Educação.
1/ "A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, responsabilizou segunda-feira os professores pelo insucesso escolar e a falta de qualificação dos alunos e criticou o funcionamento dos estabelecimentos de ensino. "No turno da manhã, funcionam as melhores, permitindo ainda que, à tarde, por exemplo, esses alunos tenham actividades de enriquecimento curriculares". "Não são orientados para os casos mais difíceis. Os melhores professores ficam com os melhores alunos e os docentes com pior estatuto na casa levam com as turmas mais difíceis".
DN
2/ A ministra não quer discutir seriamente a actual situação do ensino nacional porque isso seria questionar a acção dos anteriores ministros.
3/ A ministra esquece-se que são os professores que recebem ano após ano alunos com problemas cada vez mais sérios relacionados com a ausência e destruturação das famílias.
4/ A ministra esquece-se do papel de substituos úteis que os professores exercem na escola, na família e na sociedade, colmatando faltas vitais.
5/ Este ataque com as "mãos nas ancas", do populismo mais boçal que se viu, revela que Portugal está enfermo e deixou de ter a noção dos principios e dos valores perenes.
2/ "O Ministério da Educação apresentou propostas de alteração ao Estatuto da Carreira Docente, entre as quais se inclui a possibilidade de os pais ou encarregados de educação individualmente fazerem uma avaliação do trabalho dos professores que dão aulas aos seus filhos."
Com os alicerces mal preparados (educação descuidada) princípios morais e civilizacionais esquecidos ou simplesmente ignorados, desprezo pelo outrora caro e valioso, arvorando a bandeira de uma falaciosa liberdade, a governação pratica actualmente até à exaustão e neste domínio, uma verdadeira irresponsabilidade. E aos professores depara-se-lhes a ingrata e ciclópica tarefa de recuperar os anos vitais de uma educação ignorada e de impedir que o "cancro" mine mais, suba e irreversivelmente progrida na formação das próximas gerações.
Uma pergunta: como contribuintes podemos avaliar o funcionamento de governantes e políticos?
31 Comments:
Isto foi o que escrevi no meu blog:
Ouvi hoje que à uma proposta de os pais e encarregados de educação poderem vir a avaliar os professores. Ahahahahahahahahahahahah! Estou mesmo a ver! Então aí é que nenhum pai vai ter autoridade para chumbar um aluno, por temer represálias dos país! Lindo sistema de (des)educação! Não digo que não seja necessária uma avaliação dos professores, mas isto é absurdo! Já hoje os professores não têm grande autoridade e costumo dizer que até as galinhas passavam de ano, se pudessem ir à escola... Tudo isto para reduzir o insucesso escolar, apenas no papel, claro... Em Portugal, recompensa-se a perguiça e a incompetência logo na juventude...
Já expressei a minha discordância sobre a proposta de os pais e encarregados de educação poderem vir a avaliar os professores. Só iria criar mais pressões sobre os professores, para além de os desautorizar e de lhes reduzir ainda mais a pouca autoridade que têm. Este é o caminho para a deseducação.
⇒ Já a ideia de os professores fazerem provas de conhecimentos gerais merece a minha total concordância. Os professores não podem pensar que a experiência ou o canudo são tudo. É preciso que os professores conheçam o mundo e a sociedade onde se integram, que não se tornem surdos a novos conhecimentos e à actualização dos seus próprios conhecimentos e que não pensem que a cultura geral é um detalhe sem importância. O simples conhecimento livresco numa só área é insuficiente, tendo em conta a multidisciplinaridade e a polivalência que cada vez mais lhes é exigida. Este é o caminho da educação.
Abraço
Quanto ao ensino secundário, só posso sugerir que a nossa Ministra vá fazer uma viagem até ao Canadá para ver o que é um verdadeiro modelo de aprendizagem. Se as coisas não estão a resultar, então vamos lá repartir as culpas entre alunos, professores... Ministério da Educação, que já deve ter feito mais reformas do que Mao Tse Tung na revolução cultural.
Mas fala-se no ensino secundário, e esquece-se do Ensino Superior. E neste caso acho que grande parte das culpas se devem atribuir aos professores que juntam tantos "tachos" que por vezes nem tempo têm para dar aulas. Para estes "iluminados do Superior" nem lhes é pedido qualquer tipo de formação pedagógica. Não sabem dar aulas, não motivam os alunos, não "deixam" os mesmos aproximarem-se para falar abertamente sobre qualquer assunto. Estes sim são os Senhores PIDE... os iluminados e intocáveis. Santa tristeza....
