitos humanos" se limite a condenar Israel e só Israel. E que os seus "embaixadores" da "boa vontade" sejam vedetas ocas do espectáculo. E que a sua Assembleia Geral tenha sido presidida pelo prof. Freitas. Na cabeça do cidadão médio, a ONU e as ONG que lhe estão associadas gozam de uma aura de santidade comparável à de Madre Teresa de Calcutá.
Sucede que, à margem do mito público, nem Madre Teresa estava acima de reparos. Num livrinho célebre, The Missionary Position, Christopher Hitchens inventariou as fraquezas da senhora. E se as fraquezas eram significativas (a recusa de aliviar a dor dos doentes com analgésicos, por exemplo), pelo menos não incluíam a molestação sexual de mulheres e crianças. As da ONU incluem. O último relatório da Save the Children informa dos abusos cometidos pelos "capacetes-azuis" e agentes "humanitários" (sem ironia, por favor) no Sudão, Haiti e Costa do Marfim, um mero anexo aos habituais relatos de abusos e lenocínio, além do tráfico de armas e esquemas afins.
Desculpem a pergunta: foi a ausência disto que se lamentou no Iraque? Valha-me Deus. É estranho que, confrontados com um país que ainda discute com sangue a sucessão de Maomé e dispõe de bandos terroristas em roda livre, os EUA suscitem o opróbrio universal por ocasionais violações dos direitos humanos. Mas é estranhíssimo que, em nome de uma "bondade" praticamente incontestável, outros recebam louvores pelas violações regulares dos próprios humanos."
Alberto Gonçalves
Sucede que, à margem do mito público, nem Madre Teresa estava acima de reparos. Num livrinho célebre, The Missionary Position, Christopher Hitchens inventariou as fraquezas da senhora. E se as fraquezas eram significativas (a recusa de aliviar a dor dos doentes com analgésicos, por exemplo), pelo menos não incluíam a molestação sexual de mulheres e crianças. As da ONU incluem. O último relatório da Save the Children informa dos abusos cometidos pelos "capacetes-azuis" e agentes "humanitários" (sem ironia, por favor) no Sudão, Haiti e Costa do Marfim, um mero anexo aos habituais relatos de abusos e lenocínio, além do tráfico de armas e esquemas afins.
Desculpem a pergunta: foi a ausência disto que se lamentou no Iraque? Valha-me Deus. É estranho que, confrontados com um país que ainda discute com sangue a sucessão de Maomé e dispõe de bandos terroristas em roda livre, os EUA suscitem o opróbrio universal por ocasionais violações dos direitos humanos. Mas é estranhíssimo que, em nome de uma "bondade" praticamente incontestável, outros recebam louvores pelas violações regulares dos próprios humanos."
Alberto Gonçalves
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