Money talks.

"A ausência de Miguel marcou ontem o regresso ao trabalho do campeão nacional Benfica. O jogador considera que o seu contrato com o clube da Luz terminou em 30 de Junho, e que é portanto um jogador livre, tendo assumido a ruptura. O Benfica assegura que o contrato com Miguel até 2008 está registado na Liga de Clubes, depois de ter sido homologado pela Federação Portuguesa de Futebol. Uma versão confirmada ao CM por fonte da Liga.

De resto, a renovação do vínculo, ocorrida em 21 de Novembro de 2003, foi amplamente publicitada pela Imprensa e o próprio Miguel reconheceu por diversas ocasiões que tinha contrato com o Benfica até 2008. Recentemente, em entrevista a uma rádio espanhola, o jogador afirmou que tem “mais três anos de contrato com o Benfica”. E há dias disse ao jornal de Valência ‘Las Provincias’ que tinha de se apresentar na Luz a 4 de Julho.

O volte-face terá sido ditado por alguma irregularidade encontrada no contrato e que terá levado o advogado Dias Ferreira, homem experiente nestas andanças, a aconselhar Miguel a assumir a ruptura. Na altura da renovação foi noticiado que Paulo Barbosa não participou nas negociações, mas o empresário desmentiu, ao mesmo tempo que reconheceu que a renovação tinha acontecido. “O Miguel esteve sempre em contacto comigo. O fundamental era continuar a jogar no Benfica”, afirmou, na edição do CM de 22 de Novembro de 2003.

Outra questão relevante tem a ver com o facto de o aumento salarial previsto no novo contrato (Miguel ganhava dez mil euros mensais e passou a auferir 50 mil) ter tido, alegadamente, efeitos imediatos. Ou seja, no último ano e meio Miguel já terá recebido o salário previsto no novo contrato. Fonte do Benfica confidenciou mesmo ao CM que Miguel terá feito recentemente um empréstimo bancário para compra de habitação no qual apresentou como garantia o novo contrato."

Um caso a acompanhar para apurar-se como é a fibra da nova geração de profissionais.