O povo que perdeu a memória do bem e do mal
Como simples toupeira, pertencente a uma comunidade de indivíduos da minha espécie e com contactos, com indivíduos de espécies próximas e outras mais ou menos afastadas, como os humanos deste sítio, dou comigo a pensar porque razão, os comportamentos destes humanos mudaram tanto nos últimos trinta anos, a fazer fé no que me foi transmitido através do conselho de anciães, orgão respeitado entre nós.
Algo de muito mau se passou para que tal acontecesse.
Falava outro dia da lobectomia frontal ou melhor, leucotomia prefrontal*, técnica cirúrgica utilizada, em alguns países, até recentemente, e que consistia no corte de feixes de ligação entre várias zonas do cérebro com a zona de substância branca localizada na região prefrontal, que segundo os ideologos da dita tecnica, serviria e serviu, para tornar dóceis as pessoas que o não eram e portanto recondicionar o seu comportamento social e torná-lo ética e moralmente aceitável.
*Tecnica inventada pelo único prémio nobel da medicina deste sítio.
Ora eu disse de facto, que o povo deste sítio, ou a grande maioria dele, foi sujeita a um tipo de tratamento semelhante, (ou seja, condicionamento comportamental), através do ensino, entretanto instituído pelos novos pedagogos, que pura e simplesmente destruiram um sistema de ensino, apoiado de forma sistemática, pelas hienas e babecos de que tanto falo, e pelos vendilhões da pátria; através dos média politicamente correctos e que veiculam estupidez mórbida e contagiosa, às crias que sofrem por sua vez a influência dos pais, no mínimo analfabetos funcionais, e já com problemas no socialmente permissível. Criaram uma população com defeito na hierarquização das situações, que se lhes apresentam, levando a que as respostas, em relação aos problemas, sejam inadequados, por não ter havido assimilação das regras e convenções, do viver em sociedade, e portanto ética e moralmente reprováveis, em relação a todos os outros, que conseguiram fugir a esta peste. Dou exemplos: um que estará esquecido, e se chama Joana, no seu extremismo mais visível, independentemente de tudo o que lhe sucedeu; outros, todos os dias visíveis, de crianças abandonadas, negligenciadas e deixadas fechadas em casa pelos cuidadores, neste caso os pais...
É este o triste mundo da grande maioria dos humanos deste sítio, e que serve para manter no poder a oligarquia instalada há trinta anos, é deste exército, que lhes vem o poder, de um homem um voto, coisa muito confusa para nós toupeiras e ainda mais para o conselho de ansiães...
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