O excesso de regalias da polícia.

"É uma irresponsabilidade irem para um serviço destes com munições de borracha e pistolas velhas. Uma pistola encravou e foi a sorte do agente, que se baixou para tentar desencravá-la. Um disparo feito pelos assaltantes passou-lhe por cima e atingiu o meu irmão na cabeça”.

A pistola que encravou nas mãos de um dos agentes da PSP – que anteontem formaram uma barreira policial ao grupo de assaltantes que matou o chefe Martins – é uma Walter de calibre 7.65 mm e está ao serviço da PSP há vinte anos. Mas, pelas esquadras do País, existem armas ainda mais antigas, como as pistolas ‘Star’, do mesmo calibre, que servem os polícias que trabalham em cidades com menos população. As investigações em curso indicam que o grupo armado possa contar com elementos de nacionalidade espanhola e portuguesa, alegadamente todos eles de etnia cigana. O grupo contaria com apoios nos dois lados da fronteira, o que facilitava a acções de fuga. Os assaltantes são considerados muito perigosos, estando armados com caçadeiras. Três dias antes do assassinato do chefe da PSP, haviam disparado contra a GNR de Faro, no decurso de um assalto a uma bomba de gasolina. Dispõem de coletes à prova de bala.

O líder do grupo que matou domingo um agente da PSP em Lagos é português, está indiciado por vários crimes de assalto à mão armada e saiu da prisão há 20 dias"

CM e PD