Educação moderna.
1/ «O PGR fez eco da sua preocupação, mas não há motivos para isso porque a violência escolar é uma situação rara e não está impune. O que existem é situações de indisciplina e incivilidade», sustentou, na altura, a ministra da Educação, adiantando que não queria que fossem criminalizados «actos que têm características específicas porque acontecem no meio escolarAfinal a ministra já conhecia os números dessa violência escolar que, sendo uma situação rara, consiste em actos de indisciplina e incivilidade que são resolvidos embora tenham duplicado em relação ao números registados no último ano lectivo. E tem toda a razão quando afirma que não há razões para preocupação. Pela parte que nos toca, não vemos problema no facto de os alunos irem armados com pistolas de 6,35 e 9mm para a escola. O mesmo não diríamos se eles aparecessem só com material escolar.
(mais aqui)».
2/ "A ministra da Educação já conhecia os dados sobre violência nas escolas revelados pelo Procurador-Geral da República (PGR) após uma audiência com o Presidente da República, nomeadamente que há alunos que levam armas para os estabelecimentos de ensino. "São dados que são compilados e reportados pelo próprio Ministério da Educação. E resolvidos também (mais aqui)"
3/ "As estatísticas oficiais, consultadas pelo JN, parecem confirmar o alerta do Procurador, apontando para um crescimento das armas de fogo apreendidas desde o início da década e, mais grave, para uma duplicação dos casos registados no último ano lectivo (mais aqui)".
Já agora aproveitamos a oportunidade para sugerir que os alunos a partir dos 12 anos tenham a possibilidade de tirar a carta de pesados para puderem aparecer nas escolas ao volante de tanques de guerra e outros veículos blindados.
P.S. O governo já deve ter saudades de Souto Moura, o tal PGR mediático.
Etiquetas: No reino do politicamente correcto., Welcome to the European Texas.
15 Comments:
Ela sabia mas nunca diria nada se não fosse o Procurador... Lembremos que quando o Procurador fez a primeira denúncia sobre a violência nas escolas a Ministra disse que ele nada tinha a ver com isso... Que interessa vir agora dizer que já sabia? Nós sabemos que ela sabia! Não vem dizer nada de novo. O que ela devia era vir dizer aos agredidos para terem a coragem de denunciar os agressores e dizer-lhes que teriam o apoio do Ministério. Mas estamos longe disso. Lá chegaremos quando morrer alguém. Ainda estamos na fase: agrediram-te? És o culpado.
Esta mulher é mesmo muito teimosa, convencida, prepotente. Ai sabia? Ai sabe? está a resolver este problema? Fantástico! Como o vai, então, resolver, visto que se trata não só de um problema que está não só instalado nas escolas, como nesta sociedade contaminada? Com soluções pontuais punitivas? A dar bolos a tolos? Esclareça, Santa Lurdes, como vai fazer o milagre!
A senhora ministra até tem um observatório mas não retira daí consequências. Foi preciso que o Sr. PGR viesse à praça pública para a senhora ministra se descoser com os dados que afinal... já tinha. E acha a situação muito normal. Como acha normal condescender com o clima generalizado de indisciplina que se vive naquase totalidade das escolas públicas. E não anunciou nem tem intenção de adoptar a medida mais importante que seria desenvolver nas escolas a cultura da exigência e responsabilidade. Com esta ministra e a sua equipa, a escola pública está a transformar-se numa escola de diplomados analfabetos e de potenciais marginais. O senhor Presidente da República, não tem ajudado muito. Convoca com grande solenidade o PGR e dá palmadinhas de conforto e apoio nas costas da ministra.
"O problema já está a ser combatido há muito tempo" e para o combater a senhora ministra não encontrou melhor remédio que desprestigiar as Ciências da Educação, ou seja: dar a ideia de que valoriza o conhecimento científico e a instrução em detrimento da Educação. Não é de certeza o caminho apontado pelos especialistas em Educação, mas é o caminho que este governo decidiu encetar e os resultados estão à vista. A aquisição de conhecimentos, só por si, vale o que vale, e o próprio governo com as novas oportunidades dá um sinal muito claro do que pensa da aquisição de conhecimentos (muitos deles sem qualquer aplicação na vida prática e que, de enfadonhos e descabidos das realidades actuais, podem bem ser responsabilizados pelo clima de desinteresse que os alunos demonstram pelas aulas). A Educação tem de ser um processo que integra aquisição de conhecimentos com o desenvolvimento sócio-afectivo dos alunos, a compreensão do que é o mundo moderno, das relações de poder, do que é a disciplina, a ética e o respeito pelos outros se não se aprender na escola onde se aprenderá? O clima de competição profissional que o actual governo desencadeou não deixa aos pais tempo para os seus filhos.
