Crucifixos.
"Eu só quero que me expliquem isto porque é que ter um crucifixo pendurado na parede de uma escola é uma ofensa à laicidade do Estado e um atentado à Constituição, e já não é uma ofensa à laicidade do Estado nem um atentado à Constituição o país inteiro prestar homenagem, através de um dia feriado, ao nascimento de Jesus (Natal), à morte de Jesus (Sexta-feira Santa), à ressurreição de Jesus (Páscoa), à celebração da Eucaristia (Corpo de Deus), aos santos e mártires da Igreja (Dia de Todos os Santos), à subida ao céu de Maria (Assunção de Nossa Senhora), e até ao facto de a mãe de Jesus, através de uma cunha de Deus, ter-se safado do pecado original no momento em que os seus pais a conceberam (Imaculada Conceição). Na próxima quinta-feira, dia 8 de Dezembro, o Estado português vai curvar-se alegremente diante de um dogma de alcofa inventado no século XIX por uma Igreja acossada pela secularização, mas até lá entretém- -se a subir ao escadote para remover cruzes de madeira, esses malvados instrumentos que instigam à conversão religiosa. Em Portugal, já se sabe, a lógica é uma batata.
Por mim, podem limpar as escolas de todos os crucifixos, e, já agora, que se aproxima essa perigosa quadra para o laicismo do Estado chamada Natal, podem proibir também os presépios e até a apanha de musgo. A única coisa que me incomoda neste pequeno psicodrama é que o Ministério da Educação perca o seu tempo a expelir circulares muito legais, muito constitucionais e muito burras. O senhor que está pendurado nos crucifixos não é apenas um símbolo religioso - é também um símbolo civilizacional, que atravessa todo o Ocidente através da pintura, da literatura, da música, da arquitectura, do teatro, do cinema. Mais do que propaganda católica, o crucifixo faz parte da nossa identidade e é uma chave para compreender os últimos 21 séculos de História. Não tem a ver com fé. Não tem a ver com Deus. Tem a ver connosco."
João Miguel Tavares
6 Comments:
post de estupido !
Em 11 de Abril de 1936 um professor de Finanças, de Santa Comba Dão, através da sua Assembleia Nacional, fez publicar no Diário do Governo, em nome da nação, a lei nº 1:194 intitulada Remodelação do Ministério da Instrução.
Na Base XI da referida lei criou a Mocidade Portuguesa, organização para a militarização e fascização da juventude e na Base XIII determinou que:
"Em todas as escolas públicas... existirá por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo..."
Mas interpretando o "verdadeiro sentir" da comunidade nacional a ditadura colocou de cada lado do crucifixo as fotografias de Salazar e do presidente fantoche, Óscar Carmona.
Estúpido é hipocrisia dos laicos.
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