Depois do pântano, o afundamento e o colapso

Parece que vem aí borrasca e da grossa, porque a calmaria foi durante anos, sem que todos os políticos que nos governam e todos os que deveriam exercer os seus poderes não interferiram , deixaram andar ou colaboraram, em nome da estabilidade, mas especialmente, porque são animais de pântano, uns predadores, outros sem coluna vertebral.

Ao longo dos últimos anos e nestes últimos, o estado e o seu poder executivo, fizeram o crime de desorçamentar e deixar que acontecesse a mesma desorçamentação ao nível de todos os poderes.

O governo que nos prometeu emprego e reforma do estado criou a situação mais grave de todas, as parcerias público-privadas, acabou com organismos públicos e deixou de os vigiar, através de dezenas de Institutos Públicos e coisas tipo Entidades Públicas Empresariais, agora, como nó de enforcamento querem fazer o TGV.

Tudo isto é a ruína do país.

O crescimento do défice que como já aqui disse, deverá chegar aos 13%, número do azar, com a dívida pública de um Estado falido e um défice externo que será superior ao PIB, é realidade que não querem ver.

Porquê?

Por crime de má gestão danosa do Estado, crime por parte das oposições que apenas querem mais uns tachitos e crime por parte os agentes da justiça que não fazem o que devem, demitindo-se do seu dever sagrado.

Apenas os corajosos que têm cumprido a sua parte persistem, mas vão desistindo por cansaço.

O povo analfabeto, oportunista e mal habituado, especialmente seguindo o conselho e o exemplo dos malandros, afinal emula os que o governam, porque afinal é feito da mesma massa.

Portanto não estamos à beira do colapso, não, o colapso e a falência do Estado está aí.

Se pensam que a CEE nos vai safar estão enganados.

Reparem nos exemplos dos quais dou um por falta de tempo:

O Tribunal Constitucional orgão de nomeação política comprou veículos topo de gama já em plena crise, e com uso que não deveria ser senão para desempenho do cargo.

Este exemplo serve para descobrirem os outros.

Na Irlanda começaram pelos funcionários públicos , mas aqui a situação é muito diferente, porque como será possível, nas câmaras municipais acabar com os escândalo das empresas municipais tecnicamente falidas, como vai ser possível limpar os défices das Empresas Públicas, como vai ser possível pagar dívidas aos fornecedores do Estado nos hospitais geridos pela onda de EPE ou PPP, sem controlo de contas e por fim como vai ser possível impor ordem nos IP cridos como cogumelos e sobretudo, sem se saber que nível de endividamento lá existe?

Não, Salazar agora não poderia fazer nada, porque a democracia foi uma coisa criada neste país para desresponsabilizar, nivelar por baixo e para quando a coisa corre mal, provocar a cegueira dos loucos e daqueles que insistem em não enfrentar a realidade.

O pântano apodreceu a estacaria que foi mal construida e com materiais já em apodrecimento.

Atenção ao OE... e a Janeiro...