sexta-feira, janeiro 02, 2009

2 de Janeiro de 1492.

Em meados do século XIII, tudo o que restava da Espanha islâmica era o reino de Granada, na costa sul da península ibérica. Os cristãos tinham reconquistado Córdoba, em 1236, e Sevilha, em 1248, e, em breve toda a península seria cristã de novo. O ponto decisivo chegou ao final do século XV, com o casamento de Fernando de Aragão e Isabela de Castela e Leon, que unificou a Espanha e fortaleceu os exércitos cristãos. Em 1492, os cristãos finalmente derrotaram os muçulmanos. O rei Bobadilha, Abu Abd Allah, capitulou ante os reis católicos, entregando-lhes Granada. Se bem que as condições da rendição tenham sido generosas por parte dos vencedores, não demoraram muito a ser esquecidas, começando uma perseguição e aculturação sem tréguas dos mouriscos que permaneceram sob o domínio cristão, até que aconteceram as expulsões maciças a partir de 1610.Os 700 anos de ocupação da península ibérica pelos muçulmanos deixaram marcas indeléveis na cultura espanhola, que absorveu muito das primeiras influências islâmicas e que podem ser vistas hoje na arquitetura, língua e tradições da Espanha.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Para quem não saiba, cristianismo, judaísmo e islamismo, têm a mesma raíz. Assim, considero que a religião traz à nossa sociedade valores e princípios, tão importantes como outros de origens sociológicas diferentes. Quero com isto dizer que o mais importante de tudo é serem reintroduzidos na nossa sociedade valores e princípios que norteiem as pessoas. Já imagino os nomes que me vão chamar, mas arrisco: enquanto os portugueses não perceberem o significado da nossa história (para o bem e o mal), o significado do hino nacional, a importância da nossa cultura e língua e, acima de tudo, que os Países estrangeiros apenas são nossos amigos, enquanto tivermos interesses convergentes, não vamos conseguir mobilizar-nos para o grande combate global: a sobrevivência (em todos os vectores) de Portugal, enquanto Nação independente e una. Reflictam sobre isto...

segunda-feira, janeiro 02, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Gostei particularmente da referência à dicotomia entre solidariedade como virtude ou como utilização arbitária de recursos que não do próprio. No entanto, importa referir que na base do desenvolvimento do sistema de protecção social institucionalizado estão subjacentes os princípios cristãos de "amor ao próximo". Parece-me pois abusivo, referir esta institucionalização como o desvirtuamento puro do princípio básico que deverá ser o da solidariedade. A prossecução de uma sociedade justa, comporta necessariamente o princípio de redistribuição. Quando muito não seja por uma questão egoísta. Gostaria pois de lembrar a velha máxima: "tratemos pois dos pobres, antes que eles tratem de nós". Gostaria também que o prezado colunista pudesse explicitar em que se baseia para afirmar, que nos primórdios do cristianismo era comummente aceite a desigualdade do Homem, quando o que o próprio Jesus fez foi colocar no mesmo "patamar" homens e mulheres, servos e livres, independentemente da sua condição social, cultural, étnica ou religiosa.

segunda-feira, janeiro 02, 2006  

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