Sou aluno do Secundário e esta notícia chocou-me.
Acho ridículo a Sr. Ministra culpar os professores que tanto se esforçam por dar umas quantas aulas no meio de barulho, por parte de alguns alunos total desinteresse, troça e muitas vezes violência.
Como aluno que sou posso afirmar que efectivamente há professores que ajudam outros alunos que gostam mais e desfavorecem outros que apesar de interessados, não são do gosto do professor. Mas também afirmo que há muitos professores que ajudam quem é interessado e quem não é, mesmo que em troca apenas recebam criticas, escárnio e faltas de respeito.
Outro aspecto que me revoltou foi a Sr. ministra afirmar que os professores não devem preparar os alunos apenas para o ensino superior. Mas afinal, um professor deve preparar o aluno a ir para onde?! Para ir trabalhar para as obras? Se os prof' s do secundário não prepararem os alunos para a universidade, afinal vão prepara-los para que? Mas afinal que educação é esta que temos em Portugal? É incompreensível!
Ah?! Mas portugal tem ministra da Educação? "...quando a glória passada já não pode encobrir o ruinoso do edifício presente, e se afunda a península sob o peso dos muitos erros acumulados, então aparece franca e patente por todos os lados a nossa improcrastinável decadência. Aparece em tudo; na política, na influência, nos trabalhos da inteligência, na economia social e na indústria, e como consequência de tudo isto, nos costumes.A preponderância que até então exercêramos nos negócios da Europa, desaparece para dar lugar à insignificância e à impotência." in Causas da Decadência dos Povos Peninsulares.., de Antero de Quental, 27 de Maio de 1871.
135 anos depois deste discurso ter sido pronunciado na sala do Casino Lisbonense,o país passeia-se em manifestações de vulgaridade, os "intelectuais" são mais do tipo "parece mas não é" , o "pensamento" pobre - pobre? paupérrimo - limita-se a dois ou três comentadores do óbvio que a generalidade da nação acha inteligentíssimos mesmo que ninguém os conheça nesse "lá fora" que tanto gostam de proferir, os políticos dos partidos de poder uns mercenários das honras do imediatismo que nem sequer aspiram a "ser" história, uns inúteis que se contentam em ser "reis" em terra de cegos. Portugal existe? E tem Ministra da Educação? E então essa senhora desconhece que o ensino é exactamente o que os sucessivos ministérios da Educação quiseram que fosse e continue a ser? Os ministérios do facilitismo, das estatísticas das máscaras, dos números do mercado e do lucro? Não está satisfeita com a universidade-fábrica de licenciados p`ró nada? Não lhe basta que os jovens, e os pais dos jovens, e os políticos da ignorância se satisfaçam com a entrada nos cursos superiores à base de negativas? Não lhe chegam os analfabetos "ilustrados" produzidos até agora? Pois acabem-se com as notas e façam-se sorteios, de preferência em Inglês - sempre é mais fácil - e com jogos de computador, programas culturais por "messenger" etc. Já agora, quem é que avalia a (in)comptência da Sra e seus compinchas de (des)governo? Ai Portugal que fado o teu...
Eu não acredito, então aquela pessoa que se diz de ministra, tem o arrojo de culpar os professores de beneficiarem os filhos de funcionários e os bons alunos, em detrimento dos maus, é por cabeças iluminadas como esta é que Portugal nunca vai deixar de ser a cauda da Europa, então nivela-se o ensino por baixo e não por cima, ajudam-se os maus, ninguém pode chumbar, porque os bons estão certos, esquecem-se que os bons em Portugal são medianos no resto da Europa, porque lá só vinga quem é bom, lá nivela-se por cima.
São os políticos que temos, fecham-se escolas, porque os seus filhos estudam em colégios particulares, ou no estrangeiro, fecham-se hospitais porque eles vão para clínicas particulares ou estrangeiro, fecham-se postos da gnr, não há delinquência, eles e respectivas famílias andam carregados de guarda costas.
Será que não se arranja maneira de quando estes políticos cometem barbaridades destas, possam ser responsabilizados, e sofrerem as consequências dos erros em vez de ser ao contrário quanto mais asneiras fizerem melhor, espera-os lugares na CGD, GALP, EDP, etc.
