O Bloco de Esquerda
"Com muita frequência, nestes últimos tempos tenho especulado bastante sobre o que aconteceria a Portugal se, por exemplo, o Bloco de Esquerda tivesse ou viesse a ter responsabilidades de governo.
A maior parte dos cidadãos desconhece ou não se lembra que o BE é uma federação de facções de extrema-esquerda que, em regra, apareceram ruidosamente depois do 25 de Abril mas que, com uma única excepção, nunca conseguiram reunir os votos necessários para eleger um deputado. Eram partidos que afirmavam categoricamente que não aceitavam a Democracia nem a realização de eleições. Advogavam a tomada do poder pela força, em nome da classe operária. Quem tiver boa memória há-de se lembrar do que diziam a quase totalidade das pessoas hoje inscritas no Bloco de Esquerda mas que antes militavam no PCP(R) – Partido Comunista Português Reconstruído, na UDP – União Democrática Popular, no PSR – Partido Socialista Revolucionário, ex-Liga Comunista Internacionalista, na Política XXI, nos Renovadores Comunistas (dissidentes do PCP), entre outros. Em linhas gerais, o BE junta num primeiro tempo inimigos ideológicos de sempre, ou seja, marxistas-leninistas de tendências maoístas e trotskistas de duas tendências, uma mais moderada do que a outra; num segundo tempo integra os dissidentes do Partido Comunista Português (Política XXI de Miguel Portas e Renovadores Comunistas). Sem ser exaustivo, é isto o Bloco de Esquerda. A verdadeira salada sino/russa. Nenhum destes grupos se desfez e por enquanto exprimem-se apenas a nível interno. Pois bem, se algum dia tivesse de partilhar o poder, este Bloco desfazer-se-ia como castelos de areia, tantas são as opções que cada grupelho advoga em matérias essenciais e defende de espada em punho. O exemplo de Sá Fernandes é uma amostra elucidativa. O Bloco não aguentou numa autarquia a coligação que tinha feito com o PS, por imposição dessas correntes ideológicas internas. É a ortodoxia comunista no seu esplendor com as ‘praxis’ chinesa e russa. Louçã tem servido de capa, com grande maestria, para fazer esquecer esta mixórdia da extrema-esquerda pura, dura, obtusa e anacrónica. Manuel Alegre chamou-lhe a federação das esquerdas. Imaginem só, das esquerdas inteligente, moderna e progressista. Pagava para ver Manuel Alegre e Helena Roseta neste Bloco que tem da vida uma visão canhestra e retrógrada, que glorificou Ever Hosha, Mao, Lenine, Marx e outros e que repudia a Liberdade e a Democracia formalmente instituidas."
Emídio Rangel
A maior parte dos cidadãos desconhece ou não se lembra que o BE é uma federação de facções de extrema-esquerda que, em regra, apareceram ruidosamente depois do 25 de Abril mas que, com uma única excepção, nunca conseguiram reunir os votos necessários para eleger um deputado. Eram partidos que afirmavam categoricamente que não aceitavam a Democracia nem a realização de eleições. Advogavam a tomada do poder pela força, em nome da classe operária. Quem tiver boa memória há-de se lembrar do que diziam a quase totalidade das pessoas hoje inscritas no Bloco de Esquerda mas que antes militavam no PCP(R) – Partido Comunista Português Reconstruído, na UDP – União Democrática Popular, no PSR – Partido Socialista Revolucionário, ex-Liga Comunista Internacionalista, na Política XXI, nos Renovadores Comunistas (dissidentes do PCP), entre outros. Em linhas gerais, o BE junta num primeiro tempo inimigos ideológicos de sempre, ou seja, marxistas-leninistas de tendências maoístas e trotskistas de duas tendências, uma mais moderada do que a outra; num segundo tempo integra os dissidentes do Partido Comunista Português (Política XXI de Miguel Portas e Renovadores Comunistas). Sem ser exaustivo, é isto o Bloco de Esquerda. A verdadeira salada sino/russa. Nenhum destes grupos se desfez e por enquanto exprimem-se apenas a nível interno. Pois bem, se algum dia tivesse de partilhar o poder, este Bloco desfazer-se-ia como castelos de areia, tantas são as opções que cada grupelho advoga em matérias essenciais e defende de espada em punho. O exemplo de Sá Fernandes é uma amostra elucidativa. O Bloco não aguentou numa autarquia a coligação que tinha feito com o PS, por imposição dessas correntes ideológicas internas. É a ortodoxia comunista no seu esplendor com as ‘praxis’ chinesa e russa. Louçã tem servido de capa, com grande maestria, para fazer esquecer esta mixórdia da extrema-esquerda pura, dura, obtusa e anacrónica. Manuel Alegre chamou-lhe a federação das esquerdas. Imaginem só, das esquerdas inteligente, moderna e progressista. Pagava para ver Manuel Alegre e Helena Roseta neste Bloco que tem da vida uma visão canhestra e retrógrada, que glorificou Ever Hosha, Mao, Lenine, Marx e outros e que repudia a Liberdade e a Democracia formalmente instituidas."
Emídio Rangel
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