terça-feira, julho 20, 2004

Novo Bailado.



O bailado "ecos populares" estreou na nova Casa das Artes de São Bento.

Este trabalho de Flopes partiu de uma proposta musical da responsabilidade de Cherne. O conhecido musicólogo seleccionou uma série de gravações de "prometer é fácil, cumprir ...", "palavra, doce palavra, vai dançar nos ouvidos daquele meco", "Nem sempre o peixe morre pela boca" de música ibérica renascentista, construindo um alinhamento que inclui também obras de Tonecas, como "dialogar, é preciso dialogar muito".

Flopes é reconhecidamente, um dos mais distintos intérpretes e pesquisador de Música Antiga, e os seus discos contam com inúmeros prémios de prestígio das principais publicações de música internacionais. Presença habitual em Portugal, nomeadamente nas Jornadas Fóruniculas de Música Antiga e nos concertos "sem dó", Flopes é há muito um nome conhecido dos amantes da música. Muitas das peças utilizadas no alinhamento musical de "ecos populares" constituem gravações únicas das obras em questão, em grande parte transcritas pelo próprio Flopes que se dedica à investigação musicológica a par da actividade concertística. À frente de agrupamentos como "os tangas de tanga" , "eles querem é música" Flopes, juntamente com Montserrat Santanete, uma das suas eternas colaboradoras, tem sido responsável pelo levantamento de um património musical único e de valor inestimável.

Como convidado especial aparece Tortas com a Orquestra Marretas do Caldas, condição essencial para a existência do bailado.

De salientar também a presença do Prof Martelo, integrando as formações de várias das peças presentes em "ecos populares" e emprestando a sua voz de rara beleza tímbrica ( longe de qualquer cristal ) às interpretações das obras em questão, tendo também concebido todas as letras eruditas das obras, escritas em puro latim.

Destaque ainda para o encore "o povo é que paga, o povo é que paga".

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