sexta-feira, outubro 08, 2004

O barato sai caro.

"Um grupo de 40 pilotos da companhia Air Luxor fez um ultimato à transportadora para melhorar as condições de trabalho, nomeadamente ao nível da segurança de voo. Numa carta enviada à Administração, os profissionais afirmam que a rotatividade de pilotos na empresa «verdadeiramente digna de recorde, provavelmente sem precedente na indústria mundial da aviação comercial».

No documento - a que o EXPRESSO Online teve acesso -, os signatários afirmam existir uma «uma pressão enorme na 'linha da frente', quer ao nível da taxa de esforço quer na qualidade da respectiva operação». Por outras palavras, dizem ser pressionados para voar sem estarem cumpridos todos os requisitos. Por isso, exigem que a empresa «proporcione escalas de serviço dentro do que é regulamentar». Os 25 comandantes e 15 co-pilotos admitem que «durante três anos e meio, o vínculo contratual dos pilotos com a empresa foi o modelo 'off-shore'» - como o EXPRESSO denunciou - e que só «há cerca de um ano» foi «alterado para contratos regulares, mas apenas em termos parciais». Dizem ainda que a «política de recrutamento apenas contempla o factor custo» e acusam a Air Luxor de não ter tomado «nenhuma medida para alterar este cenário, que ultimamente tem sido agravado»."

Interessante a afirmação "durante três anos e meio, o vínculo contratual dos pilotos com a empresa foi o modelo 'off-shore' e que só «há cerca de um ano» foi «alterado para contratos regulares, mas apenas em termos parciais». Juntando isto com muita mais mafiosidade, percebe-se os preços baixos que eles praticam. O povinho gosta e embarca arriscando a sua própria vida. Enfim, opções pessoais que não se discutem. O que pensará Bagão Félix disto? O que irá ele fazer para repor a legalidade?

De qualquer forma, ainda bem que não se descobre mais sobre o seu “modus operandi”!!!!!

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