Nada de novo, de à uns anos para cá a culpa dos maus resultados escolares é sempre dos professores, que se tornaram o perfeito bode expiatório para os erros dos sucessivos governos. O ideal é mesmo passar os alunos todos. Assim o docente só tem benefícios, pois numa altura em que o que conta são os números das estatísticas, o professor que passa toda a gente é considerado um bom profissional. Os anos passam e continuamos a adoptar a velhinha tática de fazer tudo "para inglês ver". É por isso que o nosso país é aquilo que é. Na realidade o que está em causa não é a qualidade de ensino, mas os números do sucesso escolar que devem estar ao nível dos atingidos pelos parceiros da união europeia. O resultado é o facilitismo generalizado que impera nas escolas e que pelos vistos não é o suficiente para atingir aquilo que é pretendido pelos nossos governantes. E assim acontece no país das maravilhas, somos burrinhos mas ao menos somos felizes ou não.
Não sei se as afirmações produzidas correspondem ao que a ministra disse ou ao que o jornalista quis ouvir. Inclino-me mais para a segunda hipótese, porque a primeira é demasiado grave para ser verdadeira, sobretudo se dita por um ministro, i.e., o responsável pela condução da política educativa no país.
Senão note-se:
1. um ministro não pode andar por aí a afirmar que as escolas organizam os horários para favorecer os filhos dos funcionários. Primeiro porque sabe que isso não é verdade, segundo porque há regras fixadas pela própria tutela que o impedem, e 3º porque é seu dever fiscalizar e fazer cumprir estes procedimentos ? tarefa a que a IGE se entrega sempre no início do ano. Se porventura tal não acontecer, é obrigação da ministra denunciar, responsabilizar e punir os prevaricadores, de acordo com o estatuto disciplinar da função pública. Foi isso que fez? Em que escolas?
O que a ministra está a fazer com esta afirmação, QUE NÃO DOCUMENTOU, é generalizar um ou outro caso ocorrido no passado e publicitá-lo na opinião pública como se fosse, no presente, prática corrente e habitual nas escolas. A isto chama-se, com todas as letras, desonestidade, cujo único fim se destina a denegrir a imagem dos professores junto de uma opinião pública habitualmente desinformada. E fá-lo intencionalmente, consciente de que está a manipular a verdade, atingindo toda uma classe de modo ignóbil, impróprio de gente decente.
2. um ministro não pode afirmar que os professores só preparam os seus alunos para entrarem na universidade, como se isso fosse um crime, porque sabe que o Sistema Educativo (SE) português está desenhado justamente para isso ? para a entrada na universidade!
Os professores preparam os alunos que têm, no SE que existe, com os cursos que o ME autoriza.
Quem criou um sistema assim? Foram os professores?
Os professores do Ensino Secundário TÊM de preparar os seus alunos para obter bons resultados ao longo dos anos do ciclo, e nos exames, para de facto poderem entrar na universidade. Se o não fizerem, o próprio ME, os alunos e as famílias se encarregam de os responsabilizar por não terem feito o que deviam!
O que quer a ministra? Que os profs preparem alunos de um sistema educativo que não existe?
É a 1ª vez numa já longa carreira de 30 anos que me vejo acusado de fazer o meu trabalho!
Se o ES não responde às necessidades sociais actuais basta reformá-lo, não é verdade sra ministra? E isso é trabalho seu, minha senhora. Os alunos abandonam a escola no ES? Crie cursos profissionais e vocacionais! Os alunos saem mal preparados das escolas? Actualize os curricula, seja rigorosa na avaliação, responsabilize as escolas PELO QUE NÃO FIZERAM, promova a educação ao longo da vida, dote as escolas de meios necessários! Responsabilize quem tiver que responsabilizar, mas faça-o a partir de agora, porque só a partir da última revisão curricular é que o Sistema está preparado para responder às debilidades pelas quais anda nessa cruzada doentia e injusta a responsabilizar quem não deve.
Um ministro, para mais uma senhora, deve saber comportar-se.
Fale só por si e não seja injusto com alguns pais.Eu lhe garanto que o meu filho que anda na escola mestre domingos sariva já no 1 e 2º periodo teve represalias nas notas porque a directora de turma começou a embirrar com ele devido a uma queia que eu fiz de roubo e agressão.Eu não quero que ele tenha 20 a tudo só notas de acordo com o que ele sabe e não foi o que aconteceu lhe garanto.Por isso se esta medida for para tirar a faca e o queijo da mão dos professores acho muito bem.
