Pacheco Pereira, no PÚBLICO, hoje

Ele, que sempre foi um dos arietes dos agressores ao Iraque, reconhece hoje que a guerra está a ser perdida.

E não militarmente (fidelidade a Washington a isso obriga) reconhece que começou a ser perdida políticamente, como o foi a guerra do Vietname ou a nossa guerra colonial.

Esclarecedor, sobre o estado de desmoralização dos americanófilos (ou será antes bushófilos?) da nossa praça.

Só se esquece de dizer que a coragem de um povo, seja ele sunita ou xiita, ou simplesmente laico, e com armas na mão podem e sempre fizeram estragos de monta a exércitos teoricamente mais poderosos.

Limita-se a substimar a capacidade das resistências em campo no Iraque.

Mas ainda assim, não reconhece o óbvio: Se as resistências são poucas e não representativas da população iraquiana, como reconhece ele a derrota eminente nesta guerra sem sentido, e sobre a qual muitos avisaram e aconselharam os EUA a não se meterem nela?

Só mesmo os "amigos da América" é que a empurraram e a sua juventude, para o atoleiro.

Por ingenuidade, ou porque no fundo serão anti-americanos disfarçados de neo-conservadores?