terça-feira, junho 14, 2005

Formas de noticiar o mesmo.

"Outras testemunhas ouvidas pelo JN deram conta, no entanto, de um início de "caos" ligeiramente diferente e afirmaram que falar em 500 agressores é "ficção científica. No máximo, eram 200". "Um elemento de um grupo tentou assaltar outro de um gangue diferente. Os dois grupos começaram à luta e instalou-se a confusão", que acabou por sobrar para famílias e crianças, gerando-se um cenário digno de um "arrastão nas praias do Rio de Janeiro"."

Em entrevista à nossa repórter enviada ao local, o Sr. Ricardo afirmou não ter visto nada. Invisual desde a nascença, garantiu ter ouvido a confusão que se instalou na praia. Adiantou que pelo barulho, deviam ser no máximo três assaltantes, pelo que a versão dos 500 é exagerada e só gera sentimento de insegurança num país que é mais seguro que Iraque e Afeganistão.

Também o Sr. Dabu, residente na Cova da Moura afirmou que não compreende a razão de haver tanta polícia na praia de Carcavelos. Segundo ele, tratou-se de uma brincadeira de miúdos a simular um arrastão brasileiro. O produto do “roubo” ainda não foi devolvido porque, com o aparecimento da polícia, as pessoas assustaram-se e fugiram. De qualquer forma, podem recuperar os seus bens, dirigindo-se ao Bairro da Cova da Moura entre as 2 e as 7 da manhã. Se possível levem cartões de crédito, jóias e demais bens de valor que possuam.

Já o Sr. Kadu, morador do Bairro de Santa Filomena, não compreende porque é que a polícia aproveitou a confusão para assaltar estabelecimentos junto à estação de Carcavelos, atirando as culpas para os jovens negros numa clara demonstração do habitual racismo existente em Portugal. Disse também que ia fazer queixa ao observatório do Racismo pelo facto de andarem polícias à paisana a agredir e roubar passageiros nos comboios. Referiu ainda desconfiar da infiltração de Skinheads escurecidos de graxa e com cabeleiras postiças nessas acções, mas que não dá a certeza visto que o SOS Racismo não previu.

Curiosamente o Sr. Raku do Bairro 6 de Maio disse tratar-se de publicidade ao Rio de Janeiro. As pessoas é que não compreenderam e por isso fugiram antes de ser entregues os panfletos. Esses panfletos podem ser adquiridos no Bairro entre a 1 e as 8 da manhã, bastando para isso levar objectos e valores e estojos de primeiros socorros para alguma eventualidade.

Quanto a algumas associações anti-racistas, não foi possível recolher a opinião dado que à hora do fecho desta redacção ainda se encontravam reunidas nos bares do Bairro Alto a discutir a situação.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Best regards from NY!
»

segunda-feira, agosto 21, 2006  

Enviar um comentário

<< Home

Divulgue o seu blog!