Nesta questão do ensino o que me faz impressão é a forma e o descaramento como a "ministra da educação" culpa os professores e só os professores. Só vejo nela e no seu "secretário de estado" raiva e ódio pelos professores. Porquê? E de quem é a culpa da falta de estruturas e infraestruturas ? É dos professores ? Miúdos que após as aulas de ginástica não tomam banho porque não sabem as regras mínimas de higiene e tornam as aulas seguintes insuportáveis devido ao mau cheiro. Será culpa dos professores? Será que a senhora ministra também acha que o professor devia ir ao balneário dar banho aos alunos? Meus caros portugueses, no dia em que os pais/encarregados de educação avaliarem os professores o ensino bate no fundo. Por este andar qualquer dia andamos a avaliar o Polícia e o GNR por haver tanta insegurança. Avalie-se o marinheiro e o militar. E depois? Cai-se no exagero, na chantagem, na politiquice, nas atitudes tipo PIDE.Como aliás é típico e normal em Portugal. Portugueses acordem !!!!
Os meu pai tem a 4ª classe e a minha mãe a 3ª. Nunca faltaram a reuniões de enc. educção e sempre me acompanharam nos estudos. O meu pai sempre me comprou livros, e como sabia que não tinha "capacidade" para escolher os que seriam mais adequados, aconselhava-se com a senhora da livraria. Sempre me incentivaram a estudar e sempre estiveram ao meu lado nas minhas decisões. É a eles que eu devo os estudos, o carinho e o amor que jamais poderei pagar. É graças a eles que hoje sou PROFESSORA, e com muito gosto. Ao longo do caminho tive muitos professores, uns marcaram-me positivamente, os outros servem para me lembrar o que não quero ser. Não me venham os comentadores "iluminados" desta notícia dizer que os professores são todos iguais. A maioria é honrada e cumpridora, o problema é que basta uma uva podre para estragar todo o cacho. Neste momento estou numa escola a 250km de casa, tudo porque o ME não deu destacamento a quem está longe. Tenho 15 anos de serviço e tenho um filho de 5 anos que passa a maior parte da semana sem mim, ao longo do ano faltei algumas vezes e logo no início do ano lectivo o meu filho ficou doente. Para não faltar, nem na escola, nem em casa, fiz a viagem de ida e volta diariamente. De entre os meus alunos existem bons e maus, interessados e desinteressados, e podem crer que já dei muitas notas negativas E ASSIM CONTINUAREI sempre que os alunos o mereçam. Não tenho medo de avaliações, quer por parte de ME, quer por parte de pais. VENHAM ELES! Só peço uma coisa: NÃO NOS METAM A TODOS NO MESMO SACO! Se assim o fizerem, eu serei uma das que vai fazer questão de ter a fama e o proveito.
Exigir e criticar é fácil, mas dar condições é que não. Gostaria de saber o que as pessoas que andam a ter um delírio com estes comentários execráveis desta cavalgadura de ministra fariam se tivessem que trabalhar nas condições em que os professores trabalham.
Que fariam se tivessem que dar aulas a alunos que ficam a aula toda a falar para o lado, a levantar-se, sair da aula e voltar, berrar e gritar e insultar o professor.
Que fariam vocês? Não podem pôr o aluno na rua, é antipedagógico. Não lhe podem bater, é agressão dá direito a processo disciplinar e queixa crime. O que fariam?
E depois deste tormento ainda têm que ficar na escola a preencher papel inútil até perfazer 7 horas por dia, sem o mínimo de condições para isso. Chegados a casa ainda têm que perder 2 a 3 horas a preparar aulas ou a corrigir testes e exames. Como os professores não fazem nada têm é que trabalhar em casa, segundo a opinião das bestas do ministério.
Quando falam com os pais sobre o mau comportamento dos filhos, os pais ainda vos dizem que os filhos deles é que têm razão, que so vos chamaram algum nome é porque vocês mereceram e que estão a ficar fartos desta perseguição ao génio do filho deles e que vão apresentar queixa por ele não tirar 20 a todas as disciplinas.
Para culminar o vosso progresso é avaliado consoante a nota que recebem destes pais que acham que o filho deles é um génio e que se não tem média de 20 é porque o professor não presta.
