Jornalismo.

"A complexidade do processo Casa Pia e a onda de contra-informação por ele gerada não tem impedido alguns jornalistas de participarem em debates, comentarem factos que estão a investigar e até a escrever livros, como foi o caso de Carlos Tomás, jornalista do ‘Jornal de Notícias’.

Em ‘Carlos Cruz – As Grades do Sofrimento’, o jornalista – que nunca deixou de publicar notícias sobre o processo apesar de estar a escrever o livro – é directo a absolver um dos arguidos. “Alguém acredita que Cruz, em liberdade, e mesmo que fosse culpado – o que, sinceramente, não acredito –, iria desatar a abusar de menores?”. E faz mesmo acusações graves: “É minha convicção que o Ministério Público se preparava para fazer a memória futura com o objectivo de validar os novos depoimentos dos jovens e destruir todas as ilegalidades processuais até então efectuadas”."

O problema do jornalismo português é que os jornalistas, em vez de contarem as notícias como elas são, emitem as suas opiniões pessoais. Estas como podem resultar desde a relação de amizade com o arguido até ao simples pagamento, são tendenciosas e desprovidas de qualquer verdade. Está na altura de os chamar à pedra.