CALENDÁRIO JULIANO, PRÓPERSIO SERPA, MARTIR

Propérsio Serpa, Serpinha para os íntimos, foi na época o orgulho de Braccara Augusta. Filho caçula de um comerciante de frutos secos, pevides e lampreias de Moledo, e duma cortesã teúda e manteúda do Governador da Úmbria, Cassius Quelei. Desde sempre cismou em ser o melhor em tudo. No bilas, na macaca, na “primeira à caganeira”, no “toca e foge” e mais tarde no palmanço e nas garinas.. Com o “pater” e a “mater familias”, fez as seasons de bañus num balneário muito “in” na Cova do Vapôr, perto de Olissipo, e foi lá que conheceu um edil muito em moda. O Sartana Flopes,que havia de lhe mudar a vifda e a carreira. Enveredou pela política, via autárquica, entrando para edil de Braccara Augusta, onde construiu túneis, casinos, fontanas , muitas escadarias, inventou o Bom Jesus para extorquir maravelins aos incautos e teve um caso com uma vestal, desviando-a da virtude para sempre.
Enlevado pelos seus êxitos autárquicos, e como explorador daquele Parque Temático com muitas escadinhas, rumou a Meca com o intuito de promover junto do Sultão residente, , a introdução de torniquetes para extorquir o dízimo aos peregrinos.
Ofendido no seu fundamentalismo, o Sultão ordenou o martírio, que constou na extração do dente do ciso com a boca fechada, tendo aquele sido arrancado pelo buraco oposto. Não se lhe ouviu um pio. “Morreu como um passarinho”, disse alguém.
Entrou directamente para o Calendário Juliano, por cunha do Sartana Flopes, já que para o Gregoriano, não havia vaga, para um mártir de tão baixa extração.