quinta-feira, outubro 13, 2005

O habitual BE.

"Revisão da lei eleitoral deverá ocorrer no próximo ano. Socialistas querem executivos homogéneos: partido mais votado escolheria todos os vereadores do governo camarário. PSD quer constituição de executivos com maioria absoluta. PCP, BE, CDS e Verdes estão contra. Na sessão parlamentar, PS e PSD discutiram ainda a intenção de apertar, no futuro, as regras de elegibilidade dos candidatos autárquicos, depois de vários a contas com a Justiça terem conquistado presidências de câmara como independentes, no domingo. Nesta questão, a posição do Bloco de Esquerda, que esteve na linha da frente do ataque aos candidatos-bandidos, recebeu a ofensiva do líder da bancada do CDS-PP. Nuno Melo acusou o BE de ser «moralista», sobretudo quando a «a única candidata do BE eleita nas autárquicas (Ana Cristina Ribeiro, em Salvaterra de Magos) é arguida num processo». Mais: segundo o democrata-cristão há um candidato do Bloco, eleito a uma junta de freguesia, já «condenado no processo das FP25». Por «crimes de sangue», reforçou ao PortugalDiário o deputado.

Na resposta, Luís Fazenda, líder parlamentar do BE, justificou que «não é o Bloco que politiza os casos judiciais» e sublinhou que
o processo que envolve Ana Cristina Ribeiro «não tem absolutamente nada a ver com a câmara».

PD

1/ Se bem nos lembramos, o “candidato – bandido” Valentim é arguido no processo Apito Dourado que não tem nada a ver com a Câmara de Gondomar.

2/ Por alguma razão nunca se falou da condição de arguida da candidata do BE durante todo o processo eleitoral. Deve ser porque “não é o Bloco que politiza os casos judiciais”.

Enfim. A habitual coerência do partido cujo líder é candidato presidencial e aonde as principais figuras apoiam o “adversário” Soares. A coerência que nós tanto apreciamos e é necessária para animar o cizento político.-

P.S. Claro que o concurso de acesso à autarquia que contemplou o filho do GNR que investigava o processo não tem nada a ver com a Câmara. OBS. No mesmo dia que o filho do GNR chumbava num primeiro concurso, a presidente abria um segundo. O moço foi o único a entrar para os quadros da Autarquia nesses dois concursos (pag.67 da Sábado de 07-10-05).

Divulgue o seu blog!