Isto de exigir é muito fácil, sobretudo para quem não faz ideia do que anda a falar, o que me parece ser comum a muita gente neste forum e à cavalgadura da ministra. Dar condições é que está quieto. Autoridade para os professores, nem pensar. Condições de trabalho muito menos. A única coisa que dão é um monte de trabalhos e sarilhos a quem se atrever a reprovar um aluno.
Se quiserem que os vossos filhos tenham média de 20 apoiem firmemente esta ministra, mas não se admirem de eles serem analfabetos e apesar da média de 20 terem que ir trabalhar para as obras.
Experimentem ensinar Matemática no 3º ciclo, em turmas com 30 alunos. Todos diferentes. Poucos bem comportados, muitos irrequietos e mal comportados. Alguns com vontade de aprender e muitos sem querer fazer nada. Muitos pais ajudam dizendo que também eles não foram bons alunos a Matemática e não entendem a necessidade dos filhos terem tal disciplina. Experimentem dar aulas em salas onde, no Inverno chove e a instalação eléctrica falha. No Verão, as salas são um forno ou porque as janelas não têm estores, ou se têm não funcionam. Experimentem lidar com meninos que não têm as regras básicas de educação. Não é instrução, é mesmo educação. Quando no fim do ano, depois de muito esforço, conseguimos um bom trabalho, os professores mudam de escola e começa tudo de novo.
A Senhora Ministra da Educação, está decidida a atirar com mais gasolina para a fogueira. Consegue incendiar uma multidão de profissionais, mas esquece-se que não está a atiçar espectadores de um espectáculo rock!
O insucesso escolar explica-se de muitos modos. Por exemplo, já se descobriu que a deficiente aprendizagem da matemática pode se dever a factores genéticos. O caso do português por fraca ou insuficiente leitura. Nas ciências por não existirem equipamentos que possibilitem praticar experiências...
A Senhora Ministra não está errada, ao afirmar o que afirmar, mas também não são só os professores que têm a culpa. Mas eles mudam muitas coisas, e aparecem sempre bons exemplos. Se um professor for um líder, pode mudar o rumo de muitos alunos, e até do comportamento dos pais.
Somos um país onde as elites privilegiam a ignorância, e claro está as elites de direita, muitas delas nascidas e criadas durante o Estado Novo. Por efeito de ?simpatia?, o cidadão comum pouco informado e com poucas habilitações cai no erro cultural de proibir a escola.
Por outro lado, a profissão de professor, muito apetecida no passado e para alguns incautos idealistas ou gente que não tem nada a perder ou que fazer, é uma fuga. Assim como são as forças armadas e polícias, para jovens com o 12º ano, no passado a 4ª classe bastava.
Realmente a culpa nem é dos professores, embora existam maus professores, direi que os mais confortavelmente colocados tendem a ter dois comportamentos diferentes, estão no ensino por gosto, ou pelo dinheiro. No mais novos, existe uma grande margem de manobra para, pois estão em constante formação, mas nos dias que correm, existe uma enorme frustração e direi mesmo depressão. Mais uma vez o problema é sobretudo cultural, e quem de bem pode mudar esse cenário ou tem medo, ou foi calado, ou então acomoda-se e procura alternativa, quem nem são as melhores.
Convivi com professores durante dezenas de anos, quando era aluno, e quando era colega na universidade, hoje sei que alguns até prefeririam ?tirar? o meu curso. Talvez porque têm a mente mais aberta hoje. Nenhum dos meus colegas de universidade, de um dos cursos que existem na escola superior de educação consegui colocação no ensino público, mas quase todos trabalham, alguns no sistema privado; mas infelizmente o futuro por estas paragens continua igual como no tempo dos nossos pais, e o futuro passa por sair daqui para fora. Não como emigrante, mas como exilado? a juventude hoje é descartável. Boa Sorte Grande Ricardo? a gente ver-se-á em breve ou então no Stoned Bar? aquele sonho!!!
Qualquer mudança que nasça destes debates, espero eu, que seja acompanhada deste estilo. Parece que afinal no fim a história fica em aberto. A palavra fim é sempre um mau augúrio? eu prefiro uma narrativa aberta.
