sexta-feira, outubro 17, 2008

Quatro mitos do OE 2009

"É impossível analisar, neste espaço, todo o Orçamento do Estado. Mas há quatro mitos que vale a pena desmontar.

- PIB – colocar a fasquia nos 0,6% é temerário. O FMI fala em 0,1% e, pelo que já se vê de impacte da crise financeira na economia real (entre nós e lá fora), é bem provável que tenha razão.

- Função Pública – aumentar salários em 2,9% é um erro. Coloca pressão sobre a despesa, num ano de incertezas, e passa uma mensagem errada para o sector privado. E com o défice da balança corrente acima dos 10%...

- Obras públicas – insistir nas grandes obras (v.g. TGV) é um contra-senso, não um acto de boa gestão, como diz o ministro. Porque o capital tornou-se escasso/caro e os bancos exigem agora mais garantias. Não vale dizer que algumas obras serão feitas pelos privados. Eles estão a ser mais afectados, no crédito, do que o próprio Estado!

- Défice orçamental – 2,2% é um valor perigoso. Basta um deslize na despesa, ou na receita, para encostar nos 3%. Não colhe a teoria do ministro: "O PIB em 2008 vai crescer 0,8% e não 2%. Mesmo assim, cumprimos a previsão de 2,2%". Pois, mas se o PIB crescesse 2%, o ministro estaria agora a anunciar um défice de 17,8%...! Ou seja, se o PIB estagnar, lá se vai a receita e… os 2,2% (o maior contributo para a baixa do défice veio da receita, e não da redução da despesa).

Na habitação, mistura-se boas com más ideias. O tema fica para segundas núpcias
."

Camilo Lourenço

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Já não é a primeira vez que o digo,
mas volto a repetir. É revoltante ler que quem safa o orçamento é a segurança social, e porquê? descontei durante 42 anos e reformei-me o ano passado em Dezembro. Como já apanhei com a nova fórmula de cálculo (e porque esse Sr. ministro "reformista" diz privilegiar as carreiras longas) fui roubado em 200€ mensais em comparação com a fórmula anterior. É este o socialismo destes senhores!!!! Também pela nova fórmula de aumento de pensões vou ficar até morrer sempre com aumentos abaixo da inflação. Valeu-me a pena ter descontado sempre sobre tudo o que ganhei ao contrário de outros que fogem por todo o lado, grande lição sim senhor!!!!!!!, à atenção dos mais novos, fujam senão até a pele vos tiram.....

sexta-feira, outubro 17, 2008  
Anonymous Anónimo said...

1- Não sejamos temerários nem ousados... sejamos descrentes! 2- Depois de 10 anos de sacrifícios, não se aumente desta forma desmesurada os salários da Função Pública (quanto é que este Sr. Dr. será aumentado?) 3- Obras públicas - Estagne-se pois então o país. Pára tudo! Freeze! Acordaremos em 2010! 4- Défice... acha mesmo que na sequência dos mais recentes desenvolvimentos financeiros/económicos a nível mundial/global, algué está muito preocupado com isto?! Acorde caro Dr.! Largue o portátil, vá até à rua... saia... veja o país e o mundo em que vivemos... Já alguém ouviu falar do... "Velho do Restelo"?!

sexta-feira, outubro 17, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A questão que gostaria de ver respondida é: Qual orçamento? Foi apresentado algum orçamento? Na primário, no secundário ou na faculdade, apresentar um trabalho daquela forma dava nota 0! Além dos erros lá inseridos, dos contrasensos, e das aberrações, sobram meia dúzia de pontos úteis. O problema é que o país está a dormir. Já presenciei dezenas de despedimentos com menos justa causa do que aquilo que assisti com o OE2009. Uma vergonha!!!

sexta-feira, outubro 17, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A crise também é de quem emite opiniões sem analisar todo o orçamento ( que saudades do prof Carlos Martins prof de Finanças do ISCEF -actual ISEG- ). O orçamento continua a "prever" um inflação de 2,5% quando ela irá ser superior a 3% e continuar a perda do poder de compra. Essa perda de poder reflectir-se-á nas PME e agravará a crise, com aumento do desemprego. Assim, o orçamento falha um dos seus objectivos que seria o de catalizador para o desenvolvimento económico. O crescimento do PIB em 0,6% parece optimista para este "orçamento" mas poderia ser ultrapassado com investimentos públicos adequados e não faraónicos ( o nosso aeroporto em termos de eficiência ainda tem muito margem de progresso). PS. O porque não reduzir os 308 municípios ( fontes esbanjadoras de dinheiros públicos)para menos de metade (308 para 150 e redução de igual percentagem em freguesias); PS1. Os deputados também para metade,etc.,etc. PS2- Uma estrutura governativa muito mais ágil, com enos ministros e "ajudantes". PS3.etc.,etc,

sexta-feira, outubro 17, 2008  

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