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"Os jornais ditos de qualidade continuam a falar do lixo, quais abutres que procuram no cadáver alguns pedacinhos dos quais ainda se possam alimentar.
Muitos pedem maior intervenção do Estado, que deve decidir o que nós, supostamente espectadores maduros e pensantes, devemos ou não ver. Dado que os espectadores são também eleitores, esperamos com ansiedade que algum iluminado de São Bento, por entre preocupações quanto ao seu fraco salário (porque não eles próprios se candidatam a um reality show? Sempre ganham mais do que num dos mais altos cargos da nação) se lembrem de que quem não sabe escolher o que ver na TV também não deve saber escolher os seus representantes no Parlamento e os governantes.
Se os espectadores, tão ávidos de tudo quanto seja cuscar a vida alheia, estão verdadeiramente preocupados com o telelixo e com a violação dos direitos, liberdades e garantias (só lembrados nestas ocasiões) porque não usam do seu poder máximo e mudam de canal ou desligam mesmo a televisão? Sobretudo, aqueles que têm o dito audímetro em casa. Mas não, "estou chocado com esta baixaria, mas não posso perder o que vai ser tema de conversa amanhã", é o pensamento mais pensado.
Com efeito, como estranhar o rumo seguido quando ninguém deu pela Alta (?) Autoridade (??) para a Comunicação Social quando teve início a série de Big Brothers, quando a informação tocou as raias do inimaginável, quando todos (sem excepção) os órgãos de comunicação têm vivido da fronteira da (in)decência?
Já assistimos a políticos revelando conversas privadas em público (veja-se o fim da Alternativa Democrática), o próprio Canal Parlamento da TV Cabo agora reparte as horas de não emissão com um canal de televendas, sem que ninguém nada dissesse.
Afinal, enquanto se fala do Bar da TV ou do BB, não se fala da inflação em alta, da ausência de estratégias governativas, quer pelo Governo, quer pelas oposições, não se fala da nova Lei de Bases da Saúde (um direito constitucional que o Estado não assegura – posso fazer queixa à AACS?), etc etc etc
Parafraseando a publicidade de uma rede de telemóveis, "o teu interruptor é o teu poder". "
( Email recebido )
3 Comments:
A comunicação social está transformada numa máquina de propaganda. No que se deve acreditar pergunto eu perante o que ouço?
Manuela.
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