Se essa senhora, que agora é ministra da Educação, é a mesma pessoa que foi docente no ISCTE às uns anos atrás, então deveria olhar um pouco para o seu passado antes de responsabilizar quem quer que seja. É que, no meu 5º ano de licenciatura, era indispensável um professor para efectuar a orientação da dissertação final e fui bater à porta do seu gabinete (lá na escola)com o objectivo de convidá-la para tal. A sua indisponibilidade foi total. E, convenhamos, não se encontrava em ano sabático (os nomes dos docentes disponíveis eram indicados pela área de coordenação da respectiva licenciatura) e o tema da dissertação relacionava-se com a sua área de estudos.
Direi eu: "que grande trabalheira ter que aturar um aluno".
Evidentemente que existem bons e maus profissionais, como em todo o lado.
Mas de facto há situações que têm que ser muito bem avaliadas e dar a devida atenção por parte dos responsáveis do ministério da educação, e não só relativamente aos professores, mas também fazer inspecções aos concelhos executivos, pois muitas das anomalias derivam de tomadas de posição (ou ausência delas) daquele orgão de gestão.
Todos temos casos concretos que devem ser denunciados, turmas "A" em que se juntam todos os melhores alunos; horários em que os alunos só têm 45 minutos para almoçar, sem direito a subsidio de alimentação; aulas de educação física (obrigatórias até ao 12º ano) realizadas sem as mínimas regras de segurança e em espaços inadequados; disciplinas em que existam mais que 75% de negativas; abstencionismo elevado; ausência de psicólogos; turmas extensas; a disciplina de TIC ser leccionada por ?professores? sem a mínima habilitação, nomeadamente pedagógica; etc etc
Outra situação caricata é a do nosso sistema educativo não permitir que os pais/encarregados de educação conheçam pessoalmente todos os professores, onde todo e qualquer problema terá que ser resolvido pelo director de turma, o que muitas vezes se torna uma missão impossível.
Concluindo, creio que de facto não se deve generalizar, mas que existem muitas arestas a ser limadas e o seu levantamento deverá ser feito com profissionalismo e com urgência, acho que ninguém tem duvidas, sejam eles professores ou encarregados de educação, dado ser frequente ouvirmos nas escolas os professores fazerem criticas directas ao ministério de educação e dos seus superiores hierárquicos (colegas de profissão).
Sou professor e não receio que seja avaliado nem que o meu trabalho seja revisto e "vigiado", desde que o seja pelas pessoas competentes para o efeito.
No entanto, e em resposta ao cc72, director comercial de uma empresa, não acredito que na educação possa ser feito o mesmo que na empresa onde trabalha. Aliás, é para esse sentido que a nossa Ministra quer caminhar, e é nesse sentido que acredito que a escola se vá esgotar: é que avaliar professores pelas taxas de aprovação ou retenção dos seus alunos só irá produzir maus professores que, em vez de ensinar e se preocuparem com aquilo que os seus alunos efectivamente sabem, irão produzir resultados, com medo das tais "cabeças rolantes". Penso que esta relação seja fácil de discernir...
Quanto à capacidade dos pais para avaliar os professores dos seus filhos, não acredito que seja efectivamente possível, assim como acho improvável que os contribuintes possam dar pareceres com algum peso sobre os seus governantes...
Além disso, nota-se alguma ignorância (criada inevitavelmente pela Comunicação Social) quanto ao tempo efectivo que os professores passam a desempenhar funções educativas ou lectivas: o nosso horário é de 35 horas semanais às quais não são adicionadas as horas de muitos cargos - aliás esta deve ser a única profissão no mundo em que o trabalhador desempenha cargos sem redução ou retribuição monetária, caso não saiba -. E não me venham com tretas: o caso dos professores só está tão mal parado porque muitos dos "maus profissionais" fazem questão em levar horas (e são mesmo horas e horas) de trabalho para casa, só para fazer o jeito.
Em suma, é difícil ser funcionário público em Portugal pois, maus ou bons trabalhadores, seremos sempre rotulados de "calões" e "irresponsáveis".
A Sra. Minstra da Educação não sabe a quem culpar pelos problemas da educação.Nas reuniões com os professores reconhece a qualidade e a dedicação de muitos professores e pede a colaboração dos mesmos para ultrapassar a crise da Educação em Portugal. Depois dá conferências de imprensa a queixar-se dos professores. Chamo-lhe falta de coerência para não lhe chamar cobardia e desonestidade.
