Magnífico BCE
"O BCE decidiu subir as taxas de juro mais cedo do que os analistas previam. Os analistas e o próprio BCE.Recorde-se que há semanas Trichet dissera que a inflação não era problema. Apesar do disparo dos preços dos alimentos e do petróleo. Erro de cálculo? Não.
O BCE tem-se esforçado por mostrar aos mercados, e aos políticos, que não tolera inflação acima de dois por cento. Mas olhando para o passado recente, é provável que a mudança de postura tenha menos a ver com o petróleo e com os alimentos e mais com os ataques de que o BCE tem sido alvo. O último dos quais desferido há duas semanas quando Axel Weber, ex-candidato ao lugar de Trichet, disse que abandonara a corrida por não querer presidir a uma instituição que cede aos políticos. E deu exemplos: o BCE não devia comprar dívida pública (que enerva os alemães…) evitando misturar política orçamental com política monetária.
Trichet quer mostrar aos mercados e aos alemães (de quem o BCE herdou as credenciais anti-inflacionistas e a moeda forte) que nada mudou. E que nem é preciso que o BCE tenha um presidente alemão para ser anti-inflacionista.
As mexidas nos juros podem afectar a economia? A alemã e a francesa não. Estas precisam de juros mais altos para travar a inflação. A Alemanha, por exemplo, começa a ter problemas de capacidade produtiva e de mão-de-obra para suportar crescimentos de 3,7%. E as economias em recessão? Para essas, juros altos são mais um prego no caixão. Mas elas representam menos de 20% da Zona Euro. E, verdade seja dita, já beneficiaram muito tempo de taxas de juro demasiado baixas. Que, a longo prazo, trazem mais problemas do que aqueles que resolvem. "
Camilo Lourenço
O BCE tem-se esforçado por mostrar aos mercados, e aos políticos, que não tolera inflação acima de dois por cento. Mas olhando para o passado recente, é provável que a mudança de postura tenha menos a ver com o petróleo e com os alimentos e mais com os ataques de que o BCE tem sido alvo. O último dos quais desferido há duas semanas quando Axel Weber, ex-candidato ao lugar de Trichet, disse que abandonara a corrida por não querer presidir a uma instituição que cede aos políticos. E deu exemplos: o BCE não devia comprar dívida pública (que enerva os alemães…) evitando misturar política orçamental com política monetária.
Trichet quer mostrar aos mercados e aos alemães (de quem o BCE herdou as credenciais anti-inflacionistas e a moeda forte) que nada mudou. E que nem é preciso que o BCE tenha um presidente alemão para ser anti-inflacionista.
As mexidas nos juros podem afectar a economia? A alemã e a francesa não. Estas precisam de juros mais altos para travar a inflação. A Alemanha, por exemplo, começa a ter problemas de capacidade produtiva e de mão-de-obra para suportar crescimentos de 3,7%. E as economias em recessão? Para essas, juros altos são mais um prego no caixão. Mas elas representam menos de 20% da Zona Euro. E, verdade seja dita, já beneficiaram muito tempo de taxas de juro demasiado baixas. Que, a longo prazo, trazem mais problemas do que aqueles que resolvem. "
Camilo Lourenço
1 Comments:
Adivinhem quem vai ter taxas de inflação mais elevadas?
Ou melhor quem já tem é que o crecimento provoca estas coisas.
A Alemanha.
Daqui a 1 ano poderá chegar aos 4 %.
Não estou a ver onde estão os conhecimentos de economia do Senhor Camilo ou faz parte dos econmistas positivistas, apenas sabem de economia, o que quer dizer não percebem nada de economia.
Toupeira
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