quarta-feira, janeiro 26, 2005

Casamento das Arábias.

"A professora portuguesa que se apaixonou através da Internet por um paquistanês percorreu meio mundo para se casar. A festa durou três dias. Já regressou a casa, mas o seu príncipe encantado aguarda por um visto de entrada em Portugal.

Os olhos de Célia não mentem – de cada vez que fala no seu casamento as pupilas brilham de alegria. “Foi uma festa muito bonita”, recorda com um sorriso na berma dos lábios. Foram três dias de festa rija para celebrar a união com um homem que não conhecia. Numa terra que não conhecia e que fica do outro lado do mundo. Tudo correu às mil maravilhas e por isso ela sente-se a mulher mais afortunada do mundo. “Estou muito feliz. Em paz comigo própria”, repete com palavras vestidas de convicção.

Foi um salto no escuro e as coisas podiam ter corrido mal”, acrescenta. Tem razão. Não é todos os dias que uma mulher portuguesa se apaixona na Internet por um paquistanês e depois de três meses de namoro ‘on-line’ decide ser sua mulher. “Não me arrependo de nada”, dispara Célia, como que a querer matar as dúvidas que ainda persistem na cabeça de algumas pessoas.

Célia conheceu o seu príncipe encantado numa das suas viagens por um ‘chat’ italiano. Foi amor à primeira tecla. “Desde o primeiro dia que li a sinceridade nos seus olhos”, admite com um brilhozinho de felicidade. Por isso, nem pestanejou quando apenas dois dias após o primeiro encontro ele lhe pediu em casamento. As amigas bem a avisaram – “não vês que ele só quer casar contigo porque precisa de um visto para a Europa”, disseram – mas ela não lhes passou cartão. “O meu amor por Mohammed é uma questão de fé”, responde.
Como seria de esperar, a chegada da loura portuguesa não passou despercebida naquela pequena vila. “As pessoas olhavam-me com surpresa. Mas eram discretas e amorosas”, adianta. Mas a notícia correu mais depressa do que uma gazela e, num abrir e fechar de olhos, todos ficaram a saber que ela iria ser a personagem principal de um verdadeiro casamento das Arábidas. “Estava tudo planeado. Só tive de vestir trajes lindíssimos, esboçar o meu melhor sorriso, sincero, e não me preocupei com mais nada.


Adorámos o parágrafo "a chegada da loura portuguesa não passou despercebida". Diz tudo. Compreendem agora porque é que a Maria é a revista mais lida neste avançado país?

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Quando o dito cujo comecar a "mostrar" quem manda na mulher,e na forma como ela se tera de comportar,entao veremos se o "amor" vence a escravidao.Votos sinceros para um FIM feliz,mas..... infelismente,nos casos deste genero que conheco,ha muitas barreiras a ultrapassar, desde, religiao, custumes, etc. Miguel

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Porto Santo tem 19 taxis e 5037 habitantes. No 2º dia toda a gente se conhece... Vasco

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Tenho quase a certeza que esta senhora é que se terá de converter para a religião que o novo marido segue, e como tal será mais uma a ser "brain washed". Felicidades. JF

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

a chegada da loura portuguesa" HEHEHEH. Sinceramente, nao sei se e a vontade de ser loura, ou se isso da maior valor, prestigio, consideracao, ou .....que raio de intencao esta por tras disso. Nasci, cresci e percorri norte sul desse pais, encontrei muito poucos louros ate deria que nao existe. Nao e que procuro louras, pois eu ate prefiro morenas. But give me a break, and dont be ignorant.

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Sr Miguel infelizmente, escreve-se com "z", por acaso o Sr. já esteve num país muçulmano para saber se é como diz??? Eu acho que foi maravilhoso o que a Célia fez, e estou à vontade para falar, pq até sou agnóstico. Já estive na Jordania, Siria, Egipto, Arabia, Libano, e posso dizer, que tudo o que vi perto do que se sabe sobre a Inquisição, é que prefiro uma Mesquita a uma Igreja.
JC

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Há gostos para tudo. O mais certo é, daqui a alguns meses, qdo o dito cujo conseguir entrar no espaço Português, a felicidade desvanecer e dar lugar a prantos. A diferença cultural, sobretudo tratando-se de quem é, abre um fosso onde será inexequível a convivência. Qto a alguém q prefere as mesquitas à igreja, pois bem, parece q algumas viagens pelas arábias foram apenas em sonho. Basta colocarmos os olhos para Meca e assistirmos aos rituais barbáries onde morrem dezenas de pessoas, para ver que alguma coisa está errada. Logo, a haver paridade, é certamente com a antiga Inquisição, onde se matava por heresia à semelhança do q se faz actualmente no Oriente. Da Silva

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Sr. JC , fala assim porque é homem. E JÁ QUE FALA ASSIM; Viveu lá, nesses países? Eu vivo diariamente c/ muçulmanos e as mulheres destes, nem lhe conto nada. Além disso, tenho conhecimento de casamentos que pareciam os contos das 1001 noites e depois ficou tudo MUITO DIFERENTE. A mentalidade destas pessoas foi, é e será sempre a mesma, tenho dito. Paulo

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Mas que história linda! Pena é que haja em Portugal quem "embarque" em situações "surreais" desta natureza, ainda por cima uma professora?! Meus amigos, ultrapassada a lenga-lenga de que o amor não conhece barreiras ou condição social, o certo é que a condição da mulher na sociedade muçulmana é por demais conhecida, casou?! Agora que se aguente à bronca!

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

A mentalidade portuguesa precisa de mudar. Deve ser bastante receptiva aos novos ventos e à nova cidadania. Que mal tem este lindo casamento? Porque não se devem cruzar as culturas e os povos? Deixem q a Célia inicie com um processo que muitos portugueses não tem coragem de fazer. VIVA A FELICIDADE DA CÉLIA! Celestino

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Parece que o Celestino acredita no Pai Natal.

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Em relação aos sonhos, o António Gedeão já morreu. A austeridade da vida, faz-nos deambular pelos espaços dormindo, onde já ninguém ousa sonhar. O filme da Célia já vi e conheço o final. O fosso cultural e étnico –q existe – vai ser o grande óbice. Por mto condescendente q a Célia seja, chegara a altura onde as coisas serão intoleráveis. E, para quem vem aqui comentar a vida dos outros e depois, outorga para si o direito de vilipendiar quem faz o mesmo, as minhas condolências pelo espírito já moribundo e torturado. Lembro apenas q aqui é um espaço onde libertamos o q vai na alma, de uma forma cortês e disciplinada.

quinta-feira, janeiro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Quem está carente e tem pouca experiência de (chat encontros)acredita em tudo, é normal. Mas mais surpreendente é haver aqui pessoas que pensam que isso, sim, é sinal de modernidade, emancipação. Então é normal, é moderno, pedir em casamento ao fim de 2/3 dias de chat? Daqui a alguns meses, enviem os vossos comentários outra vez. Van

quinta-feira, janeiro 27, 2005  

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