terça-feira, fevereiro 14, 2006

Holandeses espertos.

"A Procuradoria holandesa pediu a estradição de dois dos indivíduos detidos em Lisboa por suspeita de seis homicídios. Mas ao contrário do que diz a Polícia Judiciária, a Holanda nega que o líder do grupo detido seja procurado por «ligações ao terrorismo». A PJ reafirma que foi essa a «informação recebida» das autoridades de Roterdão e que até tem os documentos de recepção da informação. A PJ anunciou que deteve dois homens no domingo na zona da Amadora, enquanto o terceiro tinha já sido preso dias antes, quando se preparava para rumar a um país africano. O líder do grupo está, diz a PJ, convertido ao islamismo, mantém contactos com os meios radicais islâmicos, nomeadamente ao grupo Hofstad, e chegou a frequentar campos de treino no Iémen."

PD

Os holandeses são tipos espertos. Como não querem pedir desculpa ao mundo árabe, nem tão pouco jogar à bola contra eles, afirmam que os moços não são terroristas mas, sim, vítimas da opressão ocidental. Vítimas que foram obrigadas a procurar tratamento médico nos hospitais do Iémen.

P.S. 1/ Repare-se como a comunicação social teve o cuidado de informar que os terroristas, perdão, criminosos, foram apanhados num bairro problemático da grande Amadora. Nunca citaram o nome dele: Cova da Moura. A mesma comunicação social que não tem pejo em republicar os cartoons que têm irritado os árabes em nome da liberdade de expressão. Curioso não é?

2/ Dizem os "mentideros" que esta foi uma das razões porque Sampaio pediu autorização ao embaixador de Cabo Verde para visitar a Cova da Moura. Alertado pelo SIS do perigo (atentado) que essa visita acarretava, mesmo sendo um pedido de desculpas do país aos criminosos que roubam e assassinam polícias e cidadãos, Sampaio resolveu não arriscar. E fez bem. A fauna que por lá pulula é de fino recorte artístico. Desde vulgares criminosos a perigosos terroristas treinados pela Al-qaeda, por lá de tudo se pode encontrar um pouco de tudo. Mas isso são as habituais bocas dos mentideros que, infelizmente, não obrigam ao habitual pedido de desculpa ou a uma partida de futebol.

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