segunda-feira, janeiro 17, 2005

Racismo.

"A implementação de políticas de habitação mais favoráveis para os imigrantes e a alteração da legislação que estabelece o programa especial de realojamento nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto foram ontem exigidas em Fátima, no final de um encontro nacional de Apoio Social ao Imigrante. Organizado pela Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) e pela Caritas Portuguesa, o encontro contou com a participação de organizações de apoio e de alguns imigrantes, que deram a conhecer as dificuldades que passaram para arrendar ou comprar casa. Depois da criação de bairros para africanos, surgem agora arrendamentos a imigrantes de Leste que são “explorados” pelos senhorios, disse o padre Rui Pedro, director da OCPM, frisando que agora não surgem novos bairros, mas os imigrantes “sujeitam-se a cubículos, anexos, casas sem condições, onde o contrato de arrendamento não é feito”. O padre Rui Pedro considera que o arrendamento em Portugal está “desgovernado e desregulado” e em casas menores que um T1 há registos de rendas no valor de 450 euros, em que “o senhorio escolhe quem é que lá põe” a dividir a habitação. As relações de vizinhança são outro dos problemas denunciados em Fátima e resultam da intenção de alguns imigrantes manterem os usos e costumes dos seus países, quando devem “respeitar os mesmos deveres de cidadania” que os portugueses."

CM.

Os imigrantes devem respeitar os mesmos deveres de cidadania que os portugueses? A sério? Pensavamos que os nacionais é que deveriam adaptar-se aos usos e costumes dos imigrantes em nome do fim do racismo e xenofobia. Também achamos muito mal que os senhorios possam escolher a quem vão arrendar as casas. É que nessas condições, não há hipóteses aos drogados, ladrões e outros mafiosos de arrebentarem com a casa, direito de igualdade consagrado na Constituição. Outra situação de descriminação é o facto de os nacionais terem direito a passar o resto da vida a pagarem uma casa "cara", longe dos centros urbanos, com a respectiva alegria de poderem levantar-se cedo para chegarem a horas ao emprego e regressarem à noitinha, descansados e frescos, ainda com tempo e muita paciência para acompanharem os filhos.

Situação diferente tem os imigrantes, vilmente obrigados a morar em casas "oferecidas" pelas autarquias perto dos respectivos empregos, cuja falta de necessidade de levantar cedo lhes causa variados problemas de obesidade e não permite um melhor acompanhamento familiar, obrigando os seus filhos a enveredar pela actividade criminosa, única solução para conseguirem roupas e calçado de marca, bem como fios e anéis de ouro, imprescindíveis ao dia a dia.
De facto, este país está cada vez mais racista. Primeiro os imigrantes, depois os nacionais. Há dúvidas?

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