quarta-feira, abril 21, 2010

21 de Abril de 1918

Morre o barão Manfred von Richthofen. Nascido a 2 de maio de 1892, na hoje Polônia, o "Barão Vermelho" foi o principal piloto alemão na Primeira Guerra Mundial, derrubando 80 aviões inimigos. A sua fama chegou a extrapolar as fronteiras alemãs. Nos Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Austrália, ele tornou-se conhecido como The Red Baron (O Barão Vermelho). A companhia aérea Lufthansa ainda hoje aproveita a popularidade do Barão Vermelho em suas campanhas publicitárias no mercado norte-americano. O próprio Richthofen contou sua carreira de piloto de avião de caça num livro publicado em 1917. A primeira edição do Der rote Kampfflieger vendeu mais de 250 mil exemplares num ano e foi reeditado várias vezes. Escrita em estilo altamente arrogante, a biografia ajudou a criar o mito de um grande herói de guerra. A mãe de Richthofen descreveu a morte do piloto como o martírio de um jovem cheio de ideais e heroísmo.

Como muitos dos filhos da nobreza da época, Richthofen ingressou no corpo de cadetes imperiais aos dez anos. Posteriormente, tornou-se oficial de cavalaria. A carreira de oficial permitiu-lhe continuar praticando sua maior paixão - a caça.

Prazer em matar:

Com o início da Primeira Guerra Mundial, o exército alemão intensificou suas atividades de reconhecimento nos territórios inimigos. Richthofen pediu transferência para a recém-criada força aérea. Logo passou a participar de vôos de reconhecimento e bombardeios. Ele próprio dizia sentir um verdadeiro prazer em liqüidar um inimigo. Na primavera européia de 1916, o tenente Richthofen passou a receber a formação de piloto de caça. Ele destacou-se por sua agressividade e, em pouco tempo, já derrubara 16 aviões franceses e ingleses, o que lhe rendeu a Medalha de Honra ao Mérito, maior condecoração militar do Império Alemão, e o posto de capitão de esquadra. Tratava seus adversários como animais selvagens e, às vezes, derrubava até dois ou três caças por dia.

Avião pequeno e ágil

Richthofen foi também um dos primeiros a pilotar um triplano Fokker, que estreou nas frentes de batalha no outono de 1916. Era um avião de caça pequeno, a agilidade e a velocidade de decolagem eram sua principal arma. Em manobras, era impossível colocá-lo em mira, mas, se seguisse um rumo fixo, tornava-se alvo fácil. Isto foi o que provavelmente acabou com Richthofen. No dia 21 de abril de 1918, pouco antes de completar 26 anos, foi atingido pelas costas pelo piloto canadense Roy Brown, enquanto perseguia sua vítima de número 81. Seu corpo foi enterrado com honras militares. Sete anos mais tarde, o cadáver foi exumado a pedido da família e sepultado, em Berlim, novamente com honras militares e grande participação popular. A força aérea alemã perdeu 7,7 mil pilotos na Primeira Guerra Mundial. Réplicas do triplano Fokker (que Richthoffen havia mandado pintar em vermelho para provocar seus adversários) estão expostas na maioria dos museus de tecnologia e aviação do mundo. Manfred von Richthofen virou nome de esquadras, quartéis, praças e ruas. Veteranos de guerra - não só da Alemanha - o admiram até hoje.

Fonte.

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