O ‘Triângulo das Bermudas’ português.
"Portugal tem um ‘Triângulo das Bermudas’ onde os criminosos desaparecem da Polícia para não mais serem vistos. Fica às portas de Lisboa e chama-se Cova da Moura.
O bairro, com o seu emaranhado de ruas estreitas, tornou-se um refúgio seguro para os fora-da-lei que procuram abrigo entre as paredes erguidas pelo medo, pelos silêncio e pelas cumplicidades. Um bairro onde todos os outros, aqueles que vivem do seu trabalho e não querem problemas com a Justiça, calam e esperam uma ajuda que tarda.
E o que é feito para dar resposta aos gritos mudos de quem não pretende pactuar com a situação? Pouco, muito pouco.
Faltam polícias que patrulhem e mostrem que a autoridade tem rosto, pedem-se rusgas eficientes que tirem o sono a quem infringe a Lei, exige-se o controlo da insegurança à solta que envergonha o Estado de Direito.
Mas falta, também, uma retaguarda serena mas ao mesmo tempo forte que apoie os agentes no terreno e os ajude a dominar o medo, muitas vezes alicerçado na falta de preparação e na inexistência de meios de defesa.
Rejeitam-se as acções esporádicas, previsíveis e inconsequentes, das quais os tímidos controlos de viaturas nas entradas do bairro são um triste exemplo de inoperância e derrota e recusam-se os pouco construtivos lamentos que em nada ajudam à mudança.
Para bem da vida em sociedade, a Cova da Moura merece um outro olhar. "
Paulo Fonte
O bairro, com o seu emaranhado de ruas estreitas, tornou-se um refúgio seguro para os fora-da-lei que procuram abrigo entre as paredes erguidas pelo medo, pelos silêncio e pelas cumplicidades. Um bairro onde todos os outros, aqueles que vivem do seu trabalho e não querem problemas com a Justiça, calam e esperam uma ajuda que tarda.
E o que é feito para dar resposta aos gritos mudos de quem não pretende pactuar com a situação? Pouco, muito pouco.
Faltam polícias que patrulhem e mostrem que a autoridade tem rosto, pedem-se rusgas eficientes que tirem o sono a quem infringe a Lei, exige-se o controlo da insegurança à solta que envergonha o Estado de Direito.
Mas falta, também, uma retaguarda serena mas ao mesmo tempo forte que apoie os agentes no terreno e os ajude a dominar o medo, muitas vezes alicerçado na falta de preparação e na inexistência de meios de defesa.
Rejeitam-se as acções esporádicas, previsíveis e inconsequentes, das quais os tímidos controlos de viaturas nas entradas do bairro são um triste exemplo de inoperância e derrota e recusam-se os pouco construtivos lamentos que em nada ajudam à mudança.
Para bem da vida em sociedade, a Cova da Moura merece um outro olhar. "
Paulo Fonte
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