22 de Junho de 1942.
As preparações para a Operação Barbarossa, isto é, a invasão da União Soviética (ver mapa), tiveram início em setembro de 1940, enquanto a Luftwaffe ainda lutava na Batalha da Inglaterra. De acordo com a Diretiva nº 21 de Hitler, datada de 18.12.1940, o seu papel na invasão eram muito familiares: “Será dever da Força Aérea paralisar e eliminar o poder da Força Aérea Russa na maior extensão possível (...) também deverá apoiar as operações principais do Exército”. Assim como tinha ocorrido na Polônia, Escandinávia e França, os pilotos de Göring deveriam conduzir ata-ques preventivos contra a armada inimiga, buscando a superioridade aérea que lhes permitiria utilizar seus bombardeiros e caças para atingir as linhas de comunicação e de suprimento, sem qualquer interferência.
Contudo, no caso da União Soviética, era uma ordem des-comunal.
Hitler insistia em uma campanha curta e eficaz: pretendia a captura de Leningrado no Norte, de Moscou ao centro e da Ucrânia no sul, antes que o inverno limitasse as operações. Para tanto, o Führer reconheceu a necessi-dade de aumentar as forças da Wehrmacht em 40 novas divisões. Com isso, a demanda de materiais para a Infanta ria aumentou drasticamente, significando que a Luftwaffe ficaria em segundo plano no que dizia respeito a novos a-viões (tanto de reposição como novos e mais modernos a-parelhos). Desta forma, em junho de 1941, os aviões dispo níveis na frente de batalha eram poucos mais do que no a-no anterior: 3.340 caças e bombardeiros. Mas sobre esta força, pesava um fardo muito maior: deste total, 780 aparelhos tinham que ser obrigatoriamente mantidos no Oeste, fora outros 370 enviados para o teatro do Mediterrâ- neo. Portanto, mesmo quando somada a esta força os aviões de transporte, reconhecimento e outros forneci-dos pe los seus aliados, a Luftwaffe podia colocar em campo apenas 3.900 aviões, contra uma força adversá- ria estimada em 7.500 aeronaves (sem contar 2.500 no Extremo Leste). Embora a maioria fosse obsoleta, o balanço numérico era encarado com preocupação pelos oficiais alemães.
As unidades foram organizadas em três Luftflotten (ver mapa), espalhadas em um front que ia do Mar Báltico ao Mar Negro, assim dispostas: no norte estava a Luftflotte 1 (comandada pelo General Alfred Keller), empre-gando 480 aviões como parte do Exército do Grupo Norte, cujo principal objetivo era a cidade de Leningrado a Luftflotte 2 (comandada por Albert Kesselring) que utilizava 1.080 aviões, integrando o Exército do Grupo Cen-tral, encarregado de avançar até Moscou e, finalmente, a Luftflotte 4 (sob as ordens do General Alexander Lohr), com 690 aviões que apoiariam o Grupo Sul do Exército, cujo alvo era a Ucrânia e Stalingrado.
O Ataque à União Soviética começou pouco antes do amanhecer de 22.06.1941. Como sempre o objetivo prio-ritário da Luftwaffe era assegurar a supremacia aérea. À despeito da disparidade de números quando compara-da à Armada Aérea Soviética, a operação foi um sucesso estrondoso. Como as principais bases inimigas havi-am sido previamente identificadas por aviões de reconhecimento semanas antes, a Luftwaffe já sabia precisa-mente os alvos que devia priorizar.O resultado foi avassalador: estima-se que cerca de 1.800 aeronaves inimigas foram destruídas no primeiro dia em 29.06 o Alto Comando da Luftwaffe (OKL) já clamava (corretamente, como se descobriu após a guerra) a destruição de mais de 4.000 aviões soviéticos, tudo isso face a uma perda de apenas 150 aparelhos alemães. Somente a Luftflotte 2 afirmava ter destruído 2.500 aviões russos na primeira semana.
Mesmo assim, a superioridade aérea não foi atingida - com uma linha de frente estendendo-se por mais de 1.600 km do norte ao sul, sempre era possível a existência de bolsões - e muitos pilotos Soviéticos sobreviveram para dar embate com aviões substitutos. De qualquer forma, a eliminação da vantagem soviética, permitiu que a Luftwaffe liberasse mais aviões para atuar no apoio às tropas terrestres. Aviões como o Messerschmitt Bf 110 e o Junker Ju 87 Stuka, que tinham se revelado excessivamente vulnerá veis na Batalha da Inglaterra, descobriram-se novamente impunes e, mais tarde, junto com o Henschel Hs129, tor-naram-se visões comuns sobre o campo de batalha.
Ao contrário de campanhas anteriores, onde a ênfase tinha sido a destruição de alvos estratégicos como pon-tes e ferrovias, a Luftwaffe logo descobriu que seus ataques poderiam ser mais eficazes ao atingirem os rus-sos diretamente na frente de batalha. Além disso, como a Rússia ainda era um país essencialmente agrícola àquela época, não havia muitas ferrovias e estradas para serem destruídas, sendo que se voltaram para as massivas concentrações de tropas inimigas. Ao final do mês de Junho, 60% das missões conduzidas pela Luftwaffe eram de apoio “direto” aos respectivos Grupos do Exército.
Ler texto Com tamanha vantagem, os avanços dos Exércitos alemães até Outubro de 1941 não foram surpresa. Ao norte, Leningrado estava sitiada no final de setembro; ao centro, Smolensk fora capturada e os panzers avançavam em direção a Moscovo; ao sul, depois da queda de Kiev, o Exército avançou para cercar Karkhov e, tempo-rariamente Rostov. Tudo levava a crer que “Barbarossa” havia funcionado.
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