Alto-Comissário das minorias.

"As sucessivas fases de legalização de imigrantes são uma das razões que justifica o aumento significativo dos que têm acesso a subsídio de desemprego. Quanto mais trabalhadores estrangeiros estiverem em situação legal, mais serão os que fazem os devidos descontos para a Segurança Social e, logo, têm acesso à prestação caso percam o emprego. A progressiva integração resulta das fases de legalização que têm sido abertas. Desde 2000, quando praticamente não havia desemprego, o número de imigrantes legalizados duplicou, para 400 mil. No mesmo espaço de tempo, a taxa de
desemprego também duplicou. Por isso, o número de imigrantes inscritos "quadruplicou" nos últimos seis anos, explicou.

Ainda assim, se a população imigrante fosse o espelho fiel do que se passa com os trabalhadores portugueses, os números seriam bem diferentes. Considerando uma população activa estrangeira de 400 mil pessoas, o desemprego afecta apenas 4,5% deste grupo, adiantou Rui Marques. Os dados nacionais, contudo, indicam uma taxa de desemprego bem superior, de 7,7%, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística. "É um indício de que ainda muitos estrangeiros estão fora do sistema", acredita (mais aqui).. "

O Alto-comissário das minorias está a fazer um excelente trabalho. Depois de pedir publicamente desculpa pelo “pseudo-arrastão” de Carcavelos, continua a impor o politicamente correcto aos portugueses. Conforme anunciou na sua edição de 10 de Junho, “há um ano, o Expresso, tal como outros jornais, dava conta da vaga de assaltos que atingiu aquela praia, repleta de banhistas que aproveitaram um feriado nacional. Falando com várias testemunhas oculares, proprietários de restaurantes e fontes policiais, foi confirmado o movimento de arrastão. Um membro dos gangues deu mesmo um depoimento, sob anonimato, confirmando que “miúdos aproveitaram a ocasião” e apanharam “tudo o que estava na areia”. “

Mas segundo ele, o arrastão nunca existiu mas reforçou o estigma da associação entre imigração e criminalidade. Lamentou ainda a impossibilidade de a comunicação social não poder indemnizar os imigrantes. Ironicamente a sua actuação é que está a reforçar o referido estigma. Tentando apagar os acontecimentos e negar o óbvio, o Alto-Comissário mais não faz demonstrar o verdadeiro objectivo da sua campanha. E esse não passa pela defesa dos imigrantes. Entretanto os criminosos, sentindo o crescimento da impunidade, tornam-se mais audazes nas suas actuações.