segunda-feira, abril 25, 2005

25 de Abril de 1945.

Patrulhas do 1.º exército dos Estados Unidos entram em contacto com forças russas perto de Torgau.


"Após uma longa jornada de sofrimentos e vitórias, através de terras e mares, e em meio às batalhas mais sangrentas os exércitos dos grandes aliados atravessaram a Alemanha e uniram-se-lhe as mãos. Sua tarefa será agora a destruição de todos os remanescentes militares alemães, que possam oferecer resistencia, o aniquilamento do poder nazista e a subjugação do Reich de Hitler. Para essas tarefas existem disponíveis poderosas fôrças e unimo-nos em verdadeira e vitoriosa camaradagem e com a inflexível resolução de realizar nosso dever, custe o que custar. Marchemos, pois, para a frente, contra o inimigo."

Churchill

"Em nome do govêrno soviético dirijo-me a vós, comandantes e homens do Exército russo e dos exércitos dos nossos aliados ocidentais. Os exércitos vitoriosos das potências aliados, que travam a guerra da libertação da Europa, desbarataram as fôrças alemãs e fizeram junção no território da Alemanha. Agora, nossa tarefa e nosso dever consistem em completar a destruição do inimigo, forçando-o a depor suas armas e a aceitar a rendição incondicional. O exército russo realizará essa tarefa até o fim, e cumprirá seu dever para com os povos das nações amantes da paz e para com o nosso próprio povo. Saúdo, pois, as valorosas tropas dos nossos aliados que agora se encontram no território da Alemanha, ombro a ombro com as tropas soviéticas, imbuídas da mais completa determinação de executar seu dever até o fim."

Estaline


"Os exércitos anglo-americanos, sob o comando do general Eisenhower, uniram-se às fôrças soviéticas onde pretenderam, isto é, no coração da Alemanha nazista. O inimigo teve suas fôrças cortadas em dois. Esta não é, porém, é hora da vitória final na Europa, mas essa hora aproxima-se cada vez mais. É a hora pela qual o povo americano, o povo britânico e o povo soviético sofreram e lutaram por tanto tempo. A união das nossas armas no coração da Alemanha tem uma significação para o mundo, significação que ele não deixará passar despercebida. Significa, primeiro, que se desvaneceu a última e vã esperança de Hitler e de seus adeptos. A frente comum e a causa comum das potências aliadas nesta guerra, contra a tirania e a deshumanidade, foram demostradas por fatos depois de demonstradas por muito tempo, na determinação de todos os seus elementos. Nada pode enfraquecer ou dividir o objetivo comum dos nossos exércitos veteranos, de prosseguir no seu propósito vitorioso até o triunfo final aliado na Alemanha. A segunda junção das nossas fôrças, neste momento, indica-nos e a todo o mundo, que a colaboração das nossas nações, na causa da paz e da liberdade é uma colaboração eficaz, que pode sobrepujar as maiores dificuldades da mais extensa campanha de história militar do mundo e obter êxito. As nações que podem elaborar planos e lutar juntas ombro a ombro, em face de obstáculos como a distância, os idiomas diversos e as comunicações, que sobrepujamos, podem viver juntas e podem trabalhar juntas, no árduo labor da organização do mundo para a paz futura. Finalmente, esta grande vitória das armas e da estratégia aliadas é uma homenagem à coragem e à determinação de Franklin Delano Roosevelt, que não há palavras capazes de expressá-las. E isso só poderia ter sido realizado pela persistência e coragem dos marinheiros, soldados e aviadores das Nações aliadas. Mas, até que os nossos inimigos tenham sido finalmente subjugados na Europa e no Pacífico, não deverá haver relaxamento algum do esforço na frente interna, em apoio dos nossos heróicos soldados, marinheiros e aviadores pois que, como todos sabem não haverá pausa nas frentes de batalha."

Truman


Uma conseqüência da derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial foi o surgimento de dois Estados. Com isso, o país tornou-se o marco divisório de dois blocos e sistemas político-econômicos antagônicos, liderados pelos EUA e pela União Soviética. Em nenhuma outra parte do mundo a Guerra Fria se manifestou com tanta intensidade. A divisão alemã persistiu até 1990.

Após a capitulação das tropas alemãs em 8 e 9 de maio de 1945, foram presos os membros do último governo do Reich, encabeçado pelo almirante Karl von Dönitz. Juntamente com outros líderes da ditadura nazista, ele respondeu por crimes de guerra e contra a humanidade perante o Tribunal de Nurembergue, instaurado pelos Aliados.

As quatro potências vencedoras - Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética - assumiram o poder e dividiram o território em quatro zonas de ocupação. Sob o controle soviético, ficaram os territórios a leste dos rios Oder e Neisse. Berlim também foi dividida em quatro sectores.


O germe da guerra fria e os diferentes sistemas de domínio no Ocidente e no Leste geraram divergências entre os Aliados, que não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha vencida. Na Conferência de Potsdam, de 17 de julho a 2 de agosto de 1945, que deveria estabelecer as bases de uma nova ordem européia no pós-guerra, só houve consenso quanto a quatro pontos: a necessidade de desnazificar, de desmilitarizar a Alemanha, descentralizar a economia e reeducar os alemães para a democracia.

Muitas indústrias alemãs haviam escapado aos bombardeios, mas a pequena oferta de produtos estava longe de satisfazer a demanda e os aliados confiscaram grande parte da produção para o pagamento da reparação de guerra. A política econômica restritiva dos aliados só mudou quando se impôs a convicção de que a Alemanha Ocidental poderia ser um importante baluarte contra o avanço do comunismo soviético.

Embora recebesse ajuda dos EUA desde 1946, foi só com o programa de luta contra "a fome, a pobreza, o desespero e o caos" que a Alemanha Ocidental recebeu o impulso decisivo para iniciar sua reconstrução. O chamado Plano Marshall disponibilizou 1,4 bilhão de dólares de 1948 a 1952. A zona de ocupação soviética não teve a mesma sorte, tendo que arcar sozinha com os custos de sua recuperação, além de sofrer a sangria das reparações de guerra (que também afetou a parte ocidental) e desmontagem de fábricas, estradas de ferro e instalações levadas para a União Soviética.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

That's a great story. Waiting for more. » »

sexta-feira, março 02, 2007  

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