sexta-feira, junho 22, 2007

A FACA OU O FAX

"Os alunos de Medicina da Universidade de Coimbra (UC) não querem fazer o exame final de curso. A solução comum seria trocarem de curso, de carreira, de escola ou de cidade. A solução folclórica consiste em protestarem até a direcção da UC invocar cansaço e desistir do exame. Sendo (suponho) portugueses, os finalistas escolheram a segunda. Por azar, a direcção teima em não ceder, pelo que os eventuais futuros médicos ponderam "outras formas de luta, mais ao desagrado do corpo docente".

Não desejo perturbar a ponderação, e nem digam que vão da minha parte, mas mirem-se no exemplo vindo do Norte, onde um discente de Direito da Universidade do Minho esfaqueou um professor por discordar de um pormenor curricular. À primeira vista, a navalhada parece-me uma forma de luta suficientemente desagradável para o corpo docente (e para o corpo de cada docente). Se é verdade que o professor em questão levou diversos golpes sem perder a vida nem, a crer nas notícias, o sentido de humor, isso não vos deve desmotivar. Um estudante de Direito encontra-se mais habilitado para o julgamento que para o crime. Um estudante de Medicina não deixará ninguém a rir. E dado que o faquista do Minho foi, para já, mandado em paz, o julgamento afigura-se fácil. Tão fácil quanto enviar o exame por fax, aliás uma terceira solução a considerar
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Alberto Gonçalves

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