A resolução da crise educativa portuguesa precisa da colaboração de todos os membros da Comunidade Educativa e de dirigente que sejam capazes de unir esforços e que não tentem colocar as culpas no elemento mais fraco que diariamente vive as dificuldades e tenta preparar os seus alunos apesar do fracasso do Sistema Educativo que temos. Os professores são os actores mas será que quem escreve a peça não deveria fazer melhor?
Se os professores não tem competência, então de quem é a culpa? Quem é o responsável por dar formação aos professores? É a SrªMinistra. E também é ela que defende turma de mais 30 alunos e depois queixam-se que não são capazes de ter mão neles. Assuma as suas responsabilidades porque pôr a culpa nos outros não resolve nada.
Como pode este País andar para a frente como estes politicos , esta medida deve ser para rir ,eu que tenho uma filha na escola ,peço é que ela respeite os professores, que por certo os mesmos tambem a vão respeitar e ensinar no que ela precisar,claro á professores que n se enteressam pelos alunos mas esses são em minoria e os outros n tem que pagar pelos estes.
Afinal a coisa resume-se a supostos favores que são feitos aos filhos dos funcionários das escolas, por ocasião da constituição das turmas.
O nível do discurso da ministra já desceu muito baixo. Estamos no patamar da chinela. Da alcoviteirice de vizinhas, do populismo mais boçal. Não espanta, tudo isso está na cara da senhora: falta de preparação, falta de nível e arrogância de sobra.
Para além de se dedicar a uma perseguiçao doentia aos professores, o que já fez esta mulher a favor do Ensino?
para a senhora que dizia que o seu filho estava mais avançado no 2º do que no 3º ano: caso a senhora não saiba saiu um decreto do ministério que aconselha (obriga, para quem não é burro), os professores a não chumbarem mais do que um ano por ciclo. Ou seja, não se preocupe, que o seu filho por muito pouco que saiba, só reprovará uma vez até ao nono ano. Quanto à questão de no prolongamento os miudos andarem a subir às árvores, informe-se e saiba que nessas horas de prolongamento, o professor deve segundo o dec. da ministra, coordenar os outros professores nas novas actividades. E pergunta a senhora: Quais novos professores? Pois, é que esses novos professores nunca foram contratados. Muita gente pensa que os professores têm má vontade para tudo. Os professores já estavam a prever que isto ia acontecer, por isso é que ficam reticentes sempre que esta ministra vem com uma ideia.
Eu como professor não tenho medo de ser avaliado desde que justamente e nunca, mas nunca, pelos encarregados de educação. Nunca se viu em parte alguma, partes interessadas no mesmo processo avaliarem as outras. Porque não perguntar aos presos a avaliação que fazem dos polícias e dos juízes?
Esta ministra-a mais brilhante desde sempre- descobriu a pólvora. Tudo o que acontece de mau no ensino a culpa é dos professores! Ideias para o ensino, ninguém conhece.
É muito fácil estar a favor da ministra e dizer que os professores precisam de ser avaliados e mais umas patacoadas que desviam a atenção de toda a gente do essencial. Desde que esta ministra tomou posse, digam uma medida, uma só que tenha tomado e que tenha melhorado e ensino.
Podia passar aqui o tempo a rebater mais umas informações erradas, mas, para terminar aconselho qualquer EE a passar um dia com uma turma numa escola qualquer do país. Depois verá como isto anda.
rui said...
Fale só por si e não seja injusto com alguns pais.Eu lhe garanto que o meu filho que anda na escola mestre domingos sariva já no 1 e 2º periodo teve represalias nas notas porque a directora de turma começou a embirrar com ele devido a uma queia que eu fiz de roubo e agressão.
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A mim me parece que este Rui por nada deste mundo deixará de, no final do ano lectivo, ir "avaliar" a tal directora de turma do seu filho, na escola Mestre Domingos Sariva, ou talvez Saraiva... A não ser que essa professora, que já conhece o Rui, alertada agora para essa medida persecutória do Ministério da Deseducação sobre os professores, ceda à chantagem e endeuse o Ruimzinho, quero dizer, o Ruizinho...
Para não ter de cobrar aos políticos, Agostinho da Silva não tinha cartão de contribuinte, isto é, não pagava impostos.
Dividir para reinar!!!
Enquanto se entretém a populaça com discursos de treta, se desviam as atenções para fátima, futebol e prós morangos... os membros deste (des)governo e afilhados continuarão todos contentes a encher-se!!!
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