domingo, junho 05, 2005

O monstro e outras monstruosidades

O tempo aqueceu demasiado e a terra está cada vez mais seca e estéril é difícil arranjar sustento para as crias, mas sem trabalho esforçado nada se faz.

A propósito de trabalho e de esforço, neste sítio, os humanos que o governam, continuam a usar a retórica, e os tolos, como sempre, vão atrás, e os tolos são muitos! A ter em conta as sondagens, sejam elas encomendadas, ou não, resultam sempre. Admiram-se dos nomes que o Alberto João chamou aos jornalistas, (há actos que ofendem mais...), ficando os do costume ofendidos, eu chamar-lhes-ia como é costume, cachorros adestrados, ou com dono; enfim, é a República no seu melhor...

No fim do ano, a engenharia contabilística dos sábios, pagos com as várias subvenções, pensões e avenças, tratarão de apresentar o défice conveniente e as medidas de base não serão tomadas, porque os babecos e as hienas, riem muito, mas têm mandíbulas fortes, prontas a morder alguns dos políticos da praça com rabos de palha, não digo apontadas aos testículos, porque isso é coisa que não existe, duma maneira geral nos humanos deste sítio.

Com eleições à porta, convém falar muito e pouco fazer, depois de Outubro, acaba e começa campanha.

É preciso alimentar o monstro que dá votos, e foi entretanto reformulada a filosofia do Rendimento Mínimo Garantido, escusa de se dizer que quem vai pagar a factura são os camelos e os ursos do costume, agora chamados de patriotas.

A propósito de ursos, anda aí um, que quer voltar a pôr a mão no pote de mel, mas até os seus correlegionários o criticam, porque será?

Parece que vai haver distribuição de medalhas, no Dia de Portugal, por tudo o que é gente, por altos serviços ao país, não sei em que posição, para se chamar altos, mas de onde vem já acredito em tudo, será que também dá subvenção vitalícia, como se fosse pensão de sangue, dos cofres da quase extinta e exaurida CGA? Se assim for, está justificado e será inimputável o autor ou distribuidor.

De Montaigne, in " Ensaios . Da vaidade": "Numa época tão doente como esta, quem se ufana de aplicar ao serviço da sociedade uma virtude genuína e pura, ou não sabe o que ela é, já que as opiniões se corrompem com os costumes ( de facto, ouvi-os retratarem-na, ouvi a maior parte glorificar-se do seu comportamento e formular as suas regras: em vez de retratarem a virtude, retratam a pura injustiça e o vício, e apresentam-na assim falsificada para e educação dos princípes), ou, se o sabe, ufana-se erradamentee, diga o que disser, faz mil coisas que a sua consciência reprova. "


A Toupeira

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