Sindicatos. Que rumo?
Há muito que os sindicatos se encontram numa encruzilhada.
Não conseguindo acompanhar a mudança da sociedade e da economia, enfrentam a necessidade imperiosa de renovar as suas estruturas e mentalidades. Com efeito, o discurso tarda em mudar e a atitude de defesa corporativista da manutenção dos direitos adquiridos, muitos deles oriundos dos anos 70, está desactualizada. Embora tudo tenha mudado à sua volta, os seus dirigentes, compostos por pessoas pouco abertas às transformações em curso, não conseguem encontrar outra forma de sindicalismo mais dinâmico.
E o resultado está na fraca captação de jovens trabalhadores para as suas fileiras. Como é sabido, os sindicatos servem para combater os atropelos à lei, a clandestinidade e as suas sessões de esclarecimento são fulcrais para os trabalhadores. O problema é que estão a mudar devagar e as realidades económicas e sociais não esperam por ninguém. As formas de negociação passam muitas vezes ao lado das contratações colectivas e é necessário uma melhor análise das situações, em vez do eterno discurso sobre o capital e os seus malefícios.
Para sobreviverem, necessitam de uma maior flexibilização à mesa das negociações, avançando com propostas e não eternizando o discurso da negação, com as pesadas penalizações daí resultantes para os trabalhadores.
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