A srª ministra já sabia...! Os dados são de 2006/2007 ( anterior ano lectivo). Reconhece a ministra que ainda não tem dados o actual ano lectivo. Pergunta-se, a sr. ministra sabe então o quê ? O sr. Presidente da República acabou ontem por chamar o sr. Procurador da República o que evidencia um facto de fundamental siginificado : ambos duvidam que a violência nas escolas seja um "fait divers" como a declaração da ministra parece desejar que seja. Não é! Levar armas para as escolas, casos isolados? Pais que ameaçam os professores, casos isolados? As escolas têm todos os poderes para resolver este casos?Nãosr. ministra, não têm! Concluo com o óbvio, o governo de facto tem um grave problema para resolver com o ME e com esta ministra.
Mais uma vez, a ministra tinha dito, anteriormente, que não existia violência nas Escolas! Agora já a admite e da pior forma, nem num cartel da droga!! Sra Ministra é incompetente! Tenha bom senso e honra, demita-se!
É óbvio que a Sra. Minsitra sabe disto há muito tempo! Será que pretende tapar o Sol com uma peneira? Se sabia, por que não fez, e não faz, nada? Já agora, o que diz o nosso primeiro, o Senhor Engenheiro Sócrates? Não há dúvida que a Sra. ficará na História... Estamos no bom caminho! Piores dias virão... Infelizmente, não restam dúvidas!!!
Reparem no discurso contraditório da ministra quando diz que não tem dados sobre este ano lectivo, mas a seguir afirma que a sua acção ministerial actua no sentido de "ter um conhecimento muito próximo, quase diria, NO MOMENTO, das coisas que estão a acontecer nas escolas, podendo evidentemente apoiá-las na solução desses problemas". E são esses "inteligentes" que nos governam... como é possível incompetentes como esta ministra chegarem a cargos de tão alto nível neste país???
Se eu percebi a ministra, a maior parte dos 140 casos de violência relatados na escola ocorreram nas imediações da escola. Estas duas frases ditas quase em simultaneo pela ministra "quase diria, no momento, das coisas que estão a acontecer nas escolas" e "não há dados ainda sobre este ano lectivo" lembram-me aqueles quebra cabeças com Veridicos, Mentirosos, Loucos e Mudantes da minha juventude. Eu diria que a ministra pode ser tudo (Mentiroso, Louco ou Mudantes) excepto um veridico.
Curiosamente a Srª. Ministra rompeu o silêncio a que se havia remetido apôs a divulgação do celebre video da ocorrência no Carolina. Penso que terá sido das poucas pessoas em Portugal que não opinou sobre um assunto que directamente lhe dizia respeito. Agora estou admirado como face às declarações do Snr. Procurador Geral ela não tenha dito a sua frase favorita "NÃO É VERDADE". Afirma em determinada altura das suas declarações que em relação aos factos ocorridos no ano anterior os casos foram resolvidos. Bem resolvidos, acrescentarei eu, dadas as ocorrências de que vamos tomando conhecimento.
Claro qua a Ministra já sabia!Mas o que fez? Nada se alterou em termos legais de há 15 anos para cá, embora a viol~encia tenha aumentado muito. convém esclarecer que o Coordenador de Segurança da escola, por lei, se limita a reportar situações de violência e assaltos às instalações ao Gabinete de Segurança do ME, reunir com o elemento da escola segura residente na escola (normalmente um agente da PSPou da GNR, na reforma-fica mais barato- no pico das suas capacidades físicas para controlarem adolescentes violentos) e o agente da PSP a quem incumbem de, montado numa scooter que atige a vertginosas velocidades, fazer a ronda de 10 ou 15 escolas, distantes vários km entre elas,mas com entradas e saídas à mesma hora...E, quando no limite se pretende transferir um aluno com comportamento reiteradamente violento, depois de processos disciplinares, recurso às comissões de acompanhamento (que nunca actuam em tempo úttil porque estão entupidas e não se contratam técnicos...) vêm as DRE's dizer que não em nome da "inclusão" e da salvação da almas... Haja ao menos a honestidade de se dizer que não se resolve o problema porque não se quer gastar dinheiro...
Só na minha escola secundaária do interior do país, este ano já soube de, pelo menos uma dúzia de casos de armas brancas e no interior do recinto escolar. Estão fora das estatísticas porque todos preferem "não ver nada". Ninguém quer os carros vandalizados sem saber por quem!
Entre outras coisas....
Mas, associado a tudo o que é armas brancas ou não, porque outras "circulam" em meio escolar, estão as chamadas drogas leves (?) que muita gente julga que os seus filhos "não se metem nisso". Se soubessem o que estão enganados e como os próprios filhos(as) os enganam!
Mas, só o Sr. Procurador Geral da Républica teve a coragem e frontalidade de falar no verdadeiro problema e associá-lo às respectivas consequências!
Um outro exemplo:
Com a lei do fumo, não há professores a fumar nos recintos escolares ou em salas à parte. Os alunos , esses, contunuam, embora em menor número, a fumar onde lhes apetece, desafiando a hipotética autoridade dos auxiliares de acção educativa. Mas, não fumam só tabaco, penso eu de que!!!!!!
Quanto aos telemóveis, contunua tudo na mesma...já foi longe demais. Já ninguém resiste ao vibrar do sinal de uma menssagem. As desculpas vão-se adaptando; ou era para ver as horas (com o relógio no pulso, por vezes) ou há uma imediata necessidade de pedir para ir à casa de banho!
Comentar declarações da Ministra da Educação (triste educação) é mera perda de tempo. Passou da prepotência ao ridículo e, se não é demitida com urgência, descerá muito mais. por isso analisemos a pergunta em título.
Sem sombra de dúvida que, se há armas nas escolas, na maioria das vezes é porque também há armas em casa e nos familiares desses alunos. O que custa a aceitar é que as autoridades sabem muito bem onde se encontram armas ilegais de todos os jsons. De vez em quando é levada a cabo uma operação policial para "inglês ver" e, que se saiba, em nenhuma delas a polícia veio de "mãos a abanar". Se essas operações se repetissem frequentemente nos locais certos e de todos nós conhecidos, não faltariam armas para apreender. Quando os jovens vivem nesses ambientes familiares
é quase certo que transportam para a escola e mais tarde para a sociedade essa forma de estar.
Depois vêm os governantes e outros utópicos falar de integração social, como se essas pessoas pudessem ou quisessem integrar-se. É claro que a História um dia irá registar consequências dramáticas para este "povo de brandos costumes" que são os portugueses dignos desse nome. E a História responsabilizará os obreiros das políticas subversivas a que temos vindo a assistir, não só em Portugal, mas em muitos países ocidentais. As maiorias só servem para pagar impostos e estes só servem para proteger minorias imerecidamente na maior parte dos casos, porque a Europa ainda não se libertou do complexo de culpa que lhe ficou da segunda guerra mundial, quando essa culpa cabe apenas a quem deviria enfiar a "carapuça".
A meu ver o problema das armas nas escolas, o problema das agressões a professores e empregados e o problema da indisciplina inseren-se na situação geral do País. Retirou-se autoridade às polícias, aos professores às escolas, temos assistido à sistemática alteração do código penal com o intuito de despenalizar os crimes, por isso a indisciplina e a criminalidade que se lhe segue, aumentará em espiral, não obstante as declarações dos governantes de que são sempre coisas pontuais e não obstante o aceno com estatísticas prèviamente manipuladas à medida do que se pretende fazer crer`aos pagadores de impostos deste País.
Nos anos 60 os alunos sabiam e eram exemplares, e os professores tinham o seu descanso para que nos periodos seguintes estivessem em forma e com o 7º ano sabiam mais que um licenciado de hoje.
-Hoje todos andam esgotados, são os alunos com excesso de trabalho e que já não sao capaz de assimilar nada, e são os professores que estao esgotados de uns dias para os outros e meses seguidos com o tentar dia a dia que o aluno esteja atento á aula, e fazer com que todos os alunos estejam com atençao ás aulas eter que ensinar aquilo que os outros tentao destruir todos os dias dias seguidos. Todos andam esgotados.
-Se tem o conhecimento dos resultados dos anos anos 60, e os rsultados de hoje e o estado do ensino e dos professores e dos alunos. Então porque não voltam aos anos 6O.
Sr. Procurador o país está-lhe imensamente grato pelo facto de "ver" o país real em que nós vivemos e não aquele que nos querem impingir.
Sei que o Sr. não é de se deixar intimidar pelo cor-de-rosa , nem o dos "palácios" onde habita um senhor que também pouco vê porque pouco quer ver.
Bem haja Sr. Procurador
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